terça-feira, 30 de abril de 2024

Núm3r0s d4 S3m4n4


"2
O Benfica tem de superar uma diferença de 2 golos para chegar à final da EHF European Cup Women de andebol;

3
Na Taça de Portugal de regatas em linha, foram 3 as vitórias de canoístas do Benfica. Messias Baptista triunfou em K1 200 metros e K1 500 metros, e Fernando Pimenta ganhou em K1 1000 metros;

15
Com o golo apontado no desafio com o Farense, Kökcü foi o 4º, na presente temporada em competições oficiais, a atingir as 15 participações diretas na finalização de golos. Soma 5 golos e 10 assistências. A lista é encabeçada por Rafa (34; 20+14), seguido por Di María (29; 16+13) e Aursnes (15; 4+11). Perto de atingirem este marco estão Neres (14; 4+10), Arthur Cabral (13; 11+2) e João Mário (12; 9+3);

18
Excluindo autogolos, a lista de marcadores do Benfica na presente época em jogos oficiais ascende a 18 membros com a entrada, no desafio com o Farense, de Carreras;

44
Otamendi passou a integrar o top-30 dos futebolistas do Benfica com mais jogos nas competições europeias organizadas pela UEFA. Soma 44, tantos quanto Carlos Manuel, Chalana, João Pinto e José Henrique (quinteto na 28ª posição);

50
Com a procura a exceder a oferta em cerca de 35%, foi totalmente realizada a emissão do empréstimo obrigacionista pela Benfica SAD num montante de 50 milhões de euros. São 3542 os investidores neste instrumento financeiro, que remunera, em 5,1%, o investimento, representando o prémio de risco (diferença entre taxa de juro praticada e a taxa swap a três anos, que serve de referência ao cálculo do prémio de risco) mais baixo de sempre nas 15 ofertas de subscrição pública de obrigações colocadas no mercado pela Benfica SAD."

João Tomaz, in O Benfica

Este Di Maria tem mesmo a mania que é vedeta!


"Já estou a imaginar o que vão dizer aqueles comentadores extremamente isentos da CNN.
Vai se bonito escutar o Diogo Luís , o Luís Vilar, o Farinha e mais uns quantos, a falarem daquele balneário blindado do Sporting."

Limites à (p)residência


"A propósito das eleições do FC Porto, até a gratidão desmesurada tem limites

Têm vindo a existir várias imposições de limites no futebol nacional. O último ato eleitoral do FC Porto é disso exemplo com 80,28% de votantes a traçar um ponto final na exagerada (p)residência de 42 anos. Até a gratidão desmesurada tem limites, tais foram as lágrimas e soluçar do candidato com o menor número de votos nestas eleições apesar de ter concorrido pela segunda vez para substituir quem, aparentemente, muito admira.
Já a Sporting SAD, na pessoa do seu presidente e restante corpo diretivo, também deve ter manifestado a sua (mais que) justificada insatisfação pela falta de respeito causada por uma viagem mal engendrada por Rúben Amorim e o seu empresário no papel. Depois de lhe terem renovado o contrato até 30 de junho de 2026 no seguimento de trocas de galhardetes públicos em outubro de 2022 e sem ainda ter ganho qualquer título na presente época (ainda que bem encaminhado), Amorim meteu-se a jeito ao se ter deixado fotografar a caminhar para o jato privado pago por David Sullivan, presidente do West Ham.
Asseguram, por terras de sua Majestade, que Amorim sairá de Lisboa se o Chelsea bater o salário que pretende bem como a cláusula liberatória (de rescisão) exigida pela sua atual entidade patronal. Por breves momentos, fez lembrar o seu ex-colega Grimaldo (coincidiram em 2015/16 e 2016/17, mas o português foi emprestado a um clube estrangeiro na primeira e não jogou na segunda) e a gestão do timing da saída deste do Benfica, porém, com uma enorme diferença: apesar de ter sido uma falta de respeito a apresentação na Alemanha com a Liga portuguesa ainda a decorrer, o lateral podia negociar livremente, enquanto Amorim não.
Pelo que o seu pedido de desculpas deve ser analisado criticamente pelos sócios e adeptos dado que toda a estratégia desportiva e comunicacional do Sporting está exageradamente assente e dependente da sua própria figura. O desrespeito é, portanto, superlativo se considerarmos o poder que lhe foi atribuído (irrelevante, se direta ou indiretamente) desde que chegou a Alvalade. Posto isto, a tentativa pífia de lhe fazerem aumentar o salário não resultou.
No futebol, não faltam pessoas inteligentes a praticar atos com pouca habilidade. Só piora quando lhes falta transparência e verticalidade para tentar demandar o que entendem que é seu por direito e mérito. Deve ser do ar que respiram. O que nos leva para os lados do Benfica. Muito tempo se tem dedicado no debate sobre limites que devem existir para os lados da Luz. Ainda que tarde e fora de horas, Rui Costa pegou na tristeza, num primeiro plano, para identificá-la como sendo igual para si, sua equipa técnica e jogadores para, depois, comentar o óbvio de que ninguém está imune à crítica quando as coisas correm mal. Porém, optou por lamentar que foram ultrapassados limites com base no comportamento de sócios e adeptos, sobretudo numa altura em que não atira a toalha ao chão e ainda há jogos por lutar.
Ora, percebe-se a limitação dos milionários treinadores e jogadores direcionada só para resultados desportivos. Foram para isso contratados e não sabem (nem querem saber) mais. Mas não é tolerável, e verá o seu limite, a notória indiferença de Rui Costa em relação à análise global que os seus consócios fazem do seu terceiro ano de mandato. Não percebe o porquê de ganhar e ser contestado? É que o primeiro não invalida o segundo. Já cansa relembrar as suas principais promessas eleitorais para a renovação do Benfica: auditoria e estatutos.
A primeira levou Rui Costa a confrontar em tom agressivo na Madeira um adepto benfiquista ansioso com o resultado sobre os seus ex-colegas de administração. Já a não aprovação dos Estatutos permite hoje a Rui Costa beneficiar de tempo no poder que não vai ser contabilizado para a intencionada limitação de mandatos que os sócios exigem. Ao final do dia, a estratégia passa por centrar foco no comportamento errático dos adeptos por garrafas de plástico arremessadas (na Luz e no São Luís) contra o treinador e os impropérios próprios e típicos de bancada.
Contra excessos, há regulamento disciplinar e Leis. Entretanto, o adjunto Yann-Benjamin Kugel já se desculpou por ter cuspido na direção dos adeptos em Faro?"

Sobre Amorim e Conceição: o desconforto é opcional


"Rúben e Sérgio com opções censuráveis nos últimos dias, sobretudo fora do banco

Em seis jogos contra rivais, esta época, só uma vez é que o Sporting entrou em campo com Nuno Santos no onze. Anteontem, frente ao FC Porto, o esquerdino voltou a ficar no banco, e no final do clássico Rúben Amorim explicou que não gosta de colocar nenhum jogador num papel «completamente desconfortável».
Para Nuno Santos haverá poucos lugares mais desconfortáveis do que o banco de suplentes, mas comodidade faltou sobretudo a Gonçalo Inácio na ala, e com efeito de contágio, tendo em conta as limitações de Diomande a construir pela esquerda. Os leões perderam capacidade tanto para jogar por fora como para meter passes verticais para o tridente ofensivo, e quando se viram forçados a jogar direto até devem ter equacionado colocar a bola na direção do banco para ver se Gyokeres de lá saltava.
Com Zé Pedro muito sólido e Martim Fernandes a revelar uma personalidade fortíssima, o FC Porto foi melhor a fazer pressão e também a sair dela, até porque poucos guarda-redes do mundo têm o jogo de pés de Diogo Costa (entre outras virtudes). Gyokeres entrou logo ao intervalo, mas os golos só apareceram nos minutos finais, já com Nuno Santos na ala, insistentemente lançado por Inácio da posição adequada.
O ponto conquistado alimenta a caminhada leonina para o título, ainda que o Benfica esteja agora mais próximo, e ameniza uma semana atribulada para Rúben Amorim, que se colocou em posição desconfortável sem necessidade. Estranhamente, na era do teletrabalho e das reuniões à distância, o técnico decidiu aproveitar duas folgas dadas ao plantel para ir a Londres falar do futuro durante um par de horas, sabendo a probabilidade de ser apanhado. Correu o risco de passar a mensagem de que o título está garantido, e ainda conseguiu, de caminho, chatear o Liverpool. O erro foi assumido em conferência de imprensa, mas faltou um travão à honestidade quando Amorim reconheceu estar mais perdido do que os jornalistas relativamente ao seu futuro.
Tão ou mais incerta está a situação de Sérgio Conceição, mesmo com um acordo de renovação de contrato, derradeiro esforço pela liderança de Pinto da Costa que não evitou uma derrota pesada. Nunca terá sido tão desconfortável assistir a um clássico na principal cadeira do Dragão, ainda que Pinto da Costa tenha recebido uma ovação de agradecimento dos adeptos portistas, incluindo de Villas-Boas — que evitou um certo desconforto protocolar ao despedir-se do lugar anual — e do próprio Sérgio Conceição. Um sinal de gratidão do técnico que em nada colide com os superiores interesses do clube, ao contrário do abraço na apresentação da candidatura de Pinto da Costa, depois de ter dito que não interferia na escolha do presidente, e da renovação de contrato a apenas dois dias do ato eleitoral, e três meses depois de ter dito que não era em final de mandato que se assinavam novos contratos.
A maior dívida de gratidão de Conceição é com o FC Porto, mas personificou-a em Pinto da Costa. Compreensível mas criticável, até porque condiciona a relação com o novo presidente. Em campanha Villas-Boas só podia dizer que contava com o técnico, mas depois da eleição o discurso já mudou ligeiramente. Sérgio mostra-se disponível para conversar com André, mas colocou-se no papel de membro da oposição que tem lugar na estrutura por inerência. Estão anunciadas conversações de paz, mas fica difícil imaginar Conceição a trabalhar com Villas-Boas, Andoni Zubizarreta e Jorge Costa. Desconfortável, no mínimo."

Vote...

Centralização?!

Líderes!!!

Interplanetário


"Roger Schmidt, eleições no FC Porto e um machista despedido

De vez em quando Roger Schmidt sai do planeta onde mora – alvitrei aqui há semanas dois bons exoplanetas, Kepler-186F ou 51-Pegasi b – e fala das coisas como toda a gente viu. Posso aplaudir a forma como se defendeu, e à equipa, da reação quente dos adeptos do Benfica em Faro. «A minha relação com pessoas que atiram coisas aos jogadores ou lhes cospem em cima? Não, não quero trabalhar nessa relação, nunca vou aceitar, nunca vou perdoar essas coisas. Não preciso de relação com nenhuma dessas dez pessoas», disse. E tem razão. Mas por outro lado podemos compreender milhares que perdem a paciência quando o alemão tira da equipa, como aconteceu agora entre o jogo com o Farense e o SC Braga, jogadores que tiveram boas atuações, como Carreras ou Kokçu. Que tipo de confiança têm? Que tipo de confiança têm os adeptos no treinador? Os que jogam mal, normalmente saem; aqui os que jogam bem, também. Este sábado, algures entre o final de um jogo que foi interrompido por tochas no relvado e a sala de imprensa, voltou a colocar-se a anos luz da Terra: «Pessoas que conhecem o clube há mais tempo que eu dizem-me que isto que acontece não é por nossa causa, é algo que acontece várias vezes no Benfica.»
Aceitei o desafio do Alexandre Pereira: sou sub-49 e não sei como se chamava o antecessor de Pinto da Costa na presidência do FC Porto. O homem e o cargo de presidente eram sinónimos desde que me lembro, por isso a noite de sábado foi decididamente histórica com a eleição de André Villas-Boas. Os primeiros relatos de 60 por cento dos votos já eram difíceis de acreditar. Os 80 finais são ainda mais surpreendentes. Agora que os três grandes têm presidentes a rondar os 50 anos (Rui Costa, 52, Frederico Varandas, 44 anos e Villas-Boas 46) espera-se que tudo seja um pouco mais moderno.
E pronto, o argentino Ramón Díaz foi despedido do Vasco da Gama. Chegou em julho do ano passado com o filho, impediu a equipa de descer, mas o início de época não foi bom. Depois de várias derrotas, deu uma absoluta demonstração de machismo ao dizer que era complicado ter uma mulher no VAR. Mas foi mais uma derrota, 0-4 com o Criciúma, que o despachou.
Ah, o antecessor de Pinto da Costa foi Américo de Sá."

Eleição histórica


"Não imagino Jorge Nuno Pinto da Costa como um apreciador de histórias de super-heróis, mas a frase que, quanto a mim, melhor define a sua extraordinária queda a 27 de abril, acontece em The Dark Knight, filme de 2008 realizado por Christopher Nolan que perdura como um dos melhores do género. Em português: Ou morres como um herói ou vives tempo suficiente para te tornares o vilão. A frase é usada no filme em referência a Júlio César, que viveu demasiado tempo agarrado ao poder e morreu nesse mesmo lugar. A moral da história é que a concentração de poder corrompe. E foi mesmo muito poder, e muito tempo. Pinto da Costa tornou-se herói para os portistas há 40 anos, quando praticamente inventou um clube e o tornou vencedor, não olhando a meios para atingir esse fim. Afirmo que PdC inventou um clube porque, sejamos realistas, pouco se sabe acerca do FC Porto antes de Pinto da Costa.
De resto, poderia dizer muita coisa acerca do expediente a que o ex-presidente do FCP recorreu, mas fico-me por esta: ninguém lhe poderá retirar o estatuto de maior manobrador e influenciador do futebol português nos últimos 40 anos. Em certa medida, Pinto da Costa não se limitou a inventar um clube à medida da sua ambição. Contaminou todo o futebol português com esse espírito. Podia optar pela cortesia para com o presidente cessante e dizer que fez tudo isso para o bem e para o mal, mas estaria a mentir. Fê-lo, no essencial, na defesa pouco escrupulosa dos interesses do seu clube. Curiosamente, ao longo de 40 anos, não vi ninguém queixar-se. Reparem, nada tenho contra a vontade esmagadora de mudança manifestada pelos adeptos portistas. Mas tenho algo contra esta ideia de que a ideologia é uma coisa férrea quando estamos sentados à espera de ver uma bola entrar na baliza.
É por isso que ver tanta gente a falar dos resultados de sábado como uma espécie de dia inicial inteiro e limpo, depois de terem assinado por baixo de 40 anos bastante sujos, acaba por ter a sua piada. No final de contas, a suposta ditadura que caiu no sábado foi do agrado de muita gente durante muito tempo. Aliás, houve até quem, para gáudio de milhares de portistas, nos momentos de conquistas desportivas dos últimos anos, tenha falado na obra de Pinto da Costa como o 25 de Abril do futebol português. Torna-se confuso. Assim, admitamos que a dita ditadura não é mais do que uma construção social que só ganhou alicerces desta vez porque o FC Porto começou a perder mais vezes do que os adeptos gostariam. Até prova em contrário, aliás, esta parece mesmo ser a única forma de alguém chegar à presidência de um clube de futebol de maior dimensão em Portugal. É um facto que esse contexto foi agravado pelos acontecimentos de uma Assembleia Geral em que Pinto da Costa escolheu cair com os seus cúmplices, mas continuarei a teimar. Se o FC Porto estivesse na frente do campeonato e deslumbrasse os adeptos com a qualidade e eficácia do seu futebol, até esses episódios teriam sido relativizados. Basta olhar para os 40 anos que vieram antes.
Aqui chegado, o novo presidente, André Villas-Boas, tem alguns desafios que vão para lá do desastre financeiro. Por um lado, ser bom a fazer campanhas não torna alguém bom presidente seja do que for. André Villas-Boas tem o clubismo apaixonado e uma vida profissional longa no futebol, mas não seria o primeiro com esse currículo a falhar. Por outro lado, a salvação do FC Porto a que AVB se propõe, eventualmente tornando o clube algo um pouco mais à sua imagem, pode até ter o melhor business plan e conter as palavras mais bonitas, mas o sucesso desse plano vai depender essencialmente de uma coisa: quantas vezes a bola entra na baliza do adversário. Agora é fácil. Há esperança, as flores voltam a crescer, a primavera chegou. Se os resultados não aparecerem à medida que o tempo for passando, Villas-Boas, a quem gabo genuinamente a coragem, será assombrado pelo seu antecessor e pelo clube que este inventou, um clube que deu aos adeptos aquilo que não conheciam até então: o gosto de uma vitória que não querem perder, custe o que custar, contra tudo e contra todos. Na dúvida, tendo a pensar que AVB corre sério risco de se tornar sub-produto da cultura formada nas últimas décadas, mais do que o representante de nova forma de estar.
Como outros dias históricos, este também suscitou muitas reflexões, paralelismos vários e algumas recordações, em particular no universo Benfiquista. Acho que vale a pena abordar algumas.

A transparência do ato eleitoral
Este é o maior elogio que posso fazer às eleições de sábado passado. Ao nível procedimental, o FC Porto soube tratar com seriedade e dignidade um ato eleitoral que se antevia de grande importância. Tendo estado ativamente envolvido numa ocasião de igual magnitude no Benfica, digo apenas que muita gente, incluindo pessoas que hoje permanecem no clube, deveria sentir-se envergonhada por ter fechado os olhos ao modo como decorreu a eleição de 2020, que opôs Luís Filipe Vieira a João Noronha Lopes. O que se viu foi um ato eleitoral cuja integridade foi repetidamente comprometida, até pouco sobrar para lá da desconfiança e da forma pouco honrada como os intervenientes se comportaram. Já lá vão quase quatro anos e, ainda hoje, ouço muita gente pouco dada a teorias de conspiração questionar a veracidade do resultado eleitoral. Já não é possível recuar no tempo e exigir um ato eleitoral íntegro, mas aquilo que aconteceu em 2020 não vai voltar a repetir-se. Os benfiquistas não deixarão.

O problema para o Benfica
Vi algumas pessoas assustadas com a ascensão de um novo FC Porto, como se viesse aí uma espécie de gigante adormecido. Não deixando de reconhecer a valia do adversário e algumas qualidades discerníveis de André Villas-Boas, permitam-me corrigir. O único gigante que tem parecido adormecido nas mais diversas matérias é mesmo o Benfica. Nenhuma instituição em Portugal se compara a este gigante, e parece cada vez mais claro que essa grande está a ser desperdiçada no plano desportivo, com consequências potencialmente sérias no plano financeiro, que por sua vez entrarão pelo plano desportivo adentro. É um loop que os adeptos conhecem bem, infelizmente. Em suma, falar do novo presidente do FC Porto como um problema para o Benfica ignora o essencial: os problemas do Benfica não têm começado na casa dos outros. Têm acontecido na sua própria casa e estão cada vez mais à vista de todos. A competência dos outros Por enquanto estamos num plano teórico, mas o Linkedin dá boas pistas. É bastante seguro afirmar que a equipa apresentada por André Villas-Boas para a direção e para a SAD reúne uma experiência acumulada rara num clube de futebol em Portugal. Só o futuro dirá se estes profissionais, alguns dos melhores a trabalhar nas respetivas áreas em Portugal, terão capacidade para lidar com um Titanic financeiro, mas dá que pensar quando vemos os currículos de quem se apresenta ao serviço no FC Porto, numa situação tão delicada como a atual, e os comparamos com os órgãos sociais e a administração da SAD do Benfica. Será incapacidade de recrutar os melhores? Neste caso, já abandonámos o plano teórico. Podiam até ter os melhores currículos do mercado, mas a qualidade prática demonstrada ao longo deste mandato por quem está no clube é curta. Falta governança, falta comunicação, falta inovação, falta rasgo, falta modernização na relação com os sócios, falta respeito por iniciativas importantes para o futuro do clube (revisão dos estatutos, por ex.) e falta renovação.
Se o Benfica não tivesse ganho a liga da época passada, o maior feito deste mandato teria sido a colocação de LEDs no estádio. Tudo somado, é difícil lembrar-me de muita coisa que tenha confirmado a ambição transformadora que esta direção anunciou à chegada.

A nova geração
Nos últimos dias, ganhou força uma espécie de kumbaya com os meninos dirigentes à volta da fogueira, prontos para regenerar o futebol português. Tenho as maiores dúvidas em relação a essa possibilidade, mas cá estarei para reconhecer quando isso acontecer. Até ver, não passa de uma leitura sociológica baseada mais na faixa etária que três dirigentes desportivos partilham, do que em qualquer mudança que os três tenham protagonizado efetivamente. De resto, não querendo ser um daqueles chatos que faz a verificação dos factos, tenho dificuldade em ver o atual presidente do Benfica como o representante de uma nova geração. Rui Costa assume cargos de primeira linha no Benfica desde 2008, sempre em reporte direto ou articulação com Luís Filipe Vieira. Antes de ser presidente, foi administrador da SAD. Mesmo que assim não fosse, a nova geração poderia ser medida na composição dos órgãos do clube. Mas é aí que a coisa piora: 66,6% dos membros da Direção e do Conselho Fiscal são as mesmas que estavam lá quando Vieira era presidente. Não sei se chamaria a isto uma nova geração.

A mudança necessária
Já aqui disse que vejo com alguma ironia este frémito pela mudança no FCP, um clube em que ao longo de 40 anos (quarenta) se fechou os olhos a tudo. Ainda assim, a máxima mantém-se. Mais vale tarde do que nunca, e aplaudo os adeptos do FC Porto por terem feito esta mudança acontecer.
Quanto ao meu clube: a mudança já era necessária no Benfica em 2020. Era necessária, aliás, muito antes disso, mas nunca chegou. Em 2024, os sócios do FC Porto, tardiamente, escolheram outro presidente. O facto é que, no Benfica, isso só aconteceu após a intervenção do Ministério Público. Essas novas circunstâncias deram a uma nova direção absoluta legitimidade, conquistada por via eleitoral, para que uma nova era se iniciasse pautada pela ação em nome do melhor interesse do clube. Desde então, pouca coisa mudou. As pessoas são essencialmente as mesmas, os problemas não são muito diferentes, e o Benfica continua longe de cumprir o seu desígnio: vencer, vencer, vencer, vencer muitas vezes. A hegemonia interna a que o clube pode e deve aspirar tornou-se uma visão longínqua, muitas vezes alvo de críticas por parte de adeptos que criticam a exigência. Ao contrário do que parece, o diagnóstico que faço nesta página não resulta das eleições de outro clube: resulta de acordar e adormecer a pensar nisto, como todos os Benfiquistas que conheço. E é por isso que lanço aqui um repto, a todos, para que pensem cada vez mais no clube que querem, e respondam à pergunta: aquilo que temos hoje é suficiente?
Bem sei. Manda a cartilha que qualquer reflexão publicada deste tipo seja imediatamente atacada como um assalto ao poder ou simplesmente como inoportuna. É uma coisa dos diabos. Nunca nada é oportuno, como se vê pelos sucessivos adiamentos da revisão estatutária. Fica a sensação de que nada é oportuno para quem convive mal com a crítica. Mas uma coisa é certa: haverá uma eleição em 2025 e é importante que o clube saia muito mais forte desse ato eleitoral."

Vitórias importantes


"Esta edição da BNews é dedicada à atividade desportiva do Benfica no domingo.

1. A um triunfo do penta
Após um set inicial muito disputado que caiu nas vantagens para o Sporting, o Benfica foi mais forte que o adversário e venceu a 3.ª partida da final do Campeonato Nacional por 3-1, ficando, agora, a uma vitória do pentacampeonato. O embate seguinte é na quarta-feira, dia 1, no Pavilhão João Rocha.
Marcel Matz considera que foi "uma vitória indiscutível, em casa, jogando bem, com o apoio do público". O treinador do Benfica elogia os Benfiquistas: "Agora temos um jogo fora, vamos tentar ganhar, mas se não conseguirmos ganhar lá, temos mais um aqui com o apoio dos nossos adeptos. Quando jogamos aqui o ambiente é sensacional para nós."

2. A um passo da reconquista
Disputado até aos últimos segundos, o primeiro desafio da final dos play-offs do Campeonato Nacional de basquetebol no feminino foi ganho pelo Benfica, por 51-53, frente ao União Sportiva. Novo triunfo benfiquista significa o regresso ao topo da modalidade. O próximo jogo é dia 1 de maio, na Luz, às 15h00. 
 Eugénio Rodrigues refere: "A única atitude responsável de uma equipa que quer ganhar coisas é partir do zero e esquecer este jogo. Encarar o jogo do dia 1 como se fosse o primeiro jogo do play-off."
Marta Martins apela à presença dos Benfiquistas: "Estamos a uma vitória do título e o próximo jogo é na nossa casa. Estamos muito felizes. Mas falta ainda muito. Esperamos um pavilhão cheio e estar a festejar todas juntas no final do próximo jogo."

3. Excelente percurso
A equipa feminina de andebol do Benfica lutou até ao derradeiro apito pelo apuramento para a final da EHF European Cup Women, mas não conseguiu acrescentar mais um capítulo ao percurso histórico já efetuado. O resultado da 2.ª mão, na Luz, frente ao Iuventa Michalovce foi 30-30, insuficiente para as pretensões benfiquistas em função do 30-28 favorável às eslovacas verificado no primeiro encontro.
João Alexandre Florêncio elogia a equipa: "Sinto um grande orgulho no percurso que estas atletas fizeram, estivemos a um passo da final. Esta equipa, em três anos, começou a ganhar títulos nacionais, em oito possíveis ganhámos sete, e na segunda participação europeia ficámos à porta de uma final… Não há nada a apontar! Faltou um bocadinho de experiência, de maturidade, de saber jogar em casa com o nosso público, que é uma grande responsabilidade, e acusámos isso no início do jogo."

4. Empate injusto
A equipa B do Benfica empatou a um golo na visita ao Tondela. Nélson Veríssimo salienta a injustiça do resultado: "Fizemos uma segunda parte fantástica. Obviamente que estamos tristes por não termos conquistado os três pontos, criámos oportunidades suficientes para vencer o jogo."

5. Outros resultados
A equipa feminina de hóquei em patins do Benfica ganhou, por 1-9, na deslocação à Sanjoanense. Os Sub-15 venceram, por 0-1, em Tondela. E a equipa feminina de polo aquático começou os play-offs com uma vitória na visita ao CA Pacense (5-17)."

segunda-feira, 29 de abril de 2024

Só mais uma!!!

Benfica 3 - 1 Sporting
29-31, 25-21, 25-20, 25-17


Mais uma grande vitória, com a equipa a conseguir superar-se, hoje, com o Banderó a fazer um grande jogo (finalmente)! Apesar das dificuldades, nestes 3 jogos, temos estado melhor, só o mau início na 2.ª partida, nos retirou a vitória...

Só falta uma vitória para a revalidação do título, e pode ser já na Quarta, em Alvalade! Não vale a pena trazer a decisão para a Luz, na negra, dispenso!!! Agora, temos que deixar de 'tremer' a 'fechar' os Set's, hoje perdemos um Set de forma completamente desnecessária... e não foi o primeiro!

2 pontos perdidos...

Tondela 1 - 1 Benfica
Spencer


Golo sofrido cedo, numa primeira parte dividida, com o Benfica a ter mais bola, mas pouco esclarecido, e com o Tondela a desperdiçar um penalty antes do intervalo, que deixaria o marcador com um 2-0!
Mas no 2.º tempo, empatámos cedo e depois, foi um massacre de golos falhados pelo Benfica... com o Tondela, a chegar poucas vezes à nossa baliza!

Eliminação nas meias-finais...

Benfica 30 - 30 Michalovce
17-20

Com uma desvantagem de 2 golos, a eliminatória estava em aberto... defendemos mal na 1.ª parte, permitimos 6 golos de desvantagem (o que dava 8 golos na eliminatória!), mas no 2.º tempo com muito coração, e com a Ursu na baliza a fazer milagres, demos a volta e conseguimos 'empatar' a eliminatória várias vezes! Com muito cansaço, e pouca 'cabeça', quando tínhamos a eliminatória na mão, pelo menos para levar o jogo para prolongamento, com uma exclusão das eslovacas, deitámos tudo a perder...!!!
Frustrante ficar à porta de fazer história, quando o potencial para vencer esteve presente!

O andebol feminino português, está muito longe do topo da Europa, chegar a esta fase da competição é notável, mas isso não implica, ficar a impressão que com menos falhas nossas, podíamos estar neste momento a festejar uma Final europeia!

PS: Nota para a vitória do basquetebol feminino no 1.º jogo da Final do Play-off da Liga, nos Açores, contra a Sportiva (51-53).Num jogo muito equilibrado, mas onde conseguimos uma boa vantagem perto do fim, que desperdiçamos incrivelmente, mas ainda conseguimos aguentar a vitória...

Iniciados - 12.ª jornada - Fase Final

Tondela 0 - 1 Benfica
Ferreirinha


Vitória difícil, talvez com demasiada rotação(o Tomás Rodrigues é claramente diferenciado!), mantendo a vantagem de 9 pontos, a 6 jornadas do fim, com o derby no Seixal na próxima semana...

Vitória da crença


"A vitória, por 3-1, na Luz frente ao Braga é o destaque desta edição da BNews, na qual também se evidencia o título nacional das Sub-19 de futebol e a intensa atividade desportiva benfiquista.

1. Triunfo com reviravolta
Roger Schmidt enaltece a atitude da equipa: "Os jogadores mostraram uma boa mentalidade. Acreditaram neles, estiveram focados no jogo e aceitaram que precisaríamos de alguma paciência para encontrar o espaço para marcar. Foi uma muito boa performance em equipa. Não é fácil quando estás a perder 0-1 e eles estão à espera do contra-ataque. É indiscutível que merecemos vencer o jogo. Investimos muito. Foi uma vitória de mentalidade e crença. Estou orgulhoso dos meus jogadores."

2. Lutar até ao fim
Marcos Leonardo foi autor de um bis frente ao Braga e eleito Man of the Match (Homem do Jogo). O jovem avançado garante: "Nunca desistimos, enquanto tivermos hipóteses, vamos lutar pelo título."

3. Campeãs nacionais
As Sub-19 de futebol do Benfica sagraram-se campeãs nacionais ao golear o Sporting, por 1-7. É o terceiro título nacional benfiquista neste escalão.

4. Resultados
As Inspiradoras prosseguem na liderança da Liga BPI após mais um triunfo, desta feita ante o Länk Vilaverdense, por 4-0. Também os Sub-17 lideram a fase de apuramento do campeão após somarem novo triunfo (4-1 ao Casa Pia). Em andebol, o Benfica ganhou ao ABC por 34-27. Em hóquei em patins, eliminação frente ao Óquei de Barcelos no desempate por penáltis nas meias-finais da Taça de Portugal. Em râguebi, derrota, por 40-31, na visita ao CDUL. Em futsal no feminino, vitória, por 1-4, no recinto do Santa Luzia, no jogo 1 das meias-finais do Campeonato Nacional. No basquetebol, triunfo, por 61-105, na visita ao Portimonense.
Nesta manhã, no primeiro jogo da final do play-off do Campeonato Nacional de basquetebol no feminino, o Benfica venceu, por 51-53, no reduto do União Sportiva. E os Sub-15, líderes isolados da classificação, venceram, por 0-1, na visita ao Tondela.

5. Terceiro encontro
Benfica e Sporting disputam o jogo 3 da final do campeonato Nacional de voleibol nesta tarde, na Luz (18h30). Marcel Matz deixa uma garantia: "Tenho a certeza de que vamos estar melhor do que na quinta-feira."

6. Lutar pela final
O percurso histórico do Benfica na EHF European Cup Women de andebol pode conhecer um novo capítulo hoje à tarde. Na Luz, às 15h00, frente ao Iuventa Michalovce, da Eslováquia, o Benfica procura superar a desvantagem de dois golos trazida da primeira mão e conseguir, assim, o apuramento para o final desta competição europeia.
João Alexandre Florêncio refere a importância dos adeptos: "Esperamos que o nosso público nos empurre para a vitória, porque só mesmo com eles é que teremos alguma chance."

7. Outros jogos do dia
A equipa B do Benfica visita o Tondela (14h00). E a equipa feminina de hóquei em patins defronta a Sanjoanense, às 18h00, em São João da Madeira."

Amorim não pensou em tudo


"Somos todos capazes de provocar crises sem intenção, mas poucos as gerem bem depois

A comunicação não se reduz ao que dizemos. Tudo em nós é uma mensagem. Os sinais que enviamos com a postura e gestos, o tom e a forma como falamos e até as atitudes e decisões que tomamos. Parece hoje inconcebível, à luz de que tudo o que sabemos e temos assistido desde que entrou pela primeira vez numa sala de Imprensa, que tenha sido precisamente aquele que consideramos um exemplo de extraordinária gestão comunicacional a cometer um erro deste tamanho.
O equívoco de Rúben Amorim pouco tem que ver com o seu direito, durante as folgas e autorizado pelo Sporting, a conversar com outro clube sobre o seu futuro e apontar a uma vida melhor, mas sim com o contexto que o envolve que, para bem e para o mal, é o futebol português.
Poucos poderão acusá-lo de falta de compromisso – algo que curiosamente se passou com Arne Slot, cada vez mais perto de lhe ganhar a corrida para Anfield, quando foi despedido do AZ por estar a negociar com o Feyenoord – e as reações têm ido ao encontro da ideia de que já fez o suficiente pelo clube e que está tudo bem. No entanto, neste mundo, ser apanhado publicamente (propositadamente ou não) num processo de negociação, com o campeonato por conquistar e antes de um clássico que ainda pode fazer abanar, ainda que dificilmente de forma definitiva, a equipa, cria sempre demasiado ruído à sua volta.
Estranhamente, a mensagem que tal viagem deixa é ainda contraproducente em relação àquela que tem passado antes e depois de cada jogo na caminhada para o título. Amorim não se tem cansado de dizer, e bem, que ainda não está feito, que os jogadores têm de continuar em alerta. Mesmo acreditando, e acredito, que a relação com os atletas que treina é muito boa, que terão estes pensado quando viram primeiro a fotografia ao lado do empresário a caminho do avião e depois as imagens do regresso? Só prova que não há quem tenha sempre as respostas certas e que todos cometemos erros.
Ontem, na sala de Imprensa e numa situação de gestão de crise, Rúben voltou a ser irrepreensível na tentativa de minimizar os estragos. Na verdade, não teve força suficiente para tirar o elefante da sala. Vai continuar por lá pelo menos até que o Marquês se encha de verde e branco ou talvez mesmo até que carimbe a dobradinha perante um FC Porto longe dos melhores tempos. Há essa oportunidade. Porque no jogo, e o jovem técnico sabe-o, a memória é curta, sobretudo quando as sensações não são as melhores. Só que nada mais podia fazer exceto assumir o erro e pedir desculpa, sobretudo aos jogadores, àqueles a que tem de dar o exemplo enquanto líder.
Podemos tentar, por fim, entender a precipitação, que até poderá nem estar diretamente relacionado com o West Ham, um histórico que anda logo do topo, e ser bluff, todavia, também aí terá corrido mal. É verdade que a oportunidade de sair em alta dá-lhe um poder negocial diferente e que mal conseguimos controlar a velocidade do nosso tempo quanto mais a dos outros, mas Amorim, tal como diz a canção, should have known better."

Mentir é feio


"Rúben Amorim e Sérgio Conceição — tão parecidos; 25 de Abril sempre Alegre; Romário, esse é o cara

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A sinceridade é um bom princípio numa relação, pessoal ou profissional, mas o excesso de partilha, explicam os psicólogos, pode provocar insegurança e ansiedade sobretudo pelo perigo de se entrar em contradição ou ver a informação revelada ser utilizada como futura arma de arremesso. Quando Rúben Amorim decidiu, dia 11, garantir que «não vai haver entrevistas ou acordos com o treinador do Sporting», além de se mostrar «apenas focado como sempre em defender o clube» que representa, referindo-se a notícias sobre o interesse do Liverpool, o técnico leonino, na ânsia de ser sincero, partilhou em demasia e não honrou as próprias palavras. Sem eufemismos: mentiu para… inglês ver.
Mesmo que não tivesse informado Frederico Varandas e Hugo Viana — que com ele formam o triunvirato responsável pela mudança de face do leão —, Amorim seria livre de viajar para Inglaterra para conversar com o West Ham ou outro clube. Apesar de ter contrato por mais dois anos, a cláusula de rescisão de €20 M digamos que ratifica a decisão. Poder… podia, mas deveria ter voado para Londres? Com o título a seis pontos de distância, enquanto pede aos jogadores concentração no grande objetivo, Amorim não foi coerente com o que transmite no balneário e não deu bom exemplo ao grupo, como admitiu no sábado.
Por muito bom comunicador que se seja, se a mensagem não for verdadeira e coerente tudo não passará de um embuste.
A dois dias das eleições, o FC Porto anunciou a renovação de Sérgio Conceição, informação ilustrada com aperto de mão entre o técnico e Pinto da Costa. «Não é no final de um mandato que se vai renovar com um treinador, isso é óbvio para todos», dissera SC, a 2 de fevereiro, uma entre várias declarações ao longo dos últimos meses em que procurou distanciar-se da disputa eleitoral, não obstante a presença com evidente significado na apresentação da candidatura de PC.
O agora antigo presidente dos dragões, em recente entrevista, afinara pelo mesmo diapasão: «Algum treinador de algum clube vai renovar sem saber com quem vai trabalhar? Não quero envolver nenhum profissional de futebol nesta matéria.» 
Por muito bom comunicador que se seja, se a mensagem não for verdadeira e coerente tudo não passará de um embuste.

2
«O meu sentimento é o sentimento de que valeu a pena lutar contra o fascismo, valeu a pena lutar pela liberdade e pela democracia, valeu a pena, já depois do 25 de Abril, lutar contra a deriva da revolução, por uma democracia constitucional», eis excerto de entrevista de Manuel Alegre a A BOLA, palavras que hoje, 50 anos depois de termos visto a cor da liberdade, continuam a fazer sentido.
Como escreveu Alegre em Trova Do Vento Que Passa, «mesmo na noite mais triste em tempo de servidão, há sempre alguém que resiste, há sempre alguém que diz não». Sempre.

3
Romário volta aos relvados para cumprir o sonho de jogar com o filho, Romarinho, no América, clube do coração. Aos 58 anos, senador com trabalho elogiado, após ter sido um dos melhores avançados da história do jogo, continua a ser personagem fascinante.
«Quando eu nasci, o Papai do Céu apontou o dedo e falou: esse é o cara», disse um dia, coberto de razão, acrescento eu."

Lições...!!!

As verdades devem ser ditas!

Chega hoje ao fim…


"Chega hoje ao fim o maior reinado de terror do futebol português!
Um reinado marcado pela corrupção ativa, pela coação e intimidação arbitral, pela divisão do país entre norte e sul!
Uma estratégia delineada por José Maria Pedroto, implementada por Pinto da Costa e o seu braço armado!
Foram décadas que resistiram a tudo, até a provas de corrupção ativa em que os seus comparsas de esquemas tomaram as balas que deveriam ser suas arrastando os seus clubes para o abismo salvando o FCP da descida de divisão!
Isto sim é o FCP, não o Porto cidade, mas o Porto clube, erguido sobre este manto de impunidade total perante o olhar complacente de tudo e de todos!
Haja quem enalteça Pinto da Costa, eu não serei um deles!
Nem tentem comparar este indivíduo com quem quer que seja que tenha passado pelo dirigismo futebolístico nacional, este foi a face visível do pior que existe no futebol!
Encerro com a frase célebre de um nome incontornável do futebol mundial, Sir Alex Ferguson de seu nome sobre o FCP de Pinto da Costa!
“O F.C. Porto compra o campeonato no supermercado”
Não era bem no supermercado, mas era na célebre casa do norte “Calor da Noite” de seu nome!
Que haja coragem para agora se investigar tudo e mandar o clube para onde deveria ter ido acompanhando Boavista e União de Leiria!!
Tenho dito!"

Ao fim de 42 anos


"DERROTADO PELOS QUE O IDOLATRARAM ANOS A FIO

Não sei se a esmagadora derrota de Pinto da Costa vai ser boa ou má para o Benfica - só o futuro o dirá. Mas tenho a convicção de que será boa para o futebol português.
Sejamos claros: Pinto da Costa fez do seu exemplo vitorioso a escola do pior dirigismo desportivo que se fez por cá.
Foi finalmente derrotado. E não foi de qualquer forma: foi esmagado nas urnas por muitos que o vitoriaram e bajularam ao longo de décadas.
Queria, era o seu desejo maior, morrer no exercício do cargo. Qual ditador que perde a noção da realidade, foi esse seu desejo que o levou ao triste fim que o fez abandonar a cargo a chorar.
Sai pela porta pequena, com o clube na situação caótica de todos conhecida."

Penálti...

Modus operandi!!!


"No Porto sabem bem como se obtiveram muitas vitórias. 88 polícias! O Benfica devia ter requerido proteção policial aos árbitros nos últimos 40 anos!"

Amarelo?!

O Benfica e o seu contrário atiram a pressão para o Dragão


"Só a reação na 2.ª parte aos equívocos escolhidos para a 1.ª permitiu aos encarnados darem a volta ao marcador e baterem o SC Braga por 3-1. O Benfica fica agora provisoriamente a 4 pontos do Sporting, que no domingo joga com o FC Porto

Difícil compreender que se mude o que se demorou tanto tempo a afinar, quando o que estava afinado parecia finalmente funcionar. Mas frente ao SC Braga, Roger Schmidt optou por, face ao jogo de Faro, retirar um revigorado Kökçü do onze, fazendo regressar um Rafa que está a ser Rafa, naquele hábito esquisito de se travestir de estrela cadente nas retas finais dos campeonatos. Saiu também Carreras do onze, valeu-lhe de pouco a exibição nos Algarves, as ações não parecem ter necessariamente consequências neste Benfica.
E por isso o Benfica foi durante tanto tempo uma equipa sem corredor central que se apresentasse no seu próprio estádio e só apareceu verdadeiramente, vá-se lá explicar, quando Carreras substituiu um Bah em evidentes dificuldades físicas ou quando Schmidt tirou Arthur Cabral e Rafa para entrarem Marcos Leonardo e Kökçü, perante um SC Braga que, quando o jogo do Benfica se resumia ao perigo criado por Di María, aguentou bem uma vantagem que mereceu na 1.ª parte. A reviravolta aconteceu em momentos em que o Benfica foi o melhor Benfica e a pergunta que fica é porque é que o Benfica não pode ser sempre este melhor Benfica, porque às vezes, mais do que um estado de espírito, é só colocar as peças nos sítios certos.
É certo que o assédio do Benfica à área do SC Braga na 1.ª parte aconteceu, mas apenas o cabeceamento pouco ortodoxo de Arthur Cabral à barra aos 10 minutos se pode chamar de verdadeira oportunidade. A meio-campo, João Moutinho liderava sem se ver, fosse nas recuperações de bola ou nos passes, descomplicando sempre. Antes da meia-hora, Otamendi juntou mais um tracinho à contagem já inexplicável de entradas à queima fora do timing, para o comboio Djaló passar a alta velocidade e deixar a bola para Ricardo Horta rematar à entrada da área. Banza e António Silva atrapalharam Trubin, que ainda assim terá a sua culpa.
O golo que talvez não se justificasse até então, seria justificado pelo que seria o resto da 1.ª parte. Os adeptos do Benfica fizeram a sua parte, tornando o relvado num cemitério de tochas, adiando a reação da equipa da casa. Cada um com as suas ideias. No reatar, Djaló surgiu mais uma vez soltinho na direita, com Otamendi e Aursnes com a cabeça em águar. O norueguês teria a melhor chance para empatar aos 42’, mas deu mal na bola após um alívio tolo de Victor Gomez.
Escolheu recuar Rui Duarte na 2.ª parte e a tática teria resultado se Schmidt não tivesse percebido, algures, que não seria este Benfica a dar a volta a este jogo, mas sim o seu contrário. Os encarnados foram os donos da bola, mas o SC Braga fechava os espaços galhardamente, face ao perigo único chamado Di María - aos 66’, um remate em arco do argentino quase surpreendia Matheus, sempre bem a sair dos postes.
Com a entrada de Carreras, o Benfica ia mostrando mais ambição à esquerda, mas é com Marcos Leonardo e Kökçü que tudo muda. É no primeiro toque do brasileiro que surge o empate, aos 71’, rato o avançado a cheirar a oportunidade depois de um remate de João Mário que embateu num adversário, com uma bomba cruzada com a canhota.
Já com Bruma em campo, o SC Braga olhava para os contra-ataques como oportunidade, enquanto do outro lado Kökçü ia liderando a reação. Numa cavalgada em transição, o internacional português rematou quando a melhor opção talvez tivesse no passe para um colega, mas mostrou que os minhotos estavam, afinal, presentes. O golo de Neres, aos 85’, engoliria essa hipótese de renascimento.
Curioso que o segundo golo do Benfica nasça de um cruzamento de Di María a partir da esquerda, para o segundo poste onde apareceu Neres - e não serão estas as suas melhores posições? Não será o Benfica que Schmidt tem à disposição, mas não aproveita, o melhor Benfica? Talvez Marcos Leonardo também tenha dado uma ajuda na resposta, quando já nos descontos, ganhou com toda a atitude uma bola ao passivo Niakaté na área para fazer o 3-1, mais uma vez de pé esquerdo, festejando intensamente uma eficácia que havia faltado ao Benfica e que o brasileiro parece ter de sobra.
Durante alguns minutos, o Benfica deixou que a classificação virtual colocasse o Sporting a uma vitória de festejar no Porto. Tal já não acontecerá e foram os trunfos do banco que, mais uma vez, atiraram a pressão para o Dragão, onde uma derrota dos leões poderá abrir portas a um renascer da esperança."