domingo, 31 de dezembro de 2023

Golo: Dezembro...

100

Benfica 100 - 67 Portimonense
22-19, 28-16, 35-16, 15-16

Chegámos à centena, com os Triplos do Zé Silva a caírem quase todos!!!
Estamos a meio da época, com a Europa despachada, é tempo para focar os objetivos internos, recuperar os lesionados e apontar o pico de forma para as finais das Taças e o Play-off...

Empate...


Paços de Ferreira 2 - 2 Benfica


Primeira parte muito intensa, de parada e resposta, com muitas oportunidades, para dois lados, com as defesas com muitos problemas... e 2-2 no marcador!
Com a expulsão do jogador do Paços no final da 1.ª parte, o jogo mudou, o Paços defendeu e o Benfica não teve arte para 'desmontar' o autocarro!!!


Grandes desafios para 2024


"Campeonato da Europa, Jogos, avanços na mudança das sociedades dos clubes nacionais e as ambições nas provas europeias

Muda o ano no calendário e, às vezes, é quanto basta para termos um sentimento de renovação e esperança. Que o Ano Novo nos traga saúde, paz e prosperidade, são os três mandamentos essenciais para os desejos mastigados em passas à meia-noite. Há sempre uma certa ingenuidade nesta crença de que, enfim, as coisas possam mudar. Raramente mudam. Veja-se a questão pelo desorientado mundo que habitamos. A saúde, como se sabe, está mais pela hora da morte do que da vida; a paz começa a ser, apenas, uma utopia, uma palavra que só existe no dicionário; a prosperidade tornou-se um mito que apenas aparece a ornamentar os discursos políticos.
Fiquemos, para já, na questão desportiva e nos grandes desafios que se apresentam no ano de 2024.

CAMPEONATO DA EUROPA DE FUTEBOL, na Alemanha. Portugal assume-se como candidato. Não aquele candidato eventual, um outsider que, tal como aconteceu em 2016, pode beneficiar de uma roleta russa que o coloca na final em bandeja de prata. Depois, foi o que se viu. Cristiano Ronaldo a sair lesionado e um golo mágico marcado por Éder, o herói improvável. O país de dentro e de fora viveu o título europeu com a euforia de um pobre a quem sai o Euromilhões. Uma virtude. Não esbanjámos essa riqueza. Pelo contrário, a Seleção é, hoje, uma marca internacional fortíssima e é reconhecida mundialmente como uma das melhores seleções do mundo. Não apenas porque tem, de facto, alguns dos melhores futebolistas mundiais, mas porque tem uma estrutura de apoio altamente profissionalizada e competente. Daí que a esperança em novo título de campeão da Europa não seja, apenas, a esperança de voltarmos a acertar um tiro no escuro. Desta vez, confirmando-se, ou não, é uma esperança fundamentada. E se já tivemos uma seleção de ouro, temos, agora, uma seleção de diamantes já lapidados.

JOGOS OLÍMPICOS, em Paris. Por muito que custe ao futebol e àqueles que apenas entendem o desporto com bola no pé, trata-se do maior acontecimento desportivo do mundo e, talvez, o maior acontecimento mundial sob qualquer ponto de vista, seja ele desportivo, social, cultural, económico ou político. Os Jogos de Paris vão concentrar as atenções mundiais no próximo verão. É bom, porque oferece, sobretudo aos portugueses, uma imagem mais verdadeira da dimensão desportiva, mas também pode ser demasiado tentador para ações de movimentos extremistas que optam pelo ódio cego.
Nós por cá temos andado desatentos, mas pode bem acontecer que Paris nos traga os melhores resultados olímpicos de sempre.

VIRAGEM do ano ainda com notável presença de clubes portugueses nas provas da UEFA. FC Porto na Champions, Benfica, Sporting e SC Braga na Liga Europa. Há quem ache pouco, mas não é, e a verdade é que o futebol português tem motivos para festejar. Difícil, sim, a missão do FC Porto, que tem o Arsenal por adversário, mas na Liga Europa, qualquer um dos três clubes tem francas hipóteses de seguir em frente.

SURGEM notícias novas sobre os grandes clubes portugueses e não é de contratações que se trata. O Sporting será, dos grandes, o primeiro a mudar a tradicional estrutura societária e a internacionalizar-se? Há avanços assinaláveis e isso significa que podemos estar na viragem para o futuro do futebol português.

Fazem bem em guardar anéis
ABRE-SE a janela de inverno para trocas e baldrocas de jogadores. É o momento de acertos e de remendos daqueles que não se sentem confortáveis, ou com o plantel que têm, ou com o dinheiro que não têm. Para os clubes portugueses, o dinheiro é sempre bem vindo, mas surgem notícias de que, pelo menos nos principais clubes - quatro ainda com ambições de título - a promessa é a de se guardarem os anéis no cofre. É uma boa notícia para os adeptos do futebol português. Os espetáculos serão mais aliciantes, a luta será mais intensa.

Hospital público, Hospital privado
SE apenas confiarmos no que lemos e ouvimos nos generalistas portugueses ficamos com a perceção de que somos tão desafortunados que a gripe decidiu atacar este pobre e pequeno país e logo quando o SNS está em profunda crise de meios e de capacidade de assistência. Deixem-me dizer-lhes que a gripe está por toda a Europa e as dificuldades são de todos. E, já agora, uma neta minha, muito atacada pela gripe, recebeu assistência num conhecido e reconhecido hospital privado. Demorou sete horas! Não estavam lá as televisões..."

Há que enfrentar o problema


"Os clubes não podem vacilar no processo de erradicação dos ‘hooligans’ dos estádios

Há coisas que os clubes podem fazer, outras não. Por exemplo, por muito apertada que seja a segurança nas entradas num estádio que acolhe 60 mil adeptos, é impossível que todos os artefactos de pirotecnia, alguns de tamanho diminuto, sejam apreendidos, ou que armas brancas, de pequena dimensão, sejam detetadas. E os clubes não podem fazê-lo nem aqui, nem nos campeonatos dos Big Five, nem até quando o âmbito de responsabilidade direta passa para as Federações ou para as Confederações, ou mesmo para a FIFA.
O que os clubes podem fazer, e em Portugal raramente o fazem, é não só detetar os infratores, como ainda expulsá-los do seio, competindo a outras entidades impedi-los de voltar a recintos desportivos. Não acredito que os sofisticados sistemas de videovigilância dos estádios, complementados pelos spotters da PSP, não identifiquem os prevaricadores, para que, a seguir, quem de direito aja em conformidade.
Mas deixemos as generalizações de lado e passemos ao caso concreto do Benfica. Na Liga dos Campeões, a equipa de Roger Schmidt viu-se privada do apoio dos adeptos em San Siro e Salzburgo, por imposição da UEFA, na sequência de ações contrárias à lei de uns quantos hooligans apoiantes dos encarnados, que se revestiram de perigo para terceiros e provocaram, inclusivamente, feridos. O mínimo exigível seria que o clube não descansasse enquanto não expurgasse da sua comunidade tais energúmenos. Mas, que se saiba, não houve consequências nem para esses marginais, nem para todos os outros que já levaram vezes sem conta o clube à beira da interdição do Estádio da Luz, impedida in extremis pelos órgãos de recurso do futebol. Com tão grande esforço que a Direção de Rui Costa tem feito para tornar a Catedral num espaço moderno, funcional e atrativo para as famílias, não se compreende como não existe um comportamento mais assertivo quando se trata de criar condições para deshooliganizar o Benfica.
Do último caso, ocorrido no intervalo da partida, para a Taça da Liga, entre o Benfica e o Aves SAD, resultou um ferido grave por esfaqueamento, na sequência de uma altercação. O alegado autor do crime já foi detido pelas autoridades policiais, e o processo, na Justiça, seguirá os seus trâmites. Faço votos que o Benfica seja lesto a tomar medidas, e que essas medidas passem a ser a regra, e não a exceção, para todos aqueles que não devem ter acesso aos estádios e pavilhões."

Enche o campo e enche-me as medidas


"MAIS UMA INCRÍVEL EXIBIÇÃO DO MELHOR JOGADOR DA LIGA!
É provável que vocês me achem repetitivo, mas nada a fazer porque repetitivas são as grandes exibições do João Neves. Ontem assistimos a mais uma de mão cheia - é ver as notas dos jornais e dos sites: nenhuma abaixo de 8!
Fabuloso o que este menino tem atingido desde que Roger Schmidt - obrigado, Mister! - lhe deu pela primeira vez a titularidade na principal equipa do Benfica na Liga - foi em 23 de abril último, e daí até ao final da época foi ele quem segurou as pontas de um meio-campo desde fevereiro órfão de Enzo.
O que mais impressiona é que João Neves nunca foi um nome que fizesse parte do lote daqueles a quem era apontado um futuro promissor e contabilizou apenas 27 internacionalizações por todas as seleções jovens de Portugal. A sua evolução tem sido fenomenal - e legitima a pergunta: até onde pode chegar?
Rui Costa que lhe ofereça um contrato de longo prazo - tanto anos quantos a lei permitir - e um vencimento (mais objetivos) no mínimo ao nível do teto salarial do clube. E, se possível, porque não depende só da vontade do presidente, lhe meta a cláusula contratual em valores estratosféricos.
(A nota do Record foi 4 num máximo de 5, para cálculo da média adaptada a 8 em 10.)"

Negócio brilhante!!!


"Devíamos converter os 100M da cláusula do Neves em VMOC, que assim pagavam-nos para o levar e no final ficávamos com ele e com o dinheiro."

Isto é mesmo campanha contra o Jurasek!!


"O Gustavo Marques acho que só tocou 1x na bola, e não estou a dizer mal do miúdo atenção.
Mas o tratamento que dão ao Jurasek é mesmo com o objetivo de denegrir o atleta, que para mim até entrou bem, segurou o flanco e até teve ações defensivas interessantes, além de que esteve mais em jogo do que o Morato nos minutos que esteve em campo.
Mas há que denegrir de todas as formas possíveis para cimentar a má imagem junto dos adeptos, quem viu a partida sabe que não foi assim, nada justifica esta nota, muito menos a avaliação feita pelo escriba de serviço.
Isto para quem não viu o jogo serve o seu propósito, denegrir o atleta para criar mais ódio ao mesmo por forma a que o mesmo seja destruído, mais nada!"

Credores para amigos!!!


"Ou seja:
· Se deves 100 mil euros a um credor, o problema é teu;
· Se deves 100 milhões de euros a um credor, o problema é do credor;
· Se fores amigo do credor, o problema nem sequer se coloca."

Insólito!!!


"Confirmado: pela primeira vez na presente época, a maior parte dos analistas de arbitragem concorda que um lance favoreceu o Benfica. 🤔 Insólito estar nesta posição!
O FCP lidera a tabela dos erros, tendo ainda 5 erros graves de avanço (ontem mais um), e serão necessários mais 4 para superar o SCP. A arbitragem continua com impacto na verdade desportiva!"

Tribunal Unânime: Penálti por assinalar contra o FC Porto aos 90+7'


"Num jogo com resultado em 1-0 e com penálti no final que retiraria, muito provavelmente, a vitória ao clube da fruta, o VAR não quis estragar a festa.
Não há nada como terminar o ano em beleza. Aliás, acaba exatamente como começou.
E assim se mantêm colados ao Benfica. 👏"

+2 pontinhos!!!

Sucessivos roubos...

E assim se mantêm a 2 pontos...


"No mesmo estádio, Artur Soares Dias assinalou um penalti a Ferro, num lance em tudo semelhante.
Muda a cor da camisola, muda a decisão.
Claramente, há quem jogue com regras diferentes."

Sem perdões!!!


"“Excelente resultado, estádio cheio. Agradeço aos adeptos, aproveito para lhes desejar um excelente 2024 e fica sempre bem falarmos deste estádio e do orgulho muito grande de o termos construído. E, SEM PERDÕES, PAGAMOS O ESTÁDIO”.
Luís Mendes, Vice-Presidente à BTV."

Vitória a fechar o ano


"Na última partida de 2023, o Benfica venceu o Famalicão por 3-0. Este é o tema em destaque na BNews.

1. Triunfo assenta bem
Na opinião de Roger Schmidt, "foi uma vitória merecida, mas também trabalho árduo". "Foi o jogo que esperávamos, já tinha sido difícil jogar contra o Famalicão no jogo da Taça de Portugal", analisa. E salienta: "Tivemos de fazer jogos muito difíceis nas últimas três semanas e fomos capazes de vencer, é um bom sinal."
O treinador do Benfica deixa ainda uma mensagem para o novo ano: "A situação é muito boa, sabemos que temos de trabalhar muito arduamente nos próximos meses para atingir os nossos objetivos, queremos ganhar mais títulos. Os jogadores e os adeptos dão o seu melhor. Se nos mantivermos juntos, os próximos meses podem ser muito positivos para o Benfica."

2. Primado do coletivo
No 300.º jogo oficial de águia ao peito, Rafa marcou e fez duas assistências para golo, tendo sido considerado o Homem do Jogo. O atacante do Benfica considera a vitória "justa" e realça o objetivo cumprido: "Conseguimos o que queríamos, que era a vitória. O importante é ganhar e entrar no próximo ano com o pé direito. Não interessa quem faz [golos], o mais importante é que a equipa ganhe e consiga os três pontos."

3. Outros resultados
Na deslocação à ilha Terceira, o Benfica ganhou por 0-8 frente ao Barbarense e apurou-se para a final eight da Taça da Liga de futsal. Na Luz, a equipa feminina de futsal goleou a Académica (19-0). Em andebol no feminino, as águias estão na final do torneio KakyGaia (triunfo, por 37-33, ante o Colégio de Gaia).

4. Jogos do dia
A equipa B visita o Paços de Ferreira e, no basquetebol, o Benfica recebe o Portimonense na Luz (15h00).

5. Sport Vila Real e Benfica
A BTV acompanhou o jantar de Natal desta filial do Clube, que conta com cerca de 200 praticantes de várias modalidades em escalões de formação.

A BNews deseja um excelente 2024 recheado de conquistas benfiquistas."

Votem:

Também já merecíamos um resultado mais dilatado que a exibição!


"Benfica 3 - 0 Famalicão

Eis o que vi em direto das bancadas.
> As mini férias de Di María alimentaram os ataques dos últimos dias - ganhar para os calar!
> Roger Schmidt apostou em Tomás Araújo para o lugar de Otamendi e Tiago Gouveia para o de Di María. Tudo o que nós queríamos. Grande responsabilidade para os miúdos. Carrega Seixal!!!
> Famalicão muito organizado e a pressionar, Benfica com dificuldade em sair e construir. Só Tiago Gouveia está a agitar o jogo da equipa. E o João Neves que pisa todos os milhões de centímetros quadrados do relvado.
> João Neves, que grande jogada, Rafa, que bela assistência, e Arthur Cabral, que ainda não tinha dado uma para a caixa... gooooolo! À ponta de lança!
> Segunda parte e o jogo partido de mais para o meu gosto: falhanços nossos na área do Famalicão e Trubin com duas intervenções notáveis a evitar o empate. Precisamos de mais um golo para sossegar.
> Arthur com mais uma perdida e Trubin com mais uma defesa extraordinária! Por mim acabava já! (68 min)
> Guedes a mostrar que está muitos furos abaixo dos seus bons tempos.... e de Tiago Gouveia.
> E 58.725 nas bancadas a confirmarem que o Famalicão foi a melhor equipa da Liga que visitou a Luz esta época. E Trubin a defender!
> Eles a atacar, nós a contra-atacar e toma lá o segundo: Rafa!!! E mais um: Musa!
> E O BENFICA GANHOU!!!"

João Neves e Trubin trazem festas felizes para o Benfica


"Com o português e o ucraniano novamente em destaque, os campeões nacionais derrotaram (3-0) o Famalicão. Arthur estreou-se a marcar na I Liga aos 31', mas na segunda parte a qualidade do guardião das águias e o poste evitaram o 1-1, antes de Rafa e Musa confirmarem o triunfo

Como estavas a 8 de dezembro? Para o Benfica, os 21 dias que passaram foram mais do que isso. Desde aquela data que as águias não disputavam um jogo da I Liga em casa e, passado o Natal e com o ano novo à porta, muito parece diferente para os campeões nacionais.
No último encontro do Benfica na Luz para a I Liga, o empate contra o Farense gerou um clima de divórcio entre as bancadas e Roger Schmidt, levando o clube para uma pré-crise na antecâmara das muito importantes visitas a Salzburgo e Braga. Mas eis que o período festivo só trouxe alegrias.
Triunfo na Áustria e continuidade na Europa garantida; vitória sobre o SC Braga; ganhar ao AVS e estar na final a quatro da Taça da Liga; e, agora, derrotar (3-0) o Famalicão para entrar bem em 2024. Arthur Cabral marca, as substituições de Schmidt são aplaudidas, amigos como dantes à espera do que traga o ano novo.
Mas as canções e festejos da quadra não devem tirar lucidez de análise. Como noutras alturas da época, o êxito do Benfica ampara-se em dois jovens que agarram na equipa e a fazem competir noutra dimensão. As luvas de Trubin e o futebol de gladiador com pés de bailarino de João Neves são o oxigénio deste coletivo.
Entre a estreia de Cabral a marcar no campeonato e os golos de Rafa (aos 85') e Musa (aos 89') houve muito Famalicão na Luz. Os minhotos chegaram várias vezes com perigo, mas a qualidade do ucraniano que estava a proteger as redes adversárias e o poste, que repeliu um tiro de Zaydou aos 72', mantiveram os locais com vantagem. E a alegria continua na Luz. 8 de dezembro foi, emocionalmente, há mais do que 21 dias.
Se o tema é felicidade, a Luz não é local de boas recordações para o Famalicão. Em 14 visitas, já contando com esta, os minhotos foram derrotados em 13 ocasiões, só empatando uma vez. O bósnio Dane, em 1991/92, foi o último jogador do Famalicão a marcar na casa do Benfica para o campeonato.
Num onze marcado pelas ausências de Otamendi e Di María, chamava a atenção a presença do Seixal. Tomás Araújo e António Silva reeditavam uma dupla de glória na Youth League, Tiago Gouveia prometia agitar a partir da ala, João Neves já é um inevitável no meio-campo. Gouveia, cheio da fome e agressividade típicas do seu jogar, foi o primeiro a causar perigo, fletindo da esquerda para o meio para obrigar Luiz Júnior a defesa apertada.
O Famalicão procurava roubar ímpeto ao Benfica através de Zaydou Youssouf, o médio perna-longa que pisa a bola, gira e foge da pressão. Mas havia outro nome que queria mandar no Equador do campo do outro lado.
O futebol de João Neves é composto por camadas. A superfície é de rapaz franzino de bons pés, aspirante a médio que adocica o jogo. Mais no fundo há agilidade para se mexer em espaços curtos, pés que mudam de direção rápido. E, bem no interior, há o espírito guerreiro, a alma, a chama imensa que resgatou o Benfica no dérbi ou em Salzburgo.
Aos 31', o algarvio bailou sobre João Neves, abrindo caminho para a velocidade de Rafa. O campeão da Europa de 2016 assistiu Arthur Cabral, que marcou pela primeira vez na Luz.
Se os visitantes nunca incomodaram Trubin no primeiro tempo, os instantes iniciais do segundo mostraram logo uma equipa diferente. Mais agressivo na pressão e rápido no ataque, o Famalicão explorou alguma apatia dos campeões nacionais para se aproximar da baliza adversária.
No entanto, o crescimento dos homens de João Pedro Sousa encontrou-se com a valia de Trubin. No espaço de poucos minutos, o homem de Leste tirou o 1-1 a Chiquinho, lançado na velocidade por Moura, e a Theo Fonseca.
Num duelo de luvas vestidas, Luiz Júnior não queria ficar atrás de Trubin. O brasileiro evitou o 2-0 num par de ocasiões, primeiro numa trivela de João Neves, que continua a mostrar artes desconhecidas do seu repertório, e depois num disparo forte de Arthur Cabral, na sequência de uma das supersónicas arrancadas de Rafa.
Mas era o Famalicão que estava melhor. Talvez o momento do final de tarde tenha surgido aos 72'. Zaydou, num tiro cheio de fé, atirou ao poste. Logo a seguir, Gustavo Sá, o menino que parece um daqueles médios ingleses de há 20 anos que apareciam na área para finalizar, cabeceou ao lado. O 1-1, que passou tão perto dos visitantes, desapareceria definitivamente das opções.
Com espaço, o desafio entrou na zona Rafa Silva, onde só ele se move e vive, na dimensão em que a velocidade que coloca é inigualável. Em combinação com o recém-entrado Musa, fez o 2-0 aos 85' e serviu o croata para o 3-0 aos 89'. As festas do Benfica de Trubin e Neves são felizes. O que é que aconteceu mesmo a 8 de dezembro?"

Paris 2024 a um passo.... e Brisbane 2032?


"Estamos a finalizar o ano de 2023, e é normalmente esta a altura do ano para fazer balanços, ajustar estratégias, traçar metas, novos objectivos, novas conquistas, novas ambições....mas será mesmo preciso que a cada ano se faça tudo de novo, ou apenas necessário reafirmar e reajustar algo que faz parte de um caminho pré estabelecido com tempo, preparação, ambição, pofissionalismo, método? Aprendi uma máxima na minha vida corportiva que para atingir os objectivos propostos temos que ter sempre expecativas altas, mas com o necessário sentido da realidade. Acima de tudo, aprendi que se não tentarmos alcançar esses objectivos, se não pusemos em prática a nossa ambição, se não adicionarmos esse importantissímo factor que é o risco, o risco inicial de fazer, o risco de irmos para além do que se julga aceitável, o risco de nos podermos transcender ou não, nunca iremos saber se era possível, se era realistico, demasiado ambicioso ou inatingível. Ficar na ignorância ou não arriscar fazer não é solução. E expõe-nos ao maior dos riscos, porque há sempre quem arrisque para ser primeiro e, então, seremos sempre ultrapassados.
Por isso mesmo planear, perspectivar e fazer aquilo em que os paises mais desenvolvidos são especialistas, criar as bases sólidas para todos os envolvidos no processo avançarem a uma só voz é fundamental. E em cima de todo este movimento colectivo e alinhado, a necessidade de associar um Propósito de natureza social, algo que está acima das nossas próprias circiunstâncias, enquanto pessoas e também enquanto organizações, porque o desporto é e será sempre um meio para aquilo que queremos de uma sociedade....mais culta, mais educada, mais inclusiva, mais solidária, com mais cultura desportiva....porque interessa ganhar mas bem, com ética e com valores!
E isto leva-me, mais uma vez, a pensar no plano estratégico para o desporto nacional.
Recentemente estive na Bélgica, país com 12 milhões de habitantes que desde a sua primeira participação na II Olímpiada da era moderna em Paris, em 1900, já ganharam 172 medalhas, das quais 47 de ouro.
A Bélgica é, actualmente, uma das nações mais desenvolvidas e industrializadas do mundo, com uma economia voltada para o setor terciário e com um PIB de mais de 500 biliões de Euros, mais do dobro de Portugal, e um PIB per capita que a coloca no 20º lugar mundial. Um país da nossa dimensão que, apesar de se lhe reconhecer idiossincrasias do ponto de vista da governação, três regiões, três línguas, com diferentes governanças, apesar disso, tem um sistema desportivo que prima pela racionalização de recursos (45 Milhões de euros para Paris 2024), alocação dos mesmos em função de objectivos bem definidos, e uma infraestrutura desportiva de excelência, vide casos com a Universidade de Lovain-la-Neuve, um local para estudo e prática do desporto de excelência.
Fiz uma visita de 3 dias a convite de uma entidade governamental Belga a ADEPS Admnistration de l’education physique et des sports), na região francófona, onde tive oportunidade de visitar a realidade desportiva do país e alguns casos práticos de sucesso na conciliação de carreiras duais no ensino secundário e superior em Bruxelas, Liége e Lovain-la-Neuve. O que pude verificar durante as visitas feitas em conjunto com a equipa das UAARE ( a centros de alto rendimento escolas e universidades em Bruxelas, Lovain-la-Neuve e Liége, é que o desporto Belga desempenha um papel proeminente na sociedade com cerca de 17.000 clubes desportivos e com aproximadamente 1,35 milhões de desportistas federados, cerca de 13% da população belga, quase 3 vezes mais praticantes que em Portugal. Só na região Francófona a Federação Wallonia Brussels tem 28 centros de alto rendimento para 24 modalidades, construídos em função das necessidades da região, da modalidade praticada e da escolha da mesma. Mas acima de tudo existe coordenação de uma entidade governamental, que alinha todos os players na mesma direcção, Paris 24, Los Angeles 28 e Brisbane 32.
E já que mais uma vez insisto na necessidade do plano estratégico, aponto as razões pelas quais é e deve ser essencial um plano estratégico para o nosso desporto nacional ou, simplesmente, planear com visão, havendo razões fundamentais pelas quais em Portugal se torna necessário adoptar este caminho (vide as boas práticas do Reino Unido, Austrália ou da vizinha Espanha)
Estes são alguns dos pressupostos que justificam esta necessidade:
Clareza dos objetivos:
Um plano estratégico ajuda a definir objetivos claros e específicos para o que queremos alcançar e como queremos ganhar. Esta clareza garante que todas as partes interessadas directa ou indirectamente ligados ao fenómeno desportivo, incluindo atletas, treinadores, empresas, parceiros, sociedade civil, compreendam os objetivos, a visão e a missão de uma nação.
Alinhamento das Partes Interessadas:
Ao envolver e alinhar todas as partes interessadas, Federações, treinadores, atletas, administradores, parceiros fâs uma nação, um plano estratégico ajuda a criar uma visão unificada. Quando todos estão a remar na mesma direcção, fica mais fácil trabalhar de forma colaborativa em prol de objetivos comuns.
Alocação de recursos:
Um plano estratégico ajuda na minimização do tão propalado efeito da falta de financiamento, numa lógica economicista que os recursos são sempre escassos para as reais necessidades, ajuda a uma alocação eficaz de recursos, incluindo recursos financeiros, humanos e de tempo. Isto garante que os recursos sejam direcionados para atividades e iniciativas que contribuam para os objetivos globais da visão e missão proposta.
Gestão de riscos:
O Desporto envolve incertezas e riscos, vivemos um cenário de mudança permanente, de convulsões mundiais, de crises económicas que influenciam negativamente o cenário competitivo. Um plano estratégico ajuda a identificar riscos potenciais e traça estratégias para mitigá-los. Esta abordagem proactiva pode melhorar a nossa capacidade, enquanto nação alinhada, de enfrentar estes desafios.
Vantagem competitiva:
Num ambiente desportivo competitivo, ter uma estratégia bem definida proporciona uma vantagem competitiva. Seja no recrutamento, nas metodologias de treino ou nas táticas a aplicar, um plano estratégico ajuda-nos a destacarmo-nos e a destacar a nossa performance nas áreas e foco desse memo plano.
Envolvimento da Sociedade civil e dos fãs:
Para uma organização desportiva, o envolvimento com a sociedade civil com os adeptos é crucial para o sucesso sustentado. Um plano estratégico pode incluir iniciativas para melhorar a experiência dos nossos apoiantes, estratégias de marketing e programas de responsabilidade social, criando uma ligação mais forte com uma nação.
Sustentabilidade a longo prazo:
Um plano estratégico centra-se não apenas nos objectivos de curto prazo, mas também na sustentabilidade a longo prazo. Isso inclui considerações sobre a forma como queremos construir o edificio, as suas bases, os alicerces. Criar as condições para uma sociedade onde, como exemplo na base da pirâmide, a actividade fisica seja um factor cultural e inato, uma forma de educação, onde se inclua um trajecto que passa pelo desporto escolar, pela prática do exercício físico, pelo desporto organizado, que crie naturalmente o desenvolvimento de talentos, a infraestrutura e construção de marca e que culmine com o alto rendimento, onde se possa ganhar pela nação mais e melhor.
Adaptabilidade à mudança:
O cenário desportivo nos nossos dias é dinâmico, com mudanças nas regras, na tecnologia e nas preferências do público. Um plano estratégico permite que as organizações sejam flexíveis e se adaptem às mudanças, mantendo-se fiéis aos seus valores e objetivos fundamentais.
Liderança e Comunicação:
Um plano estratégico fornece uma estrutura para liderança e comunicação. Ajuda os líderes a articular a visão e a missão, promovendo um senso de propósito entre os membros da equipa.
Medição do desempenho:
Um plano estratégico inclui indicadores-chave de desempenho (KPIs) que permitem à organização medir e ajustar se necessário o seu progresso em relação às metas traçadas. Tal e qual como num ambiente corporativo e altamente profissionalizado, um score board baseado em dados e informação, permite a tomada de decisões informadas e a melhoria contínua, não estando dependente de sobressaltos infortúnios ou outras causas exógenas, como por exemplo processos de naturalização de atletas, que têm que ser vistos numa lógica de oportunidade e não de oportunismo.

Em resumo, um plano estratégico no desporto como em tantas outras áreas é crucial para fornecer orientação, alinhar as partes interessadas, gerir recursos, mitigar riscos e garantir o sucesso a longo prazo e a sustentabilidade, visão, missão de um povo e de uma nação num ambiente altamente competitivo e dinâmico como é o desportivo.
Interessa no entanto e pela positiva afirmar o seguinte: nos ultimos anos estamos nitidamente a melhorar o nosso rendimento desportivo, a nossa capacidade organizativa, os resultados dos nossos atletas quer em Portugal quer além fronteiras, em campeonatos da Europa do Mundo e grandes competições internacionais. Os vários agentes desportivos, federações e clubes estão cada vez a trabalhar mais e melhor, na aplicação de boas práticas, ou na criação de casos de sucesso com relevo nacional e internacional. Já é possível assistir-se com consistência e em muitas modalidades a resultados que não só dignificam o País, mas que também nos enchem de orgulho porque ombreamos de igual para igual, como na canoagem, no judo, na natação, na vela, na esgrima, na ginástica, no atletismo, no ciclismo no futebol, no tiro ou em modalidades colectivas como o andebol. Tudo isto alicerçado num grande trabalho dos clubes, com projectos bem estruturados na componente olímpica, bom exemplo disso o Sporting e o Benfica com a boa prática, o projeto Benfica Olímpico. Uma palavra para as autarquias que por esse país fora entendem a importância do desporto e a sua dimensão social, e que a nível local têm desempenhado um papel fundamental no apoio aos atletas e aos clubes na criação das infaestruturas necessárias para a prática e desenvolvimento das diversas modalidades.
O que falta então fazer? Em primeiro lugar vontade politica, mas também vontade das partes, para que se possa alinhar todos estes elementos debaixo de um designio nacional, de uma visão para o País onde a sociedade civil intervenha com um papel determinante, e a criação de um modelo com uma entidade que verdadeiramente superintenda e reafirme o nosso desígnio nacional, não apenas a curto prazo, mas essencialmente a longo prazo. Dir-me-ão, dá muito trabalho. Dá de facto, obedece a escolhas, sim. Passaremos provavelmente um iato sem resultados palpáveis fruto da implementação desta estratégia, é provável. Mas se não o fizermos já, continuaremos no velho paradigma egoísta e anti reformista de um país adiado e cada vez mais atrasado. Não posso deixar de recordar que nos Jogos Olímpicos de 1984, ganhámos 3 medalhas e passados quase 40 anos o nosso contrato programa de Preparação Olímpica (PPO) 2022-25, entre outros objectivos, prevê, no mínimo, 4 medalhas.
Paris 2024 a um passo... e Brisbane 2032?
A estratégia desportiva de alto rendimento para os JO de Brrisbane em 2032 a realizar na Austrália foi lançada em dezembro de 2022. Co-projetada pelo sistema desportivo de alto rendimento da Austrália, a estratégia visa construir um sucesso contínuo e sustentável para o desporto australiano de alto rendimento, antes e após Brisbane 2032.
O CEO da Comissão desportiva Australiana, Kieren Perkins OAM, disse: "Todos concordamos que há muito trabalho a ser feito, mas ao aproveitar os nossos pontos fortes, talentos e recursos coletivos, podemos oferecer os melhores resultados para os nossos atletas, modalidades e toda a Austrália".
"Ver o interesse e o compromisso de todo o País em ver esta estratégia ganhar vida é encorajador e agradeço a todos pelo seu compromisso contínuo com esta estratégia e com o desporto australiano."
Para finalizar, uma palavra especial de apreço e amizade para todos nós, os atletas olímpicos, um desejo especial em nome da Associação dos Atletas Olímpicos de Portugal para que todos os atletas participantes nos próximos JO de Paris tenham o maior sucesso e consigam os seus objectivos, que ganhem, ganhem bem individualmente, em equipa e pelo País. Que cada passo em direção a um mundo melhor seja guiado pela ética e respeito. Que no desporto, a competição floresça com fair play e camaradagem. Juntos, construímos um futuro onde a esperança é a força que nos impulsiona para os atletas, pelos atletas para a sociedade.

P.S. Resta-me agradecer a todos os que tiveram o tempo e a paciência de ler os meus artigos da série "Por águas nunca dantes navegadas" em 2023, e acima de tudo áqueles que o fizeram com espirito critico. Para todos votos de um excelente Ano Novo e esperem por novidades em 2024.

Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,
Mas não esqueço de que minha vida É a maior empresa do mundo…
E que posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver
Apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e
Se tornar um autor da própria história…
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar
Um oásis no recôndito da sua alma…
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um "Não"!!!
É ter segurança para receber uma crítica,
Mesmo que injusta…
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo…"