"Não há treinadores perfeitos. E os que se aproximam as perfeição (Guardiola? Ancelotti?) não estão no alcance dos cofres do Benfica.
Roger Schmidt não é um treinador perfeito. Tem virtudes e defeitos, como tantos outros que representaram o Clube no passado, como maior ou menor sucesso. Quando campeão, há apenas um ano, todos lhe reconheciam o mérito de uma época fantástica - em que chegámos a sonhar com a final da Champions. Depois de uma temporada má (e o técnico alemão não foi feliz ao afirmar o contrário), apontou-se-lhe o dedo como único culpado.
Fazendo o balanço aos resultados, temos, pois, um campeonato ganho e outro perdido. Ora, ganhar metade dos campeonatos não me parece assim tão mau.
Há quem não goste das substituições. Outros queixam-se das conferências de imprensa. Eu próprio, por vezes, não entendo Schmidt em alguns desses momentos. Não acho, porém, que o trabalho de um treinador se resuma a substituições e declarações. Nem sequer não essas as suas componentes mais importantes. E há outras em que o alemão se tem destacado, como por exemplo a condição física da equipa, ou o lançamento de jovens como António Silva e João Neves.
Diz-se que mantê-lo é um risco. Todas as opções na vida têm uma dose de risco. Até, simplesmente, sair de casa. Risco maior seria começar tudo de novo, com outro treinador (quem?). E se corresse mal, despedia-se também?
Entre 1994 e 2004 tivemos mais de uma dezenas de treinadores, alguns deles conceituados. Quase todos saíram pela porta dos fundos sob intensa contestação. Não ganhámos nada nesse período.
Entrar num ciclo como esse não é, de todo, o melhor caminho. Há que perceber o que Roger Schmidt ainda pode dar ao Benfica, e se é possível resgatar o espírito de 2022-23.
Que chegue rapidamente a próxima época para responder a essas questões."
Luís Fialho, in O Benfica
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