quarta-feira, 10 de abril de 2024

APAF ou APÍFIA?


"No momento em que escrevo esta crónica, é fim de tarde de terça-feira, 2 de Abril. Ou seja, estão quase a passar 72 horas, 3 dias, desde o encontro entre GD Estoril Praia e FC Porto. O tempo decorrido já permite que qualquer uma dessas equipas entre em campo novamente, à luz das leis, mas nem assim a Associação Portuguesa de Árbitros (APAF) conseguiu encontrar vagar e vontade para comentar a vergonha nacional - mais uma - a que se assistiu no passado sábado à noite no relvado do Estádio António Coimbra da Mota, em Alcabideche.
Sempre tão solícita a defender os interesses dos árbitros, a APAF parece estar com um de dois problemas: ou não pagou a conta do serviço de televisão e Internet (e ainda não teve acesso às imagens), ou tem medo de abrir a boca sobre o comportamento dos jogadores, treinador, presidente e dirigentes do FC Porto durante e após mais uma derrota. Fosse alguém em representação do SL Benfica, e, com toda a certeza, já teria sido emitido um comunicado arrasador, um rasgar de vestes e um bater no peito de indignação. Mas nada.
Nem com a 'entrevista' do ainda presidente da agremiação da cidade do Porto a APAF se indignou. Se calhar não assistiram à tertúlia obediente que passou na segunda-feira à noite na SIC. Deve ser a única explicação, porque o octogenário dirigente deixou bem claro que as arbitragens do seu clube ficaram diferentes depois do surgimento de um opositor seu nas seleções portistas. Nesse mesmo espaço de direito de antena, Pinto da Costa voltou a atacar a arbitragem de António Nobre, palavras que se juntaram às declarações conjuntas de jogadores, dirigentes, departamentos de comunicação, comentadores e adeptos do clube. 'Um escândalo', disseram os entendidos no tema. E ainda ficaram vermelhos por mostrar."

Ricardo Santos, in O Benfica

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