quarta-feira, 10 de julho de 2024

Sem peso, nem medida


"Escrevo esta crónica antes do jogo desta sexta-feira a contar para os quartos de final do Euro 2024 com a França. E começo por deixar já clara a minha posição quanto à presença de Cristiano Ronaldo na seleção portuguesa: por mim, joga sempre. Enquanto não pendurar as chuteiras e estiver em forma física, CR7 terá sempre lugar na equipa, seja como titular, seja a sair do banco. Ganhou esse direito por tudo o que já fez no futebol e deixa em campo. Ter a oportunidade de o continuarmos a ver em ação é um privilégio que, talvez, só iremos perceber quando se retirar do futebol profissional. Claro que Cristiano pode - e deve - jogar com mais alguém ao lado. E a equipa da Federação Portuguesa de Futebol tem lá boas opções.
Todos somos treinadores de bancada, todos temos opinião. È assim quando se fala do SL Benfica, deveria ser assim quando se trata da Seleção. Mas não é. Tivesse um qualquer treinador do Glorioso feito algo semelhante ao que Roberto Martinez operou no jogo com a Eslovénia e era crucificado em praça pública. Tirar o avançado que mais trabalho estava a dar aos adversários para colocar um brincalhão numa cabine telefónica ou substituir o médio em melhor forma da equipa por um desinspirado atacante (sim, mas ganhou uma grande penalidade...) foram só mais uns equívocos. Mas está tudo tranquilo, em prol do bem comum. Basta ver as tristes reações à exibição de António Silva com a Geórgia para perceber que é o vermelho que continua a toldar a visão a muita gente. Nada de novo, só uma constatação.
E agora, a França... com erros de casting ou não, é ir à luta. Uma vitória pode ajudar a mostrar o valor conjunto de tantas individualidades de excepção. Uma derrota, de positivo, só terá o descanso de António Silva e João Neves, a pensar na pré-época que agora começou."

Ricardo Santos, in O Benfica

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