quinta-feira, 12 de setembro de 2024

Benfica: novo treinador, os melhores adeptos e olhar em frente


"Não se esperam no Benfica, frente ao Santa Clara, grandes alterações quem em termos de nomes quer de sistema tático. Equipa açoriana, vinda Liga 2, tem duas vitórias fora de casa

Encerrado que está o processo Schmidt, um novo capítulo que se deseja independente do anterior, e mais feliz, no Benfica se inicia. O tempo, como se sabe, não sobra, estando o comboio em andamento e já com um atraso acumulado logo nas primeiras estações.
A expectativa é como sempre muita, num processo de grande exigência para a nova equipa técnica. O trabalho nesta altura é muito mais de análise do que passou do que treino efetivo, impossível pela ausência de jogadores ou pela recém-chegada de outros. A avaliação atenta dos novos jogadores será feita certamente, para concluir quem poderá desde já ser protagonista. Uma equipa base anterior já existente e que naturalmente poderá suportar, pelo menos no início, os caloiros entretanto contratados.
Reunir os atletas, uns vindos de seleções, outros de outras competições e países, em torno de ideias base simples, explicadas e visionadas. Não me parece que aconteçam neste jogo grandes alterações quer dos nomes, quer do sistema tático a utilizar. Veremos se é assim.
A próxima equipa visitante, o Santa Clara, conhecendo a realidade que o Benfica vive, estará apostada em complicar e tirar proveito.
Mesmo regressada da Liga 2, o rendimento da equipa é interessante neste início, incluindo duas claras vitórias forasteiras, a ter em especial conta. É de longe a equipa mais brasileira do nosso campeonato, nada muito contra porque a nossa lei o permite, e que tem revelado, nos últimos anos, um critério apurado na qualidade dos jogadores escolhidos por lá.
Em relação ao regresso do técnico do Benfica, alguns anos passados, perceber que as pessoas inteligentes e profissionais, como Bruno Lage, evoluem, tornando-se melhores.
A escolha do presidente Rui Costa é prometedora, bem como os jogadores entretanto conseguidos.

Facto
As jornadas como a última do nosso campeonato são daquelas que quem gosta de golos não quer. Oito das equipas não conseguiram marcar um único golo e, no total, somente 14 golos foram marcados em nove jogos... Foi esta a pior produção dos goleadores nesta nova época, mas também relativamente a quase toda a época passada. Uma única exceção aconteceu em dia de pontaria ainda mais desafinada: apenas 12 golos (!!!) marcaram a 20ª jornada do anterior campeonato. Têm a palavra a criatividade e precisão de quem faz assistências e a inspiração dos finalizadores.

Língua
A maneira como o treinador se expressa publicamente tem evidentemente extrema importância. Quer seja na qualidade do futebol que apresenta, quer na gestão que faz do banco, mas também a comunicação a que está obrigado durante e no final de cada jogo. É isso que o adepto vê.

Estas três vertentes assumem papel relevante, ainda mais quando o publico não tem acesso a uma muito importante fatia do êxito de qualquer equipa: o processo de treino e a relação diária com os jogadores.
Esta introdução recua ao trabalho de Roger Schmidt no Benfica e à língua inglesa usada para comunicar. Não custa tentar se tivermos vontade, mas imaginamos que aprender português não será fácil, sabendo igualmente que hoje os planteis estão repletos de jogadores das mais diferentes origens, o que dificulta e muito o processo comunicativo. Isto a propósito da recente e original entrevista dada por Zidane, assumindo que não tem aceitado treinar em Inglaterra por não falar fluentemente a língua. Esta escolha resulta da fundamental importância que tem para si a comunicação com os jogadores, principais figuras do jogo. Julgo ter percebido que sabe que essa aproximação constitui uma das suas principais valências enquanto líder de uma equipa e fez dele vencedor. O que não entendo é o que impede a inscrição, nem que seja online, num curso de inglês."

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