terça-feira, 19 de novembro de 2024

Banho de bola


"Não tenho memória de triunfo tão expressivo do Benfica sobre o FC Porto.
Há 40 anos que não marcávamos 4 golos ao rival nortenho em jogos do campeonato, há mais de 20 que não vencíamos por 3 de diferença, e é preciso dizer que, no clássico de domingo, os números ficaram aquém da imensa demonstração de superioridade que se viu em campo ao longo dos 90 minutos.
Ao contrário do que afirmou o treinador portista no fim do encontro, a primeira parte só foi equilibrada no marcador: o Benfica podia ter ido para intervalo com uma vantagem tranquila, o que não sucedeu devido a um erro do árbitro, a uma escorregadela de Otamendi, e a alguma infelicidade no momento da finalização.
Na segunda parte faz-se justiça, e os números foram crescendo com naturalidade. Acabou nos 4. Podiam ter sido 5 ou mesmo 6.
Já neste temporada vimos o Benfica atropelar o Atlético de Madrid, com outra exibição de luxo, a outra goleada histórica. O clássico teve, aliás, muitas semelhanças com essa noite, e tal não é coincidência.
Esta foi uma vitória importante (até pela magnitude que assumiu), mas valeu apenas 3 pontos. O Sporting tem vencido todos os jogos,  e o FC Porto só não ganhou em Alvalade e na Luz. O campeonato está muito desequilibrada (a metade de baixo da tabela tem equipas a mais e futebol a menos) e os pontos que perdemos em Famalicão e Moreira de Cónegos (ainda sem Bruno Lage) estão a ter um peso maior na classificação do que na altura de supunha. O Benfica demonstrou nesta jornada que é bastante superior a esta FC Porto. Terá de demonstrar que também o pode ser face ao melhor Sporting das últimas décadas. E sobretudo há que manter a consistência exibicional, pois, com 5 pontos perdidos nas primeiras jornadas e um jogo por disputar, a margem de erro continua a ser nula."

Luís Fialho, in O Benfica

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