segunda-feira, 22 de abril de 2024

Vítor Baía e as marionetas de Pinto da Costa


"Antigo guarda-redes, candidato na lista de PC, acusou Villas-Boas de se deixar manipular. Estaria o 99 a ver-se ao espelho?

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Vítor Baía despediu-se dos relvados em 2007 com o estatuto de um dos melhores jogadores da história do FC Porto e do futebol português, capaz até de ser protagonista entre os grandes guarda-redes da geração dele. Lançado por Quinito em Guimarães, em setembro de 1988, o eterno 99 foi aposta continuada de Artur Jorge a partir de fevereiro de 1989 e por isso falhou o Mundial de sub-20 da Arábia Saudita que consagrou a primeira geração de ouro de Carlos Queiroz.
Trinta dois troféus depois, 26 nos azuis e brancos, seis no Barça, Vítor Baía é, hoje, quase 36 anos após a estreia no D. Afonso Henriques, candidato a vice-presidente na lista de Pinto da Costa. Na sede de candidatura de André Villas-Boas, adversário na corrida eleitoral, há uma série de fotografias expostas com momentos de glória dos portistas e nalgumas o antigo keeper está em destaque. Imortalizado por ter mãos de ferro, a Baía fugiu-lhe agora o pé para o chinelo ao considerar que AVB é «uma marioneta nas mãos de dois senhores [Antero Henrique e Raul Costa]». Só lhe faltou acrescentar vocês sabem do que eu estou a falar, mas factos que provem tão grave acusação de caráter, até à data, nem um.
E pensar que em janeiro de 2016, quando a contestação a PC era praticamente nula, Vítor Baía foi dos primeiros a dizer que o rei ia nu. «(…) Acabaria com todas aquelas relações promíscuas e recolocaria o clube no caminho da honestidade», disse, palavras que AVB assinaria hoje por baixo. Que diria há oito anos Baía se a nove dias de os sócios do FC Porto decidirem o futuro do clube a Direção em funções vendesse 30 por cento dos direitos comerciais do Dragão por 25 anos? Ou que no mês do sufrágio se escolhesse o local para a construção de uma academia? Não mandaria o bom senso ou outra envergadura ética que fosse permitido aos próximos corpos sociais tomarem decisões tão estruturantes?
Em questão de marionetas, já se percebeu que Pinto da Costa também tem mãozinhas e sabe segurar os fios para manipular os seus bonecos.

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No Etihad, onde na época passada foi goleado por 0-4 no adeus à Champions nas meias-finais, o Real Madrid serviu vingança fria e, desta vez, eliminou o Manchester City nos quartos de final. Quando se trata desta prova, o Real não se explica, sente-se. Asfixiados a partir do golo de Rodrygo (12’), os merengues resistiram até ao desempate por penáltis, já De Bruyne igualara a colorir massacre que mais parecia estar a ser aplicado a um daqueles adversários que lutam pela permanência na Premier League. Da marca dos 11 metros, após uma vida a resistirem nas trincheiras, os blancos ganharam a guerra.
A história de amor entre Real e Taça/Liga dos Campeões mantém-se viva desde 1956, ano da primeira de 14 conquistas. Ronaldo ganhou a orelhuda em Portugal, Bale em Gales, Benzema em França, estará a final de Wembley reservada para consagrar Bellingham? Aos 20 anos, o inglês — prioridade de Guardiola no defeso, aí se começou a decidir esta eliminatória... — é um tratado de futebol e marcará uma era no colosso espanhol. Aquele domínio à Zidane antes do golo de Rodrygo...

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Em maio de 2022 Grimaldo terá feito birra, falhou jogo em Paços de Ferreira e o Benfica até pensou ver-se livre dele, um ano depois festejou título na Luz com papel de ator principal e, agora, fez o mesmo no Leverkusen de Xabi Alonso. O futebol dá sempre mais uma oportunidade."

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