Talvez não fosse má ideia descer à terra


"Talvez não fosse má ideia descer à terra e pedir o adiamento da centralização dos direitos televisivos prevista, por imposição legal, para 2028!
As expectativas nascem, na maior parte das vezes, de afirmações, previsões, metas que se comunicam ou promessas que se fazem. Em todos estes casos é bom que elas se traduzam em objetivos concretizáveis, caso contrário há́ um precipício à espera.
A centralização foi imposta por decreto-lei em 2021 e foi assumida, com uma certeza inabalável, pela liderança da Liga como um push financeiro e competitivo. Com o passar dos anos converteu-se num acto de fé assente numa promessa – mil vezes repetida – de que o “bolo” a repartir seria maior. Bem maior! Chegou-se mesmo a acenar com 325 milhões €. Esse número configuraria, efetivamente, um tremendo push. O problema é quando a realidade bate à porta!
Vale a pena ouvir a entrevista que o diretor geral da DAZN deu ao Record esta semana. Vale a pena que os presidentes dos clubes profissionais de futebol ouçam como Jorge Pavão de Sousa “desconstruiu” com uma clareza cristalina os pressupostos e o Excel com que a Liga trabalha e com base nos quais vem prometendo, há anos, mais dinheiro. Pressupostos trabalhados pela consultora EY. No mínimo houve imperícia por parte da consultora, no outro extremo podemos apontar para incompetência.
No ponto intermédio, e o que seguramente aconteceu, a EY apresentou um Excel com pressupostos que satisfaziam as expectativas “construídas” pela Liga e pelo seu presidente. Em nenhuma das opções a consultora fica bem na fotografia.
Comparar a nossa Liga com qualquer uma das Big-5 mais do que “turbinado”, como Jorge Pavão de Sousa de forma cáustica classificou o absurdo, serve apenas para ridicularizar o benchmark apresentado.
Estou convencido que, ao dia de hoje, nenhuma das operadoras que compraram os direitos televisivos dos 3 grandes em 2016, renovariam pelos valores negociados nesse ano, simplesmente porque não conseguem, como não conseguiram durante todos estes anos, rentabilizar os milhões pagos.
A Liga onde as receitas dos direitos televisivos mais cresceram na última década foi a Liga portuguesa. 105% com negociação individualizada! A centralização foi, é, e não sei até quando continuará a ser, uma bandeira defendida com veemência por Pedro Proença.
Falhar as expectativas geradas e repetidamente assumidas costuma passar fatura. Ouvir de forma tão taxativa de um dos operadores televisivos que “o mercado não vale sequer o que é pago hoje”, deveria fazer soar com estrondo os alarmes da Liga, mas também dos clubes.
Creio que seria prudente o Presidente da Liga assumir que a centralização não vai trazer, pelo menos enquanto o modelo competitivo não for alterado, mais dinheiro para os cofres dos clubes e, antes que seja demasiado tarde, solicitar ao governo que o prazo imposto (2028) seja adiado. Seria o mais prudente e, perante aquilo que nos deixou a entrevista do diretor geral da DAZN, o mais racional."

Benfica: Mourinho, obviamente


"Seria imprudente, para não dizer irresponsável, se Rui Costa não estivesse a considerar José Mourinho para substituir Roger Schmidt

Rui Costa está cada vez mais perto de tomar a decisão mais difícil da sua presidência. Se não a tomou já. De uma ou outra forma os benfiquistas já dela deveriam ter conhecimento. É o elefante na sala de estar do Benfica. E ignorá-lo só alimenta, entre sócios e adeptos, uma incerteza sufocante e aflitiva sobre o futuro próximo do clube, quanto mais sobre o médio ou longo prazo.
Fala-se, claro, de Roger Schmidt, cujo contrato com o Benfica se estende até 2026, um ano a mais da duração do atual mandato do presidente. Porque, como disse Rui Costa, e bem, o treinador é mesmo o projeto. Basta pensar no Manchester City e em Pep Guardiola, no Liverpool e em Jurgen Klopp, no Sporting e em Rúben Amorim, no PSG e nos inúmeros treinadores queimados nos últimos anos, para se perceber que, afinal, quase tudo em qualquer clube depende de quem está à frente da equipa. É, como uma vez disse António Guterres, fazer as contas.
O presidente do Benfica não estará, seguramente, agarrado ao contrato generoso que ofereceu a Schmidt, porque há sempre forma de rasgá-lo sem os encargos financeiros, qualquer coisa como €16 milhões incluindo impostos, de mais dois anos de duração. Já aconteceu com outros treinadores e esse expediente já foi considerado pela SAD. Nem Rui Costa poderá estar refém de reações mais ou menos coléricas de adeptos insatisfeitos para decidir se Schmidt é ou não o homem certo, no lugar e momento certos, para continuar na Luz.
Seria imprudente, para não dizer irresponsável, se Rui Costa não considerasse outras opções. Se não falasse ou mandasse falar alguém em nome dele com outros treinadores que estão ou possam estar disponíveis. E um deles é só José Mourinho.
Tomemos por certa a palavra de Mourinho, que andará lixado por lhe andarem a falar do Benfica. Talvez esse barco, para Rui Costa, já tenha partido, quando ali por inícios de março, depois da derrota com o Sporting na primeira mão da meia-final da Taça de Portugal e da humilhante goleada sofrida no Dragão com o FC Porto, estivesse em porto seguro, preparado para uma nova viagem.
Poderá ser exagerado dizer, como ainda por Inglaterra alguém vai dizendo, que Mourinho é o Muhammad Ali dos treinadores, pelas disruptivas afirmações e promessas e capacidade de prová-las e cumpri-las. Fê-lo no FC Porto, no Chelsea, no Inter, no Real Madrid, no Manchester United, não o deixaram fazer no Tottenham ou na Roma.
Na espuma de uma atualidade em que não há tempo para refletir sobre todas as circunstâncias, em que é mais fácil e cómodo evitar qualquer análise, dá-se o caso de um dos melhores treinadores de sempre estar a pagar mais pelas consequências de um julgamento de personalidade do que pelo trabalho que entrega.
O clube que contratar Mourinho, sabe-se, fica com o pacote completo — o génio do futebol e, provavelmente, algumas reações irascíveis.
Não seria apenas imprudência mas também incompetência se Rui Costa estivesse a desconsiderar a possibilidade de substituir Schmidt por Mourinho. Qualquer equipa que receba o treinador português voará como uma borboleta e picará como uma abelha."

Mais um título


"A equipa feminina de futebol acrescentou mais um troféu ao palmarés benfiquista ao vencer a Taça da Liga. Este é o tema em destaque na BNews.

1. Quarta Taça da Liga
Depois do triunfo da Supertaça e de um percurso histórico na Liga dos Campeões na presente temporada 2023/24, as Inspiradoras acrescentaram a conquista da Taça da Liga ao ganharem a final, por 1-0, ante o Sporting. Em cinco edições da prova, o Benfica venceu quatro.
Filipa Patão elogia a equipa e refere a enorme ambição do grupo de trabalho: "Este troféu sabe a espírito de sacrifício, a equipa teve-o. Sabíamos das limitações que tínhamos. Todas as jogadoras estão prontas a dar o seu contributo. Somos um grupo unido e precisamos de todas para ter sucesso. Estamos aqui para ganhar títulos. Vamos querer ganhar tudo."
A treinadora do Benfica deixou ainda uma palavra de apreço aos Benfiquistas: "Os nossos adeptos são magníficos, estão sempre presentes. Quando estamos num clube como o Benfica, temos de ser a personificação desse clube dentro de campo."

2. Focados no pentacampeonato
O Campeonato Nacional de voleibol será decidido na negra, em jogo a realizar no Pavilhão n.º 2 da Luz. Benfica e Sporting têm o encontro decisivo agendado para o próximo sábado, às 19h00.
Marcel Matz convoca os Benfiquistas: "No sábado é o quinto jogo, decisivo, e os adeptos estão todos convidados, porque nós vamos colocar em quadra toda a nossa energia e capacidade e, com um pavilhão lotado, com o apoio dos Benfiquistas, somos sempre mais fortes!"

3. Nova oportunidade no domingo
A vitória caiu para o União Sportiva, por um ponto, após prolongamento, e domingo, nos Açores, às 15h00 (14h00 locais), há o jogo derradeiro que define o campeão nacional de basquetebol no feminino.
Eugénio Rodrigues agradece o apoio e deixa uma garantia: "Os nossos adeptos foram espetaculares, como têm sido. Temos pena de não termos conseguido vencer o Campeonato hoje aqui [1 de maio, no Pavilhão Fidelidade], teria sido a cereja no topo do bolo, com tanta gente a apoiar-nos. Mas vamos trabalhar forte para conseguir esse mesmo título."

4. Outros resultados
Em hóquei em patins, o Benfica ganhou, por 3-1, na receção ao Juventude Pacense. A equipa feminina de andebol venceu, por 27-29, na visita à Academia São Pedro do Sul. A equipa feminina de voleibol iniciou, com um triunfo (3-1) a final da Taça Federação. E os Sub-19 apuraram-se para as meias-finais da Al Abtal International Cup ao eliminarem o Monaco."

Verdades!