quarta-feira, 14 de agosto de 2024

Primeira vitória...

Benfica 2 - 1 Estoril


Contra o Estoril que tem dominado este 'escalão', a primeira vitória, que podia ter sido mais tranquila, não fosse a má gestão da vantagem de 2-0!!!

Temos treinador novo, e praticamente uma equipa 'nova', a maioria ainda Júnior. Fizemos só dois jogos oficiais, mas os indicadores estão positivos, apesar da derrota em São Miguel...


Lixívia (24/25) - 1


Tabela Anti-Lixívia
Sporting.... 3 (0) = 3
Braga...........1 (0) = 1
Corruptos..3 (+2) = 1
Benfica.........0 (0) = 0

Início sem grandes novidades! Mesmo assim, realço, o esforço claro dos jornaleiros expert's, ex-árbitros, para terem uma mensagem ainda mais sincronizada... e 'positiva' de defesa dos árbitros!!! O grupo de WhatsApp, está a funcionar bem, pois todos repetem a mesma opinião!!!

Na Sexta, no Alvalixo, o guarda-redes do Rio Ave facilitou... mas o seu treinador, também foi jogar contra o Sporting, com a defesa 'alta' oferecendo quase 30 metros para o avançado Lagarto!!!
Para memória futura, não 'desconfio' do Jhonatan, até porque ele também já frangou na Luz...
No único lance 'duvidoso' não foi assinalado penalty sobre o Goykeres... o Nóbrega, agarra-lhe o braço no momento do remate. Com o resultado apertado tenho a certeza que o Lagarto Nobre no VAR teria intervindo, mas com o jogo decidido, ficou calado...

No Sábado, a confirmação! Após as eleições nos Corruptos, eles têm 5 jogos consecutivos da Liga, a jogar contra 10!!! Deve ser mais um recorde!!!
No primeiro penalty a bola raspa no braço do defesa do Gil, mas para mim, não existe penalty: o desvio de bola é tão à queima, que só pode ser considerado penalty numa situação de aumento da Volumetria, o que não é o caso, pois o braço está à frente da 'cabeça'... aliás a bola ainda bate na cabeça!!!
No segundo penalty, o Taremi terá ficado orgulhoso... o Nico toca na bola, e imediatamente se lança sobre o guarda-redes, quando se dá o contacto, o porco já está em mergulho...
No 2.º golo dos Corruptos, a recuperação de bola a meio-campo, é efectuada em falta, com um empurrão nas costas...
Inacreditável como é que se expulsa o Sandro Cruz com duplo Amarelo, e os Corruptos terminam o jogo, com 18 faltas e 0 Amarelos, em especial o Varela que se fartou de dar porrada!!!
Destaque ainda para as nomeações: Vasco Santos para VAR, Bessa Silva para AVAR, todos fanáticos adeptos dos Corruptos, tal como o árbitro... Continua tudo na mesma!!!

Em Braga o Baixinho acabou por não ter influência...

Em Famalicão, o Benfica jogou mal, mas o Veríssimo voltou a demonstrar o seu ódio ao encarnado!!!
Quando assinalou a primeira falta contra o Famalicão, já o Benfica tinha dois Amarelos!!!
E não foi por falta de oportunidades... mas nas situações mais graves, olhou para o lado, ou deu uma suposta da lei da vantagem, que não deu vantagem nenhuma!!!

Nota ainda, para a Realização... Também aqui, tudo na mesma: repetições, de lances duvidosos, potencialmente favoráveis ao Benfica, em dia de São Nunca!!! Ao contrário, ultrapassam a dezena: exemplo o Amarelo ao Prestianni!!! Ainda tentaram 'inventar' faltas em dois lances com o Morato: numa usa os braços normalmente, na outra uma bola dividida pelos dois jogadores, onde um deles ao ver a bola sair pela linha de fundo, grita e atira-se para o chão!!!

Em sentido contrário, várias lances com jogadores do Benfica na relva, sem qualquer repetição: destaco, uma potencial pisadela sobre o Barreiro pelo Zaydou, junto da linha lateral, quando o Benfica tentava pressionar alto... Nem uma!!!

Penalty descarado sobre o Pavlidis: incrível como se desculpa este lance, com o penaltyzinho, um contacto que não é suficiente!!!
O Grego leva um pontapé nos gémeos, na perna direita, no momento que está esticado para dominar a bola...



Anexos (I):
Benfica
1.ª-Famalicão(f), D(2-0), Veríssimo(Malheiro, H. Coimbra), Prejudicados, Impossível contabilizar

Sporting
1.ª-Rio Ave(c), V(3-1), Gonçalves(Nobre, N. Pereira), Nada a assinalar

Corruptos
1.ª-Gil Vicente(c), V(3-0), C. Pereira(V. Santos, J. Bessa Silva), Beneficiados, (0-0), (+2 pontos)

Braga
1.ª-Estrela(c), E(1-1), Baixinho(Rui Costa, H. Santos), Nada a assinalar

Anexos(II)
Penalty's (Favor/Contra):
Benfica
0/0

Sporting
0/0

Corruptos
2/0

Braga
0/0

Anexos(III):
Cartões:
A) Expulsões (Favor/Contra)
Minutos (Favor-Contra = Superioridade/Inferioridade):
Benfica
-
Minutos:
-

Sporting
-
Minutos:
-

Corruptos
1/0
Minutos:
18-0=18 (superioridade)

Braga
-
Minutos:
-

B) Amarelos
Contra (antes dos 60m) - Adversários (antes dos 60m)
Benfica
4(3) - 3(0)

Sporting
2(1) - 2(2)

Corruptos
0(0) - 2(1)

Braga
3(0) - 5(1)

Anexos (IV):
Com influência (árbitros ou Var's):
Benfica
-

Sporting
-

Corruptos
C. Pereira - +2
V. Santos - +2

Braga
-

Anexos(V):
Árbitros - Total - (Casa/Fora):
Benfica
Veríssimo - 1 - (0/1)

Sporting
J. Gonçalves - 1 - (1/0)

Corruptos
C. Pereira - 1 - (1/0)

Braga
Baixinho - 1 - (1/0)

Anexos(VI):
VAR's - Totais - (Casa/Fora):
Benfica
Malheiro - 1 (0/1)

Sporting
Nobre - 1 (1/0)

Corruptos
V. Santos - 1 (1/0)

Braga
Rui Costa - 1 (1/0)

Anexos(VII):
AVAR's:
Benfica
H. Coimbra - 1

Sporting
N. Pereira - 1

Corruptos
J. Bessa Silva - 1

Braga
H. Santos - 1

Anexos(VIII):
Jogos Fora de Casa (árbitros + VAR's)
Benfica
Veríssimo - 1+0 = 1
Malheiro - 0+1 = 1

Sporting
-

Corruptos
-

Braga
-

Anexos(IX):
Totais (árbitros + VAR's):
Benfica
Veríssimo - 1 + 0 = 1
Malheiro - 0 + 1 = 1

Sporting
J. Gonçalves - 1 + 0 = 1
Nobre - 0 + 1 = 1

Corruptos
C. Pereira - 1 + 0 = 1
V. Santos - 0 + 1 = 1

Braga
Baixinho - 1 + 0 = 1
Rui Costa - 0 + 1 = 1

Anexos(X):
Jornadas anteriores:
-

Anexos(XI):
Épocas anteriores:

A águia que quer voar sem asas


"Quando nem o treinador tem uma explicação para o que aconteceu, a coisa é grave. Benfica de 2022/2023 continua a anos-luz…

Famalicão adensou os problemas de Rui Costa e reduziu a margem de manobra de Roger Schmidt. No Minho, na estreia na Liga de 2024/2025, a primeira tentação é dizer-se que a lei de Murphy castigou o Benfica, já que tudo o que podia ter corrido mal, correu mesmo. Mas deixemos o engenheiro aeroespacial Edward A. Murphy em paz, porque o seu postulado não se aplica aos encarnados. Na verdade, estamos perante uma situação em que o que assenta como uma luva é uma frase atribuída a Albert Einstein (sem que haja garantias de que seja ele o autor): «Insanidade é continuar a fazer a mesma coisa e esperar resultados diferentes.»
Dão-se alvíssaras a quem descortinar diferenças entre o Benfica que perdeu por 2-0, a 5 de maio deste ano, na 32.ª jornada da Liga de 2023/2024 em Famalicão e aquele que foi derrotado pela mesma marca, no mesmo campo, perante o mesmo treinador (Armando Evangelista) no dia 11 de agosto, na primeira ronda de 2024/2025.

Fotografia desfocada
Guarda-redes (Trubin) desprotegido e avançado (Pavlidis) mal municiado; duplo pivot (Barreiro e Florentino) deficiente na ocupação de espaços para impedir as transições rápidas ofensivas do Famalicão; médios alas (Aursnes e João Mário) a jogarem sistematicamente por dentro, afunilando jogo e retirando espaço a Prestianni, que devia ser o principal apoio de Pavlidis. A tudo isto acresceu um Bah fora de forma, um Beste à procura da equipa e, last but not least, uma dupla de centrais que não deverá manter a titularidade, onde Morato jogou sempre sobre brasas.
Tudo junto, resultou em gentileza a mais para com o Famalicão, que não se fez rogado, viveu uma primeira parte, em termos defensivos, na santa paz do Senhor, e só teve de se aplicar no último quarto de hora, quando o Benfica se destapou completamente, em desespero, à procura do 1-1, e acabou por sofrer o 2-0.
Este foi a fotografia desfocada de Famalicão, onde a entrada de Ángel Di María agitou as águas e deu um novo alento aos encarnados. Sem surpresa, aliás. El Fideo continua a ser um extraordinário jogador, virtuoso no um-contra-um, dono e senhor de poderosa e colocada meia-distância e mestre na arte do cruzamento. O problema que Di María coloca à equipa tem a ver com a fase defensiva, onde já não consegue integrar-se num sistema que faça da pressão alta um modo de vida.

Equipa pior que em 2023/2024
Relativamente à época passada, a equipa que o Benfica apresentou em Famalicão era superior? Apesar do excelente Pavlidis, a resposta só pode ser não. Na ausência de criativos, não ter Neres, que está já embrulhado com um laçarote na secção de expedição, foi um tiro no porta-aviões; prescindir de Arthur Cabral no banco, num jogo em que a partir do golo de Sorriso o Benfica ficou a precisar, como de pão para a boca, de maior presença na área famalicense, foi um absurdo; e sem ir mais fundo quando à manutenção de António Silva no banco, um meio-campo sem João Neves é, indiscutivelmente, um meio-campo mais fraco, com menos dinâmica, precisão e capacidade de luta.
Não é preciso perceber muito de futebol para ver que ou joga Florentino, ou joga Leandro Barreiro. Ter os dois em simultâneo é tão mau como não ter qualquer deles em campo…
Faltam 33 jogos para acabar a Liga, e há uma Taça de Portugal, uma Taça da Liga e uma Liga dos Campeões por estrear, logo o Benfica tem todo o tempo e espaço do mundo para entrar nos eixos. Porém, uma coisa é certa: se a equipa teimar em afunilar o jogo, procurando entrar em tabelas pela zona central da defesa contrárias, se deixar que as saídas de bola dos adversários sejam zonas de lazer, e ao mesmo tempo se tremer como varas verdes cada vez que é pressionada (e tudo isto é o que tem acontecido), o prognóstico passará rapidamente de reservado a crítico.

Saídas e entradas
Percebido que Neres e Cabral não contam para Schmidt, e que Kokçu pode estar na mesma senda (quantos milhões foram investidos nestes três jogadores, todos eles de qualidade?), o que vai fazer Rui Costa até ao fim do mercado? Ficará dependente do regresso de Otamendi (sem férias, após uma época de 70 jogos!) para restabelecer a liderança dentro do campo?
Irá colocar uma vela à Senhora de Fátima para que Renato não se lesione e seja o verdadeiro Renato Sanches? Vai contratar mais um ala e um outro ponta-de-lança? Terá uma conversa séria com Roger Schmidt onde lhe faça ver que qualquer semelhança entre o Benfica de 2022/2023 e o da época passada e aquele que esteve no domingo em Famalicão é pura coincidência?
E a propósito do técnico alemão, que continua a merecer a confiança do presidente, é bom que fique claro que Schmidt é o elo mais fraco de Rui Costa, o flanco por onde o descontentamento dos adeptos mais facilmente atingirá o antigo maestro. Evidentemente que Rui Costa, quando decidiu manter Schmidt, estava consciente desta realidade, e sabia como tinha sido difícil, na Luz, a vida de todos os treinadores que iniciaram a época fora das boas graças do Terceiro Anel.
Daí que pareça obrigatório, em primeiro lugar, um tête-à-tête com o técnico germânico, que confessou, em Famalicão, não ter explicação para o que tinha sucedido; e, simultaneamente, garantir não só um reforço de plantel que dê largura à equipa e maior presença na área, mas também que o Benfica regresse aos princípios de jogo de 2022/23. E, recordo, foi em nome desse futebol, de matriz ofensiva, alegre e agressivo no momento da recuperação da bola, que Rui Costa confessou que foi contratar Roger Schmidt."

José Manuel Delgado, in A Bola

Com o Benfica em toda a parte


"1. O último jogo da pré-temporada do Benfica aconteceu no Estádio Algarve. A lotação foi dada como esgotada, o que não admira porque assim aconteceu em Águeda por duas vezes quando o Benfica lá jogou no arranque dos trabalhos com o Farense e com o Celta de Vigo. Nos dois jogos feitos na Luz, com o Brentford e com o Feyenoord, a soma do número de espectadores nos dois acontecimentos chegou aos 100 mil. E no jogo com o Almeria, na fronteira da França com a Suíça, também a lotação esgotou. É assim com o Benfica em toda a parte.

2. No Estádio Algarve não se esperaria outra coisa do que uma casa cheia. Mas no início da transmissão da BTV ficou claro que as bancadas laterais estavam cheias, mas os dois topos do estádio apresentavam-se vazios. Porquê? Porque 'não oferecem condições de segurança para o público', explicou o repórter da BTV que acompanhou a transmissão do jogo.

3. Não é estranho que um estádio construído com recursos de modernidade para um grande evento como o Europeu de 2004 já só esteja meio operacional por força da degradação dos materiais? Sim, é. A decisão da Supertaça no último fim de semana, também teve por palco em estádio construído de raiz para o Euro 2004.

4. Em Aveiro, ao contrário do que sucedeu em Faro/Loulé, não houve restrições ao número de espetadores. Todas as bancadas repletas de espetadores davam a garantia de que o estádio não apresentava problemas para o público em lugar nenhum. No entanto, acabou por suceder um caso grave já durante o jogo, visto que se partiu 'acidentalmente' um vidro de delimitação de um camarote, e a queda dos destroços sobre a bancada inferior provocou ferimentos numa espetadora que foi transportada ao hospital.

5. Como é que um estádio, construído no século XXI, pode acontecer uma coisa destas assim tão 'acidental'? O jogador do Sporting que por 'acidente' partiu o vidro pediu desculpa à vítima, e a FPF, também muito 'solicita', prontificou-se a pagar um hotel em Aveiro aos familiares da vítima.

6. Entretanto, surgiu um vídeo exibindo Nuno Santos e um outro elemento da comitiva do Sporting reagindo energicamente a um momento do jogo, batendo no vidro sem cerimónia e sem precaução. Depreende-se, assim, que o incidente não foi lá muito 'acidental', o que ilibará a Câmara Municipal de Aveiro, proprietária do recinto, de responsabilidades civis, mas que não servirá, certamente, para acusar ninguém, não vá a 'acidentalmente' ofender-se.

7. Domingo. 18:00, em Famalicão. Primeira jornada do campeonato. E primeira vitória do Benfica, não é? Não faltarão benfiquistas em Famalicão. Estão sempre com o Benfica em toda a parte."

Leonor Pinhão, in O Benfica

O triunfo da espetacularidade


"Com o futebol defensivo e calculista em voga, o Benfica demonstrou ser possível conquistar títulos com um futebol vistoso

No futebol moderno havia quem defendesse que era melhor jogar mal e ganhar do que o contrário. O argumento era reforçado pelo mediatismo do Campeonato italiano, considerado o melhor do mundo durante as décadas de 1980 e de 1990, em que as equipas privilegiavam sistemas ultradefensivos.
O Benfica praticava o imenso. Na temporada 1989/90, encantou pela sua qualidade, mas terminou sem conquistar qualquer título. No início da época seguinte, a imprensa questionava-se que versão iriam os encarnados apresentar: 'O Benfica do ano passado, bonito, elegante, falho de combatividade, (...) ou, então, um novo Benfica, mentalizado para lutar, até ao fim, pelo resultado'.
Se havia algum tipo de dúvida em relação a qual estratégia o Benfica iria adoptar, ficou dissipada na sua estreia para o Campeonato Nacional. O treinador Eriksson era adepto confesso da espetacularidade. Na deslocação ao Minho, os benfiquistas responderam de forma convincente: 'O Benfica ganhava a bola com frequência e relativa facilidade, atacava mais vezes, pressionava mais a defensiva contrária, fazia da velocidade suporte das suas investidas atacantes'. Ganhou por 2-0, triunfo que, dada a superioridade evidenciava, nunca esteve em causa. As jornadas seguintes seguiram a mesma linha exibicional, os benfiquistas iam somando triunfos e entusiasmando os adeptos.
Na 5.ª jornada, o Boavista travou essa série vitoriosa, com as equipas e empatarem a uma bola. A estratégia dos axadrezados surpreendeu, pois, frente as Sporting e ao FC Porto, 'apresentou uma filosofia completamente diferente jogando aberto', mas perante os encarnados 'fez marcha-atrás e jogou com um bem armadilhado sistema defensivo'. O sucesso dessa estratégia fez com que fosse replicada pelos adversários seguintes. No entanto, os benfiquistas não abdicaram das suas ideias e conseguiram superar esse sistema, alcançado uma nova série de vitórias.
Na 10.ª jornada, o Vitória FC, no seu reduto, jogou bastante recuado no terreno e imprimiu agressividade excessiva nas disputar de bola. Consequentemente, 'ao cabo dos primeiros 36 minutos, o Benfica deixou de dispor de três titulares, ficando a equipa reduzida a dez unidades'. Bastante fragilizados, os encarnados acabaram derrotados por 2-0. No final do encontro, os dirigentes benfiquistas estavam furiosos com a arbitragem: 'Lamento que o árbitro tenha permitido tanta dureza'.
As grandes equipas revelam-se nos momentos difíceis, e os encarnados responderam da melhor forma. Continuaram a deslumbrar e, nas 28 jornadas seguintes, somaram 24 triunfos e 4 empates. Sagraram-se campeões nacionais e alcançaram marcas brilhantes: 'Maior número de vitórias em casa e fora, 16, em ambos os casos únicos clube imbatível em casa - 19 J = 16 V - 3E: maior número de vitórias consecutivas - 12; maior rendimento (pontos ganhos/pontos em disputa) - 90,8%'.
Saiba mais sobre as vitórias do Clube na área 6 - Campeões Sempre, no Museu Benfica - Cosme Damião."

António Pinto, in O Benfica

Mais uma corrida, mais uma viagem


"À semelhança de todos os anos, o mês de Agosto fica marcado pelas romarias e pelo reinício do principal campeonato de futebol. Começa a época, e, tal como nas festas populares, há públicos para todos os gostos. Há quem prefira carrinhos de choque, casas do terror, roulottes de farturas ou tranquilos passeios depois de jantar em busca do gelados e gomas para os mais novos. No futebol não é diferente. Temos os adeptos que só procuram o conflito e a crítica fácil, olhando apenas para um copo que pensam estar totalmente vazio quando, afinal, nem sabem que a água é transparente. Temos quem só começa a pensar em apoiar a equipa em abril e maio, temos os que assobiam da bancada no primeiro minuto da primeira jornada porque não se rematou à baliza desde o meio-campo, temos os que acreditam que vamos ganhar tudo em todas as modalidades e escalões (eu!), e temos também aqueles que apenas veem qualidades nas equipas e nos treinadores rivais - os outros é que a sabem toda. E quem pensa o contrário ou é ovo podre ou cúmplice de negociatas.
A multipolaridade do adepto benfiquista deveria ser um caso de estudo numa qualquer universidade. Tão depressa se imagina vencedor da Liga dos Campeões como vaticina um descalabro. E tudo isto, muitas vezes, no espaço de minutos (segundos, vá). Dizem ser esse um dos critérios da beleza do futebol, mas eu discordo. Isso é apenas falta de cultura desportiva e de respeito por quem veste a nossa camisola.
Apoiem do princípio ao fim e sem alimentar teorias da conspiração de que alguém, amigo de um vosso conhecido, ouviu falar ou leu numa qualquer rede social ou num grupo de WhatsApp que só partilha desejos secretos de quem nos quer ver no fundo do poço. Ouçam e vejam com rigor, como, por exemplo, a entrevista de João Neves a explicar a sua saída. Posto isto, deixem-se de filmes e de viagens ou maionese e nos carrosséis."

Ricardo Santos, in O Benfica

Bem-vindo a casa, RS85


"Diz o ditado que 'O bom filho a casa torna', e, apesar de um filho ter partido, há outro que torna a casa. Nenhum benfiquista ficou feliz com a saída do João Neves, mas nenhum benfiquista fica infeliz com o regresso do Renato Sanches. Oito anos depois, o menino que tanto ajudou o Benfica a conquistar o tri, naquele ano difícil em que ficou provado que é possível ganhar campeonatos com o contributo de jogadores formados no Seixal, está de volta ao Estádio da Luz. Renato traz seguramente com ele a mesma aura que aquelas tranças não conseguem esconder. O papel do Renato foi muito além dos 35 jogos em pouco mais de meia época, aos 18 anos. O Renato foi um certificado de garantia de que a aposta na formação tinha pernas para andar com a mesma energia que as dele tinham para correr. Haveria espaço para o Rúben Dias sem o espaço criado pelo Renato? E para o João Félix? Gonçalo Ramos? António Silva? O Renato não aparece porque o João Neves saiu, o João Neves é que saiu porque um dia o Renato apareceu.
Oito anos depois de sair, o Renato regressa com mais seis títulos de campeão no palmarés, ainda que dois deles possam ser encarados por alguns mais em forma de diploma de presença do que verdadeira participação. Ainda assim, estamos a falar de um atleta com sete campeonatos ganhos em nove anos de carreira sénior. A desconfiança, essa, deixemos para os mesmos que desconfiaram do Renato quando foi convocado para o Euro 2016 e voltou a Portugal no mesmo avião do caneco, juntando também um Campeonato da Europa à carteira.
Eu estou entusiasmado com a vinda do Renato, e ele não esconde o sorriso pela alegria de regressar. O bom filho a casa torna."

Pedro Soares, in O Benfica

Inelutável


"Não foram necessários mais do que três ou quatro jogos como titular para se perceber que dificilmente o futebol português conseguiria manter João Neves por muito tempo.
A capacidade técnica que desde logo evidenciava, a raça com que disputava cada lance, a elasticidade com que superava adversários aparentemente mais robustos e, sobretudo, a personalidade com que mandava no meio-campo encarnado, rapidamente, fizeram dele um menino querido aos olhos dos adeptos do Benfica, e um alvo definido pelos tubarões do futebol europeu.
Infelizmente, as vicissitudes do mundo moderno e de uma liga portuguesa fraca e periférica não permitem reter estes jovens por cá. Foi assim com João Félix, com Darwin, com Enzo e com Gonçalo Ramos, só para citar os exemplos mais recentes.
Nenhum clube português tem condições de recusar 70 milhões de euros. A Lei Bosman, e mais tarde a entrada de fundos estatais do Médio Oriente, criaram uma clivagem entre as principais ligas e as restantes - independentemente da grandeza e do historial de clubes como o Benfica, o Ajax ou o Celtic. Podemos não gostar da realidade, mas ela impõe-se. Neste contexto, resta-nos vender bem e reinventar, de forma a alimentar o ciclo e manter a competividade desportiva em paralelo com a sustentabilidade financeira.
Há quem defenda que João Neves não deveria sair já, mas daqui a um ano. Acontece que o Benfica não condiciona o mercado. Tem de vencer quando aparecem propostas desta dimensão, e há comboios que não passam duas vezes.
Talento vai, talento vem. Se recuperar fisicamente das mazelas que o têm atormentado, Renato Sanches pode ser o substituto ideal de João Neves. Também ele, no pico de valorização, tivera de sair. Volta mais cedo do que se esperava, bem a tempo de relançar a carreira e ajudar o Benfica a conquistar títulos."

Luís Fialho, in O Benfica

Futebol genuíno


"Não poderia haver melhor designação para este torneio internacional organizado nos Estados Unidos: Genuine World Cup. È claro que não existe nenhum futebol mais genuíno que outro, da rua ao mais icónico dos estádios, do grupinho infantil, ao balneário galáctico ninguém se pode dizer mais autêntico ou mais importante. No Planeta Futebol é assim, e ainda bem que é!
Por isso, sempre que um grupo tem em comum alguma característica que o desvia da média, qualquer que seja, encontra sempre no futebol um ponto de abrigo onde se esbatem as diferenças e as injustiças que atormentam a sua vida no planeta real. Quem trabalha com futebol adaptado sabe muito bem que isto é mesmo assim, não é benefício de simpatia ou solidariedade, mas uma outra coisa bem mais forte e universal que aproxima as pessoas, e torna mais irrelevantes as suas diferenças. A vida lá fora continua a ser como é, mas no espaço-tempo do futebol existe um oásis que mostra ser possível a utopia de uma vida em harmonia onde a lei do mais forte, que molda a natureza e as sociedades, se esbate, cede o passo e rende homenagem à lei da amizade. Por isso, ainda que sem direitos de exclusividade, o futebol adaptado merece e honra o título de futebol genuíno!"

Jorge Miranda, in O Benfica

Núm3r0s d4 S3m4n4


"3
Viktoriya Borshchenko, figura do andebol mundial que representou o Benfica nas últimas 3 temporadas, sagrando-se tricampeã nacional (90 jogos; 440 golos), retirou-se e passa a integrar a equipa técnica;

5
Vasco Vilaça foi 5.ª na prova de triatlo dos Jogos Olímpicos. E voltou a ser 5.º nas estafetas mistas, com Melanie Santos a fazer também parte do quarteto;

6
Maria Inês Barros terminou os Jogos Olímpicos na 6.ª posição no tiro com armas de caça;

14
Depois de 14 anos de águia ao peito, Hugo Gaspar deixa de representar o voleibol benfiquista. Ajudou à conquista de 27 troféus nacionais, incluindo 9 Campeonato Nacionais;

16
Um dos grandes nomes da história do hóquei em patins benfiquista está de regresso ao Clube. João Rodrigues ganhou, de águia ao peito. 16 troféus, incluindo 2 Ligas Europeias e 3 Campeonatos Nacionais;

75
João Neves foi transferido para o Paris Saint-Germain por um montante perto de 60 milhões de euros que poderá chegar, mediante o comprimento de objetivos, a perto dos 70. Jogou 75 jogos em competições oficiais pela equipa A, sendo campeão nacional 1 vez e vencedor de 1 Supertaça;

85
Renato Sanches está de regresso ao Benfica e envergará a camisola com o número 85 nas costas, o mesmo utilizado na extraordinária época que fez pela primeira equipa (2015/16);

191
Ao continuar ao serviço do Benfica, Di Maria passa a ser o futebolista do atual plantel com mais jogos pela primeira equipa (191) e com mais golos (38). Em competições oficiais é o 2.º com mais jogos (173), superado só por Otamendi (178) e o que fez mais assistências para golo (42). O melhor marcador é João Mário, com 36, mais 3 que o 2.º, Di Maria."

João Tomaz, in O Benfica