sexta-feira, 14 de junho de 2024

Amasso...

Benfica 6 - 1 Oliveirense

Goleada 'natural', num dos melhores jogos da temporada, onde a vantagem no marcador logo no arranque, obrigou o adversário a 'arriscar' o que nos deu espaço para as transições que nós gostamos... Contra um adversário que pouco se preocupou em jogar, e quando finalmente os obrigámos a 'jogar' para entrar na eliminatória eles não sabiam o que fazer... só estavam preparados para o conflito, as provocações e as agressões!!!

A arbitragem foi melhorzinha, mas mesmo assim: como é que um Vermelho direto para o adversário é transformado num Azul para o Robby?!!!
E já agora, será que o Benfica terá um LD ou penalty favorável com o guarda-redes adversário a cumprir o regulamento?!!!

Agora na Final os roubos e a intimidação vão continuar, mas com o Benfica a este nível, com o Nicolía em grande, a querer uma 'despedida' em beleza, tudo é possível, mas temos que vencer no Dragay, algo muito complicado, tendo em conta a inclinação consistente daquele pavilhão!

Apresentação...

As vitimas!

Milhões de razões para o 'disparate' de Ancelotti


"O treinador do Real Madrid não é tolo nem ingénuo. Terá sido tudo um aviso ou uma forma de pressionar a FIFA?

«A FIFA esquece-se que os jogadores e os clubes não vão participar nesse torneio [Mundial de clubes]. Um jogo só do Real Madrid vale 20 milhões [de euros] e a FIFA quer dar-nos esse dinheiro para todo o campeonato. Negativo. E como nós, outros clubes vão recusar o convite»
Carlo Ancelotti, treinador do Real Madrid, em declarações ao Il Giornale, que depois disse terem sido mal interpretadas

Carlo Ancelotti, treinador do Real Madrid, causou ondas de choque na segunda-feira, quando foi publicada entrevista ao Il Giornale em que garantia que o clube espanhol tinha recusado participar na edição inaugural (em 2025) do novo Mundial de Clubes – 32 equipas das seis confederações e os finalistas a terem de fazer sete jogos.
Que treinadores e jogadores estão contra a prova, que estenderá a competição até meio de julho, todos o sabíamos. Daí até anunciar a recusa do próprio clube vai um passo demasiado grande...
Sem surpresa, o Real Madrid desmentiu o treinador poucas horas depois, e o próprio Ancelotti fez a marcha-atrás habitual, a dizer que foi mal interpretado (o jornalista que o entrevistou garante que disse textualmente a frase que reproduzo acima). Mas o italiano não é ingénuo nem tolo. Ou no Real Madrid lhe garantiram que o clube não participaria na competição, mas aí a reação dele teria sido certamente outra, ou tudo não passa de aviso e/ou forma de pressão.
Porque uma parte da declaração de Ancelotti que passou despercebida foi de que cada jogo do Real valeria 20 milhões de euros. Não vale, nem de longe. Mas é verdade que, quando anunciou a prova, a FIFA fez saber (sem o assumir publicamente) que estariam em cima da mesa, como prémio de participação, 50 milhões para cada clube. Só que ainda nem vendeu os direitos de TV. Se esse prémio baixou para 20, não surpreende a contestação. Ou que Ancelotti tenha entrado no jogo. Teria milhões de razões."

As dúvidas de Martínez


"Garantido é que Portugal tem naipe de jogadores de luxo e opções para todos os gostos

Bom ensaio de Portugal para o Euro 2024. Já de malas aviadas para a Alemanha, a Seleção Nacional despachou a República da Irlanda. Uma vitória moralizadora, principalmente depois da derrota com a Croácia, que tantas dúvidas gerou. Nem de um nem de outro jogo devem tirar-se grande conclusões. Afinal, não passam de jogos de preparação. Como a própria denominação sugere, são partidas de avaliação, de testes, de experiências. E se no Estádio Nacional a Croácia expôs as deficiências defensivas da Seleção Nacional, Roberto Martínez aproveitou o encontro de Aveiro para mudar o sistema, recuperando o modelo com três centrais que lhe serviu de base enquanto selecionador da Bélgica e que também já tinha utilizado de Quinas ao peito.
Claro que a República da Irlanda não é a Croácia, mas a resposta foi muito positiva. Já com Pepe na defesa e Cristiano Ronaldo no ataque, o que, digam o que disserem, é sempre uma mais-valia, Portugal apresentou-se autoritário, coeso, forte e perigoso. Ganhou sem a mínima contestação e reforçou, se é que tal era necessário..., o estatuto de candidato ao título europeu.
Não acredito que o 3x4x1x2 seja o esquema preferencial de Roberto Martínez para a Alemanha, pois se o fosse o selecionador não esperaria pelo último teste para o voltar a pôr em prática. De qualquer forma, o treinador só pode ter ficado agradado com a resposta da equipa. Acredito mesmo que as dúvidas sobre qual o melhor modelo tenham aumentado...
Roberto Martínez tem sempre de encontrar lugar no onze para Rúben Dias e Bernardo Silva, que descansaram em Aveiro, e que na equação para formar a equipa titular estejam também os nomes de Nuno Mendes, João Palhinha, Vitinha e Diogo Jota. Pelo menos...
Garantido é que Portugal tem um naipe de luxo e opções para todos os gostos. E todos vão ser importantes, ninguém duvide. O Europeu vai ser tremendamente exigente, é um mês de grande desgaste, com sete jogos no calendário. Sim, Portugal vai ter de jogar de quatro em quatro dias até à... final de Berlim."

«Vão com Deus» mas venham com algo mais...


"Eu, juro, não sou supersticioso, mas o certo é que Marcoussis e Marienfeld começam com as letras «mar»... Só pode dar sorte... E, pelo sim, pelo não, empresto à Seleção que hoje parte para a Alemanha o manto protetor da minha mãe...

Há precisamente 40 anos, os Heróis do Mar lançavam o tema Supersticioso. Só me lembro dos dois primeiros versos do refrão: «Eu cá não sou supersticioso / mas o pai dela dá-me azar». E ainda hoje dou por mim a cantarolar esses versos. O equivalente ao « Yo no creo en brujas, pero que las hay, las hay» dos nossos vizinhos espanhóis, mas com mais sentido de humor e irreverência.
Eu, por exemplo, juro que não sou supersticioso, mas se a minha mãe não se despede de mim, cada vez que saio de casa para ir trabalhar, com um «vai com Deus», até parece que o dia já não me vai correr tão bem… No fundo, não acredito em superstições que causam azar, mas acabo por não ser indiferente a rituais que, cumpridos, me dão o estado de espírito certo para que as coisas me corram bem, ou tenha sorte. E quando a discussão da superstição me leva a becos sem saída, lembro a posição do filósofo inglês Francis Bacon (1561-1606), para quem «fugir de todas as superstições é, em si mesmo, uma forma de superstição.»
Não sei se Roberto Martínez é supersticioso, mas foi o selecionador quem fez questão de lembrar que a Seleção que venceu o Europeu de 2016 fez três jogos de preparação antes de partir para França… Tal como esta, antes do Europeu da Alemanha… Dará sorte? Procurando ler os sinais, dei por mim a pensar que em 2016 a Seleção montou o quartel-general em Marcoussis; já em 2024, a sede escolhida é Marienfeld. E eu que, juro, não sou supersticioso, não deixei de reparar que Marcoussis e Marienfeld têm em comum as três primeiras letras: Mar. Haverá palavra mais identitária da alma portuguesa? Só pode ser bom prenúncio…
Sei que esta quinta-feira, à partida da Seleção para a Alemanha, haverá Velhos do Restelo a antecipar desgraças por ser dia 13… Mas lembro que é um 13 especial, sacralizado por Santo António, casamentei ro que abençoará a boda marcada para 14 de julho, em Berlim. Por isso, tragam de lá o manjerico, perdão, o troféu, tal como em 2016. Puxem as barbas ao Adamastor, que o monstro só ladra sem morder, nesse rebatizar do Cabo da Boa Esperança. Podem até cantar, como em 2016, «Não importa, não importa / Se jogamos bem ou mal / queremos é levar a Taça / Para o nosso Portugal», mas esta geração tem condições de mudar a letra para «Nós somos conquistadores / Hoje demos festival / E vamos levar a Taça / Para o nosso Portugal.»
Eu, juro, não sou supersticioso, mas o certo é que em 2016 estive em França como enviado especial de A BOLA ao Europeu…. Só para lembrar, não estou a insinuar nada… Vim tão cheio de experiências vividas que, quando aterrei em Lisboa no regresso a Portugal, senti que a minha carreira de jornalista poderia acabar ali para me dar por feliz e realizado. Foram 35 dias de trabalho intenso, apaixonante, recompensador.A experiência de uma grande competição como esta é única e abarca muito mais do que a questão desportiva, dos treinos, conferências e jogos. Como uma esponja, absorvemos tudo o que se passa à nossa volta, dos costumes dos locais à cor e festa dos forasteiros, na certeza de que o adepto de seleção é um adepto diferente. Enriquecemos em termos humanos, conhecemos mundo num só lugar e crescemos na dimensão da verdadeira natureza humana. Num contexto de, salvo as exceções, partilha, alegria e solidariedade entre pessoas que se juntam pela mesma paixão ao futebol. Logo, só posso desejar sorte à vasta equipa de A BOLA que vai estar na Alemanha. Que sejam tão felizes e enriqueçam tanto quanto me aconteceu em 2016.
Eu, juro, não sou supersticioso, mas, pelo sim pelo não, partilho com a Seleção, na hora da partida para a Alemanha, o manto protetor da minha mãe: «Vão com Deus»… Mas venham com algo mais…"

RED-S, uma síndrome que esgota Atletas


"A síndrome RED-S é uma condição caracterizada por uma deficiência energética relativa

Com a aproximação dos Jogos Olímpicos e do Europeu de Futebol as atenções estão totalmente focadas na performance dos atletas e nos seus resultados. Contudo, este também é o momento em que devemos focar na sua saúde. No meio da pressão, da procura incessante pela excelência surge com demasiada frequência a RED-S (Relative Energy Deficiency in Sport), uma condição que pode comprometer seriamente o desempenho, mas acima de tudo a saúde a longo prazo dos atletas.
A síndrome RED-S é uma condição caracterizada por uma deficiência energética relativa, resultante de um desequilíbrio entre a ingestão alimentar e o gasto energético. Este desequilíbrio pode ser causado por uma dieta inadequada, aumento da intensidade dos treinos, ou uma combinação de ambos. A prevalência da síndrome RED-S entre os atletas é alarmante. Alguns estudos indicam que cerca 60% dos atletas de elite podem sofrer deste síndrome ou estar em risco de o desenvolver. Este número é especialmente elevado em desportos que enfatizam o culto do corpo e o belo, ou exigem categorias de peso, como ginástica, atletismo, ciclismo e artes marciais, podendo mesmo atingir cerca de 80% destes atletas.
As causas da RED-S são multifacetadas. A pressão para alcançar e manter um baixo peso corporal, combinada com uma carga de treino intensa, muitas vezes leva os atletas a consumir menos calorias do que o necessário para suportar suas atividades físicas. Além disso e acima de tudo, fatores psicológicos, como transtornos alimentares e a busca por um corpo ideal, mas acima de tudo pelo desejo de se tornarem ainda melhores, contribuem significativamente para o desenvolvimento da síndrome.
As consequências deste défice calórico são inevitáveis, podem ser graves e irrecuperáveis, daí que possa levar ao esgotamento do atleta enquanto desportista de alto rendimento, mas também da saúde enquanto indivíduo. Estas consequências são multissistémicas e podem afetar quase todos os sistemas do corpo. Quando um atleta sofre de síndrome RED-S, é como se o próprio organismo entrasse em autodestruição. A falta de energia necessária para sustentar as funções vitais e o treino leva a uma cascata de efeitos negativos. A curto prazo, os atletas podem experimentar uma queda no desempenho desportivo, aumento do risco de lesões e doenças, fadiga constante e dificuldades de concentração.
A longo prazo, as complicações podem ser ainda mais graves, incluindo osteoporose, problemas cardiovasculares, condições autoimunes, distúrbios gastrointestinais e disfunções endócrinas."