Cartilheiros zangados...!!!

A Chama Olímpica Paris'2024


"Aos nossos 73 bravos e bravas do pelotão e aos seu valorosos treinadores, chegou a hora de representar o nosso país nos Jogos Olímpicos de Paris 2024.
Queremos expressar o nosso mais profundo apoio, admiração e confiança em cada um de vocês. Esta jornada é o culminar de anos de dedicação, treino árduo e sacrifícios, e estamos certos que levarão convosco não apenas o talento, mas também o espírito e a inspiração que também estes momentos proporcionam, e que seguramente nos farão encher de orgulho.
Queremos, em nome dos quase 500 associados da AAOP, também atletas olímpicos, transmitir todo o nosso apoio e o desejo dos maiores sucessos, a cada um de vós atletas olímpicos participantes, desejando, neste momento tão conturbado em que vivemos, com guerras e outras calamidades que assolam o nosso planeta, que o vosso desempenho seja fruto de uma alegria imensa e de um inexplicável momento de inspiração, sempre dentro do espiríto do Barão Pierre de Coubertin, juntos no Respeito, Excelência e Amizade, todos solidários a torcer pela vossa melhor participação possível.
Aos Treinadores, um papel inestimável na formação e orientação dos nossos atletas. A vossa sabedoria e sábia liderança são a base sobre a qual se constroem grandes campeões.
Aos Atletas, a vossa força, coragem e determinação são inspiradoras. Lembrem-se sempre de que, independentemente dos resultados, vocês já são vencedores por chegarem tão longe.
Desejamos a todos uma competição cheia de momentos de superação, conquistas e, acima de tudo, de realização pessoal e coletiva. Que cada prova seja uma oportunidade de mostrar o melhor de vocês mesmos, com o coração cheio de confiança e a mente focada nos vossos objetivos.
Boa sorte, equipe olímpica! Estamos todos convosco por vocês, vibrando a cada passo do caminho. Que a chama olímpica ilumine o vosso caminho rumo ao sucesso.
Com toda a nossa admiração e apoio, Parabéns e boa sorte! Para os atletas pelos atletas para a sociedade"

Mística e bancada


"1. Bela iniciativa do Benfica esta conversa que veio, a público entre Carlos Manuel, jogador do Benfica na década de 80 do século passado, e João Mário, jogador do Benfica nesta década de 20 de século XXI. Cada um recorrendo à sua experiência particular abalançaram-se a explicar o que é isso da 'Mística' na nossa casa.

2. Para Carlos Manuel, 'o Benfica vai ter sempre grandes individualidades', mas a Mística será sempre 'um coletivo forte'. João Mário recordou o jogo com o Inter Milão, na Luz, na fase de grupos da Liga dos Campeões, a 29 de Novembro do ano passado, para dar o exemplo do que é a Mística do Benfica: 'Lembro-me que o primeiro feedback que tive de alguém das bancadas quando fiz o hat-trick com o Inter não foi 'parabéns', foi 'vamos no quarto', esta é a exigência do Benfica'. E é assim que deve ser.

3. Não é ganância de ganhar nem ambição desmedida esta exigência da bancada. É simplesmente, Benfica. Como estamos todos recordados, esse encontro com os italianos terminaria empatado (3-3). Se João Mário fez três golos na primeira parte, o Inter fez outros três golos no segundo tempo. O jeito que teria dado se João Mário tivesse feito o seu quarto golo como alguém lhe terá pedido da bancada... Será isto exigir muito? Não, é apenas amor. A bancada tem sempre razão? Tem, sim, exceto quando apouca os nossos atletas e os nossos técnicos.

4. Uma das melhores definições de mística foi, em tempos, fornecida por Toni que no Benfica foi jogador campeão e treinador campeão. 'Mística? Mística é ganhar!' E nisto estamos todos de acordo.

5. A equipa feminina de hóquei em patins do Benfica conquistou no último fim de semana a sua 10.ª Taça de Portugal. No fim de semana anterior tinha selado, pela 11.ª vez consecutiva, o título de campeã nacional da primeira divisão. Entenderão, porventura, os benfiquistas como desnecessária a referência ao facto das nossas hoquistas serem campeãs nacionais da 'primeira divisão', mas consultando a lista de convocados pela Federação Portuguesa de Patinagem para os próximos compromissos da seleção nacional estranha-se o desprezo votado às nossas hoquistas. O hóquei feminino do Benfica não é campeão dos distritais.

6. Ainda assim a Federação de Patinagem de Portugal, responsável de cima abaixo pela seleção nacional de hóquei em patins feminino, deve olhar para as nossas supercampeãs como se competissem em torneios secundários em Portugal. Pobre FPP, não sabem o que perdem.

7. Arrancou a pré-temporada do Benfica com golos, boas perspectivas e algumas lesões. Que as perspectivas se confirmem e que as lesões passem rapidamente. O resto é ganhar."

Leonor Pinhão, in O Benfica

O valor de ser o mais antigo


"Como sócio mais antigo entre os benfiquistas, de 1956 e 1979, Luís Joaquim Gato foi o segundo mais duradouro nesse posto

Qualquer instituição que se forma com amor e dedicação prezará pelo respeito e orgulho da sua história, como se nas raízes da fundação estivesse a fonte para o sucesso, presente e futuro. É neste principio que se honram e distinguem os sócios n.º 1. No Benfica, entre as 13 individualidades que se posicionaram como a mais antiga entre a população associativa, descobre-se Luís Joaquim Gato (1887-1979), que viveu toda a sua vida em Benfica.
Tinha 18 anos quando, em 26 de Julho de 1906, foi sócio fundador n.º 5 do Grupo Sport Benfica, juntamente com António Sobral Júnior, Luís Carlos de Faria Leal e outros 12 elementos. Destacou-se como atleta de ciclismo, participando em duas provas, classificado em 3.º lugar na prova dos 25 quilómetros e vencendo outra de cinco quilómetros, em 16 de Agosto de 1908. Também alinhou no futebol encarnado, sobretudo na 2.º categoria, com a qual se sagrou campeão de Lisboa duas vezes.
Entre 1906 e 1911, exerceria como secretário e relator do Conselho Fiscal, e como vice-secretário da Direção. Viria a apresentar demissão em 1914, mas foram poucos os anos em que não teve o título de associado encarnado, voltando a ser admitido em 1919. Em 1952, readquiriu o seu número antigo.
Reconhecido pelo seu valor e correção, foi um 'amável e valioso' sócio que contribuiu, não só como testemunho vivo, mas como fomentador de uma paixão do desporto e do Benfica ao longo do século XX. Para Luís Gato, custa-lhe a crer ser possível, mas 'o dia mais feliz da vida', foi a inauguração do Estádio da Luz, no qual se viu desafiado em lágrimas, ao lado de Luís Carlos de Faria Leal e de José Neto.
Com o falecimento do primeiro, em 1956, Luís Gato tomou o lugar como sócio n.º 1. Ao contrário do que acontece hoje, essa transição dava-se somente nas atualizações de número de sócios, o que aconteceu em 1958.
Apoiante de profissionalismo, recordava com orgulho estar envolvido no Clube desde os seus primeiros tempos, quando pagava 30 tostões de quotas. Lamentava não ter sido distinguido com o título de Sócio de Mérito, mas afirmava ter 'muita honra em acabar os dias a pagar os trinta escudos'. Quando Ferreira Queimado foi eleito presidente da Direção, em 1977, ofereceu-lhe a quota. No fim, dizia, o que é 'preciso é que o Benfica ganhe, o resto não interessa'. Viveu uma vida cheia de amor pelo 'seu filho querido', o Benfica, que seguia de perto na Rua Cláudio Nunes, como um exemplo para a massa associativa. Conheça outros sócios n.º 1 do Benfica na área 16 - Outros Voos, no Museu Benfica - Cosme Damião."

Pedro S. Amorim, in O Benfica

As palavras certas


"Hoje, esta crónica é inteiramente dedicada a Fernando Tavares, vice-presidente do Sport Lisboa e Benfica. Poderia servir para, na sua pessoa, felicitar todas as modalidades do SLB, todos os atletas, dirigentes, equipas técnicas e staff pelas vitórias alcançadas em 2023/24 mas vai além disso.
No final da conquista da 10.ª Taça de Portugal consecutiva pela equipa feminina de hóquei em patins, Fernando Tavares juntou-se à melhor jogadora portuguesa da modalidade, Marlene Sousa, para uma flash interview que deveria surgir em destaque nos compêndios do dirigismo desportivo. Falando em nome do Sport Lisboa e Benfica e da sua direção, Fernando Tavares defendeu as atletas do Clube de uma decisão inqualificável da federação de patinagem e do treinador da seleção nacional - além de Marlene, ficaram fora da convocatória para o Mundial de hóquei Beatriz Figueiredo, Maria Sofia Silva e Marta Vieira.
Num tom pausado, pungente e direto, o vice-presidente para as modalidades do Glorioso pediu explicações, enalteceu o carácter e o profissionalismo de Marlene e de um plantel que continua a fazer história no desporto português. Não são necessárias ironias e meias-palavras, basta ir direto ao assunto e no momento certo. Foi o que fez Fernando Tavares, de forma educada, elevada e sincera.
Seja no hóquei ou em qualquer outra modalidade, que que género ou escalão for, a defesa dos interesses e dos atletas e treinadores do SL Benfica tem de ter sempre pela prioridade. Nesta semana, foi Fernando Tavares -, e obrigado por isso. Nas próximas, se necessário, acredito que outros e outras estarão também na linha da frente deste objetivo."

Ricardo Santos, in O Benfica

Nova pré-época? Excitação pura



"Há 3 coisas certas, na vida: a morte, os impostos, e um entusiasmo incontrolável quando se inicia a pré-época. As saudades de rever os nossos craques a tratarem a bola com amor e carinho; a expetativa de ver os reforços a integrarem-se na equipa e a criarem boas dores de cabeça ao treinador; o desejo de que a nova temporada obrigue o Departamento de Compras do Benfica a encomendar mais prateleiras para o Museu Cosme Damião poder acolher novos troféus. A vida é sempre bela antes de o campeonato começar porque todos acreditamos que será ainda mais bela quando terminar.
A ambição não se altera nunca, simplesmente vão mudando algumas circunstâncias, enquanto outros se mantêm. Queremos muito que o Di Maria se despeça da Luz com mais medalhas ao pescoço e, tudo indica, haverá mesmo um round 2 para a craque argentino nesta reta final de uma brilhante carreira. Queremos ver novamente o João Neves e o António Silva a celebrarem a conquista de títulos com Coca-Cola e Champomy, e descobrir se o Neres já curou o problema de sempre - o tal mal que ele causa nos adversários quando lhes aparece pela frente com a bola colada ao pé esquerdo.
Por outro lado, damos agora por nós a torcer para que um jogador que, na temporada passada, ainda não conhecíamos bem, esteja óptimo de saúde. Todos os benfiquistas levaram as mãos à cabeça quando o Pavlidis caiu com estrondo em cima de vários degraus de escadas e, afinal, o poderoso avançado saiu do incidente com um pequeno arranhão no dedo da mão. Não sou uma pessoa muito conectada com a religião, mas neste momento sou um crente devoto nos deuses gregos."

Pedro Soares, in O Benfica