quinta-feira, 6 de junho de 2024

Só mais duas !!!

Corruptos 66 - 89 Benfica
16-22, 19-19, 10-23, 21-25

Carter(18), Dreschsel(18), Broussard(15), Almeida(8), Relvão(6), Barbosa(6), Betinho(6), Douglas(5), Makram(4), Edu(3), S. Silva, Gameiro

Sem espinhas... Imperiais na defesa, e regulares no ataque! Com esta atitude, vamos decidir 'isto' em 3 jogos, equipa muito solidária, e nem com os apitos do costume, demos qualquer hipótese!
Sexta, teremos o jogo 2...

Só mais uma !!!


Benfica 4 - 2 Oliveirense

Finalmente, uma vitória, antes dos penalty's, com um Benfica sempre superior, e onde aproveitámos as Bolas Paradas todas!
Não permitir o adversário ficar em vantagem altera a dinâmica dos jogos, ainda por cima, quando o Benfica é praticamente a única equipa em Portugal que gosta de 'partir' os jogos, aumentando a velocidade, de forma consistente!

Boa entrada do Manrubia na rotação, mas está a faltar a capacidade 'matadora' do Álvarez!

8000 !!!

Póvoas!

Requisitos...

Jogos importantes


"Começa a final do Campeonato Nacional de basquetebol, prosseguem as meias-finais do Campeonato Nacional de hóquei em patins. Estes são os destaques da BNews.

1. Em busca do tri
O Benfica visita o FC Porto, hoje às 19h00, para disputar o primeiro jogo da final dos play-offs do Campeonato Nacional de basquetebol. Norberto Alves revela a abordagem do grupo de trabalho a esta final, na qual o Benfica se propõe à conquista do tricampeonato: "Vamos focar-nos no desejo de voltar a vencer."

2. Chegar à vantagem
No hóquei em patins, o Benfica procura adiantar-se na meia-final do Campeonato nesta noite, na Luz, às 20h00, frente à Oliveirense. A eliminatória está empatada com uma vitória para cada lado e é disputada à melhor de cinco. Nuno Resende deixa uma garantia: "Vamos dar 100% e estamos focados."
Os bilhetes estão esgotados.

3. Contributo para as seleções
António Silva e João Neves alinharam, por Portugal, no onze inicial frente à Finlândia (vitória portuguesa por 4-2). Trubin representou a Ucrânia no empate sem golos com a Alemanha.
No feminino, Portugal venceu na Irlanda do Norte, por 1-2, com golos de Francisca Nazareth (assistência de Lúcia Alves) e Andreia Norton. Também foram titulares Carole Costa e Catarina Amado. Jéssica Silva foi suplente utilizada.

4. Homenagem às campeãs
Foram muitos os Benfiquistas que acederam à sessão de autógrafos conjunta das heptacampeãs nacionais de futsal e das tricampeãs nacionais de andebol.

5. Parceria internacional
O SL Benfica tornou-se parceiro oficial e consultor para o lançamento do Projeto Pearl da Pakistan Football League (PFL), uma iniciativa inovadora destinada a desenvolver o futebol profissional no Paquistão.

6. Dia da Criança
Numa iniciativa da Fundação Benfica e do Sport Lisboa e Benfica, que contou com o apoio e a participação de vários parceiros, o Estádio e o Pavilhão n.º 2 da Luz estiveram, ontem, repletos de crianças, às quais foram proporcionadas diversas atividades de cariz cívico e desportivo, imperando a diversão e o benfiquismo.

7. Casa Benfica Lenzburg
Esta embaixada do benfiquismo na Suíça implementou o Projeto de Uniformização e Ligação em Rede das Casas e reabriu portas com nova imagem."

E o resto é paisagem?


"Duas manchas bem definidas no mapa da Liga 2024/2025... deveria ser normal o campeonato ser de Portugal inteiro

A imagem circula nas redes, evidencia uma realidade a que não podemos ficar indiferentes e por me ser cara volto a um tema que aqui abordei há umas semanas, a propósito das declarações de Sérgio Conceição, que em meados de abril, na reação ao empate (2-2) com o Famalicão, garantia quererem «pôr a região Norte fora do mapa do sucesso desportivo». Ora conte-se os emblemas da Liga, versão 2024/2025, que povoam a região Norte e são dez de um total nacional de 18. E quatro deles do distrito do Porto - mais um de Aveiro, o Arouca, por sinal município da Área Metropolitana do Porto, mais cinco do distrito de Braga, o mais representando de todo o país. Mais a Sul, cinco clubes de Lisboa, contas feitas, 15 clubes concentrados em duas manchas do território nacional. É olhar para o mapa.

Sobram três: dois nas ilhas, Nacional na Madeira e Santa Clara nos Açores; um a Sul, o Farense. Os algarvios terão as deslocações mais curtas até à capital, a cerca de 280 quilómetros de distância, e não raras vezes, ou melhor, a maioria das vezes, terão de fazer quase 600 para ir aos distritos mais a norte no mapa do campeonato - deverão passar a reclamar apoio nas deslocações, como acontece, e bem devido à insularidade, com os clubes das ilhas?
O problema não é de agora, parece crónico, e tem o foco no facto de nenhuma das manchas, ou antes, nenhum mesmo dos pequenos pontos de presença estarem assinalados no interior do país. Repito-me em relação ao que escrevi há mês e meio, porque considero ser um problema que deve ser tratado, e acrescento que está mais do que na hora de se avançar, ou não deixar cair, uma descentralização necessária. O problema não é só do futebol, mas é muito também do futebol, espelho daquilo que é o país, do que tem sido o país. Nos 90 anos da prova maior, tal como a conhecemos agora - só os três grandes fizeram o pleno -, chegam os dedos das duas mãos para contar clubes do interior que já por lá passaram, com expoente máximo no Chaves, o último dos resistentes que caiu no final desta época, à 18.ª participação na Liga. O Elvas (5) - e antes o SL Elvas (2) -, Campomaiorense (5), Tondela (7), Lusitano de Évora (14), Covilhã (15), União de Tomar (6) são bandeiras de passados, mais antigos ou mais recentes, que deveriam não ser: porque deveria ser normal o campeonato ser de Portugal inteiro.

SELO DE GOLO
A final do Europeu é só hoje mas o que a Seleção Nacional sub-17 já fez merece o selo de golo."

Futsal masculino


"UM CASO DE INSUCESSO CONTINUADO QUE NOS DEVIA OBRIGAR A REFLETIR

1. Uma modalidade em que dizem - não tenho isso como um dado garantido - que temos o maior orçamento de entre as equipas que disputam o campeonato nacional.
2. Uma modalidade em que não vencemos o campeonato desde 2018/19.
3. Uma modalidade em que nas últimas dez épocas, ou seja, de 2013-14 para cá - em 2019-20 não foi apurado campeão por causa da pandemia -, só fomos duas vezes campeões.
4. Uma modalidade em que mostramos uma permanente incapacidade para dar a volta às adversidades dos jogos mais decisivos.
5. Uma modalidade em que somos esta época afastados da final por uma equipa cheia de ex-Benfica, a começar pelo treinador, o que demonstra que não conseguimos ganhar àqueles que já não serviam para o nosso projeto.
6. Uma modalidade em que constatamos ao longo dos anos arbitragens incompetentes - não lhes quero chamar outra coisa -, que sistematicamente nos prejudicam, sem que o clube saiba reagir à altura das circunstânciase das necessidades.
7. Uma modalidade que, enfim, nos deve fazer pensar sobre o porquê do Benfica, dispondo dos melhores meios, não consegue ser quem mais ganha, muito longe disso. Tem a palavra o vice-presidente Fernando Tavares."

Sérgio Conceição: não basta ter contrato


"Acabou uma era no FC Porto, mas poucos esperariam que o treinador saísse a mal...

A frase foi repetida pelo agora ex-treinador do FC Porto. Sempre que alguém não dava tudo, que alguém errava, ou que algum jogador (ou quatro) era(m) afastado(s) por castigo, Sérgio Conceição sublinhava: «Não basta ter contrato para jogar no FC Porto». A ideia era simples: acima de qualquer assinatura, nome ou estatuto, estava sempre o clube. E, para estar nele, era preciso não só perceber isso, mas fazer por isso constantemente.
Até aqui, nada de estranho. Conceição, o treinador, não é muito diferente nisso de Conceição, o ex-jogador: trabalhador incansável, obcecado até, e dedicado à camisola que veste até ao último minuto, atravessando alguns limites na defesa desta. Juntando a isso o ADN do FC Porto, o resultado deu muitas vezes a tal raça que Sérgio prometeu desde o primeiro dia não ser o seu único segredo. E não foi, de facto, porque a raça pode ganhar jogos nos descontos e clássicos muito disputados aos rivais, mas não ganha 11 títulos em 7 anos.
Chegados aqui, e no fim da época mais conturbada no universo azul e branco, Conceição sabia - desde que renovou contrato por 4 anos, a dois dias das eleições mais participadas e, na altura, que pensávamos mais disputadas de sempre - o que lhe podia acontecer. Tanto sabia que assegurou que podia sair sem deixar rasto. A razão para a renovação ainda está por revelar, segundo o próprio, mas parece muito claro que foi mais emocional, de gratidão com a figura de Pinto da Costa, do que no interesse do clube, ou até de Sérgio Conceição.
A partir daí, e da vitória esclarecedora de André Villas-Boas, o treinador não precisou de sentar-se à mesa com o novo presidente para saber que o seu futuro no FC Porto estava pelo menos em dúvida. Trabalhou até ao fim, ainda ganhou uma Taça de Portugal, e nada lhe poderão apontar quanto a isso, mas terá começado a pensar no que ia fazer a seguir, tendo até anunciado que a decisão estava tomada e retirado relevância à conversa que ainda estava por acontecer - e ao respetivo poder de intervenção de AVB.
Ora, é por isto tudo surpreendente o que se tem passado nos últimos dias. Com as informações que são públicas é impossível concluir quem traiu quem, mas posso constatar que o mais prejudicado é de certeza o FC Porto. Uma figura histórica como Sérgio Conceição sair a mal já seria um abalo, mas disparar comunicados, publicações familiares, gritos de desespero e traição a toda a hora e promessas de vir a dizer toda a verdade não está ao nível de um funcionário tão aclamado no clube e que sempre avisou que não basta ter contrato para estar no FC Porto.
Os portistas ainda agora se despediram do presidente de décadas e já têm de digerir a saída do treinador que segurou o clube em anos muito difíceis. Não precisam de mais novelas."

O ego, sempre o ego acima de tudo


"Ainda a última semana no FC Porto. Proclamam aos quatro ventos que tudo o que fazem é na defesa dos superiores interesses das entidades que representam. Pois… Uma valente treta!

Em mais um excelente exemplo da estranha escola da filosofia de Dr. Jekyll e Mr. Hyde, assistimos nos últimos dias a mais um festival de comportamentos contraditórios de figuras que deitaram borda fora a habitual compostura e cordialidade institucional que as distinguia para, subitamente, assumirem papéis principais num folhetim de faca e alguidar, numa lavagem de roupa suja que até os familiares mais próximos envolveu. É assim a era das redes sociais, ninguém consegue conter-se, todos têm de vomitar ali, por trás da segurança intocável de um ecrã, os seus egos. Sempre os egos acima de tudo.
Proclamam aos quatro ventos que apenas defendem os interesses superiores de determinada entidade mas, na hora da verdade, é tudo... uma valente treta. Estão nos empregos como qualquer pessoa dita normal. Agarram-se a eles (e nestes casos do futebol, agarram-se também a ordenados milionários) com unhas e dentes, simples e naturalmente como qualquer cidadão que deseja manter o seu posto de trabalho ou o seu poder numa determinada hierarquia.
Pinto da Costa fê-lo durante 42 anos e o seu lastro fará mossa durante muito, muito tempo. Está à vista de todos que assim será. E, à luz do folhetim dos últimos dias, muitos foram os que se deixaram influenciar por esse lastro. O ego de Sérgio Conceição, o ego de Pinto da Costa, o ego de Villas Boas, o ego de Vítor Bruno estiveram, individualmente, acima de qualquer outra coisa. Quais interesses superiores do FC Porto, quais quê? É cada um por si, num mundo cada vez mais vampiresco de salve-se quem puder...
Não se pense, porém, que este é um exclusivo do futebol. Claro que não. Ou alguém duvida que deputados, autarcas, médicos, professores, jornalistas e afins não põem, no fim de contas e em grande número, os interesses pessoais de cada um acima das instituições? Teríamos de ser muito ingénuos para não duvidar..."

As memórias de.... Vítor Cândido 50 vezes na festa do Jamor


"Antigamente eram os cães-polícias e os cavalos da Guarda Republicana, a bater com os cascos no chão e os quadris a alinhar o povo, que impunham respeito e ordem nas filas de entrada

Ao longo da minha vida sempre fui um freguês habitual das finais da Taça de Portugal. Mas agora há vários anos que não vou ao Jamor presenciar essa festa popular. Porque não tenho idade para grandes emoções e, sobretudo, para grandes confusões.
Mais uma vez fiquei em casa a ver o jogo em que o Sporting, campeão nacional com todo o mérito, se predispunha a conquistar a dobradinha. E, pela forma como assumiu o controlo e domínio das operações, marcando até um golo, parecia mesmo que tal ia acontecer. Só que num erro (infeliz) ofereceu o golo do empate e, pouco depois, uma expulsão (impensável) deu ânimo ao FC Porto para impor a superioridade numérica. Mesmo assim, o Sporting conseguiu resistir (com menos um, durante hora e meia) e levou o jogo para prolongamento… Mas aqui, um penálti (escusado) ditou o triunfo dos dragões. Enfim, tudo se conjugou para que o agora reformado presidente, Jorge Nuno Pinto da Costa, pudesse registar o último título do seu brilhante palmarés. E a Taça viajou para o Porto, com a comitiva, já altas horas da noite, a fazer escala no Santuário de Fátima, para agradecer as bênçãos divinas.
A propósito da Taça de Portugal, costumo dizer que ao longo da vida já presenciei mais de quarenta finais. Fui conferir a lista e cheguei à conclusão que são exatamente 44 realizadas no Estádio Nacional. E uma outra final, Boavista-Benfica (2-1), realizada no Estádio José Alvalade, no verão quente de 1975. E ainda mais cinco finalíssimas: em 1977/78 — o Sporting, treinado por Rodrigues Dias, venceu o FC Porto (2-1), de José Maria Pedroto, num jogo com enorme celeuma no final, disputado antes da célebre viagem dos leões à China; em 1978/79 — o Boavista, de Jimmy Hagan (e de Valentim Loureiro), venceu o Sporting, de Pavic (1-0, golo de Júlio), no desempate feito logo no dia seguinte (2.ª-feira); em 1989/90 — o Estrela da Amadora, de João Alves, venceu o Farense, de Paco Fortes (2-0), jogo em que recordo o meu amigo Duílio a levantar a taça na tribuna de honra e a enorme mobilização de motards que vieram do Algarve para apoiar o Farense; em 1993/94 — o FC Porto, de Bobby Robson, venceu o Sporting, de Carlos Queiroz (2-1), lembro-me do golo do Vujacic e das expulsões do Emílio Peixe e do Pacheco, já no prolongamento, num jogo em que, para além das ausências de Balakov e Iordanov, ambos no estágio da seleção da Bulgária para o Mundial-94, também o polaco Juskowiak não jogou a finalíssima por, na final, ter saído lesionado com gravidade; e em 1999/2000 — o FC Porto, de Fernando Santos, venceu o Sporting, de Augusto Inácio (2-0), cuja equipa, tal como agora aconteceu, tinha acabado de festejar a conquista do título nacional.

Anos 60, a década do Vitória
Como é óbvio, por causa da minha profissão, mais de metade das vezes em que estive no Jamor foi em trabalho de reportagem. Portanto, vejam bem o manancial de memórias que tenho para contar. Desta vez vou recordar as quatro finais mais antigas em que estive presente, as dos anos 60 da minha juventude. Uma década onde se evidenciou o Vitória de Setúbal, primeiro com Fernando Vaz, depois com Pedroto, a qualificar-se para cinco finais (2 vitórias e 3 derrotas).
Destas cinco só assisti à final de 1966: SC Braga-V. Setúbal (1-0, golo do Perrichon). Vejam bem o que é o futebol: dias antes, para o campeonato, o Vitória tinha vencido o Braga, por 8-1, em Setúbal. Razão pela qual todos prognosticavam que a taça iria para o Bonfim. Verdade que, no Jamor, o domínio dos setubalenses foi avassalador. Porém, ineficaz, desperdiçando tantas ocasiões, e, contra a corrente, em contra-ataque, os minhotos marcaram e assim conquistaram a Taça de Portugal... que o meu amigo Carlos Canário foi receber na tribuna de honra.

Se já houvesse VAR…
Foi em julho de 1960 a minha primeira final no Jamor: o Sporting, do argentino Alfredo Gonzalez, a defrontar o Belenenses, do brasileiro Otto Glória, que tinha Matateu, Vicente, Estêvão, Zé Pereira, Pires, Moreira, Yaúca… Ah! Mas o Sporting tinha uma equipa empolgante, que só não foi campeã porque, por infelicidade do seu guarda-redes, perdeu o título no Estádio da Luz, por 4-3. E nesta final jogou com: Octávio de Sá; Mário Lino e Hilário; Fernando Mendes, Lúcio e David Julius; Hugo, Faustino, Vadinho, Diego Arizaga e Juan Seminário. Com esta linha avançada, estávamos convencidos que seria canja, uma vitória tranquila. Tal como agora aconteceu (com os dragões), também dominou e também marcou cedo (Diego). No entanto, o Belenenses deu a volta ao resultado, com dois golos irregulares (como se pode observar nas imagens do YouTube). E assim levou a taça para o Restelo.

Autocarros da CARRIS no Marquês de Pombal
Naquela altura usava-se muito os transportes públicos. Pouca gente tinha carro próprio. Eu era rapazinho e recordo ter ido para o Estádio Nacional com dois amigos do Lumiar. Aqui apanhámos o autocarro da CARRIS, para o Cais do Sodré, onde tomámos o elétrico para o Dafundo. Dali seguimos a pé até ao estádio. Mas normalmente, em dias de jogo no estádio do Jamor, havia uma carreira especial a partir da Praça Marquês de Pombal, onde se perfilavam dezenas de autocarros da CARRIS, para levar o pessoal prá bola. Os mesmos que, no final do jogo, lá estavam a carregar a malta para o regresso a Lisboa.
A propósito disso, recordo-me, em 1964, de ter ido ver a final Benfica-FC Porto (6-2). E, com o resultado desnivelado, quando faltavam dez minutos, a malta começou a descer das bancadas para ir para a bicha dos autocarros. Eu fui um deles e, no trajeto, parei atrás da baliza norte e dali vi o José Torres marcar o sexto golo.
Todavia, a final mais importante para o Sporting, do treinador Juca, foi mesmo a de 1963, porque goleou (4-0) o Vitória de Guimarães, do argentino José Valle, qualificando-se, por isso, para a Taça dos Clubes Vencedores de Taças, da Europa. A qual viria a conquistar no ano seguinte.

‘Olhó nougat’; ‘Queijadas de Sintra’; ‘É o Rajá fresquinho’
Naquele tempo não havia claques organizadas, nem tumultos, nem polícia de choque a malhar nos desordeiros. Eram os cães-polícias e os cavalos da Guarda Republicana, com os cascos a bater no chão e os quadris a alinhar o povo, que impunham respeito e ordem nas imensas filas de entrada, na porta da maratona. Era tudo tão diferente. Os bilhetes (para todos os espetáculos) compravam-se na Agência ABEP, na Praça dos Restauradores. Com longas filas e os candongueiros, desinibidos, ali por perto: «É prá bola, é prá bola! Há bilhetes prá bola». Agora é tudo pela net, no telemóvel. Lembro-me que à porta do estádio, para abrigar do sol, comprávamos os chapéus de cartolina branca. E quem não quisesse assentar o rabo no cimento, podia alugar uma almofada de palha. Pelas bancadas deambulavam dezenas de homens na venda de cerveja e laranjadas. Ainda não havia por cá a Coca-Cola. Outros apregoavam: «Olhó nougat»; ou «Queijadas de Sintra»; ou «Rajá fresquinho». Todos faziam muito negócio. Que tempos esses. Ai que saudades, ai, ai!...
Voltaremos ao assunto das Taças de Portugal. Ainda há muito para contar."

A pressão de Neemias


"Neemias Queta está perto de concretizar algo com que até em sonho era difícil de acreditar

Não consegui deixar de achar curioso que, naquele que, provavelmente, foi o último Inside NBA, programa da TNT que após 35 anos deverá ter terminado por a estação não ter renovado o contrato com a Liga, depois dos Dallas Mavericks terem eliminado os Minnesota Timberwolves por 4-1 na final da Conferência Oeste, Charles Barkley, que pertenceu ao Dream Team que encantou nos Jogos de Barcelona-1992 e foi 11 vezes All-Star, tenha referido que uma coisa que o marcou quando disputou os Finals, em 1993, pelos Phoenix Suns contra os Chicago Bulls, foi a quantidade de jornalistas com que se deparou, assim como a pressão extra que provocam.
Algo que os não menos experientes Shaquille O’Neal (quatro vezes campeão e cinco All-Star) e Kenny Smith (duas vezes campeão), que com ele há décadas dividem o plateau do programa conduzido pelo jornalista Ernie Johnson, concordaram. Toda aquela gente era realmente marcante, apesar da experiência que tinham.
E posso garantir que os jornalistas naquela altura, apesar de muitos jornais e revistas terem, entretanto, desaparecido, não se comparam nem de perto às centenas que hoje em dia acompanham o evento para televisões, jornais, sites… a que se juntam uma ou outra dezena de influencers que nos últimos anos a Liga, sempre atenta ao que pode ajudar a vender o seu produto, passou a abraçar.
Barkley referia-se, por associação de ideias, estes serem os primeiros Finals da estrela dos Mavs Luka Doncic. Kyrie Irving já passou pela experiência três vezes e foi campeão em 2016 ao lado de LeBron James nos Cleveland Cavaliers. No entanto, o base esloveno também disputou finals four da EuroLiga pelo Real Madrid, ganhando em 2018, venceu o Eurobasket em 2017, esteve em mundiais, Jogos Olímpicos…
Nos Boston Celtics, James Tatum e Jaylon Brown viveram os Finals há duas temporadas contra os Golden State Warriors, mas para Neemias Queta… será uma experiência de vida pela qual nunca passou. E nunca sabe se voltará a viver. Quantas superestrela ou simples jogadores jamais concretizaram o sonho de estar nuns Finals nos 78 anos de existência da NBA? Demasiados.
Certamente, o poste português, que depois de amanhã estará no TD Garden, em Boston, para o Jogo 1 contra os Mavericks, encontrar-se-á num plano secundário, sem ter o foco constante como Tatum, Brown, Doncic ou Irving, mas a pressão está lá, certamente. Boa até para alguém que, aos 24 anos, e ao fim de três épocas na Liga, desde que foi a 39.ª escolha do draft de 2021 por parte dos Sacramento Kings, onde atuou nas duas anteriores épocas, está a terminar a melhor temporada da carreira em jogos, médias e oportunidades.
Depois da estreia no play-off, agora os Finals… melhor só mesmo sagrar-se campeão. E logo nos Celtics, que têm 17 títulos e são um dos três clubes originais da NBA no ativo. Seria a concretização de algo importante para alguém que quis mais do que o basquetebol português, arriscou e em 2018 atravessou o Atlântico para ingressar na Universidade de Utah State em busca da sua fantasia. Está perto de, provavelmente, concretizar algo com que até em sonhos era difícil de acreditar."