sexta-feira, 26 de abril de 2024

7.ª lugar...!!!

Estrela 0 - 4 Benfica


Goleada, mas com a vitória do Gil, ficámos em 7.º lugar, e ainda vamos ter que passar por um play-off para entrar na fase principal da Taça Revelação!

Com alguns 'reforços' da equipa B, tudo foi diferente...

Quase...!!!

Sporting 3 - 2 Benfica
25-22, 25-23, 23-25, 23-25, 15-11


Tudo empatado, numa quase remontada... num jogo, onde voltámos a não ter um Oposto 'marcador' e mesmo assim, lutámos até ao fim!
Manter o factor casa, que pode ser decisivo...

Antidemocrático...

Caloteiros!!!


"No dia que se comemoram os 50 anos da Liberdade, os credores sentiram-se livres de usar todos os meios que são possíveis, para receberem o que o FC Porto lhes deve.
Clube de caloteiros!!"

Despedir Roger Schmidt é a solução?


"“If you love football, you love Benfica”. Foi essa a célebre afirmação que Roger Schmidt enunciou na sua chegada a Lisboa, no verão de 2022, antes de ser apresentado como treinador dos encarnados.
Uma frase que empolgou adeptos e estrutura pelo impacto positivo que teve de forma imediata, formando, desde o primeiro dia, uma forte ligação entre o treinador e o ambiente à sua volta. Positividade essa que se veio a confirmar ao longo da primeira época do técnico alemão na Luz, onde, à boleia de um futebol entusiasmante e de um ambiente saudável, o Benfica atingiu um patamar superior, quer a nível interno, quer a nível internacional.
O título de campeão nacional 2022/2023 fez esquecer todos os problemas que foram surgindo ao longo da época e, de forma natural, abriu um caminho de expectativas para o futuro encarnado. Agora, quase um ano depois, o futuro risonho que o mundo encarnado perspectivava, tornou-se num clima de instabilidade e frustração, colocando em causa, dia após dia, a permanência de Roger Schmidt na Luz.
Posto isso, analisemos então qual é a melhor solução para o futuro do Benfica, se a permanência, ou, o despedimento de Roger Schmidt do comando técnico do clube.

O alcançar dos objetivos
No que diz respeito aos objetivos desportivos, e tendo em conta que a Supertaça é um troféu referente à temporada anterior, podemos perceber que o Benfica falhou a conquista de todos os troféus que disputou em 2024. O campeonato, onde os encarnados seguem a sete pontos do líder Sporting a quatro jornadas do fim, é já algo quase impossível de equacionar. A Liga dos Campeões, onde o Benfica havia chegado aos quartos de final em duas épocas consecutivas, foi um desastre marcado por exibições desonrosas que colmataram num terceiro lugar ainda assim afortunado, remetendo o clube para a Liga Europa.
Já na segunda prova europeia da UEFA, os encarnados beneficiaram de um caminho relativamente acessível, tendo pela sua frente, no trajeto até à final, Toulouse, Rangers, Marselha, e em caso de passagem deste último, a Atalanta. Um percurso que, apesar de bastante exequível, foi feito de uma forma pobre, arrasando assim as esperanças europeias em Marselha onde o inadiável deixou mesmo de ser adiado. Algo que o treinador do Benfica não sentiu necessidade de justificar, aclamando um compromisso total dos jogadores e da equipa técnica em todos os momentos.
Nas restantes competições internas, o Benfica foi eliminado nas duas ocasiões nas meias-finais. Primeiramente, falhou o acesso à final da Taça da Liga ao perder com o Estoril nas grandes penalidades e, alguns meses depois, caiu aos pés dos rivais verdes e brancos na mesma fase, mas da Taça de Portugal.
Ou seja, depois da crise de troféus aliviada por Roger Schmidt na temporada passada, o técnico remeteu novamente o clube para uma época sem qualquer conquista, um dado que não corresponde com a história, com os valores, ou com a vontade do clube.

A construção e a gestão do plantel
Revistos os objetivos não alcançados pelo técnico esta época, há que tentar perceber as razões pelas quais os mesmos não foram concretizados. Alguns dos factos mais gritantes nesse aspecto, são a má gestão e o mau planeamento do plantel por Roger Schmidt.
Se na época passada a equipa do Benfica funcionava como um conjunto perfeitamente equilibrado, complementar e funcional, esta temporada o mesmo não se pôde registar. A equipa campeã havia sido montada perante uma ideia, um estilo de jogo imposto pelo treinador. Estilo esse que surtiu efeito e resultou numa superioridade tamanha dos encarnados em grande parte da temporada, elevando não só o nível da equipa, como também destacando individualmente os atletas.
O gegenpressing foi uma lufada de ar fresco para os ares da Luz em 2022, contudo, quando se pensava que o vento sopraria na mesma direção nesta temporada, a equipa montada por Roger Schmidt nunca correspondeu a qualquer tipo de ideologia. E, como é óbvio, uma equipa que não se rege por qualquer tipo de ideal ou critério ficará sempre mais distante de alcançar o sucesso.
Se olharmos para todos os setores do terreno, podemos perceber que em nenhum deles existiu uma substituição direta de atletas que correspondessem às características exigidas por Schmidt durante a temporada anterior. Na defesa do Benfica, os laterais que outrora exerciam um papel fundamental no modelo utilizado, foram negligenciados esta temporada e usados como meras soluções para as posições, sem serem vistos como peças essenciais para a equipa. Desde Aursnes a Morato, passando por Jurasek e Carreras, pode perceber-se que o planeamento para as laterais encarnadas não foi feito da melhor maneira.
Já no meio-campo, a utilização errada de Kokçu numa posição desfavorável ao próprio e à equipa, durante maior parte da temporada, negligenciou o uso de Florentino que, tal como na temporada passada, exerce um papel fulcral para o bom funcionamento do conjunto.
No ataque, da mesma forma que nos outros setores, as lacunas sentidas prejudicaram em muito o rendimento do conjunto. Entre Arthur Cabral, Tengstedt, Marcos Leonardo, e Musa até, os golos marcados por todos em conjunto não chegam para alcançar a marca de Gonçalo Ramos na temporada passada. Um dado preocupante visto que o investimento financeiro do Benfica para a posição foi o mais forte dos últimos anos. Nenhum dos jogadores se insere propriamente na ideologia do treinador e o próprio não soube gerir isso da melhor forma, não adaptando verdadeiramente as características de cada um aos colegas e ao próprio jogo.
Para além disso, a época fica também marcada pela incompetência de Roger Schmidt na gestão dos jogadores ao longo dos jogos do Benfica. Numa primeira instância a equipa inicial era rigorosamente idêntica partida atrás de partida, sem que existisse espaço para mudanças ou descanso. Pouco depois, a regularidade foi substituída por alterações experimentais em jogos decisivos que, de forma natural, não correram de feição. Por fim, numa fase mais avançada da temporada, Roger Schmidt viu-se obrigado a variar as equipas, face à exigência do calendário, definindo uma primeira e uma segunda linha no plantel, numa altura em que o ansioso desespero reinava o clima na Luz.
Ainda assim, mesmo tendo isso em conta, a reação e adaptação às adversidades pontuais por parte de Roger Schmidt surgiu sempre de forma anémica em momentos que a equipa e o jogo requeriam ações cruciais. A eliminação em Marselha, por exemplo, reflete bem esse ponto.

A relação com a massa adepta
Quando os resultados dentro das quatro linhas não correspondem às expectativas dos adeptos do Benfica é essencial recuperar a confiança dos mesmos através de outras vertentes, nomeadamente a vertente comunicacional. Nesse aspecto, Roger Schmidt acaba por perder ainda mais o apoio dos sócios e simpatizantes.
As declarações que se deveriam apresentar como necessárias e fundamentais em momentos de aperto são, para Roger Schmidt, declarações que mancham mais a sua imagem e que pioram o ambiente à sua volta. Quando um treinador não sente a necessidade de se justificar após sucessivas eliminações, e responde de forma afrontosa a protestos de caráter insatisfatório com a situação do clube, dificulta em muito a boa relação com a estrutura que o deve apoiar.
Uma relação que começou tão forte, foi-se aos poucos desmoronando e enfrenta agora um dos seus períodos mais difíceis, de maior incógnita, incerteza e instabilidade.

A possível redenção futura
Apesar da temporada atual do Benfica não ter correspondido da maneira esperada, aquilo que pode manter o técnico alemão ao leme dos encarnados é a aposta na próxima temporada. Visto que o plantel pode vir a sofrer uma remodelação, e que até já conta com reforços (disponíveis desde janeiro), Roger Schmidt tem uma hipótese de voltar a colocar a equipa no seu melhor nível na próxima época.
A primeira temporada foi tão impactante e repentina que passou a ideia que não foi necessário um período de adaptação ao futebol português, ainda assim, com esta segunda temporada mais complicada, Roger Schmidt teve a oportunidade para perceber melhor as condições impostas pelo futebol nacional, a constante exigência de um clube como o Benfica e o que isso representa, e a relação que precisa de manter com a massa adepta.
A história ensina-nos que nem sempre a mudança de treinador é uma mais-valia para o clube, mesmo quando não se alcançam todos os objetivos. A continuidade e confiança num projeto a longo prazo é, normalmente, o caminho mais acertado a seguir. Para que isso seja possível, é necessária uma sintonia entre direção, treinador e massa adepta. Um entendimento que, geralmente, se encontra dentro das quatro linhas.
Se o Benfica pretende renascer o projeto começado na temporada passada, não há ninguém melhor para o fazer se não Roger Schmidt. Caso contrário, um divórcio milionário entre as duas partes poderá demonstrar a vontade interna de uma mudança de paradigma no clube da Luz."

Rui Costa só tem uma pergunta para responder


"Na análise da época, é bom perceber o que correu mal, mas o mais importante é perceber se pode correr bem

«Cá estarei no final do campeonato para assumir todas as responsabilidades da época»
Rui costa, presidente do Benfica, à BTV

Roger Schmidt parece estar a convidar a SAD do Benfica a mandá-lo embora (com os bolsos bem cheios, claro), pela forma como reagiu à contestação (e ao reprovável arremesso de objetos) de adeptos em Faro. Rui Costa, que diz que foram «ultrapassados certos limites» na contestação, apela à contenção, pelo menos até final do campeonato, altura em que fará a avaliação da época e assumirá responsabilidades.
É importante perceber o que correu mal, sobretudo quando o ano anterior tinha corrido tão bem (pelo menos até meio da época), e dar explicações aos adeptos. Mas a tarefa mais importante que Rui Costa terá é de responder a uma única pergunta: se Schmidt continuar no banco do Benfica, terá condições para fazer uma próxima temporada como 2022/2023, e não como 2023/2024?
Pode até Rui Costa achar que a responsabilidade maior do que correu mal este ano não foi do treinador. Importa, mas pouco. O que importa é perceber o que ele pode fazer a seguir. Porque se o presidente do Benfica achar que Schmidt não tem condições para levar o Benfica ao título no próximo ano, mesmo que isso não dependa da competência do técnico alemão, então não vale a pena prolongar a agonia. É engolir em seco e pagar...

P. S. – Umas horas depois de escrever o texto acima, volto a casa, na madrugada de 25 de abril, sem poder sair pela Travessa da Queimada e dar um salto ao Largo do Carmo. Em 27 anos, sempre que trabalhei a 24 de abril, fiz questão de, ao fim da noite, passar por um dos locais, talvez o local, da revolução, e tentar apanhar o fim de festa. E agora, pela primeira vez em dois meses em São Domingos de Benfica, sinto saudades d’A BOLA no Bairro Alto."

Pelotões de fuzilamento


"Quando Amorim acaba uma conferência ficamos com a sensação de que nada ficou por falar; no caso de Schmidt, ficamos com a sensação de que ficou tudo por contar

Depois de quatro meses e quatro dias, uma volta de campeonato, eliminações da Taça da Liga e da Taça de Portugal, afastamento das competições europeias e adeus praticamente consumado à renovação do título de campeão, Roger Schmidt voltou a sentir a ira de adeptos mais sensíveis ao mau desempenho da equipa.
É fácil concordar que os limites da liberdade de insatisfação são ultrapassados quando se insulta ou tenta agredir através do lançamento de objetos. Foi isso que aconteceu nos dois jogos do Benfica com o Farense e não é difícil perceber que as vítimas dessa ira possam ter sentido um apelo de reação de que, eventualmente, se tenham arrependido.
Schmidt pareceu caminhar, no São Luís, à frente de um pelotão de fuzilamento, indiferente ao resultado do jogo e só concentrado na missão de fazê-lo cair do Benfica. Mesmo desconhecendo o sentimento de todo os benfiquistas, pode arriscar-se dizer que não serão muitos os que se reveem naqueles comportamentos próprios de outras atividades, mas já é mais fácil identificar, avaliando por outras reações de descontentamento dentro do que podemos considerar aceitável e que devem ser respeitadas, que muitos querem ver o treinador pelas costas.
Sobre o trabalho do treinador, cada qual, entre os quais Rui Costa, fará a sua avaliação. E só o presidente do Benfica terá, depois, de tomar uma decisão. Evidente, nestes meses, foi a incapacidade de Schmidt comunicar. Quando uma conferência dele acaba, parece que ficou tudo por contar, como se cada oportunidade de falar com os benfiquistas, para esclarecer dúvidas, opções ou até estados de espírito, fosse menosprezada para atenuar a insatisfação e tivesse, nalguns casos, o efeito contrário de agravá-la.
É impossível ignorar, claro, que as circunstâncias são diferentes e que os resultados iniciais contribuíram para que cada palavra de Schmidt fosse música para os ouvidos dos benfiquistas.
Mas o treinador, neste contexto negativo, não pode encarar os encontros com os jornalistas como expediente burocrático. Só tem de aproveitar a comunicação para reconstruir pontes e fortalecer os laços emocionais com os adeptos.

E em Alvalade...
Rúben Amorim não só é um bom treinador como é muito hábil a usar a palavra. Quando acaba uma conferência de Imprensa, ficamos com a sensação de que nada ficou por contar, que foi sincero nas respostas, por aceitar o contraditório e não deixar uma pergunta sem resposta. Alimentou demasiado tempo o assunto da possível saída e, salvo tenha ido a Londres fazer compras aos armazéns da Harrods, foi falar com o West Ham, depois de dizer que não iria falar com qualquer clube.
Logo um pelotão de fuzilamento, nas redes sociais, disparou todas as munições das críticas negativas, ignorando a realidade — qualquer clube ou treinador prepara o futuro antes dos finais das épocas. Também Rúben Amorim precisará, agora, quando falar aos adeptos, de aproveitar a oportunidade para reconstruir pontes e fortalecer laços emocionais. Quem sabe se, para lá de ficar em Alvalade, não renovará o contrato."

Benfica e o estado a que se chegou


"O que Roger Schmidt está a viver já outros treinadores viveram na Luz

A Liga corre o risco de não ter treinadores campeões na próxima época. Sérgio Conceição porque Villas-Boas pode vir a vencer as eleições no FC Porto, Rúben Amorim porque ainda não é sábado e pelo menos até lá, reforço o pelo menos, todas as dúvidas se mantêm e Roger Schmidt porque está a passar no Benfica aquilo que os treinadores campeões nos últimos 33 anos passaram, como se pode ler em A BOLA.
É verdade que os casos de Toni e Trapattoni são diferentes do atual técnico dos encarnados; a saída de Jorge Jesus (a primeira, ou seja, após ser campeão) também, mas aquilo que vive Schmidt é muito semelhante ao que viveram Rui Vitória e Bruno Lage.
Quando se olha para trás, e começando em Jesus, há dois momentos marcantes. O treinador amadorense experimentou aquilo que, numa escala menos intensa, se a memória não me falha, os sucessores vitoriosos também viveram. Quando o Benfica chegou às decisões e perdeu-as todas, o universo encarnado criticou e protestou perante o homem que lhe viria a dar os campeonatos seguintes.
Esse é um momento marcante da gestão desportiva da altura: a decisão de manter Jesus.
É verdade que houve um anúncio antes da final da Liga Europa perdida para o Chelsea, do golo de Kelvin ou dos eventos da Taça de Portugal que, no fundo, levaram à discussão sobre a continuidade. Vieira foi firme, aguentou a pressão e cumpriu com o que tinha dito antes: Jesus, recorde-se, terminava contrato aí.
Na gestão de Luís Filipe Vieira, responsável pelos campeonatos de Jesus, Vitória e Lage há outra altura significativa. Quando hesitou com o ribatejano.
Vieira assumiu publicamente que voltou atrás na decisão, para depois, já com a contestação em alto tom, rescindir com Rui Vitória e empoderar Lage. Dois momentos, duas decisões.
Lage e Vitória já têm mais em comum: ambos sofreram forte contestação e, ao fim e ao cabo, foi isso que levou à saída - o setubalense, se se recordam, chegou a ter a casa vandalizada, assim como alguns jogadores.
Parece maquiavélico dizer que se foi deixando acontecer para que as coisas chegassem ao estado a que se chegou nessas alturas, mas a recorrência com que sucedeu situação semelhante aos últimos três treinadores campeões pelo Benfica tem de merecer reflexão interna... e estratégia.
Porque me parece que fica à vista que há um padrão e, aí, é preciso entender muito bem quem contribuiu para ele porque, visto com a distância do tempo, não me parece que seja impossível que a contestação dos adeptos fique dentro dos limites ou seja apenas responsabilidade destes.
Desde que alinhado com toda a direção e estrutura - alguns têm própria agenda - poderá ter de haver alguma arte de spin doctor para o fazer. Porque como muito bem sabem esses, as perceções são, por vezes, bem mais importantes que as realidades..."

Roger e Rúben: tiro no pé


"A melhor posição para liderar não é marchar à frente da multidão, muito menos atrás. É marchar no meio da multidão.

Não sou adepto das teorias da conspiração, mas se eu fosse Roger Schmidt e ainda treinasse o Benfica na próxima época, haveria de meter baixa nos jogos com o Farense. Na Luz e em Faro, insultos, monumentais assobiadelas e lançamento de objetos contra o próprio treinador. Inacreditável!
Roger Schmidt não está a perceber muito bem o que se está a passar. E Rui Costa? Suspeito que possa estar a perceber melhor do que pode admitir em público. É que esta contestação é muito desproporcional ao simples descontentamento com a escolha do onze, substituições feitas ou ausência de títulos esta época. É uma reação de ódio visceral, uma urticária insuportável. Os que passaram das marcas de forma condenável podem estar em minoria, mas não são meia dúzia de gatos pingados. E mesmo a maioria que é ordeira, que se fica pelo assobio, quer ver Schmidt pelas costas.
Antes de se criticar os adeptos, saber se têm ou não razão, há que perceber como se chegou aqui. Porque mais do que as opções, resultados ou ausência de títulos, o que os adeptos não toleram é o próprio Schmidt. Não suportam o discurso, a linguagem corporal, a falta de empatia com o sofrimento deles, a ausência de um simples esgar de dor e inconformismo; a ausência de autocrítica, e, cereja no topo, a acusação de que os contestatários não são benfiquistas e o convite para que fiquem em cada se não for para apoiar. Se Schmidt acredita que pode vencer uma multidão... boa sorte.
Roger Schmidt não tem de mudar e ser o que não é só para agradar aos outros. Sendo assim, também não pode esperar ser amado. E não há drama nisso. Os casamentos também acabam. O ideal é que acabem enquanto não se quebrar o respeito entre os membros do casal.

E agora, Rui Costa?
Rui Costa demorou 24 horas a reagir. Desta vez, apenas censurou o comportamento dos adeptos, não fez uma defesa acérrima de Schmidt como tinha feito após o Benfica-Farense. E tem uma decisão tremenda para tomar: mantém ou demite o treinador? O primeiro critério tem de ser o da sua própria convicção sobre a competência de Schmidt e se continua a fazer sentido para o projeto que defende. Mas este critério não é absoluto. Nenhuma empresa contrata ou mantém alguém em funções de liderança apenas com base na competência técnica. Questões como empatia, identificação com a marca, capacidade de mobilizar colaboradores e de seduzir os clientes são igualmente ponderados e decisivos. O mais competente do mundo sem o resto vai bater contra uma parede; ter tudo o resto sem competência é navegar sem rumo.
Seria um erro Rui Costa decidir apenas em função dos adeptos. Mas também seria um erro decidir sem pensar nos adeptos. Ajudaria que Schmidt desenvolvesse técnicas de empatia. Os adeptos podem não ter sempre razão, embora tenham mais vezes do que se pensa, mas têm emoção. Quem melhor controlar essa emoção sem abdicar de princípios básicos mais sucesso terá. Por isso, um líder não deve marchar à frente da multidão, que ficaria de costas e pode desistir de o seguir ou pior, passar-lhe por cima; muito menos menos deve marchar atrás, onde o populismo se paga caro; tem de estar sempre a marchar no meio. Onde de facto se sente o pulsar e se mobilizam as pessoas.

Rúben não merecia ser acusado de contradição
Semanas que antecedem os jogos no Dragão começam a ficar marcadas por casos em Alvalade. Ou foi a venda de Matheus Nunes a dias do jogo; ou a venda de Pedro Porro ao Tottenham, tendo aqui o Sporting conseguido que o lateral espanhol jogasse; ou agora a ida de Rúben Amorim a Londres para falar do futuro com o West Ham... E neste último caso, um raro tiro no pé por parte do treinador do Sporting. Por quatro razões:
1 — Rúben garantiu: «Estou apenas focado no título. Enquanto não atingirmos esse objetivo, não há conversa com ninguém». Logo, a viagem acaba por ser uma contradição entre palavras e atos;
2 — Ruído desnecessário na semana do clássico no Dragão. Vai falar-se muito mais do futuro de Rúben Amorim do que do jogo;
3 — Nada do que Rúben conversou em Londres não poderia ter sido conversado em Lisboa ou online;
4— Fica a ideia — que pode ser injusta mas é legítima até ouvirmos a versão de Rúben Amorim, versão que o próprio decidiu apenas dar no sábado — que a viagem serviria mais para pressionar o Liverpool do que assinar pelo West Ham. Seria uma pena, e provavelmente injusto, pensar-se que Rúben Amorim pensou mais em si que no Sporting.
A boa notícia para os adeptos leoninos é que quer o West Ham quer o Liverpool se estão a virar para outras hipóteses..."

Agora a guerra é outra


"Pinto da Costa foi mestre a escolher o alvo, que já não está no Sul. Está mesmo ali ao lado...

Fim de semana de emoções fortes para os adeptos do FC Porto e especialmente para Pinto da Costa. Para todos os da minha geração, o único presidente dos dragões! São 42 anos (!) na liderança e um infindável número de títulos. Nacionais, europeus e mundiais, tanto no futebol como nas modalidades. Que terão, naturalmente, peso na decisão dos sócios - no FC Porto, cada associado tem direito a um voto - nas eleições de depois de amanhã, mas que poderão não ser determinantes.
Pinto da Costa tem agora um adversário que ameaça destroná-lo. André Villas-Boas preparou-se para ocupar a verdadeira cadeira de sonho e já todos percebemos que estas serão as eleições mais concorridas de sempre e também as mais equilibradas. Já o eterno presidente foi perdendo fulgor. Mais devido a quem escolheu para ter ao lado nos últimos anos do que pela idade.
O desequilíbrio financeiro do clube acentuou-se a cada relatório e contas e Sérgio Conceição não conseguiu maquilhar todos os problemas. O treinador fez autênticos milagres, mas a qualidade do plantel foi decrescendo de época para época. Tanto assim é que daqui a quatro jornadas o melhor que os azuis e brancos podem atingir é o terceiro lugar. O que não sucede há já oito anos e que é um indicador de que muito tem de mudar no reino do dragão.
Quis o destino que no dia a seguir às eleições o FC Porto receba um renovado e pujante Sporting, como talvez nunca se viu nos últimos 40 anos e que até pode fazer a festa de campeão em pleno Dragão - só pode acontecer em caso de vitória e se o Benfica for derrotado pelo SC Braga na véspera. Logo o Sporting de Frederico Varandas, o mais recente inimigo de Pinto da Costa, que foi gerindo com mestria durante décadas o posicionamento entre Benfica e Sporting na guerra que sempre soube fomentar entre Norte e Sul. A estratégia foi perfeita na escolha dos aliados. De ocasião, claro.
O alvo, porém, agora é outro. E não está no Sul. Está mesmo ali ao lado... Vamos ver se está preparado para ele."

Chaves-Estoril: batalha campal vergonhosa


"O que se passou no Chaves-Estoril é vergonhoso para o futebol. O jogo deveria ter sido dado como terminado, perante tudo que se passou, não havia condições para o jogo continuar.
A invasão de adeptos no campo e posterior agressões perpetradas por jogadores, caso raro, o normal é os jogadores agredirem-se entre si, é incompreensível e inaceitável que o jogo tenha prosseguido, como nada se tivesse passado.
Perante a insegurança e o exaltar de ânimos, sem condições mentais e anímicas dos jogadores e equipas técnicas, o jogo deveria ter acabado ali. A equipa da arbitragem não teve o mesmo entendimento.
Um jogo de futebol não é uma batalha campal e deve preservar-se a integridade de todos os intervenientes: árbitros, atletas, equipa técnica, apanha-bolas e adeptos que assistem ao jogo.
Um exemplo lamentável que dá uma péssima imagem do futebol.
Pelo que me apercebi ao visionar o vídeo os adeptos do Chaves não foram violentos com os jogadores do Estoril, todavia invadiram o recinto de jogo e abeiraram-se dos jogadores do Estoril.
Os jogadores do Estoril numa reacção espontânea começaram a agredir os adeptos, talvez com medo ou não estarem a perceber o que se estava a passar.
O que os adeptos do Chaves fizeram não se faz – os adeptos não podem invadir um recinto de jogo. Quando adeptos entram num recinto do jogo não é bom agoiro. Às vezes temos visto isso para tirar uma foto com Ronaldo ou outro jogador, outras vezes, para passarem alguma mensagem para as televisões de índole político ou afim. Mas são excepções.
Uma invasão de campo leva sempre a pensar ajuste de contas, o receio que algo possa acontecer e passe a vias de facto com violência.
A verdade é que a violência partiu dos jogadores do Estoril, mas fiquei com a ideia que foi em legitima defesa ao verem os adeptos do Chaves correrem para eles.
Qualquer ser humano, neste caso, jogador de futebol estando a jogar e vê um adepto correr para si, tem todo o direito de pensar o pior e defender-se.
No futebol a legitima defesa é sempre penalizada. Se o jogador fugisse ou não fizesse nada não era penalizado. Todavia como respondeu fisicamente vai ser penalizado.
Evidentemente, que Pedro Álvaro do Estoril com aquela joelhada agressiva pôs-se a jeito.
A lei por vezes é cega e não deve ser cumprida à risca.
Muitas vezes um jogador passa o jogo a provocar o seu adversário e, na volta, leva a resposta que pode passar as marcas. Assim, vê-se muitas vezes, o provocado por não ter mantido o sangue-frio é expulso e o jogador provocador com inúmeras picardias nada lhe acontece. Está mal! No fundo beneficia-se o infractor. O futebol é um jogo em que há disputa, confronto, com vitórias, empates e derrotas.
O futebol não pode ser um antro de loucos e atrasados mentais. O futebol não pode ser sinónimo de ódio e violência.
No futebol não pode haver invasões de campo, atirar garrafas a treinadores, agressões e indisciplina.
Futebol é paixão, emoção, alegria, tristeza e desalento. Quem não vê isto por este prisma não deve ir ao futebol."

Lutar pelo penta


"Benfica e Sporting disputam hoje, às 16h00, no Pavilhão João Rocha, o jogo 2 da final do Campeonato Nacional de voleibol. Este é o tema em destaque na BNews.

1. Em busca da 2.ª vitória
Depois do triunfo no passado domingo, 21 de abril, o Benfica procura alargar a vantagem na final do Campeonato Nacional de voleibol e ficar a um triunfo de conquistar o pentacampeonato.
Marcel Matz define a abordagem benfiquista à partida: "Estamos a preparar-nos bem, e esperamos um jogo difícil. Vamos entrar com tudo para colocar pressão no Sporting."

2. Calendário definido
Já há datas e horários para os jogos das 32.ª e 33.ª jornadas do Campeonato Nacional de futebol, nas quais o Benfica visita o Famalicão e recebe o Arouca, respetivamente.

3. Na final
A equipa feminina de voleibol do Benfica apurou-se diretamente para a final da Taça Federação, a qual conquistou na temporada transata, por desistência do Castêlo da Maia. Os jogos agendados para 25 e 27 de abril ficam sem efeito.

4. Jogos do dia
Além do desafio de voleibol, os Sub-23 do Benfica visitam o Estrela da Amadora, às 14h30, e a equipa feminina de andebol tem a deslocação ao reduto do Academia São Pedro do Sul (17h00).

5. Agenda para 6.ª feira
Os Sub-19 recebem o Braga, às 11h00, no Benfica Campus. E, às 19h00, há novo embate com os bracarenses, mas de futsal na Luz.

6. Apontar aos Jogos Olímpicos
São 9 os judocas do Benfica em competição (Campeonatos da Europa, Panamericano e de África) e a lutar pela qualificação para os Jogos Olímpicos.

7. Parceria no andebol
O SL Benfica e o HK Aranäs, da Suécia, celebraram um protocolo de cooperação para o desenvolvimento de metodologias de treino e dos seus profissionais.

8. Bom desempenho
Os ginastas benfiquistas estiveram em bom plano nos campeonatos territoriais de trampolim individual e sincronizado.

9. Iniciativa da Fundação Benfica
No âmbito do projeto "Benfica Faz Bem", José Muller, dos Sub-23, e Marta Martins e Carolina Cruz, da equipa feminina de basquetebol, estiveram na Escola Básica D. Dinis, em Odivelas, para partilhar a sua experiência de jovens atletas."