sábado, 23 de dezembro de 2023

Campeãs Europeias

Benfica 1 (5) - (4) 1 Bitonto
Inês
(Inês, Maria, Dricas, Sara)

Após muito sofrimento, numa partida decida nos penalty's, depois de uma quantidade industrial de bolas nos postes e oportunidades falhadas incrivelmente, o Benfica sagrou-se finalmente, Campeão Europeu de Futsal Feminino!

E nem me venham falar da prova não ser 'oficial'! O facto da UEFA não ter organizado a prova, é completamente indiferente. A qualidade das adversárias é indiscutível, o mérito desportivo é inequívoco, as melhores jogadoras estiveram presentes, e o Benfica foi o mais forte...


Num jogo, onde a Janice esteve desastrada na concretização, mas mesmo assim, no coletivo, fomos muito mais fortes, com a 'redes' Italiana, a fazer a exibição da vida dela, com os postes a ajudar!!!


O título faltava a esta secção... com jogadoras, que na Seleção têm perdido repetidamente as Finais, uma atrás da outra, finalmente, a celebrarem um título continental!


Campeões Nacionais de Natação


35 anos depois, o Benfica sagrou-se Campeão Nacional de Natação em Masculinos e Femininos em simultâneo!!!
Em masculinos, foi 0 7.º título, o segundo consecutivo, em feminino foi o nosso 2.º título nacional...

Tudo isto com algumas recordes nacionais, com o Diogo Ribeiro e a Diana Durões em destaque.

As assistências na Luz são um fenómeno


"O Benfica jogou para a Taça da Liga numa quinta-feira à noite contra uma equipa da segunda divisão (mais uma aberração do futebol moderno, chamado AVS. O que é um AVS?) e teve naturalmente a pior assistência da época 23/24. Dito desta forma, poder-se-ia pensar em quinze ou vinte mil pessoas. Vou deixar uns dados da Taça da Liga, antes de prosseguir com a ideia:
Benfica-2 V. Guimarães-1 08/09: 13.600 espetadores
Benfica-2 P. Ferreira-0 16/17 17.200 espetadores
Benfica-0 V. Guimarães-0 19/20: 37.500 espetadores
Benfica-4 AVS SAD-1 23/24: 48.900 espetadores
Sporting-4 Farense-2 23/24: 22.800 espetadores
Porto-4 Vizela-0 22/23: 21.900 espetadores
No último clássico Sporting - FC Porto estiveram em Alvalade 44.300 espetadores. No tal jogo do Benfica para a Taça da Liga a um dia de semana, contra uma equipa da segunda divisão, estiveram mais adeptos. E essa foi a pior assistência do ano no Estádio da Luz! Dir-se-á: cá está a dimensão social gigantesca do Benfica! Mas é por isso que destaco as assistências que o mesmo Benfica tinha para a Taça da Liga há 10 anos. Em jogos de fase de grupos rondava os 15.000 espetadores (embora com um ascendente constante: em 2019 já tinha 37.000 pessoas). Ganhou assim o Benfica tantos adeptos em 10 anos? E por que o Sporting e Porto mantêm as lotações de 20.000 nestes jogos?
Há um fenómeno de estádio a acontecer no Benfica que merece ser estudado. Porque nunca aconteceu esta consistência de assistências no clube, nem isto é normal no futebol Português. Como se chegou a esta situação, em que faça chuva ou faça sol, seja o Sporting ou o AVS, seja sábado ou quinta-feira, o Benfica tem sempre o estádio bem composto e quase sempre a rondar a lotação máxima? Numa Liga onde vemos os estádios quase sempre vazios e onde os dois maiores rivais Sporting e FC Porto também têm um aumento de assistências nos últimos anos (excluindo os anos do Covid, como é óbvio), mas nada que se assemelhe ao Benfica? (o líder e entusiasmado Sporting teve apenas 33.000 espetadores no último jogo para o campeonato, antes do clássico)
Penso haver várias razões, que passo a explanar:
- A mais óbvia e não vou dizer nada que qualquer pessoa em Portugal já não saiba: o Benfica é o clube mais popular do país. Fala-se no mito dos 6 milhões, que é obviamente inflacionado (da ideia de que 60% dos portugueses apoia o clube e se somos 10 milhões no país, surgiu os 6 milhões), é preciso descontar bebés e pessoas que não ligam a futebol e mesmo a teoria dos 60% será exagero. Estudos mais aprofundados apontam para 4.5 milhões de Benfiquistas em Portugal, um número ainda assim bem acima de Porto e Sporting. E portanto, tudo o que os outros clubes conseguem, o Benfica consegue num nível superior. Por isso tem um estádio maior, por isso tem naturalmente maiores assistências.
- O bom trabalho feito pelas direções de Vieira e Rui Costa: Primeiro no aumento do número de sócios (muito se gozava com o Kit Sócio, mas agora o clube tem mais de 300.000 sócios) e depois na venda dos RedPass. São 50.000 vendidos anualmente (e 65.000 seriam se o clube quisesse) e já com uma fila de espera de vários milhares. Em boa hora se alastrou o Red Pass também aos jogos das Taças (e isso contribuiu para que os jogos da Taça da Liga e de Portugal não tenham uma queda abrupta na assistência) e é notório o esforço que o clube faz para que não fique nenhum lugar vazio. Se o detentor do Red Pass não pode ir a um jogo, o clube incentiva ao máximo a partilha do lugar ou a revenda no mercado secundário. Chega a enviar SMS no dia do jogo a avisar dessa situação e a pedir ao detentor que não deixe o lugar vazio. Mas talvez um dia deva avançar até para uma solução ainda mais extrema: detentor do Red Pass que não ocupa o seu lugar em mais de 70 ou 75% dos jogos (seja de que maneira for: indo, partilhando ou revendendo), deve perder esse direito para a longa lista de espera de sócios que desejam esse privilégio.
- Toda a envolvência à volta do jogo: ir à Luz em dia de jogo é ver dezenas de roulotes e balcões de comida, bebida e animação espalhados pelo recinto do Estádio. O que faz com que muitos já não vão só pelo jogo, vão pelo convívio. Se nos anos 90 eu ia à Luz e só via homens de 40 a 70 anos, agora vão mulheres, crianças e adolescentes. É um público cada vez mais jovem que vê na ida ao Benfica o mesmo que um jantar de amigos ou a uma ida a um bar ou discoteca. É um evento social. E os jogos do Benfica tornaram-se no maior evento social em Lisboa. Nesse dia, nessa hora, é onde todos querem estar. E cada vez é mais fácil chegar lá. Os bilhetes compram-se online e entre carro, metro, autocarros e ubers há muita facilidade de acesso ao estádio. Embora deva também deixar aqui um destaque (e elogio) aos muitos milhares de benfiquistas do restante país que fazem centenas de quilómetros e onde essa "facilidade" é mais esbatida. Mas estão lá. Muitos, sempre.
- Vivemos num mundo das redes sociais. E quantos likes gera uma foto do Estádio da Luz cheio e uma descrição a dizer "Presente no Estádio da Luz #vivaobenfica" ou algo do género? É como nos festivais, muitos não vão pela música ou pelas bandas, vão pelo convívio e pela vontade de dizer "Eu estive lá". E o clube também trabalha bem estes tempos modernos, com o voo da águia ou o jogo de luzes antes do encontro. Tudo feito para as fotos e vídeos dos telemóveis tiraram imagens espetaculares e cheias de cor, que vão gerar imensas interações (e puxar pela inveja da pessoa que vê e pensa "também quero estar ali").
Em contraponto a este fenómeno social a acontecer à volta das idas ao Estádio da Luz, é preciso reconhecer que quantidade não tem sido qualidade. O ambiente de apoio à equipa no Estádio é muitas vezes vocalmente fraco. Falham as claques e falha esta "Geração Instagram" que ocupa mais as mãos com o telemóvel do que em bater palmas à equipa. Nesse aspeto há muito a melhorar nos próximos anos. Mas isso daria outra crónica...
Duas notas finais: muitos dirão que este pico no Benfica e vazio nos outros clubes acontece devido às extremas assimetrias do futebol português, em que 90% da população apoia 3 clubes, deixando os outros ao abandono de uns quantos resistentes. É verdade. É muita verdade. O Tugão seria mais equilibrado se não estivessem 60 mil na Luz e 2 mil nos outros estádios. Mas disso o Benfica não tem culpa. Nem os benfiquistas. O clube faz a sua parte pela promoção do desporto e tem obrigação que no tema da centralização dos direitos desportivos faça valer a sua força social, mesmo sabendo que se se vai puxar o cobertor para baixo, ele vai destapar em cima. E a nota final é que continuando o clube neste ascendente (e falta o teste do algodão: se numa temporada má as assistências mantêm-se lá em cima) chegará um momento em que terá que começar a pensar na possibilidade de aumentar a lotação do seu estádio. Seja avançando para o "safe standing" no piso zero da bancada Sagres ou mesmo com obras no recinto. Mas isto é um debate para o médio/longo prazo e que também daria para outra crónica...
Que o Benfica siga em força, como tem estado nos últimos jogos e sempre com a sua onda vermelha atrás.
"Chove? Faz frio? Está calor? Que importa.
Nem que o jogo seja no fim do mundo, entre as neves da serra ou no meio das chamas do inferno,
Por terra, por mar, ou pelo ar, aí vão eles, os adeptos do Benfica, atrás da equipa.
Grande, incomparável, extraordinária massa associativa!"
Béla Gutmmann"

Na final four


"O Benfica está apurado para a final four da Taça da Liga, deu um passo importante na Liga dos Campeões no feminino e tem duas das suas equipas a lutar por objetivos importantes hoje. Estes são os destaques da BNews.

1. Vitória e boa exibição
Roger Schmidt enaltece o desempenho dos jogadores no triunfo, por 4-1, ante o AVS, e o apuramento para a final four da Taça da Liga, na sequência de dois bons resultados noutras provas: "Podíamos qualificar-nos para a semifinal e fizemo-lo de uma boa maneira. Criámos muitas chances, marcámos quatro golos. Foi um trabalho árduo, merecemos vencer e jogar a semifinal. Nos últimos nove dias tivemos três jogos muito importantes em três competições diferentes. Ganhámos os três, é muito bom para nós."

2. Noite feliz
Tiago Gouveia, autor de um dos golos do Benfica e um dos sete jogadores formados no Clube em ação ontem à noite, destaca o cumprimento do objetivo coletivo e a materialização de um sonho pessoal: "Queríamos ganhar, ganhar bem e jogar bem. Conseguimos, e estamos muito felizes por isso. Já sonho com este momento há 22 anos. Todos os dias vou mostrar serviço e que estou aqui, e quando o míster decidir que eu deva jogar, cá estarei para dar resposta."

3. Resultado positivo
O empate obtido pelo Benfica, em Frankfurt, na Liga dos Campeões de futebol no feminino reforça as expectativas de um apuramento inédito para os quartos de final da prova. Ao fim de quatro jornadas, o Benfica soma 7 pontos, o que já constituiu um recorde.
Filipa Patão elogia a equipa: "É inteiramente merecido pela forma como esta equipa tem capacidade de lutar e nunca desistir. Com bola, tivemos os nossos momentos, e é aí que somos diferentes. Não há vencedores sem capacidade de sofrimento e nós soubemos tê-la."

4. Na frente
Realizada a primeira sessão do segundo dia do Nacional de Clubes de natação, o Benfica lidera a classificação nos masculinos (27 pontos à maior) e nos femininos (três pontos de avanço). Esta manhã, Diogo Ribeiro estabeleceu novo recorde nacional absoluto dos 100 metros mariposa, com 51,00 segundos.

5. Na final
A equipa feminina do Benfica está na final do Futsal Women's European Champions, o torneio considerado a Liga dos Campeões oficiosa. No último jogo da fase de grupos, venceu o FC Marlène, dos Países Baixos, por 2-12. O jogo derradeiro é hoje, às 19h00, frente ao Bitonto C5 Femminile, campeão de Itália.

6. Benfica solidário
Com a participação de elementos das equipas femininas de hóquei em patins e voleibol, o Benfica encetou mais uma ação de solidariedade.

7. Casas Benfica
Veja alguns dos momentos altos da atividade das Casas Benfica ao longo da última semana.

A BNews deseja boas festas a todos os Benfiquistas e regressa a 29 de dezembro, dia de jogo na Luz, com o Famalicão."

Líder!!!


"Será que os Diogos Luís, os Farinhas da vida têm alguma coisa a dizer sobre esta forma de gerir ativos? Será pulso firme? Será liderança pró ativa?
Ou será que só quando é o Schmidt a falar é que já são entendidos em entendimentos!?
✅ 20 Milhões que já mais os B...😏

#obenficaestáemcrise"

As 5 alternativas ao lugar de ponta de lança no SL Benfica


"Com um rendimento atípico, no que diz respeito aos golos marcados pelos seus pontas de lança, o SL Benfica não tem tido vida fácil depois da saída de Gonçalo Ramos para o Paris Saint-Germain FC. Muito se falou de Santiago Giménez, depois de Lucas Beltran, mas foi Arthur Cabral quem aterrou em Lisboa para reforçar os encarnados, num negócio que contabilizou um incrível encaixe financeiro de 20 milhões de euros para a ACF Fiorentina.
Ora, desde que o jovem português abandonou o plantel, que o treinador alemão tem mostrado sérias dificuldades na definição da sua opção principal para o lugar. Se numa primeira instância, Casper Tengstedt era terceira opção, rapidamente passou para primeira, ultrapassando tanto Arthur Cabral como Petar Musa, que também não vive um momento propriamente feliz na Luz, e até pode abandonar a equipa encarnada. Certo é que o Benfica necessita de golos, necessita de um avançado que imponha rapidamente o seu jogo, que ajude a equipa não só na fase de concretização mas também na fase de criação, e que faça toda esta ligação coletiva no seio da equipa.
No entanto, e importa ressalvar, não me parece que o Benfica vá realizar outro negócio astronómico em janeiro, a menos que coloque Arthur Cabral noutro clube e por uma quantia aproximada aquela que foi paga há praticamente seis meses, e que o brasileiro ainda não justificou.

5. Raúl de TomásQuem me conhece sabe bem a admiração que tenho por este jogador, que até já expressei inclusive em artigos anteriores. Nunca compreendi bem a maneira de como se “manda embora” um jogador desta craveira que, à frente da baliza, define como poucos. Foi contratado para, na altura, fazer esquecer João Félix, no entanto, o seu papel em campo é muito diferente do papel do jovem formado na Luz. Raúl é um ponta de lança móvel, e não um segundo avançado. E esta diferença é importante, e foi crucial para a curta vida do espanhol na sua passagem por Lisboa, no entanto, e volvidos alguns anos, acredito que seria a altura ideal para concretizar o regresso a uma casa que bem conhece, ainda para mais pelo momento delicado que vive em Espanha e pela desvalorização que o seu passe tem sofrido, poderia ser uma opção acessível para Rui Costa e a sua equipa atacarem o mercado.

4. Rafiu Durosinmi Chegou praticamente como um desconhecido à equipa do FC Viktoria Plzeň, mas cedo se afirmou como o titular indiscutível na posição mais adiantada do terreno. No alto dos seus 1,92m de altura, Rafiu faz a diferença pela sua capacidade física e, sobretudo, pelo seu faro pelo golo. Nesta época soma 19 jogos disputados, onde já leva nove golos e seis assistências, predicados estes que justificam claramente uma aposta segura na sua veia goleadora.

3. Fotis Ioannidis Tem apenas 23 anos e joga no histórico Panathinaikos FC, clube onde está a realizar uma época de sonho. O jovem internacional grego leva, no total das competições desta época, uns impressionantes 26 jogos na pernas, com 14 golos e seis assistências, o que fazem dele um alvo extremamente apetecível. Acredito que, com a capacidade negocial que tem vindo a demonstrar, não seria muito difícil para o SL Benfica trazer Ioannidis para Lisboa, resta saber se o grego cabe ou não nas ideias de Schmidt.

2. Gift OrbanÉ na Bélgica que mora um dos pontas de lança mais promissores da atualidade. Chama-se Gift Orban e tem apenas 21 anos, sim leu bem, 21 anos de idade. Uma idade muito tenra, ainda por cima quando falamos de um finalizador. Letal em frente à baliza, muito móvel e com uma capacidade de ler o jogo bastante evoluída, Orban é um verdadeiro diamante por lapidar, e seria certamente uma adição de luxo ao plantel encarnado. Com um valor de mercado cifrado nos 15 milhões de euros, a época não tem sido propriamente prolífica para Orban, que contabiliza apenas 12 golos em 27 jogos, o que pode influenciar o seu preço final e beneficiar a estratégia encarnada neste negócio.

1. Artem Dovbyk Por fim, tenho de fechar este artigo com chave de ouro e com a joia da coroa. É da Ucrânia que nos chega o nome de Artem Dovbyk, avançado de 26 anos que está a surpreender o mundo no também surpreendente líder da La Liga, o Girona FC. Com 19 jogos disputados até agora, ponta de lança da equipa espanhola soma já 11 golos e seis assistências, números mais do que interessantes para um avançado que, semana após semana, enfrenta algumas das melhores equipas do mundo, que têm claro, alguns dos melhores centrais do mundo. Esta escolha, apesar de ser a minha predileta, é logicamente a mais complicada, até porque Dovbyk chegou há pouco tempo, e não deverá mudar de ares tão cedo."

Bernardo Santos, in Bola na Rede

Tiago Gouveia enche-me as medidas


"TEM FUTEBOL, ATITUDE, COMPROMISSO, DISCURSO e PAIXÃO BENFIQUISTA
Quando aqui elogiei, logo ao início, o António Silva e o João Neves, alguns de vós comentaram que era cedo para estar a colocá-los naquele patamar. Ora, com Tiago Gouveia vou arriscar fazer o mesmo. Porque ele:
Tem FUTEBOL, que comprova nas ações técnicas que é capaz de executar em tão pouco tempo de utilização. Tem ATITUDE, que demonstra na forma como, sendo um novato em início de carreira, assume o risco.
Tem COMPROMISSO, que exibiu, por exemplo, quando assumiu a "defesa" de Schmidt da contestação dos adeptos, precisamente ele que não é primeira nem segunda escolha do técnico. Tem DISCURSO, falando sempre com o acerto e a oportunidade próprias de um veterano.
E tem PAIXÃO BENFIQUISTA, que não perde oportunidade de demonstrar cada vez que é chamado a manifestar-se.
Por esta altura da época passada, João Neves também só aparecia episodicamente na equipa e jogava poucos minutos. Vamos esperar que Roger Schmidt, que já demonstrou que não receia apostar em jovens jogadores, faça a gestão da progressiva utilização de Tiago Gouveia. E já temos o Tomás Araújo também à espreita!"

Noite de 7 miúdos da formação com brilho intenso na Catedral


"Benfica 4 - 1 Aves

Boa entrada do Benfica no jogo, várias jogadas de perigo, oportunidades... e o Aves a marcar.
Vá que não demorou muito até o João Neves arrancar do nada uma jogada brilhante que acabou no Di María a marcar com aquela classe que só ele. 
Kökcü a sobressair nas tarefas ofensivas e Morato a mostrar que é nessas que deixa o Benfica ofensivamente coxo. Já do outro lado Aursnes faz mais uma assistência: golo de João Mário.
Até que enfim vamos ver Tiago Gouveia mais de meia hora em campo. Boa sorte, miúdo!
E já marcou. E que golo!!! Lindooooo!
Bela joga do Benfica! 4 golos é pouco para tamanha produção. Tomás Araújo, António Silva, Morato, João Neves, Florentino, Gonçalo Guedes, Tiago Gouveia: sete, nada mais nada menos que sete jogadores formados no Seixal a brilhar intensamente perante a enormidade de 48.959 espetadores em jogo de Taça da Liga. Cheira-me que o bom Benfica de Schmidt está de volta."

O casino da Luz, a “póquer” face de Schmidt e o mágico “Di Magia” | SL Benfica 4-1 AVS


"Com Otamendi de fora da partida por opção técnica, o SL Benfica entrou em campo com um onze normal dentro daquelas que têm sido as opções de Schmidt.
Sem o seu capitão, e principal referência em campo, a tarefa de jogar ao lado de António Silva coube a Tomás Araújo, jovem central formado nas águias e que inclusive já havia feito dupla com o também central formado no Seixal. Com Aursnes a fechar à direita e Morato à esquerda, as despesas do meio-campo ficaram a cargo de Kokcu e João Neves, que foi claramente o melhor em campo na minha ótica, sempre com um pulmão inesgotável! E os encarnados até entraram bem, com um remate muito perigoso do médio turco, que assustou o AVS, mas que não melindrou em nada a estratégia desenhada pelo “Bicho” Jorge Costa para este jogo. Estratégia esta que, ao minuto 21 de jogo, deu realmente resultado, numa desmarcação perfeita de John Mercado, que finalizou a jogada com igual classe e à lei da “bomba”!
No entanto, a qualidade individual faz muita diferença dentro das quatro linhas e, quando tens um campeão europeu e um pequeno “pitbull” que toma conta do teu meio-campo praticamente sozinho, a tarefa é realmente mais simples. Numa jogada de insistência, João Neves batalhou e batalhou pela posse de bola, e depois de recuperar o esférico, ainda foi a tempo de baralhar os defesas do AVS e assistir o astro argentino para o golo do empate. Mas a primeira parte não ia ficar por aqui, e apenas 13 minutos depois, foi João Mário que fez o gosto ao pé e deu a reviravolta aos “vermelhos da segunda circular”, que desceram às cabines com um golo de vantagem.
No arranque da segunda parte, foi possível perceber que o AVS acusou realmente o segundo golo sofrido, e que tinha perdido completamente o norte em toda a estratégia montada à volta deste jogo. Com uma ou outra jogada de perigo, a equipa conseguiu sempre segurar e trocar muito bem a bola e, em certos momentos do jogo, foi até superior à equipa de Roger Schmidt, no entanto, o treinador alemão conseguiu perceber quais eram realmente as falhas da equipa nortenha, e apostou muito no contra golpe, algo em que o Benfica é exímio.
E esta abordagem resultou muito bem, mais uma vez, com Kokcu a mostrar toda a sua classe num passe à largura de toda o campo, mas com uma classe tremenda, que em nada ficou atrás na finalização de Tiago Gouveia, que saltou do banco para escrever o seu nome no livro de ouro deste jogo, que ainda registou mais um momento de festejo para o Benfica, com um autogolo do defensor do AVS, depois de um cruzamento da direita de Arthur Cabral.
Gostaríamos de elogiar o grande jogo de Di Maria, provou não só hoje mas também no último jogo de “Champions” que ainda é um jogador de classe mundial, daqueles que por si só enche um estádio, mas também queria dar algumas notas em relação, por exemplo, a Morato, que tem vindo a realizar grandes jogos numa posição que não é a sua, mas que tem combinado bem com o seu perfil, sempre certinho a defender e a atacar apenas pela certa. Para além destes dois jogadores, também Arthur Cabral está a evoluir no seu jogo, notando-se mais algum entrosamento com os seus colegas, o próprio Tiago Gouveia entrou muito bem no jogo, como, aliás é seu apanágio, e em relação a João Neves, já começam a faltar palavras.
Passados 90 minutos, o Benfica garante o apuramento para a Final Four desta Taça da Liga, onde vai medir forças com o GD Estoril Praia, numa competição que já venceu por sete ocasiões."

Primeiro o susto, depois o banquete de Natal: o Benfica está na final four da Taça da Liga


"Na Luz, o AVS marcou primeiro, ficou a um golo da surpresa, mas o Benfica virou o resultado para 4-1, garantindo um lugar entre as quatro equipas que vão discutir o troféu

Apenas uma vitória por dois golos ou mais do AVS em casa do Benfica provocaria a segunda grande surpresa desta edição da Taça da Liga, depois do FC Porto cair com o Estoril e ficar matematicamente afastado da final four. O grande golo de John Mercado aos 21’, uma maravilha de remate, ainda fora da área, depois de um passe tão ou mais açucarado de Vasco Lopes numa transição que começou numa perda de bola de João Neves a meio-campo, ainda deixou a dúvida no ar, mas depois do susto veio o banquete de Natal antecipado: o Benfica respondeu com quatro golos, com muita gente da formação a jogar, e está entre os quatro clubes que vão discutir o troféu em finais de janeiro.
Antes do remate de John Mercado, que fez muitos dos quase 50 mil que se sentaram nas bancadas engolirem em seco, o Benfica tinha começado tímido mas alguns momentos de perigo, com Kokçu a rematar ao ferro aos 13’, num tiro cheio de força e intenção, e depois ligeiramente ao lado, desta vez rasteiro, aos 20’. O golo do AVS, equipa que há um ano era o Vilafranquense e agora joga na Vila das Aves, não daria energia extra aos encarnados, que ainda assim empataram aos 31’, com João Neves a redimir-se do erro no golo adversário com uma gincana pela esquerda em que deixou três adversários para trás, antes de passar para Rafa que, rodopiando, encontrou Di Maria solto na direita. O argentino teve classe na finalização.
Para deixar logo de lado a ideia de surpresa, João Mário marcou aos 44’, após cruzamento de Aursnes na direita, e na 2.ª parte, após um recomeço mais afoito do AVS, resolveu a questão da vitória com um golo de um rapaz da casa, acabado de entrar. Aos 65’, Kokçu lançou Tiago Gouveia, que ofereceu uma chapelada perfeita a Pedro Trigueira, guarda-redes do AVS. Três minutos depois, um lance de Guedes pela direita acabou com cruzamento para a área e a bola novamente na baliza do AVS. Parecia golo de Arthur Cabral, mas era auto-golo de Anthony Correia.
Daí para frente houve falhanços de parte a parte: aos 77’, Gonçalo Guedes ficou isolado em frente a Trigueira, mas de forma incrível não conseguiu contornar o guarda-redes, e aos 80’ foi Jonathan Lucca, do outro lado, a rematar contra António Silva com todas as condições para marcar. No canto, um grande tiro de Vasco Lopes teve correspondência em atenção de Trubin."

Comunicado


"O Sport Lisboa e Benfica lamenta profundamente o esfaqueamento de um adepto no decurso de uma altercação ocorrida ao intervalo do jogo Benfica-AVS.
Este adepto foi imediatamente assistido, tendo sido transportado para o Hospital de Santa Maria, encontrando-se estável.
Todas as informações disponíveis foram reportadas às autoridades, que estão no encalço do agressor."

Um sueco em Alvalade da escola do Gre-No-li


"Viktor Gyokeres, 25 anos, sueco de Estocolmo, transferido para o Brighton, de Inglaterra, em 2018, estrela do Coventry da Premiership, e ponta-de-lança do Sporting a partir de junho de 2023, a troco de 20 milhões de euros, tem sido o principal destaque da I Liga portuguesa na época em curso. O jogo impressionante que realizou contra o FC Porto, onde destruiu a defesa azul-e-branca, colocando, especialmente a Pepe, problemas como poucas vezes o campeão europeu por Portugal enfrentou ao longo da carreira, transportou-o para o patamar seguinte, onde são expostos os ‘cromos’ mais valiosos da coleção, aqueles que têm potencial para serem pagos a peso de ouro, como sucedeu recentemente com Darwin Núñez ou Enzo Fernández.
Viktor Gyokeres, ao contrário de dois avançados que são muitas vezes apontados como expoente máximo do futebol sueco do século XXI, Henrik Larsson e Zlatan Ibrahimovic, que pelas características repentistas e inventivas, tinham inúmeros traços de uma latinidade que muitas vezes contrastou com a esperada frieza nórdica, é um futebolista dentro das características da marca registada do seu país, patenteada com a vitória nos Jogos Olímpicos de Londres, em 1948. E quem eram as estrelas dessa companhia que conquistou o ouro olímpico? Três avançados, Gunnar Gren, Gunnar Nordhal e Niels Liedholm, que a seguir se transferiram para o AC Milan, dando corpo ao tridente histórico que ficou conhecido por Gre-No-Li. Foram anos de impacto para o futebol sueco, onde estes jogadores ajudaram os rossoneri a vencer o Scudetto e a Taça Latina, tendo Gunnar Nordhal sido cinco vezes melhor marcador da Serie A italiana. Essa década de ouro terminou com o Campeonato do Mundo disputado na Suécia, em 1958, onde os anfitriões foram segundos atrás do Brasil do ‘guri’ Edson Arantes do Nascimento, ‘Pelé’, contando ainda nessa competição com a colaboração de Ginnar Gren e Niels Liedholm, ambos já em fim de carreira.
A história dos futebolistas suecos em Portugal está sobretudo ligado ao Benfica, através da influência de uma dupla, Sven-Goran Eriksson, treinador, e Bjorn Lantz, empresário. Começaram por trazer, a meio da época de 1982/83, Glenn Stromberg, que em 1984 rumou à Atalanta, de Itália. Na temporada seguinte, Eriksson queria reforçar o ataque com um ponta-de-lança com mais poder de choque que Zoran Filipovic, e fez tudo para ter um antigo pupilo e compatriota seu no Gotemburgo, companheiro de equipa de Stromberg na vitória na Taça UEFA de 1981/82, Torbjorn Nilsson, então a jogar nos alemães do Kaiserslautern. Fernando Martins, presidente do Benfica, achou demasiado o que os germânicos pediam e impôs e vinda do canarinho Cláudio Adão, excelente futebolista, mas sem as características pretendidas por Eriksson. Adão ainda fez uma digressão de início de época, aos Estados Unidos e Canadá, com o Benfica, mas perante a intransigência de Eriksson acabou por regressar ao Brasil. Foi então que o Benfica contratou Michael Manniche, dinamarquês alto e louro (que chegou como ponta-de-lança, embora originariamente fosse extremos-direito), que fez história no clube. Seguiram-se Jonas Thern, Stefan Schwarz, médio defensivo e defesa esquerdo, e ainda Matts Magnusson, goleador da escola clássica sueca, com cheiro pela baliza, poder físico, e uma razoável capacidade técnica. Parece não haver dúvidas de que é do estilo de jogador de Magnusson que Gyokeres mais se aproxima, embora a adaptação ao clube e ao nosso futebol do avançado do Sporting esteja a ser muito mais rápida do que aquela verificada com o ‘bombardeiro’ do Benfica."

Nem com dez casamentos houve quem gostasse de Charles Kid McCoy


"Pode ter batido os grandes campeões de boxe da sua época, mas acabou por suicidar-se num quarto manhoso

Charles Kid McCoy era um fulano que só se chamava assim para atrair gente para os seus combates de boxe. Gostou da alcunha e agarrou-se a ela como uma lapa, quase se esquecendo por completo que, na verdade, o seu nome de batismo era Norman Selby. Vamos e venhamos: Norman Selby também não é nome de jeito para alguém que nasceu em Moscovo. A menos que essa Moscovo não seja a Moscovo que vocês todos estão a pensar mas uma tal de Moscow, Rush County, Indiana, United States of America. Pois… esta Moscow apareceu por causa da outra, inevitavelmente. Ao que parece, em 1827, um grupo de imigrantes russos estabeleceu-se no local para tomar conta de um posto de comunicações. Deixaram-se ficar enquanto foram bem recebidos. Depois o ambiente passou a ser um bocado mais agressivo e os moscovitas de Rush Country, se podemos chamar-lhes assim, voltaram para as estepes, ou lá para o diabo do lugar onde tinham vindo ao mundo, e Moscow manteve-se Moscow mas sem russos a partir de 1907. Pormenor curioso, no mínimo, na vida do tal NormanSelby, um moço que desatou a crescer desde a adolescência até ultrapassar o metro e oitenta e tal e decidir tornar-se não apenas ator de cinema em Hollywood como um príncipe dos ringues de boxe. Pensando bem, se Norman Selby não é nome que se prante a quem nasceu numa cidade chamada Moscow, então também não é nome de jeito para quem quis passar a vida a fazer fitas – no autêntico sentido do termo – e a rebentar com as fuças dos adversários que lhe surgiam pela frente. E, então, Norman Selby decidiu adotar a alcunha de Charles Kid McCoy. Uma alcunha um bocado palerma, mas que fazia parte de um tempo em que William Frederick Cody andava de um lado para o outro da América a fazer de conta que apanhava índios e enlaçava bovinos pelos pescoços em espetáculos entusiásticos no qual se fazia conhecer por Buffalo Bill.
Selby tinha uma particularidade muito especial na sua idiossincrasia: não era, de forma alguma, homem de uma mulher só! Tanto assim que se casou dez vezes, sem tirar nem pôr. Vamos dar o desconto de, desses dez casórios, três terem sido com a mesma mulher, o que revelava uma certa preferência pela figura em questão. As 17 anos ainda não era casado com ninguém mas já tinha um terrível punho direito que ameaçava ser um verdadeiro atestado de óbito. No geral era tido como um trafulha já que aplicava o soco no exato momento em que, com o antebraço esquerdo, estrafegava o inimigo empurrando-lhe a maçã de Adão tão para dentro da garganta a ponto de o deixar com os olhos mais esbugalhados do que uma garoupa. Quando os nós dos dedos rasgavam os sobrolhos do opositor e o punham a ver estrelas era quase como um alívio para o pobre infeliz…
Ninguém nunca gostou de Charles Kid McCoy, embora tenhamos de duvidar desta expressão se tivermos em conta as suas sete esposas por muito pouco amantíssimas que possam ter sido. Mas é tal e qual assim que os jornais da época se referiam ao mamífero: um tipo odiado por toda a gente. Até por Charlie Chaplin com quem bebeu um ou dois golos de whisky no tempo que passou em Hollywood e surgiu nas telas à custa de filmes de pouco sucesso. Foi por essa altura que se apaixonou pela primeira vez, por uma tal Teresa Mors, Mrs. Mors, já que casada com um indivíduo que carregava precisamente esse apelido: Mors. Tirando o facto de a referida senhora ser casada, a paixão entre ambos ia de vento em popa até Mrs. Mors ser encontrada já cadáver vitimada por cinco tiros de pistola no apartamento que o casalinho tinha acabado de arrendar. Selby tornou-se o principal suspeito do suicídio embora jurasse a pés juntos em tribunal que fora a amante a suicidar-se mesmo na sua frente por conta dos desagravos recentes na relação. Convictos de que não seria necessário propriamente desferir cinco balázios nela própria para cometer suicídio, os membros do júri mandaram às malvas o juramento de Norman e condenaram-no ao 24 anos de cárcere. O homem que havia batido sobre o ringue gente como Mysterious Billy Smith, Tommy West, Jack Bonner, Jim Daly, Dick Moore, George LaBlanche, Dan Creedon , Gus Ruhlin, Jack Twin Sullivan, Joe Choynski e Peter Maher acabou por ser beneficiado por uma precária ao fim de sete anos. Dir-se-ia que estava pronto para aproveitar o melhor do resto da sua vida. Mas tal como toda a gente dizia: ninguém gostava de Charles Kid McCoy, nem mesmo o verdadeiro Charles Kid McCoy. E, portanto, não houve quem estranhasse que tenha aparecido morto num quarto manhoso do Hotel Tuller, em Detroit. Na mesa de cabeceira um bilhete tocante: «To all my dear friends… best of luck… I’m sorry I could not endure this world’s madness». Não deixava de ser irónico vindo de quem vinha…"