quinta-feira, 15 de agosto de 2024

Informações falsas no "Correio da Manhã"


"Numa narrativa já esperada, com o intuito de criar divergências entre jogadores e treinador, o jornal Correio da Manhã lança uma mentira sobre o plantel do Benfica.
É totalmente falso que Kökcü tenha liderado qualquer revolta no balneário após o encontro de Famalicão, conforme titula hoje esse jornal, ou que tenha, sequer, pedido explicações ao treinador Roger Schmidt.
Mais uma informação falsa, sem recurso a fontes citáveis, sem nenhuma credibilidade e que merece o total repúdio do Sport Lisboa e Benfica."

Benfica a despropósito


"Mas por que carga de água se lembraram os encarnados de responder oficialmente a rumores das redes e programas cheios de 'homens do futebol' que falam de tudo menos de futebol?

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Bastou um jogo para se começar a ouvir colocar em causa todas as boas indicações cantadas aos quatro ventos após os jogos particulares da estival época para se colocar em causa o plantel, os princípios de jogo, as escolhas, enfim e sobretudo, o treinador. Bastou um jogo para se começar a falar na saída de Roger Schmidt. É a dimensão do Benfica a amplificar a derrota, são os sinais ainda da época passada que os jogos de pré-temporada disfarçaram. Por isso, colocar tudo assim em causa após 1.ª jornada do campeonato mal conseguida acaba por ter essa explicação de tudo no clube da Luz ser em grande, muitas vezes exagerado, na derrota e até na vitória… Assim se percebe, também e sobretudo pela herança de 2023/2024, que ao primeiro tropeção surjam imensas vozes no universo encarnado a colocar em causa o lugar do alemão. Não se compreende é que, tendo por base rumores que a despropósito até colocaram Sérgio Conceição numa suposta rota encarnada, o Benfica emita um comunicado a dizer que a administração não está «no mercado à procura de treinador».
«É totalmente falso que o Sport Lisboa e Benfica, finda a 1.ª jornada do Campeonato, esteja no mercado à procura de treinador, assim como falsos são os nomes que têm surgido na opinião pública ou publicada. Falso, pura especulação e aproveitamento gratuito.»
Mas por que carga de água se lembraram os encarnados de responder oficialmente a rumores de redes sociais e programas cheios de homens do futebol que falam de tudo menos de futebol (às vezes até em conversas que mais parecem de quem está a delirar)?
Esta podia ser apenas mais uma nota de um Benfica a despropósito, mas de tão descabida acaba por saltar para a frente num sobressalto que até sugere ao pensamento que podem mesmo os encarnados estar ansiosos por se ver livres do treinador mais cedo do que tarde… (não raras as vezes, e quem anda pelo meio sabe bem disso porque é das piadas mais gastas, o comunicado que afirma a confiança no treinador ou que o lugar do técnico não está em risco é o que antecede a saída).

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Em Alvalade a pressão da 1.ª jornada, ampliada pela derrota dramática e traumática na Supertaça, durou seis minutos, o tempo que demorou Pedro Gonçalves a marcar ao Rio Ave. Fora de campo, os leões são atores na novela deste verão, que tem o avançado grego Fotis Ioannidis como protagonista. Já se percebeu que Amorim só o quer a ele e é por ele que Hugo Viana e Frederico Varandas vão lutar «até ser impossível», como disse o treinador. O risco é não o conseguir e tão dramática tem sido a novela que fracasso deixará marcas. Mas problema maior será algum tubarão arrancar mal nos primeiros jogos e no impulso dos últimos dias do mercado resolver atacar em Alvalade... A saída de Gyokeres não está no roteiro da história mas não ter alternativa nesta altura de agosto é o risco maior — Rúben Amorim que perceba que a administração o corre porque lhe quer satisfazer o desejo...

SELO DE GOLO
Iuri Leitão e Rui Oliveira — Naturalmente. Ouro olímpico para o ciclismo de pista, Iúri Leitão (que já tinha conquistado prata) e Rui Oliveira a voarem sobre rodas. O selo de golo já tinha ido para Patrícia Sampaio e claro que a prata de Pedro Pablo Pichardo também o merece."

Entrará Roger Schmidt no 'baile' dos treinadores?


"Tozé Marreco deixou o Gil Vicente a dois dias de jogar no Porto; Daniel Sousa foi despedido após empate na 1.ªjornada da Liga; o que fará Rui Costa a Roger Schmidt, com tanto ruído em torno deles?

Começou cedo, este ano, o baile anual dos treinadores da Liga portuguesa. E começou de forma inusitada, quando Tozé Marreco, a dois dias da visita ao Estádio do Dragão, bateu com a porta do Gil Vicente, pela qual tinha entrado a poucos jogos do final do campeonato passado, colecionando em cinco jogos os pontos suficientes para a manutenção dos minhotos no escalão principal.
Ao que se soube, o treinador vindo do Tondela vivia profundamente desagradado com a política de transferências do verão gilista e decidiu não arriscar um mau arranque de época. É que todos os treinadores sabem, por definição, qual é a primeira cabeça a prémio em caso de insucesso.
O Brasil, como o meu companheiro João Almeida Moreira explicou recentemente em jeito de aviso a Petit quando este se mudou para o Cuiabá, será dos países em que os técnicos menos tempo têm para mostrar trabalho. Portugal, porém, seja por afinidade linguística ou cultural, não anda longe. Daniel Sousa que o diga.
Ao fim de dez jogos ao comando do SC Braga, quatro deles oficiais e, nestes, sem qualquer derrota, foi despedido quase ao mesmo tempo em que falava na sala de imprensa após o empate de estreia na Liga frente ao Estrela da Amadora. E pronto, convenhamos que aqui quem tocou a música do baile já foi a parte do costume — a direção de um clube ou SAD. Deu-se no SC Braga, cujo presidente é conhecido por algumas tomadas de decisão mais impulsivas (e muitas com sucesso), mas venha o primeiro dirigente afirmar que nunca despediu, quis despedir ou pelo menos lhe passou pela cabeça despedir um treinador após um ou vários maus resultados.
Talvez se trate de uma lei não escrita da gestão desportiva em Portugal (e no Brasil). Na hora do desespero, as direções esquecem-se de quem toma as escolhas e as apregoa como fundamentadas, refletidas e estruturadas para, meses depois, colocarem os ónus dos insucessos sobre os treinadores.
Rui Costa tem resistido à tentação, e nem sequer falta quem lhe sopre ao ouvido, a toda a hora, a urgência de despedir Roger Schmidt. Em privado e em público, a começar pelas bancadas da Luz. Depois de o ter mantido no final da época passada, dispensar o alemão constituiria um sério revés na autoestima do presidente encarnado. Mas também temos uma longa tradição de votos de confiança antes das rescisões, pelo que o comunicado do Benfica a dizer que «não procura treinador» soa cada vez mais a confusão para os lados da Luz."

Jogos Olímpicos: é muito mais que dinheiro


"A participação olímpica de um país nunca deverá ser resultado de uma despesa, antes o espelho da forma como um país olha para si mesmo. Queremos mesmo falar sobre dinheiro mal gasto?

No balanço dos Jogos Olímpicos, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa: «Os resultados obtidos atingiram as metas, mas pode-se fazer mais, pode-se fazer melhor, implica mais dinheiro, implica uma aposta mais funda. Eu não sei se os portugueses, daqui por uns meses, quando tiver passado o entusiasmo dos Jogos Olímpicos, serão tão entusiásticos assim na ideia de reforçar substancialmente, como fazem outros países que gastaram fortunas, até países com dimensões próximas da nossa, para poderem ter resultados políticos.»
Dito assim, a ideia do Presidente da República soa a injusta e redutora. Injusta, porque coloca nos praticantes desportivos um ónus que não merecem, como quem diz: ‘Estás aí em Paris ou Los Angeles com o dinheiro dos meus impostos’; redutora porque redimensiona a participação olímpica a uma ilha isolada no mar de prioridades de um país. Mas é um pensamento que não surpreende. Reflete, na verdade, as escolhas do Portugal democrático: o desporto como um hóbi. Em cinco décadas construíram-se estruturas mas não uma verdadeira política do desporto, que comece nas escolas e abranja universidades e onde a Educação Física seja integrada de outra forma, até na nomenclatura (e porque não Educação para a Saúde, física e mental?) e acima de tudo uma disciplina tão importante como a matemática ou o português (e sim, que a nota conte para o currículo).
Com quase 300 dias de sol por ano, Portugal tem índices de sedentarismo muitíssimo superiores a quem vive no Norte da Europa e somos, infelizmente, um dos países da União Europeia com menor prática de atividade desportiva. Somos, por sua vez, um dos países do mundo com a população mais envelhecida e todos os estudos indicam que assim continuaremos nas próximas décadas. Mas será uma velhice com baixa qualidade.
Mesmo que a questão surja apenas de quatro em quatro anos, nunca é demais relembrá-lo: apostar no desporto é investir num país melhor. Numa sociedade que no futuro irá recorrer menos ao Serviço Nacional de Saúde, logo, com impacto positivo no Orçamento do Estado; numa sociedade com mais sensibilidade e maior cultura desportiva. Pode parecer caricatural, ou talvez não, mas ainda temos como principal desporto o levantamento de mínis enquanto se dispara contra o árbitro, o adversário ou até mesmo contra a própria equipa.
Durante as férias fiz um pequeno estudo sociológico entre amigos. Todos estavam satisfeitos com «o Leitão», mas ninguém sabia o que era o Omnium ou o Madison. E desconheciam que há em Portugal um ecossistema numa determinada região que tem um velódromo e uma indústria ligada às bicicletas com elevada dose de inovação e ocupando lugares destacados a nível internacional. Estes campeões em Paris (e tantos outros e outras nos Mundiais, que faziam o saudoso Fernando Emílio correr pelos corredores na Queimada para nos dar a novidade) não nasceram por acaso nem por injeção de capital ad hoc, mas porque houve algo muito mais estrutural e transversal, envolvendo escolas, universidades, empresas e população em geral.
A participação olímpica de um país nunca deverá ser resultado de uma despesa, antes o espelho da forma como um país olha para si mesmo. Queremos mesmo falar sobre dinheiro mal gasto?"

Relatório da APCVD


"Ao longo do segundo trimestre de 2024, a APCVD concluiu 322 processos de contraordenação, contabilizando-se este ano, até 30 de junho, um total de 785 processos concluídos

A Autoridade para a Prevenção e Combate à Violência no Desporto (APCVD) publicou, no seu site, um relatório de análise da violência associada ao desporto e da atividade desta instituição, relativo ao segundo semestre de 2024.
Ao longo do segundo trimestre de 2024, a APCVD concluiu 322 processos de contraordenação, contabilizando-se este ano, até 30 de junho, um total de 785 processos concluídos.
Do total de decisões proferidas entre 01/01/2024 e 30/06/2024, verifica-se a seguinte distribuição: 49% de decisões condenatórias, 30% de decisões de arquivamento (por motivos vários) e 21% de decisões de remessa ao Ministério Público, por se verificar concurso com ilícitos criminais.
No que concerne às medidas de interdição de acesso a recintos desportivos, no segundo trimestre de 2024 entraram em vigor 152 medidas de interdição, que se inserem nas 247 medidas de interdição entradas em vigor no primeiro trimestre de 2024, número muito superior ao do período homólogo do ano anterior. Destas, 57% foram aplicadas como medidas cautelares e 43% como sanções acessórias após conclusão dos respetivos processos.
A publicitação das sanções aplicadas pela APCVD visa assegurar fins de prevenção geral positiva e transparência, salvaguardando, naturalmente, a proteção de dados pessoais dos visados.
Através destes dados é possível verificar que a atividade sancionatória desta Autoridade, criada em 2018, tem sido eficiente e muitíssimo eficaz, concretizando-se em decisões com aplicabilidade efetiva e com bastante celeridade. Para além da atividade sancionatória da APCVD é importante não esquecer que esta entidade também tem uma intervenção relevante ao nível da promoção da segurança e de medidas de serviço no âmbito de espetáculos desportivos."