sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

Vermelhão: Intervalo, com vantagem mínima!


Benfica 2 - 1 Toulouse


Vitória curta, com duas penalidades (justas)... uma raridade - no Tugão em 21 jogos no campeonato, esta época, beneficiámos também de duas penalidades! -, situação tão pouco habitual, que nos deixou 'embaraçados'! Apesar de todos perceberem que também se podem ganhar jogos, quando se joga abaixo do potencial, e com golos da marca de penalidade!
Recordo-me, também dum 2-1, na Luz, com duas penalidades marcadas pelo Cardozo, contra o Liverpool!!! Fomos eliminados na 2.ª mão...

Curiosamente o jogo até foi parecido com muitos jogos do Tugão: 'autocarro' do outro lado; com o adversário a jogar no nosso erro; com muito anti-jogo; numa partida, de baixa intensidade, na maior parte do tempo!

Do nosso lado, mais do mesmo: acho incrível que o pessoal, depois de tantos meses de competição, vá para as bancadas, desvalorizando o adversário, e esperando que o Benfica, que durante toda a época, tem jogado abaixo daquilo que é esperado, dum momento para outro, comece a jogar o melhor futebol do Mundo!!!

Aliás, em mais de 40 anos de presença assídua na Luz, com muitos ódios de estimação por parte dos Benfiquistas, normalmente contra alguns jogadores, alguns treinadores, e até alguns directores, nunca assisti a um 'ódio' generalizado contra um funcionário do Benfica, como actualmente assistimos contra o Roger! A cultura da graçola ofensiva, que vem das redes sociais, também é diferente hoje, nota-se que também existem sound bites ofensivos contra alguns jogadores do Benfica (com pouca criatividade, são sempre os mesmos...!), usados de forma abusiva, constantemente durante o jogo, mas contra o Roger, a campanha que começou e continua nas televisões, rádios e jornais, é um 'sucesso'! Independentemente dos resultados finais desta época, com o Benfica Campeão ou não, com sucesso na Taça ou não, com sucesso na Liga Europa ou não, uma grande maioria barulhenta dos Benfiquistas, já decidiu o futuro do Schmidt...!!!

Dito isto, a equipa voltou a jogar mal, principalmente na falta de intensidade e falta de ideias ofensivas! Os jogadores estão completamente dependentes do Di Maria, e nem me parece que seja uma 'ordem', parece-me que naturalmente sentem alguma reverência ao Angel, e na 2.ª fase de construção, todos procuram o Argentino, e esperam que ele decida!!! E com a actual falta de velocidade do Angel, as coisas normalmente correm mal... principalmente, quando o adversário ainda está 'fresco'! Não é por acaso, que o Di Maria tem sido decisivo, muitas vezes nos últimos minutos, quando o jogo é mais anárquico, e existem mais espaços...

Sem a capacidade de pressionar alto, a equipa parece entrar nos jogos sempre na expetativa que o jogo mais tarde ou mais cedo se resolva para o nosso lado! Talvez por isso, temos sido obrigados a tantas remontadas!!! E na Luz, principalmente, a paciência dos adeptos é curta, e quando os nossos adversários têm a posse de bola, 'demasiado' tempo, as bancadas começam a ficar nervosas, mesmo que essa posse de bola, seja na maior parte do tempo, inofensiva!!! Por outro lado, esta incapacidade de pressionar alto, tem obrigado a equipa a 'baixar linhas' e a defender alguns metros mais atrás do que era habitual o ano passado, com o Cabral por exemplo, muito recuado, às vezes quase como um 3.º médio!!! Talvez isto explique, que nos jogos 'grandes' no Tugão, a equipa tem vencido todos! Pois, a nossa defesa 'baixa' está mais consistente...!!!

O Toulouse na Europa tem sido muito diferente do Toulouse do campeonato, a motivação é outra, e até a forma estratégica como têm jogado é diferente. Se na Liga interna, é surpreendido muitas vezes, em contra-ataques, porque aposta na posse de bola, com a defesa alta, nos jogos Europeus, têm jogado mais recuados... Tal como acontece em Portugal, equipas que não estão habituadas a jogar na Europa, muitas vezes começam a época com esperanças 'europeias' e terminam a época a descer de divisão!!!

A diferença na qualidade individual dos jogadores é gigantesca, mas com o coletivo do Benfica a não funcionar, e contra um Toulouse, bem organizado, as diferenças encurtaram-se! A falta de velocidade, falta de movimentos sem bola, e a falta de largura no ataque do Benfica, facilita o trabalho aos nossos adversários...

Hoje, na 1.ª parte, safou-se o Kokçu e o Aursnes quando 'esqueceu-se' do papel como Lateral e apareceu a jogar como médio-centro! No 2.º tempo, depois dos primeiros minutos 'sem bola', com as substituições, queriamos acelerar... e o golo acabou por aparecer, um pouco sem querer, é verdade!

Mas com 1-0, não soubemos controlar a partida, o jogo ficou 'partido', o 2-0 estava perto, com o Neres a desequilibrar imediatamente, mas numa carambola, acabámos por permitir o 1-1! Mais com o coração do que com a cabeça, fomos à procura do golo da vitória, que acabou por aparecer, num penalty, após mais uma carambola... com mais uma vez o Neres a desequilibrar!

Não concordei com a gestão do Tino (não vai jogar no Domingo por castigo); o Carreras no início do 2.º tempo fez dois passes errados, e o Roger preferiu o substituir. Acabou por ser mal aproveitado, a equipa está tão rotinada a jogar pela Direita, que muitas esqueceu-se que hoje tinha o Lateral Esquerdo de raiz!!! O Neres tem algumas rotinas com o Aursnes na esquerda, e acabou por ser essa dupla nos últimos minutos! O Marcos Leonardo devia ter entrado mais cedo... e para o lugar do Rafa!

Uma nota para o António e o Otamendi: como todos os jogadores, também cometem erros, o António esta época, já teve jogos abaixo do seu 'normal'; o Nico arrisca muitas vezes a antecipação, e às vezes corre mal, mas se o Benfica neste momento ainda está na luta pelo Campeonato, pela Taça e mantem-se na Liga Europa, deve-se muito à categoria dos nossos dois Centrais! Com a equipa desequilibrada muitas vezes nas transições defensivas, a jogar com Laterais diferentes durante toda época, tem sido os Centrais, que têm mantido a equipa viva, em conjunto com o Trubin! Hoje, mais uma vez, foram dos melhores em campo pelo Benfica...

Incrível como nem na Liga Europa nos livramos dos maus árbitros, e do anti-jogo manhoso! Estes franceses, com muito sangue latino, podiam ser artistas do Tugão!!!

Além da eliminatória estar em 'aberto', quando podia estar 'fechada' com uma goleada do Benfica, uma das piores consequências do resultado de hoje, é a 'obrigação' do Benfica, na próxima Quinta-feira, ter que ir a Toulouse sem gestão! Vizela, no próximo Domingo, Toulouse na Quinta, e depois Portimonense novamente no Domingo, com o Sporting para a Taça, logo a seguir a uma Quinta, com a visita aos Corruptos na Segunda seguinte, e com uma potencial 1.ª mão da próxima ronda da Liga Europa, na Quinta-feira seguinte!!!!

Domingo, mesmo com algumas ausências no Vizela, nós também não teremos todos os jogadores disponíveis. Não podemos entrar em campo, com esta de atitude de expetativa que temos 'usado' demasiadas vezes este ano! No Domingo, poderemos não ter forças, para resolver o jogo nos últimos minutos, como também tem sido habitual, demasiadas vezes!!!

Regresso à Europa


"O embate com o Toulouse, hoje, na Luz, às 20h00, é o destaque nesta edição da BNews.

1. Entrar bem na eliminatória
Para Roger Schmidt, o objetivo para o jogo da 1.ª mão do play-off da Liga Europa frente ao Toulouse é "ganhar para ter um bom ponto de partida para o segundo jogo". E acrescenta: "Jogamos em casa e precisamos de um bom resultado. Damos sempre o nosso melhor. O nosso objetivo é sempre vencer, independentemente da competição."

2. Ganhar ao Toulouse
João Neves revela ambição na Liga Europa e estabelece prioridades: "É um objetivo, é ganhar todos os jogos, mas vamos com calma, passo a passo."

3. Calendário definido
O desafio, na Luz, com o Portimonense, a contar para a 23.ª jornada da Liga Portugal, é no dia 25 de fevereiro, às 18h00. E a 1.ª mão das meias-finais da Taça de Portugal entre Benfica e Sporting, em Alvalade, joga-se a 29 de fevereiro, às 20h45.

4. Na final
O Benfica está, pela 5.ª vez consecutiva, na final da Taça da Liga de futebol no feminino. O empate a duas bolas no reduto do Valadares Gaia carimbou o apuramento. Recorde-se que, nas quatro presenças, o Benfica conquistou a prova em três.
Filipa Patão manifesta satisfação pela chegada à final e deixa um desafio às jogadoras: "Conseguimos o nosso grande objetivo e fizemos o que os nossos rivais ainda não tinham feito, que é não perder aqui, mas temos de ser ambiciosos e queremos ganhar todos os jogos."

5. Campeonato do Mundo de desportos aquáticos
Depois da medalha de ouro brilhantemente conquistada por Diogo Ribeiro nos 50 metros mariposa, o jovem nadador do Benfica chegou às meias-finais dos 100 metros livres, estando ainda em competição nos 100 metros mariposa e nos 50 metros livres.

6. Distinções
Nélson Veríssimo foi considerado, pelos treinadores da Liga Portugal SABSEG, o Treinador do Mês de janeiro. E Gustavo Marques o Defesa do Mês.

7. Parceria
Sport Lisboa e Benfica e FC Dallas assinaram uma parceria de desenvolvimento de talentos e de partilha de metodologias de treino e conhecimento. Em representação do Benfica, o vice-presidente Manuel de Brito salienta: "Os Estados Unidos são um mercado estratégico para a estratégia de crescimento do Benfica."

8. Atividade do futebol de iniciação
Cerca de 300 atletas dos Sub-10 aos Sub-14 participaram num convívio competitivo no Benfica Campus ao longo dos últimos dias. E foram cerca de 200 participantes na jornada da Liga Benfica – Zona Centro, dos 6 aos 9 anos, realizada em Cernache.

9. Triunfo no basquetebol
Em jogo com o Esgueira a contar para a fase de grupos da Taça Hugo dos Santos, o Benfica venceu por 77-53.

10. Iniciativa do Museu
O Museu Benfica – Cosme Damião assinalou o Carnaval com uma iniciativa que contou com a participação de 54 crianças."

Onde Portugal acaba e os maiores começam


"Revolucionar um produto falido como o futebol português obriga a pensar em latitude e a longo prazo. É preciso vontade de mudar e tomar decisões difíceis. E todos o sabem

Muito se tem falado em competitividade e, inevitavelmente, procura-se sustentação nos números de acordo com aquilo que se defende: diferença entre os primeiros e os que os seguem ou, por exemplo, a capacidade de derrotar candidatos ao título. Para mim, é pouco relevante se uma liga é competitiva per se, embora me interesse sempre mais quando existe emoção ou há a probabilidade, por enquanto aparentemente longínqua, de os três grandes terem companhia na distribuição do troféu mais desejado. Nem isso está próximo de surgir de forma esporádica, depois dos raros exemplos de Belenenses e Boavista no passado, quanto mais em termos de crescimento de um novo player até esse patamar, apesar das recorrentes promessas por cumprir do SC Braga. Para lá do gosto pessoal, a competitividade que me interessa é, sobretudo, aquela em que a nossa liga se opõe às outras. Aí, Portugal está claramente deficitário.
O défice surge logo abaixo de uma classe média-alta que apenas comporta o SC Braga. A nossa liga, digo-o há muito, não tem mesocracia. Ninguém consegue estabilizar aí, vai alternando entre épocas dignas desse estatuto e outras bem aquém das expetativas. Tanto se luta num ano pela Europa como no seguinte pela permanência, o que se reflete na competitividade diante de outros campeonatos. É que não é com a atribuição de mais pontos de ranking àqueles que disputam a Liga dos Campeões e sim em fazer crescer os restantes portugueses, na Liga Europa e na Liga Conferência, a fim de poderem ultrapassar emblemas de estatuto semelhante de outros países, que se mostra a real força de uma competição.

Três eucaliptos no deserto
Tamanha fragilidade resulta apenas de uma situação irresolúvel: há três eucaliptos a secar tudo à volta. Benfica, FC Porto e Sporting, ou por outra ordem que queiram que não seja a alfabética e vos interessar para as discussões de circunstância, pensam apenas no respetivo umbigo e controlam todas as decisões, ao mesmo tempo que distribuem elogios por quem finge que lidera e os deixa governar.
Os restantes percebem que o que lhes sobra não é mais do que alianças que os diminuem, de acordo com as relações dos seus líderes, a localização geográfica ou as ramificações da história. Até as transferências internas penalizaram sempre os mais pequenos, feitas a troco de excedentários emprestados ou valores irrisórios, até que finalmente alguns clubes, com o SC Braga à cabeça e agora um Famalicão muito atento no recrutamento e irredutível na mesa de negociações, começaram finalmente a exigir o valor justo pelos melhores futebolistas.
Entretanto, num país sem cultura desportiva – em que só esses três fazem mexer a agulha e há poucas cidades a caminhar ao lado dos seus emblemas –, e onde acresce decrescente poder de compra e uma impunidade a todos os níveis, as bancadas perderam gente e os clubes receitas. A Covid-19 alargou a crise e as guerras fizeram disparar custos a nível sufocante. O deserto alastrou pelo futebol português.
O produto perdeu qualidade e o ruído constante ainda o torna pior, menos tolerável. O interesse lá por fora, se já não era muito, praticamente desapareceu. Não é nada estranho que tenha sido num país tão desconfiado de si próprio, em que todos querem ganhar a todo o custo e tudo serve de desculpa, a se apostar tão rapidamente no VAR. O problema é que o vídeo-árbitro não só falhou na promessa de criar a verdade desportiva, o que já se percebia na altura, como também ajudou a desumanizar o erro, hoje considerado incompreensível dado o acesso a tantas câmaras. Foi também nesse sentido que tanto se insistiu na explicação pública das decisões.

Centralizar o quê?
Não será a centralização dos direitos televisivos, por muitas vezes que se repita a demagogia, que salvará um produto empobrecido de um país ainda mais pobre. Uma competição que nem sequer reflete a verdadeira dimensão e realidade do território.
Haverá mesmo por cá 18 clubes financeiramente saudáveis para um campeonato? Não só para pagar ordenados, mas sim para compor plantéis fortes? Os exemplos recentes mostram que não. Claro que a representatividade geográfica seria o cenário ideal, porém não parece ser para já a nação que temos. Os clubes têm de ser mais escrutinados e as regras mais apertadas e rigorosamente cumpridas.
Um campeonato com menos equipas levaria a maior concentração de talento e mais encontros de maior grau de dificuldade. Uma terceira volta, por exemplo, garantiria mais clássicos sem vulgarizá-los. Com mais jogos grandes, naturalmente haveria maior atratividade para o público. E mesmo assim não iria chegar.

O bem-maior
Reformular o futebol português será sempre processo demorado e não dependente de um único fator. Os dirigentes terão de estar preparados para não receber os louros do seu trabalho, para não os poderem utilizar em caso de ambição… política. É preciso pensar no cenário global, não ter medo da rotura nem da eventual chico-espertice de um rival que se aproveite do momento, porque no final todos, de A a Z, irão ganhar. Se esta Liga não conseguir evoluir para tal cenário, terá de ser outro organismo, criado ou por criar, a fazê-lo. Uma nova classe de dirigentes, que aparecerá com o tempo, mais analíticos, facilitará provavelmente o processo, todavia quando chegar poderá já ser tarde demais.
Um clube também não pode existir sem a comunidade. E esta tem de se conseguir identificar com o emblema da terra. Essa ligação deverá ser criada para lá do fim de semana e dos jogos, diariamente, com o envolvimento nos seus problemas e nas suas causas. A ponto de poder esperar receber de volta.
No fundo, tudo começa e acaba com a cultura desportiva, que nunca se fortalecerá sem o pensar a longo prazo, nas famílias e nas escolas. É lá que estão os atletas e os adeptos do futuro. Antes de se gostar de um escudo tem de se gostar de desporto, que, por sua vez, não nasce do vazio. É preciso praticá-lo, bem ou mal, e que faça parte da nossa vida. Não se enganem: no centro da comunidade encontra-se o desporto escolar, que em Portugal é nulo e nos Estados Unidos, por exemplo, a força de tudo.
O caminho está à vista, só é preciso coragem."

Rei Arthur face aos conquistadores


"A lenda do rapaz que se descobriu rei tem versão benfiquista no desprezado que se descobriu goleador, após um golo ao cair do pano em Salzburgo. De então para cá, Arthur Cabral tem-se afirmado como titular e goleador de indiscutível categoria no Benfica de Roger Schmidt.
Surpreendeu por isso que, em Guimarães, este tivesse optado por deixar o ponta de lança no banco escolhendo uma formação com dois avançados móveis, Rafa e Di María. Se se compreende a intenção do técnico encarnado e a forma como procurou superar a defesa vimaranense, a verdade é que não surtiu efeito. Em larga medida porque não se revelou adequada para um jogo disputado num lago onde a bola não rolava e, por isso, o virtuosismo de Di María e velocidade de Rafa ficavam comprometidos, tal como o passe curto de Kokçu.
O terreno estava, de facto, mais apropriado para o recente campeão do mundo de natação, Diogo Ribeiro, do que para jogar futebol. Isto, sem retirar mérito aos de Guimarães que fizeram jus à fama de equipa batalhadora, designadamente nos jogos com o Benfica. Mas o jogo pedia a capacidade de luta de Florentino Luís e um avançado com as características de Arthur Cabral, como se confirmou quando este fez o golo do empate demonstrando que é, neste momento, imprescindível.
Com o F. C. Porto a atrasar-se, mais ainda, nesta jornada, foi, de facto, um revés para o Benfica, mas que não o afasta da luta pelo título com um Sporting, sem dúvida, afirmativo.
Bonita a homenagem a Miklos Féher com a deposição de uma coroa de flores no local onde caiu, inanimado, há 20 anos."

Puros!


"O Paulo Pereira Cristóvão, vice em funções, quando apanhado a colocar 2000€ na conta de um árbitro fê-lo por auto recriação e os sapos nada tinham que ver com o assunto….já com o Team Manager André Geraldes o tratamento foi idêntico a quando do caso CashBall…eram todos eles corpos estranhos ao Sporting e a sua estrutura…no entanto, aparentemente, César Boaventura que fica conhecido apenas quando começa a expor os podres da máfia futebolística nortenha, agente de futebol cujas ligações ao Benfica além das profissionais em matéria de jogadores, se cingem ao amor clubistico já, apesar de repito, não ser vice-presidente, não ser team manager, não ser nada, além de um comum adepto ou sócio como eu e outros 6 milhões espalhados pelo mundo fora, esse sim já fez tudo em concluiu com a direção a mando de Luís Filipe Vieira e com permissão de tudo e todos!
Enfim, mas pior que os pacóvios amestrados azuis e verdes, a contas com macaquices, aldrabices e afins, pior que esses são os “puros” que além de escreverem amiúde nos twitters da vida onde mesmo nem a cara se lhes vai conhecendo, tal a sua coragem e virtude, papagueiam uma autoridade moral sobre tudo e sobre todos os demais Benfiquistas comuns, invocam sempre Cosme Damião como se fosse seu conterrâneo e amigo do peito para atacar os da sua cor!
Para esses todos, um bem haja de azia, porque o Benfica nada tem que ver com isto para vossa amargura!
Já agora…o César Boaventura ainda tem direito a recurso, coisa que já se esgotou em inúmeros processos de pessoas ligadas ao FCP e SCP, esperemos para ver o que sucede num tribunal fora da comarca azul e branca…"

As próximas semanas vão ser decisivas


"Como olho para Roger Schmidt e o que falta disputar da época

Porque me é impossível responder em tempo útil a tantos comentários ao post sobre o jogo de Guimarães - praticamente 900, que muito agradeço -, aqui vai, agora mais a frio, uma "resposta" para todos vocês.
1. Enquanto treinador de bancada também não compreendo e não gosto de várias das opções de Roger Schmidt desde o início da temporada. Como todos vocês, também tenho o meu onze ideal e a minha tática infalível. Acontece que tudo isto vale zero: não vivo o dia a dia do clube por dentro, não assisto aos treinos, não estudo os adversários, não frequento o balneário, não conheço a forma física e mental de cada jogador.
2. Para aqueles que reclamam a dispensa imediata do treinador, tomem nota do seguinte: em 13 das últimas 40 épocas tivemos chicotadas psicológicas no Benfica (em duas delas até dupla chicotada!) e só numa dessas 13 conseguimos ganhar o campeonato.
3. Reparem no que ganhou o Porto em manter Sérgio Conceição depois de na segunda época ter perdido um campeonato em que teve 7 pontos de avanço. E o que ganhou o Sporting em estabilizar no Rúben Amorim, apesar de ter perdido os dois últimos campeonatos e na época passada nem para a Champions ter conseguido apurar a equipa - ficou em 4º!
4. Teremos nós, que estamos de fora, mais conhecimentos do que o Rui Costa para avaliar o trabalho do treinador e decidir o que é melhor para o Benfica? Se o presidente continua a apostar em Schmidt, qual a utilidade de batermos continuadamente no treinador?
5. É muito importante ser campeão, mas também é muito importante assegurar, no mínimo, o segundo lugar. Com o Porto a 7 pontos e o Sporting, com menos um jogo, em igualdade pontual, é fundamental que o treinador e todo o grupo de trabalho sintam que estamos com eles numa altura da época em que tudo pode ficar decidido. Por isso, independentemente das polémicas opções de Schmidt, a hora é de apoiar, apoiar, apoiar, e deixar os protestos, as críticas e os balanços para o final da época. Eu estou nessa - e vocês?"

Daniel Sousa e a capacidade de desafiar a lógica no futebol português


"Ou como os ‘lobos meio espanhóis’ estão a conseguir uma recuperação espantosa.

De Daniel Ramos para Daniel Sousa, o Arouca mudou mais do que um apelido.
O jovem treinador (39 anos) conseguiu dar aos ‘lobos’ uma identidade que até aí não mostravam, explorando a qualidade dos jogadores do seu plantel, em particular no ataque.
A ‘sociedade espanhola’ constituída por Cristo González, Rafa Mujica e Jason Remeseiro (e Javi Montero, já agora, esse na defesa) tem impressionado. São jogadores com ‘escola’, com passagem pelos melhores emblemas de Espanha, mas que, por alguma razão, não vingaram na LaLiga.
O que têm feito nos últimos meses tem sido fundamental para a recuperação do Arouca na liga portuguesa. Não só eles, claro; a equipa está coesa, independentemente da nacionalidade de quem joga.
Quando Daniel Sousa pegou na equipa, o Arouca estava em último, com seis pontos em onze jornadas. Parecia condenado. Agora é sétimo, com 28, dez jornadas depois.
Até começou mal o ano de 2024, com três derrotas seguidas (Benfica e Vitória de Guimarães, na Liga; Vizela, na Taça).
Na altura, não ‘tremeu’; negou que a equipa estivesse numa nova «série de derrotas» e seguiu caminho. Vai em quatro vitórias seguidas, incluindo a goleada ao Vizela (5-0) e, agora a vitória sobre o FC Porto.
E convém não esquecer os 3-0 ao ‘seu’ Gil Vicente, clube da terra onde nasceu e que orientou na época passada, escapando à descida de divisão. Em Barcelos, no entanto, preferiram mudar de treinador para esta época.
Daniel Sousa esteve na apresentação da candidatura de Villas-Boas à presidência do FC Porto. Uma presença que foi criticada, por ser treinador de um clube adversário. Na altura (ou uns dias depois) disse que foi «apoiar um amigo» e matou o assunto por aí, apelando ao «bom senso».
Quem desconfiasse que poderia facilitar a vida ao FC Porto, quando o defrontasse, vendo ali um ‘portista’, teve a resposta esta segunda-feira.
Quem vir no triunfo do Arouca uma forma de apoiar Villas-Boas, não conhece o significado da palavra profissionalismo, ou os valores básicos do desporto.
Esta é apenas a segunda temporada de Daniel Sousa ‘a solo’, depois de uma década a trabalhar com André Villas-Boas. O mínimo que se pode dizer é que parece bem lançado. Contrariando várias lógicas. Menos a da competência."

Caro José Mota, o racismo não é um caso


"José Mota desvalorizou ato lamentável na bancada. Felizmente, o resto funcionou

Decorria o minuto 80 do Farense-Famalicão do passado fim de semana quando Chiquinho se preparava para bater um canto. Os visitantes estavam em vantagem, os adeptos da casa queriam aproveitar todo o tempo que restava em busca do empate. Na bancada, um homem chamou «macaco» ao jogador do Famalicão, que de imediato apelou ao árbitro e o jogo esteve interrompido enquanto a polícia identificava o adepto e os ânimos se acalmavam. Esteve bem Chiquinho, ao denunciar o que ouviu. Esteve bem o árbitro Hélder Malheiro, ao não prosseguir a partida enquanto não havia condições para tal. Estiveram bem os jogadores do Famalicão e do Farense, que perceberam a gravidade do momento e aguardaram pela resolução, apoiando Chiquinho. Esteve bem a PSP, ao identificar de imediato o adepto que proferiu o insulto racista.
Esteve bem até o speaker do estádio, que lembrou aos presentes o que estava em causa. Estiveram bem os clubes, a Liga, o secretário de Estado do Desporto e o Sindicato dos Jogadores, ao reagirem de imediato, com tolerância zero ao racismo. Esteve mesmo muito bem Fabrício Isidoro, capitão do Farense que se colocou de imediato ao lado de Chiquinho. Esteve bem - e de forma rápida, como se quer - a Autoridade para a Prevenção e o Combate à Violência no Desporto, ao proibir a entrada do adepto racista nos estádios.
Acabou a hora de justificar estes atos com o calor do momento, o jogo que está perto do fim e a equipa que está a ganhar a perder tempo. Sejam bem-vindos a 2024: não é aceitável chamar «macaco» a alguém sem sofrer consequências. Mais: o racismo é crime e, em Faro, felizmente não ficou impune.
Foi pena, então, que um interveniente tenha escolhido desvalorizar o que aconteceu. No final da partida, o treinador do Farense referiu-se ao ato racista assim: «Para mim, não é um caso». E lamentou que os jornalistas fossem dar mais destaque ao racismo do que a um golo anulado ao Farense. Por muito que nos tentemos colocar na pele de José Mota, frustrado com o resultado (o Farense acabou por empatar nos descontos, mas tinha tido um golo anulado aos 54 minutos de forma polémica), muito acarinhado pelos adeptos farenses, a querer mais destacar o trabalho incansável desta equipa... Não, basta!
Não há golo anulado, resultado ou reação ‘a quente’ que possa esconder ou diminuir o que aconteceu. José Mota tem de perceber que ninguém questionou «as gentes respeitadoras de Faro» ou «a fortaleza» do Estádio de São Luís. Ninguém põe isso em causa, não está em discussão sequer. O que aconteceu foi que um adepto chamou um jogador de «macaco» e foi punido por isso, como tem de ser. E, para isto tudo continuar a funcionar assim, é preciso que os protagonistas estejam alerta e do lado certo desta luta. Prevenir, denunciar, punir. O racismo não é um caso, como se pudesse ou não ser falta, ou penálti, ou cartão. E não pode haver golo anulado que atrase isto."

Real Madrid embalado


"1 - O Real Madrid já está em velocidade de cruzeiro, para tentar vencer mais uma Liga dos Campeões.
Este clube é insaciável e nunca se rende. Tem inúmeros jogadores lesionados, mas Ancelotti reinventa a equipa e adapta jogadores com enorme êxito. Esse é o segredo do Real Madrid, qualquer jogador faz mais do que uma posição.
O anterior Real Madrid das reviravoltas passou ao Real Madrid das lesões.
Bellingham não jogou, mas jogou Brahim. Lunin tem sido um baluarte na baliza, na ausência de Courtois.
Este Real Madrid de emergência, mas que continua na senda das vitórias.
A Liga dos Campeões, a eliminar no mata-mata exige outro nível. O Real Madrid não falha. Ancelotti, com classe e constantes adaptações, devido às lesões, é um manual de futebol do que se deve fazer.
O Real Madrid saiu vencedor de Leipzig devido a Brahim - um golo de outro mundo - e às defesas de Lunin ( provavelmente trazia a camisola de Courtois por baixo).
Dois suplentes de luxo. Brahim tem talento natural, mas vê-se a sua evolução física. Lunin está motivado e jogar dá-lhe confiança.
O Real Madrid está embalado e deu um grande passo, após a vitoria por 1-0, frente ao Leipzig, para seguir em frente. Na LaLiga venceu este fim-de-semana o Girona (equipa sensação) e tem 5 pontos de vantagem. O Barcelona está a 10 pontos.

2 – Bayern de Munique
Ao contrário do Real Madrid, o Bayern de Munique está em crise não só no campeonato como na Liga dos Campeões e perdeu com a Lazio ( 0-1).
O Bayern de Munique não encontra soluções para os seus problemas. Thomas Tuchel não está a conseguir dar a volta a esta situação.
O Bayern está a cinco pontos do Bayer Leverkunsen de Xavi Alonso. Na Liga dos Campeões tem que procurar dar a volta por cima no seu jogo em casa, ou arrisca-se a cair no abismo.
O Bayern está sem crença, sem ritmo e comete muitos erros na defesa. Nem o regresso de Neuer deu alento ao Bayern.
Esta derrota seguida e outro jogo sem marcar, coloca uma enorme pressão sobre o Bayern.
O Bayern tem obrigatoriamente de estar nos quartos-de-final, de outro modo, Tuchel vai à sua vida."

A terrível vingança da laranja de Deus


"Zlatko Čajkovski era uma besta. Ok, ok! Não uma daquelas bestas de 124 patas que enchem as páginas das Escrituras, apenas uma besta dentro de campo, com o seu futebol de porrada-de-criar-bicho, sem respeito nenhum por qualquer parte do corpo do adversário, nem sequer pelas amígdalas ou pelo esternocleidomastóideo, como diria o Vasquinho da Anatomia.

Zlatko Čajkovski era uma besta. Ok, ok! Não uma daquelas bestas de 124 patas que enchem as páginas das Escrituras, apenas uma besta dentro de campo, com o seu futebol de porrada-de-criar-bicho, sem respeito nenhum por qualquer parte do corpo do adversário, nem sequer pelas amígdalas ou pelo esternocleidomastóideo, como diria o Vasquinho da Anatomia. No Mundial de 1950, Čajkovski, que nasceu em Zagreb no que era, então, o Reino dos Sérvios Croatas e Eslovenos, vestiu a camisola do país que sucedeu a esse Estado meio confuso, a mais prosaica República Federal da Jugoslávia, e no Partizan de Belgrado onde criou a fama e recolheu o proveito de ser um centro-campista duro como aço e muito pouco escrupuloso. E, no entanto, vejam bem como as coisas são, houve alguém que lhe colou a carinhosa alcunha de Čik. Todos sabemos que essa fase final do Campeonato do Mundo ficou para a história graças à derrota dos brasileiros num Maracanã a rebentar pelas costuras, com 200 mil fanáticos, perante o Uruguai, mas poucos se lembram que, até chegar à final, que nem sequer foi uma verdadeira final porque se tratou apenas do jogo decisivo entre os dois primeiros de um grupo de quatro finalistas, a ‘canarinha’ (que também não era canarinha porque o Brasil jogava de camisola branca e calção azul e só adotou o amarelo depois de os seus dirigentes se convenceram de que o branco dava azar) viu-se e desejou-se na fase inicial da prova e apanhou um cagaço dos valentes quando, face à Suíça, com o resultado em 2-2, viu um tal de Hans Peter Friedlande chutar na trave de Barbosa, um desgraçado que ficou marcado para toda a vida por ter sofrido o golo de Ghiggia a dez minutos do derradeiro dos derradeiros apitos.
Estou a ver que esta história está a ficar um tudo nada confusa e é melhor ir direito ao assunto e o assunto é Zlatko Čajkovski. E Mitic também, já agora. Ainda estava a trave do pobre Barbosa a abanar e já o Brasil entrava o Brasil em campo para defrontar a Jugoslávia que, por via das dúvidas, fizera o seu servicinho sem espinhas despachando a Suíça por 3-0 e o México por 4-1. Talvez os brasileiros tenham encomendado uma macumba porque, com as cabinas do Maracanã ainda em obras – aquilo foi tudo um bocado feito do pé para a mão, há que convir -, um dos mais influentes jogadores jugoslavos, Rajko Mitic, deu positivamente com as fuças numa trave de cimento e teve de ser suturado com doze pontos no crânio, o que fez com que o Brasil jogasse os primeiros vinte minutos com um a mais já que o treinador adversário teimou que não podia dispensar Mitic nem que este caísse em estado de coma. Foram vinte minutos proveitosos e Ademir marcou um golo bem cedo. Então Čajkovski começou verdadeiramente a demonstrar o seu mau feitio e a arrancar pela raiz todos os que tiveram o azar de lhe passar pelas redondezas, havendo mesmo quem asseverasse que chegou a dar caneladas nos próprios companheiros de equipa.
Com onze contra onze, o jogo complicou-se para o Brasil. O ‘povão’, nas bancadas, exigia a expulsão de Čik, um matulão em largura já que não passava do metro e sessenta e três de altura. Os tímpanos o árbitro galês Sandy Griffiths já deviam estar definitivamente estragados quando um mamífero mais exaltado resolveu tomar uma atitude, por assim dizer, divina, e lançou com toda a força que tinha uma laranja lá do alto das bancadas. O citrino sobrevoou umas dezenas largas de metros e esborrachou-se com estrondo na testa de Zlatko Čajkovski. Pode dizer-se com propriedade que o jogo acabou aí. Zlatko abanou mas não caiu. Só que continuou a abanar durante o resto do tempo que faltava até final. Parecia um daqueles bonecos sempre-em-pé, tropeçando nos próprios calcanhares, e cada vez mais furioso avançava como um touro cego de feridas ninguém percebia ao certo para onde e contra quem. Os assobios do Maracanã deram lugar a gargalhadas bastante dolorosas para o furibundo jugoslavo. E a cada risada, a sua raiva aumentava exponencialmente. Podia não distinguir companheiros de adversários mas continuava a foçar numa sede sanguinária. Uma mancha negra e ao mesmo tempo alaranjada crescia a olhos vistos em redor do seu olho esquerdo mas Čik não parava um segundo, lutando contra si mesmo e contra a sua incapacidade. Ninguém podia acusá-lo de falta de coragem, isso é certo. Aos 69 minutos, Zizinho fez o 2-0 definitivo. Mas uma voz erguia-se por entre o grupo de jugoslavos. Não a de Čajkovski, que estava mudo de ódio incontido, mas a de Mitic que berrava numa gana de empate. Ninguém lhe explicara que, quando entrou em campo, a Jugoslávia já perdia. Para ele um golo devolvia a sua equipa ao jogo. O único em todo o estádio que achava que estava apenas 1-0. E 12 pontos na cabeça rachada."