terça-feira, 26 de março de 2024

O 'day after' da janela das seleções


"Milan, que deu o primeiro passo, não parece ter 'carteira’ para ir a jogo por Gyokeres; Kokçu deve ter a situação posta, já, em pratos limpos...

A paragem para os compromissos das várias seleções não beneficiou nenhum dos concorrentes ao título da Liga portuguesa, que viram a quase totalidade das suas vedetas empenhadas em jogos disputados à sombra das bandeiras nacionais. Amanhã, Portugal joga na Eslovénia, mas a internacionalização das equipas faz com que os olhos estejam postos numa série de seleções, algumas a exigirem aos jogadores viagens transatlânticas e mudanças de fuso horário, que os treinadores deverão corrigir, em tempo útil, a pensar na próxima jornada da Liga.
Para já, foi curioso ver como Gyokeres, principal destaque da época a nível local, apesar de ainda ter feito o gosto ao pé frente a Portugal, se mostrou desenquadrado das movimentações da seleção sueca, e muito longe do rendimento revelado no Sporting, onde rapidamente absorveu as rotinas determinadas por Rúben Amorim, que maximizam o seu potencial.
E esta é uma questão muito importante, que explica porque alguns jogadores rendem mais com uns treinadores e menos com outros: tudo tem a ver como cada um lê o atleta e percebe o que ele tem de melhor para oferecer à equipa. No último sábado, a Gazzetta dello Sport fez manchete com a possibilidade de Viktor Gyokeres ingressar no Milan e falou da influência que Zlatan Ibrahimovic podia ter no processo. Francamente, atendendo à maior solidez global do Sporting, não acredito que os milanistas tenham músculo financeiro para contratar o ponta de lança sueco, o que não significa que não cheguem a Alvalade, no fim da época, propostas quiçá irrecusáveis. É o que acontece quando se acerta na mouche e se torna um projeto promissor numa obra acabada.
Já do outro lado da Segunda Circular a atenção estará virada para a forma como o Benfica irá abordar a rota de colisão em que Kokçu se colocou com o clube, ao dar uma entrevista arrasadora ao De Telegraaf. Ditará o bom senso que as partes encontrem uma solução win-win (aceite pela Direção, pelo treinador, pelo jogador e pelo balneário), mas nestas coisas, muitas vezes, os egos sobrepõem-se ao pragmatismo e saem todos a perder. Dentro de poucos dias saber-se-á com que linhas querem coser-se...

P.S. - António Pacheco, desaparecido aos 57 anos, apesar de não ter saído a bem do Benfica, teve o clube em peso no derradeiro adeus. Uma homenagem ao jogador e, sobretudo, ao homem. Descansa em paz, moço pequeno."

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