quarta-feira, 8 de maio de 2024

Nem a história nem o bom senso aconselham a manter Roger Schmidt à frente do Benfica


"Rui Costa tem de decidir se despedir o treinador é uma despesa ou um investimento; poucas pessoas conhecem o Benfica e os seus adeptos como o presidente, que tem que tomar uma decisão que irá definir a sua liderança…

O que está a acontecer com Roger Schmidt no Benfica não é novo nem no futebol, nem sequer no clube da Luz. O problema principal reside no divórcio litigioso entre sócios e adeptos dos encarnados e o treinador alemão, público, notório, e parece-me que irreversível, que limita drasticamente a margem de manobra face a um eventual insucesso pontual do técnico germânico na próxima temporada, assim continue ao serviço do Benfica.
Valerá a pena lembrar que Roger Schmidt — sem que se lhe questione o profissionalismo — nunca lidou bem com a crítica, achou-se acima do estado de alma dos únicos donos do clube, e teve sempre da realidade uma visão virtual, que ficou patente nas declarações surreais que proferiu após a derrota com o Famalicão, onde considerou a época positiva, com muitas coisas boas, ao mesmo tempo que Nicolás Otamendi, capitão de equipa, pedia desculpa aos benfiquistas por uma temporada medíocre, muitos furos abaixo dos padrões exigíveis ao clube da Luz.
Com contrato até 2026 (e há que dizer que quando Rui Costa decidiu prolongar o vínculo com o treinador alemão ouviu aplausos de todos os quadrantes, mesmo daqueles que agora, com memória curta, questionam esse ato de gestão), Roger Schmidt tem, ou não, condições para levar a nau benfiquista a bom porto em 2024/2025?
O que deve fazer Rui Costa, manter o técnico contra a vontade dos adeptos, ou dar por fim o consulado de Schmidt, arcando com as despesas inerentes? A história diz-nos, reportando-nos ao Benfica, que correu sempre mal manter um treinador que tenha acabado a época fragilizado. Talvez a situação mais parecida com uma exceção a esta regra tenha ocorrido com Jorge Jesus, que em Maio de 2013 perdeu o campeonato, com o golo de Kelvin, a final da Liga Europa, para o Chelsea, no último minuto, e a final da Taça de Portugal para o V. Guimarães de Rui Vitória. Mesmo assim, porque tinha sido campeão em 2009/2010 e chegado a uma final europeia, Luís Filipe Vieira decidiu mantê-lo e JJ foi campeão em 2013/14 e 2014/15.
Porém, será pertinente lembrar que Jesus só não foi despedido à segunda jornada da época de 2013/2014, porque, quando perdia em casa com o Gil Vicente por 1-0, Markovic (90+1) e Lima (90+2) deram a volta ao resultado e evitaram a chicotada que parecia inevitável.
Em todos os outros casos, no últimos 30 anos, sempre que Manuel Damásio, Vale e Azevedo, Manuel Vilarinho ou Luís Filipe Vieira decidiram começar a época com treinadores já fragilizados, tal como sucede agora com Roger Schmidt, a vida não lhes correu bem.
Vamos então a factos:
Artur Jorge, que chegou à Luz com inúmeros anticorpos trazidos das Antas, depois de uma atribulada época de 1994/1995 (em que foi submetido a uma cirurgia delicada), foi alvo de grande contestação, mesmo assim começou a temporada de 1995/1996, e acabou despedido a 9 de setembro.
Paulo Autuori, que teve um alargadíssimo período de adaptação ao Benfica, sendo responsável pela estruturação do plantel, o que lhe gerou alguma impopularidade, durou apenas seis meses.
Manuel José, que aterrou na Luz em janeiro de 1997, chegou contestado a 1997/1998, e viu o contrato rescindido a 20 de setembro de 1997.
Jupp Heynckes, depois de uma época cheia de turbulência, essencialmente por culpa de Vale e Azevedo, não sobreviveu à derrota em Vigo, que provocou um rombo nas relações com os adeptos e lhe acabou com o estado de graça. Mesmo assim começou a época seguinte, 2000/2001, e acabou despedido a 18 de setembro de 2000.
Toni, que tendo antes sido bicampeão como treinador, aceitou ser bombeiro para o fogo que lavrava na Luz em 2000/2001, acabou essa época penosa para o Benfica (6.º lugar), e na temporada seguinte não chegou ao Natal.
Jesualdo Ferreira sucedeu a Toni, terminou essa época de 2001/2002 sem grande brilho, e na temporada seguinte foi despedido a 24 de novembro, depois de ter sido eliminado da Taça, em casa, pelo Gondomar.
Fernando Santos, que fez uma época razoável em 2006/2007, mas nunca caiu nas boas braças do Terceiro Anel, foi mantido no cargo em 2007/2008, e despedido após a primeira jornada!
Rui Vitória, que venceu os dois últimos campeonatos do tetra, teve uma terceira época sofrível, recebeu contestação, e depois de ser deixado pela Direção do Benfica em banho-maria tempo demais, acabou por rescindir o contrato a 3 de janeiro de 2019.
Finalmente, Jorge Jesus, que regressou à Luz contra a vontade da esmagadora maioria dos sócios e adeptos do Benfica, acabou despedido na segunda temporada, a 28 de dezembro, e só não o foi antes porque a pandemia colocou o futebol à porta fechada, e a contestação ao atual treinador do Al Hilal só se fez sentir com intensidade quando as bancadas voltaram a estar preenchidas.
Ninguém terá dúvidas de que Roger Schmidt não goza das boas graças do Terceiro Anel e que, inclusivamente, será, de todos os nomes que acima foram invocados, aquele que patina em gelo mais fino. E nem valerá a pena perder tempo a avaliar de quem foram as culpas da situação a que a relação do treinador com sócios e adeptos chegou.
Aliás, seria bem interessante que fosse clarificada a responsabilidade na feitura do plantel, que jogadores foram desejados por Schmidt e quais aqueles que lhe foram impostos, para se perceber como foi possível, num ano apenas, desequilibrar um plantel que primava pela homogeneidade e hipotecar um modelo de jogo que teve sucesso enquanto foi baseado na pressão alta, o que obrigava a que todos se emprenhassem a fundo no processo de recuperação da bola. Mas deixemos o detalhe dessa análise para outra ocasião. Para já, é por demais evidente que Rui Costa tem em mãos um problema delicado, de cuja resolução poderá depender em grande medida o sucesso do Benfica em 2024/2025.
O bom-senso aponta para que, perante a degradação da posição de Roger Schmidt, o Benfica dê por terminada a relação com o treinador alemão e vá em busca de uma solução inclusiva, empática e ao mesmo tempo ambiciosa e competente. A história, como se viu, vai exatamente no mesmo sentido. Tem a palavra Rui Costa…"

José Manuel Delgado, in A Bola

7 comentários:

  1. Apesar do Benfica ter perdido tudo na época 2012/2013 é preciso que se diga que foram pormenores que ditaram esse desfecho. Aquela equipa jogava muito e tinha dimensão europeia. Estávamos perante uma situação completamente diferente de todas as outras.

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  2. FONTELAS GOMES E A SUA “ORQUESTRA”

    No pretérito domingo, ao ouvir Herr Schmidt na CI pós-jogo, endereçando os parabéns ao Famalicoun e ao lagartêdo, deu-me tamanha náusea que tive de desligar imediatamente o televisor.

    Inaceitável que após consecutivos roubos de igreja ao Glorioso e descarados favorecimentos arbitrais e da direcção da Liga à trupe do Tito Corantes Vesgo, haja alguém Benfiquista a felicitar gentalha cuja inveja e ódio ao SL Benfica já se arrasta miseravelmente, desde que meia dúzia de traidores, émulos de Judas Iscariotes, a troco de “trinta dinheiros” se foram alojar dentro das ceroulas encarameladas do “Bisconde de Alvalixo”.

    A cartilha do monarca das bufas, hoje decrépito e humilhado por muitos dos seus prosélitos, gangster dos gangsters da Inbicta Corrupta, foi bem assimilada e tem sido melhor aplicada pelos seus sócios do Altis. O affaire Palhinha já era um sintoma disso mesmo. Esta época, as manipulações, especialmente a arbitral resultaram em pleno. A sintonia entre a CS – com elementos-chave afectos e fanáticos do lagartêdo nas direcções, linhas editoriais, artigos de opinião, comentários, análises e outros aspectos mais, das rádios, jornais e TV’s – dirigentes lagartos e conselho de arbitragem foi de uma desfaçatez que já não se via desde os famigerados tempos do Apito Dourado.

    No campo arbitral, Fontelas Gomes realizou um trabalho completo, formando logo no início da época uma orquestra de vários músicos que se encarregaram de marcar o compasso desde a 1ª jornada do campeonato. A nova versão dos “Cinco Violinos” surgiu assim com o beneplácito vergonhoso de um fulano pouco escrupuloso quanto aos deveres de imparcialidade que o cargo exige, notoriamente enfeudado aos interesses do grémio do lagartêdo, bem como Luciano Gonçalves, o mequetrefe da APAF, um títere que quando alguém do Benfica espirra, salta da toca com uma rapidez superior à de um peido supersónico de Herr Schmidt.

    Hugo Miguel, António Nobre, Luís Godinho, Fábio Ver(d)íssimo e Tiago “Moedas” Martins, lagartos convictos, acompanhados por mais dois solistas de bombo e sanfona – Cláudio Pereira e André Narciso - pelo homem da pandeireta Nuno Almeida e do coro de acólitos dos camarotes da Pocilga do Freixo foram os eleitos de Fontelas Gomes para preparar o “assalto” ao campeonato. Escândalos atrás de escândalos, linhas do VAR marteladas, penaltys inventados, expulsões perdoadas, agressões ignoradas, nomeações cirúrgicas, repetidas e viciadas, adiamento de jogos com datas por conveniência – tudo em favor da lagartagem - trouxeram à memória os tempos tenebrosos de Lourenço Pinto, J. Guímaro, Isidoro R., J. Silvano, Martins dos Santos, Donato Ramos, Carlos Calheiros seguidos de Leirós, Olegário, PH, Elmano, Augusto Duarte, Proença, Duarte Gomes, Vasco & encornados, mais uns grupelhos arbitrais que deram continuidade a uma série infindável de aldrabices e trapalhadas que Alex Ferguson definiu de uma forma lapidar por “compras no supermercado”.

    Antes mandava no apito a corja de Palermo do Douro. Agora, quem mexe habilmente os cordelinhos arbitrais é a pandilha agregada ao grémio do lagartêdo acolitada por uma CS pôdre, espúria, cobarde por conveniência – uma corja de sacanóides, feios, porcos e maus que se está a borrifar para a imparcialidade e para ética jornalística. Ainda no início desta semana foi bem patente a canalhice na capa do record das pêtas do bernardeco ao tentar esconder num pequeno cantinho em baixo e à esquerda, o nome do Clube – substituindo-o por águias, encarnadas, à beira do tetra e Luz – ostracizando assim os títulos nacionais e outros, ganhos pelo Benfica em diversas modalidades no último fim-de-semana.

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    1. Antes mandava no apito a corja de Palermo do Douro. Agora, quem mexe habilmente os cordelinhos arbitrais é a pandilha agregada ao grémio do lagartêdo acolitada por uma CS pôdre, espúria, cobarde por conveniência – uma corja de sacanóides, feios, porcos e maus que se está a borrifar para a imparcialidade e para ética jornalística. Ainda no início desta semana foi bem patente a canalhice na capa do record das pêtas do bernardeco ao tentar esconder num pequeno cantinho em baixo e à esquerda, o nome do Clube – substituindo-o por águias, encarnadas, à beira do tetra e Luz – ostracizando assim os títulos nacionais e outros, ganhos pelo Benfica em diversas modalidades no último fim-de-semana.

      O objectivo é claro – dar excessiva visibilidade ao grémio do lagartêdo, incensá-lo, omitindo, apoucando, achincalhando tudo o que diga directa ou indirectamente respeito ao Glorioso de Portugal. Até Darwin Nuñez, ex-Benfica, agora no Liverpool, é constantemente um alvo preferencial do jogo sujo e do ódio desses desbragados. Depois são as alusões recorrentes ao julgamento de delinquentes, aos crimes passionais de indivíduos que nem sequer jogaram no Clube, flirts amorosos com traições à mistura, invenções de conflitos entre elementos directivos, jogadores e treinador, insinuações, especulações, etc,.etc., etc. – a CS desportiva e não só alimenta-se diariamente disto - tentando apagar as selvajaria da invasão a Alcochete e as tentativas de muitos lagartinóides corruptores. Quem veste o Manto Sagrado é de imediato denegrido, amaldiçoado e escorraçado por essa corja de bastardos.

      O que interessa ou o que está a dar para o maralhal se babar e depois lamber as beiças é visualizar o rabiosque e as têtas da Gina, as punhetas do pequenote, os piretes do melhor das Arábias, as feijoadas do Pingo Doce, as piadinhas sonsas do Rubenzinho, as fábulas do camelo e do anão ruim, o fogo no cu do Diogo e as bacoradas do Benítez.

      E assim vai este triste folclore futeboleiro a abarrotar de títeres, engraxadores, oportunistas, aduladores, sacripantas, incompetentes, malandros de urinol e escrevinhadores da pasquinagem, numa loja de conveniências onde todos mamam à custa do SL Benfica.

      MAXIMUS VERMILLUS

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  3. Pois claro que não.
    Então o homem em 2 anos no Benfica foi campeão uma e vez e venceu a última Supertaça.
    Agora termina em 2º lugar mesmo com vários roubos arbitrais. Sonegaram-nos a Taça de Portugal com outros dois roubos.
    Muito fez ele; pena é que a Direcção do Benfica não o defenda como devia. É atacado todos os dias pela escumalha da MDCSQT, talibans da net, verdadeiros, verdadeiros benfiquistas, programas de merd** nas tv's, emprenhadores pelas orelhas e o que faz a Comunicação do SL Benfica? NADA!

    Miguel

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    1. Depois vejo o Novo Banco/Cashball levado ao colo desde o princípio da liga pelas arbitragens, MDCSQT a defender o clubeco de tudo, inclusivé dessas arbitragens, perdões bancários de milhões que permitiram os gyokeres, etc.
      O clube da fruta está num abismo de dívidas, falido, equipa miserável, treinador arruaceiro, que sempre viveu da corrupção, lenocínio, etc, etc, etc, numa impunidade total.
      E depois de tudo o Benfica é que está no abismo??? Essa máquina de propaganda, estilo Goebbels, que vá para um sítio que eu cá sei!

      Miguel

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    2. Dar relevo ao ressabiado Delgado e ao miseravel papel higienico que já foi 1 gr Jornal Desportivo. NÃÃOOO....!!!

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    3. O Delgado é 1 JARRÃO da dinastia MING, no meio da sala da BOLHA....TIPO ELEFANTE.

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