quinta-feira, 6 de junho de 2024

O ego, sempre o ego acima de tudo


"Ainda a última semana no FC Porto. Proclamam aos quatro ventos que tudo o que fazem é na defesa dos superiores interesses das entidades que representam. Pois… Uma valente treta!

Em mais um excelente exemplo da estranha escola da filosofia de Dr. Jekyll e Mr. Hyde, assistimos nos últimos dias a mais um festival de comportamentos contraditórios de figuras que deitaram borda fora a habitual compostura e cordialidade institucional que as distinguia para, subitamente, assumirem papéis principais num folhetim de faca e alguidar, numa lavagem de roupa suja que até os familiares mais próximos envolveu. É assim a era das redes sociais, ninguém consegue conter-se, todos têm de vomitar ali, por trás da segurança intocável de um ecrã, os seus egos. Sempre os egos acima de tudo.
Proclamam aos quatro ventos que apenas defendem os interesses superiores de determinada entidade mas, na hora da verdade, é tudo... uma valente treta. Estão nos empregos como qualquer pessoa dita normal. Agarram-se a eles (e nestes casos do futebol, agarram-se também a ordenados milionários) com unhas e dentes, simples e naturalmente como qualquer cidadão que deseja manter o seu posto de trabalho ou o seu poder numa determinada hierarquia.
Pinto da Costa fê-lo durante 42 anos e o seu lastro fará mossa durante muito, muito tempo. Está à vista de todos que assim será. E, à luz do folhetim dos últimos dias, muitos foram os que se deixaram influenciar por esse lastro. O ego de Sérgio Conceição, o ego de Pinto da Costa, o ego de Villas Boas, o ego de Vítor Bruno estiveram, individualmente, acima de qualquer outra coisa. Quais interesses superiores do FC Porto, quais quê? É cada um por si, num mundo cada vez mais vampiresco de salve-se quem puder...
Não se pense, porém, que este é um exclusivo do futebol. Claro que não. Ou alguém duvida que deputados, autarcas, médicos, professores, jornalistas e afins não põem, no fim de contas e em grande número, os interesses pessoais de cada um acima das instituições? Teríamos de ser muito ingénuos para não duvidar..."

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