quinta-feira, 26 de setembro de 2024

Despromovidos!!!


Benfica 3 (0) - (1) 1 Guaguas
25-17, 21-25, 26-24, 31-29, 11-15


Muito frustrante, depois de lutar tanto, depois de tantas recuperações, chegar ao Golden Set e ter mais uma 'branca' num momento decisivo! Se noutros Set's ainda conseguimos recuperar desvantagens consideráveis, no último, num Set a 15 pontos, já não tivemos tempo!!!

Como escrevi na crónica da 1.ª mão, não acho que seja grave ficar fora da Champions, onde muito provavelmente seriamos favoritos a perder todos os jogos, a CEV Cup apesar de ter também equipas mais fortes do que nós, é claramente mais acessível...

Agora, estou preocupado, principalmente na questão dos Centrais, se o Banderó, o Japa, o Pablo e o Nivaldo dão garantias (falta avaliar o Polaco...), na zona central, quase não temos ameaças ofensivas...

Desilusão...


Benfica 0 - 2 Hammarby


Apesar da vitória na 1.ª mão, não fiquei convencido. Infelizmente, os meus medos confirmaram-se!
Se a Prieto e a Lund são mais valias, as saídas, principalmente da Kika é bastante penalizadora! Se juntarmos a isso, as lesões do início de época (hoje a Christy e a Lúcia fizeram muita falta), e a chegada muito atrasada da Jody, o Benfica, neste momento está mais fraco...
Depois um Sorteio inacreditável, contra uma equipa, fisicamente fortíssima, que com a cobertura da apitadeira, jogou completamente à vontade...

Pevidém (provavelmente em Guimarães!!!)

Karma. ❤️

Azar!

Mensagem clara...

Não vendem?!

Benfica: começar a abrir


"Começar a abrir. É o que se pode dizer de Bruno Lage, do recém-chegado Akturkoglu e da equipa do Benfica na Liga dos Campeões. Dias antes, o Santa Clara surpreendeu pelo seu golo supersónico, mas essa ousadia deu no toque a reunir benfiquista que revirou o jogo. E que ambiente provocou na Luz!
Cumprida com distinção a primeira prova caseira na era Lage, com inspiração quer no campo quer no banco, o clima do Marakana de Belgrado foi tão diferente e difícil como se previa. Valeu que mesmo com o estridente apoio exterior, os jogos ainda se resolvem lá em baixo na relva... Também por lá foi acelerar desde início, não dando nem espaço nem duvidas de quem era melhor e marcar cedo dá muito jeito. Numa Liga dos Campeões em tudo diferente, os jogos agora resolvem-se à peça. Tinha-se como fundamental esta primeira vitória fora, tanto quanto os dois jogos que se seguem em casa.
Como já se sabe o itinerário complicado que vem depois, estes três adversários iniciais permitem com otimismo pensar no mealheiro pontual máximo. Penso que só assim será possível mais tarde seguir em frente.

NARIZ TORCIDO
Torcer o nariz e julgar apressadamente: não há quem nos bata nesta habilidade lusitana. Álvaro Carreras (21 anos...), como muitos outros no passado, foi desde cedo riscado pelos olhares clínicos e implacáveis de muitos dos adeptos. Este jogo no Bessa foi só a confirmação da sua capacidade e da evolução que a utilização regular traz. Melhor em campo? São aceitáveis outras opiniões...
Quanto a Tomás Araújo, optar por ele na lateral direita pareceu-me também uma boa ideia tendo em conta a insegurança natural mostrada pelo talentoso, mas igualmente jovem recém-chegado Kaboré (23 anos...), em Belgrado. Tal opção, ao mesmo tempo, evitou o regresso ao passado do carrossel posicional em que Aursnes se viu por Roger Schmidt metido. Aquilo não era vida... Esta opção poderá indicar a fixação definitiva do médio norueguês na sua posição natural.
Ainda em relação a Tomás Araújo, será em breve titular no meio, mas possui, na verdade, caraterísticas técnicas e mentais que permitem esta adaptação quando necessária. Quanto ao jogo, a melhoria do Benfica segue em curso acelerado. Jogo alegre e mais ligado. Até Arthur Cabral ressuscita e reconquista pela sua atitude, adorando todo o minuto que vai tendo. A águia solta-se. Quanto ao Boavista, a luta não será fácil, tal o estado a que deixaram chegar o mais antigo clube do país.

Sentinelas
O Projeto Sentinelas de Saúde Mental é só mais uma onda que agora se inicia, de grande mérito e alcance científico, numa parceria entre a FPF e o Grupo de Atuação em Psicologia e Performance. Este plano quer contribuir para a elevação do conhecimento da área emocional, um projeto de base no contexto do desporto de formação-
«O dinheiro não compra saúde», já diziam os ainda mais antigos do que eu e a verdade é que as depressões andam aí cada vez mais e não escolhem os alvos. Matheus Pereira, jogador brasileiro que jogou por cá e também na Arábia Saudita, foi só mais um impressionante e recente testemunho desta realidade.
A doença assusta e ataca mesmo quem faz aquilo que gosta e ganha aquilo que muitos gostariam. Robert Enke, antigo jogador do Benfica, foi um dos casos que talvez hoje já fosse possível identificar e salvar."

Benfica: e não é que Kokçu tinha razão?


"As pessoas gostam de saber que os jogadores percebem do jogo, mas são raros os exemplos fora da caixa. O turco do Benfica foi um deles, e não é que estava certo?

Os adeptos, de um modo geral, gostam de ouvir jogadores de futebol falarem sobre o jogo. Não acontece muitas vezes, talvez seja também por isso — pela raridade. E quem diz jogadores diz, já agora, treinadores no ativo. Não são assim tantos os que falam descomplexadamente sobre tática, estratégia, técnica, características dos adversários ou, sobretudo, motivos para as tomadas de decisão que os colocam a julgamento uma ou duas vezes por semana.
Os dirigentes, porém, não parecem gostar assim tanto. E atrás dos dirigentes vem quem, por obrigação profissional e lealdade institucional, tem de zelar pelos discursos unificados, insípidos, incolores, inócuos e alegadamente neutros que são impingidos aos empregados das SAD e das SDUQ e até de clubes de menor escala, que são apenas clubes.
Em março deste ano, o cidadão Orkun Kokçu, futebolista do Benfica, deu entrevista a um jornal neerlandês. Talvez mal habituado a uma certa urbanidade centro/norte-europeia, foi sincero e afirmou que o treinador de então, Roger Schmidt, não estava a aproveitar as suas potencialidades por não colocá-lo na posição em que mais pode render, e onde aliás tinha rendido justamente nos Países Baixos, ao serviço do Feyenoord. Foi um ai-Jesus que incluiu, até, o afastamento da convocatória para o jogo seguinte. Meteram-se pelo meio uns compromissos de seleção e a coisa ficou meio esquecida.
Passados seis meses, já com um novo treinador na Luz, parece mais ou menos evidente que Kokçu tinha razão. É um privilégio raro ouvir jogadores falarem de futebol, mas gratificante mesmo é verificar que eles, se calhar, até percebem da profissão que abraçaram.
Continuar a enclausurar os protagonistas nas jaulas dos lugares-comuns é contribuir negativamente para um espetáculo que se quer industrializado e, acima de tudo, vendável.
Percebe-se o princípio da salvaguarda dos interesses patronais. Afinal, se um funcionário de A BOLA ou da repartição de finanças do Lumiar der entrevistas a colocar em causa a administração do jornal ou a direção da secção corre riscos. Mas na verdade quem é que quer entrevistar um funcionário de A BOLA ou da repartição de finanças do Lumiar? Esta diferença, parecendo que não, é relevante. Mais importante que os futebolistas, no futebol, só talvez a bola, mas apenas porque sem ela não se pode jogar e sem futebolistas pode simular-se um jogo. É bom saber que eles sabem o que fazem."

O que era preciso


"Foi o que o Benfica de Lage conseguiu fazer esta semana. Depois da vitória sobre o Santa Clara, com reviravolta, e uma estreia vitoriosa na “nova” Liga dos Campeões num estádio difícil e onde o último a vencer tinha sido o Man. City, por muito que isso possa incomodar quem “atribuiu” a vitória a uma suposta fraqueza do adversário, regressado ao campeonato, o Benfica venceu tranquilamente num terreno onde tem sido difícil somar os três pontos. Nestes três jogos, o Benfica marcou nove golos e sofreu apenas dois e, ao contrário do que alguns vaticinaram, Lage passou com distinção a primeira prova que tinha pela frente - a da esperança. A segunda, não menos difícil, serão os próximos jogos até à interrupção para as seleções, em que apesar de o Benfica ter jogos difíceis, ganhar continuará a ser a “única” opção. Se o fizer, e os adeptos estarão lá para o ajudar, Lage conseguirá trazer confiança à equipa e aproveitar a pausa para planear o futuro próximo. Sabedor que assim é, compreende-se que no discurso do treinador do Benfica a palavra mais repetida seja essa mesmo: ganhar. Nesta semana, podemos todos verificar que o Benfica tem bons jogadores, em quantidade e qualidade, que afinal até fez um “mercado” que acrescenta valor à equipa e que tem “matéria-prima” suficiente para fazer frente aos rivais que estão fortes. É, assim, preciso que todos possamos estar unidos em torno da equipa, e de Lage, independentemente de tudo o mais que rodeia o clube. Depois de fazermos o que era preciso temos de ajudar a construir o que é preciso! Se o fizermos, estaremos, todos, mais perto de ser felizes!"

Até parece fácil


"TRÊS JOGOS DE LAGE TRÊS VEZES KÖKCÜ...

... o melhor em campo!
Diz-se que foi Roger Schmidt quem sugeriu a contratação de Kökcü ao Feyenoord.
Porque era à data o melhor jogador da liga holandesa e capitão do Feyenoord campeão, para satisfazer o desejo do treinador, que tinha acertado em cheio quando indicou Aursnes, o Benfica esticou-se e fez pelo turco o maior investimento da sua história.
Fosse por culpa do jogador, fosse por culpa do treinador, fosse por culpa dos dois, a infeliz verdade é que Kökcü, que tanto prometia, passou ao lado da época 2023-24. (Esteve longe de ter sido o único.) 
O arranque de 2024-25 apontava para mais do mesmo. Houve até quem desejasse vê-lo vendido, porventura ao Liverpool, que lá tem agora o treinador que o potenciou no Feyenoord, eventualmente até por um valor superior ao da compra - com lucro, portanto. Seria uma saída airosa.
Acontece que Lage tomou o lugar de Schmidt e nos três jogos disputados Kökcü foi sucessivamente considerado o melhor jogador do Benfica em campo.
Têmo-lo visto nas duras tarefas defensivas para as quais se dizia que não estava vocacionado (no Bessa, por exemplo, recuperou 6 bolas); Têmo-lo visto como peça chave na organização ofensiva da equipa, a rematar com qualidade de meia distância, a fazer com que os livres diretos à entrada da área adversária tenham passado a constituir um perigo. Tudo isto com empenho e com alegria.
As novas dinâmicas da equipa favorecem-no? A motivação que lhe foi incutida por Lage fá-lo trabalhar mais e melhor? Qualquer que seja a razão, ou as razões, se a produção de Kökcü continuar a este nível, há muita coisa que foi sobre ele dita e escrita que vai ter que ser engolida. Ainda bem!"

Mercado ao detalhe


"Esta edição da BNews é dedicada a vários temas da atualidade benfiquista, com destaque para os esclarecimentos do Presidente do Sport Lisboa e Benfica sobre a última janela de transferências e a antevisão de dois jogos importantes de competições europeias.

1. A atuação do Benfica na última janela de transferências
O Presidente do Sport Lisboa e Benfica, Rui Costa, explicitou aos Benfiquistas, em entrevista à BTV, todas as movimentações de mercado do Clube na janela de transferências de verão em 2024.

2. Chegar, de novo, à elite do futebol europeu
O Benfica procura a terceira presença consecutiva na fase de grupos da Liga dos Campeões de futebol no feminino. Hoje, às 20h00, no Benfica Campus, defronta o Hammarby, da Suécia, na segunda partida da eliminatória derradeira de qualificação para a fase de grupos da prova. No primeiro jogo, as Inspiradoras venceram por 1-2.
Filipa Patão refere a postura da equipa em relação ao jogo: "Viemos com um excelente resultado fora de casa, portanto, agora não é controlar o jogo, mas sim tentar vencê-lo, e tentar ao máximo fazer novamente aquilo que fazemos sempre, que é dar uma demonstração da nossa qualidade, uma demonstração do nosso futebol. Estamos à espera deste encontro com muita motivação e muita confiança."

3. Dar a volta
Em voleibol, hoje às 20h00 na Luz, o Benfica defronta o CV Guaguas na 2.ª mão da ronda inaugural de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões. No jogo anterior, em Espanha, o resultado foi 3-1, favorável à turma espanhola.
Marcel Matz deixa um apelo aos Benfiquistas: "Temos um jogo importante, a eliminar. E o Pavilhão n.º 2, quando está cheio, quando está ativo, dá-nos uma força extra. Tenho a certeza de que eles vão estar aqui em peso para nos ajudar a tentar essa reviravolta."

4. Outros jogos e resultados
A equipa B empatou 2-2, em Londres, frente ao West Ham, em jogo a contar para Premier League International Cup. Os Sub-23 triunfaram, por 3-1, ante o Mafra. No hóquei em patins, o empate 4-4 no rinque da Física deu a passagem para a fase final da Taça Jesus Correia.
Hoje, às 15h00, os Sub-19 visitam o Sporting em Alcochete.

5. Mundial de futsal
Acompanhe, no Site Oficial, a prestação dos atletas do Benfica no Campeonato do Mundo de futsal.

6. Chamadas internacionais
São 13 as andebolistas do Benfica que participam, por várias seleções, no Torneio Internacional da Batalha.

7. Casa Benfica Paredes
Esta embaixada do benfiquismo celebrou o 25.º aniversário."

Reflexão sobre a Assembleia Geral Estatutária


"No passado dia 21 de setembro, como bem sabemos, realizou-se a Assembleia Geral estatutária do Sport Lisboa e Benfica para a revisão dos estatutos do clube.
Após a apresentação da proposta global final, onde intervieram a direção do clube, a comissão de revisão de estatutos e o movimento “servir o Benfica”, seguiu-se o debate sobre esta mesma proposta.
Foi neste momento que decidi pela primeira vez intervir numa Assembleia Geral do Sport Lisboa e Benfica e fiquei muito honrado de ter tido o privilégio de ter tido um pavilhão número 2 da Luz muito concorrido a aplaudir as minhas palavras.
Citando este meu discurso: “Estamos hoje aqui reunidos em Reunião Magna para um dos momentos mais importantes da História do Sport Lisboa e Benfica no século XXI: A discussão e debate para a alteração dos Estatutos do Sport Lisboa e Benfica, a nossa “Constituição”!! É sem dúvida um momento solene e que merece todo o debate e tempo que tal acarrete e apesar de sabermos que temos outras preocupações dentro do clube, neste momento, temos de nos focar apenas neste tópico.”
Também sabemos que ao início da tarde, os trabalhos começaram de forma mais atribulada, tendo todos nós, acredito que até os Órgãos Sociais, sido surpreendidos com a demissão de Fernando Seara, Presidente da Mesa da Assembleia geral - demissão essa que, tem sido realizada a meio de um processo de revisão estatutária, diz muito sobre o que foi a postura de Seara ao longo deste processo.
Após um breve interregno, os trabalhos continuaram, agora presididos pelo até então vice-presidente da mesa da Assembleia geral, José Pereira da Costa. Trabalhos esses que foram conduzidos de uma forma exímia e exemplar, A imagem de um verdadeiro Presidente da mesa da Assembleia geral da maior instituição desportiva do país.
Deixo uma palavra de agradecimento a José Pereira da Costa por ter conduzido os trabalhos de forma tão célere e desejo que assim continue ao longo de todo o processo de revisão estatutária.
Benfiquistas, a luta está Longe de acabar, mas estamos mais perto de voltarmos a ter uns estatutos que voltem a honrar e a dignificar os pergaminhos do Sport Lisboa e Benfica de 1904, o Benfica de Cosme Damião, Ferreira Bogalho, Maurício Vieira de Brito, Borges Coutinho e tantos outros que fizeram do Sport Lisboa e Benfica o que é hoje!!
Pelo Benfica!! Viva o Benfica!!"

O Relato de um Novato


"Este fim de semana, tive a oportunidade de estar presente na minha primeira Assembleia Geral do Sport Lisboa e Benfica. Uma AG Extraordinária onde os trabalhos iriam incidir na revisão dos Estatutos deste enorme clube que tanto amo. Este momento histórico para um clube como o Benfica, tal a importância dele, não me deixou indiferente e fez-me querer estar presente, mesmo não podendo votar visto ter-me tornado sócio em Julho deste ano. Eu não vou mentir: Estava nervoso, porque não sabia de como eram as dinâmicas de uma Assembleia Geral (por mais que tivesse lido e ouvido), e receoso do que poderia vir a acontecer. Apesar disto tudo, estava entusiasmado porque conseguia ver que muitos dos sócios que iriam estar presentes queriam acabar com a mancha negra que, em 2010, foi aprovada como Estatutos.
À entrada, quando fiz o registo, disseram que não tinha antiguidade suficiente para votar. Ficaram surpreendidos quando lhes disse que queria estar presente na mesma só para assistir. Entrei e sentei-me na secção dos sócios com 1 voto e, durante a manhã e no meio dos discursos feitos (alguns deles, a transbordar de benfiquismo), chegou o momento pelo qual eu e muitos mais esperavam: A votação da proposta global. Com História a ser feita perante os meus olhos, assisti à votação em silêncio e, quando vi tantos papéis no ar a favor da proposta, o alívio foi tal que quase ia saltando do lugar.
Depois de almoço, voltei para a 2ª ronda com o alento dos trabalhos da manhã terem corrido de maneira exemplar. O que aconteceu após o início da votação na especialidade foi o oposto do que aconteceu de manhã. Ver os membros da MAG aflitos com os PDFs das propostas dos sócios, ver a MAG plenamente perdida com a votação que (supostamente) foi sistematizada para agilizar o processo, ver os ânimos exaltados perante tamanha incompetência, ver a demissão, em plena AGE, do Presidente da MAG. Tudo isto foi, além de angustiante, um grande desalento. Tinha voltado à realidade onde o Benfica está profundamente infectado de incompetência, inabilidade e de falta de vontade, onde os adeptos também estão bastante fraturados.
A retoma dos trabalhos e a aprovação dos seguintes artigos, conduzida por José Pereira da Costa, ocorreu de maneira mais calma e, aquando da suspensão dos trabalhos, cerca de 1/4 dos artigos estavam aprovados.
Esta AGE foi um misto de emoções, mas nada do que aconteceu naquele dia irá superar o sentimento de alegria e alívio quando a proposta global foi aprovada e para sempre me lembrarei da minha primeira ação de associativismo benfiquista. Viva o Sport Lisboa e Benfica e que, na próxima AGE, se finalizem e aprovem estes Estatutos."

Medo de ser feliz — uma fobia que não percebo


"Ao longo de mais de um século, os feitos do Sport Lisboa e Benfica foram determinantes para a sua afirmação como um dos maiores clubes do Mundo. Títulos fantásticos, dias e noites inesquecíveis, momentos magníficos. Mas também algo mais. Detalhes que tornam este Clube único e que materializam o querer e a vontade dos Homens que lhe dedicaram horas de entrega sem limites. Um conjunto de valores que faz corar de inveja qualquer instituição.
Saudosa década de 60. São poucos os benfiquistas que não se arrepiam. Com Maurício Vieira de Brito na presidência e com Béla Guttmann no comando técnico, o Benfica sagrou-se bicampeão da Taça dos Campeões Europeus. Não um David que venceu um Golias, mas um Golias que se fez valer da sua grandeza. Que derrubou o Real Madrid e o Barcelona, outros dos Golias da época. A surpresa das surpresas: em 1963, Maurício Vieira de Brito deixou a presidência do clube. “Que miséria terão sido os anos seguintes”, dirão os que não estão por dentro do que veio a acontecer. Foi a Fezas Vital, o sucessor, que coube a difícil tarefa de dar continuidade à glória que até então havia pautado a História do clube. Adivinhe-se: a mudança, que muitos julgam ser um “bicho papão”, não beliscou nem um pouco a força dominante do Clube. Como teria sido se Brito continuasse, não sabemos. Sabemos, isso sim, que é difícil encontrar um benfiquista que se arrependa da troca.
Compreendo alguém que, do alto de um arranha-céus, desate num chinfrim desenfreado. Ou alguém que, à deriva no oceano, seja tomado pelo pânico. No limite, alguém que se sinta acobardado antes de um discurso frente a uma grande plateia. Perdoem-me, caros leitores, mas a fobia às alternativas é uma patologia que não percebo. Como ter medo de algo que: i) fomenta a diversidade de ideias e um escrutínio maior; ii) oferece novas propostas, formas de gestão e abordagens; iii) leva a que a direção em funções tenda a ser mais transparente nas suas decisões; iv) conduz a que mais sócios e mais adeptos se vejam envolvidos no processo eleitoral e na vida do clube. Para os alternativofóbicos, tenho a dizer que concordo se disserem que a mudança por si só não garante o sucesso. Mas, por amor de Deus, reconheçam que o simples ato de alguém acenar com um plano viável e eficiente pode ajudar o Clube a longo prazo.
Sem expulsarem da mente os parágrafos anteriores, reflitam sobre este acontecimento. No sábado passado, a meio de uma entrevista, João Diogo Manteigas foi interrompido, enxovalhado e banhado em cerveja por alguns adeptos. Não sabemos para onde vamos. Muito menos para onde queremos ir. Mas alguns benfiquistas encontraram racionalidade em atentar contra alguém que diz saber o que fazer para nos levar a algum lado.
Desassociem a ideia de mudança da figura do “bicho papão”. Cuidem da democracia no Benfica. Não atormentem quem surge com ideias diferentes, apenas por serem… diferentes. Por favor, não tenham medo de serem felizes - não o fomos na década de 60?"

A greve: sim ou não?


"Quem diria ou sequer poderia imaginar a possibilidade de uma Greve de Jogadores Profissionais de Futebol?
Estamos em 2024 e Rodri anuncia que os Top Players já abordaram esse incrível cenário. O City está, segundo o Daily Telegraph, a preparar-se para fazer 75 jogos esta época, sendo 85 um número que os vencedores e alguns finalistas poderão de provas ter de enfrentar.
E sabem quem apoia a possível medida? Não será muito difícil imaginar que Guardiola está de acordo e já o anunciou.
Quem viu o City vs Inter terá certamente notado as dificuldades, o encaixe tático, a fortaleza que os italianos desenvolveram. Diria um nuovo catenaccio!
E, uns dias mais tarde, um City vs Arsenal. Pesado. Os Londrinos estiveram em Bergamo, anteriormente.
E Guardiola espera o que chama de Cagey Game, ou seja, mais um jogo encaixado e para mais um zero a zero. E os espetadores que pagam fortunas para ver estes duelos, será que não se vão fartar desta nova escravatura desportiva?
Falo por mim: já não assino a mesma quantidade de apps!
Não há dinheiro para tudo e muito menos paciência para o cansaço já visível em Setembro. To be continued!"

Grazie, Totò: o verão de 90 está cada vez mais triste


"Diego Armando Maradona, D10S omnipresente, deixou a vida terrena em novembro de 2020.
Andreas Brehme, fiável polivalente e autor do solitário golo da final, partiu para outra dimensão em fevereiro de 2024.
Gianluca Vialli, o genial goleador burguês, não resistiu a uma doença terrível e baixou os braços em janeiro de 2023.
Stéphane Demol, a elegância em forma de defesa central, colapsou em junho de 2023.
Freddy Rincón, o colosso colombiano, sucumbiu na sequência de um acidente de viação em abril de 2022.
Gerhard Rodax, austríaco goleador e parceiro de Futre em Madrid, deixou-nos em novembro de 2022.
Viktor Chanov, eterno suplente de Dasaev na URSS, pereceu no mês de fevereiro em 2017.
Klas Ingesson, motor sem falhas na Suécia, beijou a morte em outubro de 2014.
Vale sempre a pena evocar também o nome de Andrés Escobar, barbaramente assassinado em julho de 1994.
E, agora, Totò Schillaci: o meu verão do Italia90 nunca me pareceu tão longe. E nunca esteve tão triste.
A finitude dos cromos que pareciam eternos, indestrutíveis; a camaradagem da morte, sinal de alarme a assinalar o fim de uma era dourada – ninguém sobrevive à lógica do tempo, da doença, do limite.
Há um ano, o zerozero recebeu o filho de Totò. Mattia vive no Porto, é dentista e futebolista do popular Santa Catarina FC, clube que recupera o idealismo de outros dias ao competir nos pelados e sintéticos do INATEL.
No final da conversa, Mattia filmou as nossas bonitas instalações, o poster do pai, as camisolas do Palermo, da Juventus, da seleção de Itália. E enviou as imagens a Schillaci, naturalmente orgulhoso.
«Papa, vê só o que eles têm de ti aqui em Portugal.»
Salvatore Schillaci marcou profundamente uma geração de amantes da bola. De completo anónimo a herói italiano, de excluído na caderneta da Panini a autocolante obrigatório nas memórias e conversas coletivas.
Avançado explosivo, de olhos raiados, furioso. Ocupou a vaga do mais credenciado Andrea Carnevale e respondeu com golos, golos e mais golos: seis em sete partidas.
O Italia90 não é elogiado pelos experts. É, de resto, atirado para o fim da linha quando se fala de futebol espetacular e colorido.
Discordo.
O Italia90 deu-nos muito, deu-nos imagens irrepetíveis. Apresentou-nos Roger Milla a gingar na bandeirola de canto, pôs-nos a cantar o Un’Estate Italiana, afligiu-nos nos dribles kamikazes de Higuita e nas lágrimas desconsoladas de Gascoigne.
Analisar o Mundial de 1990 à luz da tática, da nota artística e do baixo número de golos é esquecer, ou secundarizar, o mais importante na mais bela prova de seleções: os instantes icónicos.
Há mais, muitos mais. Épicos. O quid pro quo de cuspidela traiçoeira entre Rijkaard e Voller; a raiva de Maradona na batalha do San Paolo vs Itália; a emocionante montanha russa no Inglaterra-Camarões feita de reviravoltas e suspense.
O Nessun Dorma, de Pavarotti, a atormentar-nos a alma e o grafismo futurista da RAI a exibir-nos um mundo novo. Do frango de Pumpido na abertura até ao penálti de Brehme (ah, Goycoechea, foi quase!) na final para durões, de 8 de junho a 8 de julho, um mês para sempre.
Grazie, Totò. O Italia90 está cada vez mais longe e mais triste.

PS1: no meu grupo de amigos, contabilizamos os anos de vida através do número de Mundiais. Os que já vivemos e os que, com alguma sorte, poderemos ainda viver. A minha história pessoal diz-me que já tenho dez para trás (excluo o de 1982, pois a consciência desportiva era inexistente) e que poderei pedir talvez mais dez aos deuses do futebol. É aproveitar, meus amigos.

PS2: em junho de 2010, por alturas do 20º aniversário do Mundial de 1990, tive o privilégio de entrevistar Salvatore Schillaci, para o Maisfutebol. Falámos do «verão perfeito», do futebol bizantino dos alemães, da glória apressada de Totò. «Ao segundo golo comecei a ser levado a sério. Tinha ganho a Taça UEFA e a Taça de Itália pela Juventus, embora soubesse que isso não significava nada para os tiffosi e para os meus colegas. Só os golos no Mundial me deram credibilidade. O futebol é assim.»"

Comissões e comichão


"Investigação de A BOLA traduz bem o estado em que chegara a SAD portista. Os sócios sabiam, mas não sabiam tudo.

A investigação de A BOLA sobre as comissões pagas pelo FC Porto a agentes de futebol entre 2022 e 2024, muitas delas a roçar o absurdo, traduz bem o estado de dilapidação financeira em que estava a SAD, aliás patente na herança que Villas-Boas recebeu do «presidente dos presidentes» e que criou incerteza sobre a capacidade dos azuis e brancos de sequer reunirem condições para respeitarem os critérios da UEFA no que respeita à inscrição da equipa nas provas europeias.
Mais de 35 milhões de encargos com serviços de intermediação, comissões muito acima dos 10 por cento normais, e a prevalência de Pedro Pinho em muitos desses negócios durante aquele período de tempo, fizeram comichão em muitos associados. Mesmo não conhecendo ao detalhe a grandeza do fenómeno, muitos sabiam que ele existia, que era um problema para o presente e futuro da instituição e que algo não batia certo.
As explicações foram sempre vagas e a conclusão do auditor das contas da SAD sempre a mesma: «Incerteza material que coloca dúvidas significativas sobre a continuidade do Grupo.» Essa incerteza vai manter-se por mais tempo, porque não é num estalar de dedos que se resolve um passivo de €500 milhões. Mas há uma certeza: foi traçado um caminho de sustentabilidade que, como se percebeu, em nada afetou a competitividade da equipa de futebol nem o ataque cirúrgico e bem sucedido ao mercado. Alimentar a ideia de que era preciso alguma loucura financeira para manter o FC Porto lá em cima não passou de uma teoria disparatada e que deu jeito a uns quantos agentes. E não só."

Pacto das Nações Unidas para o Futuro


"O Pacto das Nações Unidas para o Futuro, adotado recentemente pelos 193 Estados-Membros, destaca, na Ação 11, o papel do desporto. Os Estados-Membros da ONU declaram: «Reconhecemos que a cultura, assim como o desporto, oferecem aos indivíduos e comunidades um forte senso de identidade e promovem a coesão social. Também reconhecemos que o Desporto pode contribuir para a saúde e o bem-estar dos indivíduos e das comunidades. A cultura, assim como o desporto, portanto, são importantes facilitadores do desenvolvimento sustentável.»
Além disso, os Estados-Membros da ONU dizem no Pacto: «Decidimos garantir que a cultura, bem como o desporto, possam contribuir para um desenvolvimento mais eficaz, inclusivo, equitativo e sustentável, e integrar a cultura nas políticas e estratégias de desenvolvimento económico, social e ambiental, e garantir um investimento público adequado na proteção e promoção da cultura.»
O Desporto também é mencionado na Declaração sobre as Gerações Futuras, que faz parte do Pacto, onde os Estados-membros comprometem-se a «investir em educação de qualidade acessível, segura, inclusiva e equitativa para todos, incluindo educação física e desporto, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida, treino técnico e vocacional e alfabetização digital, permitindo a aquisição e transferência intergeracional de conhecimento e habilidades para avançar as perspetivas das gerações futuras».
Este é, sem dúvida, um reconhecimento importante, ao nível internacional, do papel do desporto na sociedade, incorporado num documento oficial da principal instituição promotora da paz mundial, que, apesar de não ser legalmente vinculativa, convoca os seus subscritores a um compromisso sério e concertado relativamente a determinados objetivos."