"Cashball, Jorge Gonçalves, Pereira Cristóvão, Álvaro Sobrinho, VMOC. Uma palavra estrangeira, três pessoas e uma sigla. Nem é preciso pensar muito mais para encontrar cinco argumentos de peso como resposta a qualquer dirigente ou adepto sportinguista que queira esboçar uma provocação sobre a mais recente polémica associada ao SL Benfica. Manipulação de resultados nas modalidades, um presidente que confirmou ter corrompido, vice--presidente condenado por peculato, uso indevido de dinheiro e bens do clube, um banqueiro acusado de desviar 20 milhões de euros para benefício do Sporting CP e um perdão bancário sobre os valores mobiliários obrigatoriamente convertíveis. Parece-vos suficiente? È que já não há paciência para a lengalenga que vem da zona do Campo Grande, em Lisboa. Tanta alegada superioridade moral, tanto dedo apontado, e depois vai-se ser e o armário já nem fecha de tantos esqueletos.
Claro que estão a fazer o papel deles. Até os novos dirigentes do FC Porto, imaginem, resolveram comentar a acusação infundada ao SL Benfica. È que já nem têm vergonha na cara. Um clube com um passado tão obscuro a comentar corrupção está ao nível de uma série de comédia. São tantas as incongruências para aqueles para aqueles lados, que já ninguém estranha que o líder da claque arrole o ex-presidente como testemunha abonatória. Nem que o reformado dirigente tenha feito uma lista de pessoas para estarem presentes no seu funeral e uma delas, claro, tem de ser o atual presidiário. Tudo e todos tão transparentes."
Ricardo Santos, in O Benfica
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