terça-feira, 23 de julho de 2024

Maioria quase absoluta


"Com o Nacional de Clubes de Atletismo e a final da Taça de Portugal de hóquei em patins feminino, pode dizer-se que a temporada desportiva de 2023/24 terminou. É, pois, a altura certa para fazer um balanço aos resultados do Benfica, que vá para além da prestação da equipa principal de futebol - a qual, não se sagrando campeã nacional, ficou naturalmente aquém do desejado.
Nas restantes modalidades, em todos os escalões de formação, e, sobretudo, no sector feminino, o ano foi, pelo contrário, bastante frutuoso.
Entre as mulheres, o Benfica mostrou um domínio absolutamente esmagador, arrecadando 36 competições (mais de metade dos 64), face a quatro do Sporting, duas do SC Braga e somente um do FC Porto - os outros clubes levaram à melhor em 21 provas.
Mas mesmo no sector masculino, apesar de um maior equilíbrio, o Benfica também foi triunfador. Dos 70 troféus disputados por homens e rapazes, os encarnados arrecadaram 23, os leões 18, os dragões nove, os guerreiros três e os restantes clubes 17.
Globalmente, considerando um universo de 15 modalidades em ambos os sectores e nos vários escalões, de um total de 134 provas conseguimos somar 59 títulos para o Sport Lisboa e Benfica, número incomparavelmente maior ao de qualquer um dos nossos rivais: o Sporting venceu 22 desses troféus, o FC Porto 10 e o SC Braga cinco, enquanto as restantes 38 conquistas ficaram para clubes mais modestos.
Podem argumentar que participaram em menos competições, que praticam menos modalidades, ou até confessar que desprezam o desporto feminino, e que a formação lhes interessa pouco. Temos pena. O Benfica cumpre o seu dever que é jogar para ganhar em todas as frentes. Os números não mentem, e, se dúvidas houvesse, fica aqui demonstrado qual é, de facto, a maior potência desportiva portuguesa."

Luís Fialho, in O Benfica

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