quinta-feira, 25 de abril de 2024

‘Bella Italia’


"Conversas de redação que nos levam a viajar aos tempos de uma Serie A que, nos anos 80 e 90, tinha os melhores dos melhores e que, por estes dias, volta a dominar o ranking da UEFA

A revolução tecnológica do século XXI trouxe transformações radicais às redações de todo o Mundo, a uma velocidade tal que muitas não encontraram forma de acompanhar. As mudanças são imensas, surgem a toda a hora e os ventos de modernidade trazem com eles sopros de inovação e futuro que abraçam novos e velhos como iguais, num complemento perfeito entre irreverência e conhecimento dos processos mais atuais com a sempre necessária experiência daqueles que guardam memórias de outros tempos.
Muito mudou nas redações desde o ano 2000, das máquinas de escrever aos computadores, das redes analógicas ao wireless, do exclusivo do papel ao online, ao vídeo, às redes sociais, à interação cada vez maior entre produção e público e, mais recentemente, até, à introdução da inteligência artificial. Mas há algo que não muda: o fator humano, o único que possibilita essa instituição chamada «conversas de redação», a partilha de ideias novas e das histórias antigas.
Numa dessas conversas de circunstância, logo após a conquista da Serie A italiana pelo Inter, com vitória no derby della madonnina frente ao eterno rival Milan, lembraram-se os mais velhos de surpreender os mais novos com histórias dos anos 80 e 90 em Itália, a era de jogadores como Maradona, Platini, Zico, Sócrates, Batistuta, Matthaus, Klinsmann, Rummenigge, Voller, Gullit, Van Basten, Rijkaard, Laudrup, Hagi, Baggio, Baresi, Maldini, Vialli, Mancini, Donadoni, Albertini, Ancelotti, Savicevic, Stojkovic, Boban, Boniek, Asprilla, Scifo ou Ian Rush, sem esquecer Paulo Futre e Rui Costa.
Um luxo, cujo fim ganhou forma em 2005, com o escândalo que deitaria a Juventus na Serie B, e que, só agora, após quase 20 anos, volta a ver a luz, com o calcio a dominar de novo na Europa — Itália lidera o ranking UEFA 2023/24 (tem três equipas nas meias-finais das três competições continentais), seguida de Alemanha (três) e só, depois, vêm Inglaterra (uma), Espanha (uma) e França (duas)."

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