quinta-feira, 4 de julho de 2024

1.º Dia

Comunicado!

Vai pela sombra!!!

O pontapé final… mas que não seja o último


"É hora de regressar e contrariar o pessimismo acerca da Seleção Nacional

Foram quase três mil quilómetros de carro, umas centenas de comboio, dezenas de Uber. Entrevistámos dinamarqueses, eslovenos, alemães, suíços, escoceses, belgas, sérvios, turcos, ucranianos e alguns portugueses. Comemos Swabian Knopfle bávara, salsichas de Frankfurt, enchiladas do México, hambúrgueres de vaca argentina, saladas da Nova Zelândia, muita fruta alemã, pastas feitas por mãos italianas e sushi elaborado à nossa frente por japoneses. Cobrir uma competição destas pelo lado de fora, sem ligação direta ao dia a dia da Seleção Nacional, traz-nos uma diversidade que levamos para a vida, porque saímos destes eventos sempre mais ricos do ponto de vista social e cultural, nem que seja por ter mais umas histórias para contar aos amigos.
Estar à margem do que se passa na equipa das quinas também me permite ter um distanciamento que, admito, torna-se mais difícil quando todos os dias o repórter é confrontado com uma portugalidade que abraça o próximo como ninguém e nos faz sentir especiais. Ainda assim os meus camaradas que diariamente têm trazido ao consumidor A BOLA o que de mais relevante se passa à volta do plantel dirigido por Roberto Martínez mostraram como se pode ser objetivo mesmo escrevendo e falando com emoção, indo ao encontro de uma máxima fundamental nesta profissão: o jornalista nunca pode fazer claque, mesmo que dê um berro na tribuna de imprensa do Stade de France depois do golo do Éder (confesso o crime).
É sob esta lente que parto para Lisboa sem as expectativas que trazia acerca do desempenho da Seleção Nacional. O que assisti ao vivo no jogo frente à Eslovénia não foi muito diferente do que vimos no Mundial do Catar: uma narrativa à volta do descontrolo emocional de Cristiano Ronaldo, arrastando os colegas para uma zona muito perigosa e com a benevolência de Bruno Fernandes e Bernardo Silva, cujo génio lhes dá o estatuto e obrigação de se imporem no jogo, coisa que não fizeram, seja por culpa de Roberto Martínez ou por bloqueio psicológico.
Este é o último Pontapé de Estugarda, uma rubrica inspirada em Carlos Manuel. Que a epopeia de 1985 seja uma eterna inspiração: sexta-feira, já no sofá e junto dos meus filhos, tentarei vestir a capa de adepto e contrariar este pessimismo. Tschuss."

A grande verdade de Roberto Martínez


"LEIPZIG — O patamar mínimo está alcançado, mas a forma como Portugal chega aos quartos de final do Europeu junta insegurança ao entusiasmo. A equipa tarda em encontrar uma identidade, e ao olhar para Bruno Fernandes ou Bernardo Silva ficamos com a sensação de que o problema está no coletivo e não no rendimento deste ou daquele. Cristiano Ronaldo já não esconde a ansiedade, e as lágrimas após o penálti falhado tanto revelam competitividade insaciável como instabilidade emocional, dispensável para quem - há muito - deixou de ter algo a provar. As hesitações coletivas começam muito antes do momento de ligar ao capitão, porém.
A transição defensiva estabiliza com a presença de Palhinha, mas o ataque posicional parece perdido na versatilidade: Bernardo passa demasiado tempo aberto (com Cancelo por dentro) e Bruno anda distante do centro do jogo.
As substituições pioraram a equipa, até pela surpreendente saída de Vitinha - estranhamente justificada pelo selecionador com a impossibilidade de ter jogo interior por causa da relva – e a colocação inicial de Francisco Conceição à esquerda. Passar assim não dá mais força do que ganhar por dois ou por três, como disse o selecionador, mas Roberto Martínez tem razão quando classifica Diogo Costa como o segredo mais oculto do futebol português.
Talvez agora a Europa do futebol acorde para o valor do guarda-redes que agarrou o apuramento luso. O jogo com a França será diferente, mas a boa notícia é que não é preciso reconstruir o caminho, apenas descobrir onde é que se perdeu o mapa."

O lado luminoso do Europeu


"Porque é que tendemos a ver sempre os lados negros e a ignorar o melhor do futebol?

Para cada erro técnico-tático que assinalam arranjo um grande momento de futebol para a troca.
O Euro-2024 está a ser bom. Tem tido jogos interessantes, já houve surpresas, é um regalo ver jogar uma Suíça, uma Áustria ou até uma Geórgia pelas quais ninguém apostava a ponta de um cabelo a 14 de junho, quando isto tudo começou.
Tem sido ótimo ver a Espanha espalhar o talento e a organização que se lhe reconhecem. Será a principal candidata? Se pensarmos no futebol jogado, sim. Por outro lado vai defrontar a Alemanha. E a Alemanha é a Alemanha. E depois até pode calhar contra Portugal. Ou França.
A bênção dos anos pares, entre os adeptos de futebol, é haver Campeonatos da Europa e do Mundo para entreter o defeso. Quando reparamos bem já os clubes estão a trabalhar e ainda vai o torneio a meio. Acaba o Euro e começam os jogos de preparação. Os anos pares poupam-nos a um jejum doloroso para quem vive mal sem uns joguinhos para espreitar. Os anos ímpares tiveram recentemente um paliativo chamado Liga das Nações, mas por enquanto não passa disso mesmo, um paliativo que nos faz suspirar pelo ano par seguinte.
Acontece que este ano, quando decorre um Europeu bastante interessante, somos inundados por ideias técnico-táticas que por vezes nos fazem pensar se estamos a ver uma competição de futebol ou uma loja de horrores.
É a França que aborrece; a Inglaterra que joga mal; a Espanha que tremeu (não sei onde nem quando, mas já li); a Itália que foi eliminada porque não defende como antes; Portugal que tem tudo errado do ponto de vista da ideia de jogo; a Bélgica que não ataca; os Países Baixos que já não são o que eram e a Escócia que é limitadíssima (aqui têm razão).
No último domingo, por exemplo, tivemos um pontapé de bicicleta a virar um jogo que parecia resolvido. Tivemos também a melhor equipa a dar a volta a uma desvantagem esporádica com esplendor sobre a relva.
Anteontem tivemos um guarda-redes que defendeu três penáltis formais e um penálti informal aos 115 minutos do prolongamento de um jogo em que o menos forte fez frente ao mais forte como só no futebol acontece, mesmo que com estacionamento de autocarros de dois andares em frente à área.
E em vez de glorificarmos os feitos, de agradecer aos canais pagos a possibilidade de os vermos todos (assim tenhamos tempo e dinheiro), dizemos que o campeonato está fraco. E que Portugal não joga nada e a Inglaterra é sempre uma desilusão e mais valia ver a novela nova que tem um enredo interessante. Merecemos anos ímpares.
Somos portugueses, somos assim? Se calhar nem tanto. Enquanto se liam e ouviam senadores e senadoras a rasgar a Seleção e as ideias de Roberto Martínez, viam-se pessoas nas ruas a festejar a passagem aos quartos de final. Fazia-nos bem, até à pele, olhar mais vezes para o bright side of life."

Celtics à venda


"Em 2002, Wyc Grousbeck hipotecou a casa para, com sócios, comprar o clube por €336 milhões, agora valem €4,39 mil milhões e vai vendê-los

Quando, em meados da década de 90, conversava com o então vice-presidente das comunicações e relações públicas da NBA Terry Lyons, que trabalhou 27 anos na Liga e acompanhou desde o início o commissioner David Stern a revolucionar a NBA para se tornar naquilo que é um dos campeonatos mais bem-sucedidos a nível mundial, vende a temporada para «214 países e territórios», por vezes falávamos sobre as obrigações, normas e direitos que existam (e existem) na Liga quanto à obrigatoriedade e frequência dos jogadores terem de falar com a imprensa.
Tudo aquilo surpreendia e maravilhava-me e comparava a quantos anos luz estava da realidade da comunicação desportiva portuguesa. E com tristeza, passadas três décadas, ainda continua.
Uma das justificações que Lyons dava era que para encher os pavilhões precisavam que os jogadores falassem, aparecessem, caso contrário aquele objetivo seria difícil pois eram os melhores produtos que a Liga tinha para mostrar. E dizia: «Nenhum proprietário está disposto a pagar 200 ou 300 milhões de dólares para comprar uma equipa para ter prejuízo». Pura verdade.
Foi precisamente 360 milhões de dólares (336 milhões de euros) que a Boston Basketball Parteners L.L.C, sociedade que controla maioritariamente os Celtics detida por Wyc Grousbeck, 63 anos, e Steve Pagliuca, 69, pagou em 2002. Agora, cerca de 15 dias depois de terem conquistado o título pela 18.ª vez, surpreendem ao anunciar que deseja vender a maior parte da quota até final de 2024 ou início de 2025, para que a transação seja finalizada em 2028, com Grousbeck a manter-se na posição de Governor até lá.
A diferença é que os Celtics, segunda formação com mais campeonatos ganhos das grandes ligas profissionais na América do Norte, apenas superados pelos 27 dos New York Yankees no basebol, estão avaliados, segundo a análise anual da Forbes apresentada em dezembro, em 4,7 mil milhões (4,39 mil milhões), o que os coloca como o quarto clube mais valioso da NBA depois de Golden State Warriors (7,2 mil milhões de euros), New York Knicks (6,2 mil milhões) e Los Angeles Lakers (6 mil milhões).
Curiosidade, há 22 anos Grousbeck e Pagliuca, este é também dono do clube de futebol italiano da Atalanta, tinham como sócio Joe Lacob, que em 2010 teve de vender a quota minoritária para comprar os… Warriors por 450 milhões (419 milhões) e torná-los na única franchise a destronar Knicks e Lakers do topo em cerca de duas décadas.
Diz-se que Wyc Grousbeck, que em 2002 hipotecou a casa para comprar os Celtics, apenas estará a vender grande parte da quota por ir divorciar-se da mulher Emilia Fazzalari e terá de fazer repartição de bens, enquanto Pagliuca já comunicou que pretende continuar ligado ao sucesso do clube, o que pode significar que deseja integrar a nova sociedade que surgir.
Ora, com o novo contrato de direitos de transmissão dos jogos e eventos a ser anunciado ainda neste defeso ou até ao início de 2025 que se espera que atinja os 60 ou mesmo 70 mil milhões (56 ou 65,3 mil milhões), dependendo do tempo de duração, o qual marcará mais uma nova era de invejáveis receitas para clubes e jogadores, não só porque estes têm direito a 51 por cento dos lucros da Liga e porque os tetos salariais das equipas serão aumentados e também poderão ganhar mais, é com enorme expectativa que se aguarda por quanto serão os Celtics vendidos.
Sabendo-se que em 2023 Mat Ishbia teve de pagar 4 mil milhões (3,7 mil milhões) para adquirir os Phoenix Suns, que surgem apenas em 11.º no mesmo ranking da Forbes e não trazem com eles o rótulo de campeões e principais candidatos para 2024/25, que uma quota minoritária dos Brooklyn Nets (13.º) foi recentemente transacionada por 6 mil milhões (5,6 mil milhões) e, já em novembro, Mark Cuban abriu mão de 73 por cento dos Dallas Mavericks (7.º) para a sociedade liderada por Miriam Adelson por 3,5 mil milhões (2,26 mil milhões), com os Boston Celtics espera-se um recorde, apesar do TD Garden não pertencer ao clube, que terá repercussões em todas os restantes 29 clubes assim como no valor da caução dos, pelo menos, dois novos se espera que entrem numa expansão a ser brevemente anunciada."

CAS Ad Hoc no EURO


"O Tribunal Arbitral do Desporto pode criar divisões Ad Hoc para os grandes eventos, como os Jogos Olímpicos ou os Campeonatos da Europa de futebol

O Tribunal Arbitral do Desporto de Lausanne (CAS) pode criar divisões Ad Hoc para os Jogos Olímpicos, mas também para outros eventos, tal como o Campeonato Europeu de Futebol, organizado pela UEFA.
Para a resolução de litígios no âmbito dos artigos 61.º e 62.º dos Estatutos da UEFA, relacionados com a fase final do Europeu de Futebol, foi criada uma Divisão Ad Hoc específica, que entrou em funcionamento a 14 de junho e manter-se-á até ao dia 14 de julho. O Tribunal é composto por uma lista específica de árbitros, oriundos da Lista de Árbitros de Futebol do CAS. O requerente deve, antes de apresentar um pedido, ter esgotado todos os recursos internos disponíveis a menos que o tempo necessário para esgotar os recursos internos torne o recurso à divisão Ad Hoc do CAS ineficaz.
Durante o período de duração do evento, as divisões Ad Hoc do CAS solucionam, por recurso à arbitragem, determinados litígios que caem sob a sua jurisdição. Apesar de garantir todos os procedimentos e princípios inerentes a um processo dito normal, os processos julgados pelas divisões Ad Hoc são extremamente céleres. Com efeito, o painel de árbitros decidirá no prazo de 48 horas após a apresentação do pedido. Em casos excecionais, este prazo pode ser estendido pelo Presidente da Divisão Ad Hoc se as circunstâncias o exigirem.
Levando em consideração todas as circunstâncias do caso, o painel poderá elaborar uma sentença final ou submeter o litígio à arbitragem através do CAS. O Painel também pode decidir só uma parte do litígio e encaminhar outra para o procedimento regular junto do CAS. As instalações desta Divisão Ad Hoc são as do CAS, ou seja, em Lausanne na Suíça."

Leandro Barreiro


É oficial, o médio-centro Luxemburguês, Barreiro, com origem lusas, assinou, algo que já tinha sido anunciado à bastante tempo. Em final de contrato com o seu Clube, o Mainz da Bundesliga, onde era titular, acaba por ser uma opção barata, para reforçar o centro do meio-campo!


Nos recentes jogos da Seleção Portuguesa com o Luxemburgo, já tinha notado dele, ainda antes do interesse do Benfica. É claramente um jogador doutro patamar, em relação aos colegas de Seleção!

Muito pulmão, muito agressivo na pressão, bem nos duelos defensivos, e não sendo um artista com a bola nos pés, passa bem curto... além disso tem 'chegada' à área, marcando até alguns golos pelo seu ex-clube!


Parece-me um jogador para rodar com o Tino. Não sendo uma cópia, é parecido. Agora não parece que vá ser titular indiscutível! Mas pode ser muito útil... Ainda por cima, teremos assim mais um benfiquista de berço no plantel!

Vamos ver como será a adaptação a uma nova realidade, e como os apitadores o vão 'receber'!