quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

O Marques amarelo


"1. O campeonato miserável contra João Neves com que o diretor de comunicação do FCP se entretém há semanas devia ser olhada pelas autoridades desportivas competentes como aquilo de que, na sua essência, se trata. Um caso de bullying descarado, João Neves é a vítima, mas não é a única vítima. Marques pretende, obviamente, condicionar os árbitros a exibir cartões amarelos a João Neves, de preferência dois cartões amarelos por jogo para os efeitos almejados serem imediatos. E árbitros-condicionados são árbitros-vítimas, ou não são?

2. Marques diz que João Neves 'beneficia de um regime de absoluta exceção'. Não é verdade. Quem vive num regime de absoluta exceção é o propriamente dito Marques.

3. Toda a gente sabe disso, menos o Marques. E, um dia destes, quando um árbitro por um motivo concreto (é o que se espera) mostrar um cartão amarelo a João Neves, lá irá Marques, todo ufano, ter com os seus superiores hierárquicos a soluçar: Viram, viram como resultou? Nesse dia será aumentado e, novamente, condecorado. Se anda houver tempo para isso, claro.

4. Num passado são muito distante, e pela via das redes sociais oficiosas e oficiais, Marques, adepto e praticante dessa grande arte do bullying comunicacional, atreveu-se a dar ordens aos polícias como dá agora sugestões aos árbitros. 'Prendem-nos. Enquanto não os prenderem, isto vai ser a palhaçada de sempre', clamou o diretor de comunicação do FCP como estarão certamente lembrados. Foi uma ordem misteriosa, mas o tempo, 'esse grande escultor', encarregou-se de tudo esclarecer como se tem visto por estes últimos dias.

5. No conferência de imprensa de antecipação ao jogo com o Estrela da Amadora, um jornalista da RTP colocou a seguinte questão ao treinador do Benfica: 'Nos últimos dez jogos, o Benfica sofreu sempre um golo primeiro, que análise faz?' A análise que o treinador do Benfica fez foi esta: 'Isso não é verdade, portanto não vou responder'. Uma análise bem feita.

6. Tratava-se, de facto, de uma mentira. Como é possível, nos dias que correm, com tanto curso superior de jornalismo disponível no mercado da educação e com tão fácil acesso geral à informação, haver jornalistas tão flagrantemente impreparados para a profissão que exercem?

7. Na Amadora começou tudo mal e acabou tubo bem. E não foi por milagre que assim sucedeu. Para acabar tudo bem depois de ter começado tudo mal é preciso, em primeiro lugar, vontade, e houver vontade. Em segundo lugar é preciso entrega, e entrega não faltou. Em terceiro lugar, são precisos golos, e o Benfica marcou 4 golos. No domingo prossegue a luta pelo 39 na Luz. Benfica - Gil Vicente é o que está no programa. Anda lá, Benfica!"

Leonor Pinhão, in O Benfica

1 comentário:

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