quinta-feira, 14 de dezembro de 2023

Vitória Europeia!


Benfica 1 - 0 Frankfurt
Alidou(71')


Mais uma grande vitória, duma equipa que independentemente dos altos e baixos, boas e más decisões, está mais consistente. Hoje, mesmo sem ter feito uma grande exibição, ganhou... E ganhou, à 2.ª classificada da Liga Alemã (uma das equipas históricas do futebol feminino Europeu, com 4 Champions no curriculum)! A forma como 'resistimos' à pressão do Frankfurt, demonstra que estamos mais inteligentes na forma de jogar... menos ingênuas!
Ofensivamente, sem a Jéssica, e com a Kika a jogar muito recuada, perdemos capacidade de desequilíbrio próximo da área... O facto do golo ter surgido, após a saída da Nycole, com a 'subida' no terreno da Kika, não foi coincidência!
Grande regresso da Amado ao seu lugar... Christy imperial, tem que ser titular indiscutível... A Alidou tem que ser a ponta de lança desta equipa, principalmente nestes jogos, pois é de longe a melhor rematadora da equipa!

Estamos na luta pela qualificação. Tudo pode ser decidido pelo confronto direto com este Frankfurt, por isso a próxima jornada em Frankfurt vai ser uma autêntica final! Temos que ter cuidado nas 'bolas paradas' (a única forma que as alemãs criaram verdadeiro perigo hoje) e nas transições rápidas do Frankfurt!

Eliminação...

Benfica 63 - 87 Galatasaray
16-13, 18-18, 19-30, 10-26

Eliminados, em mais um jogo, onde faltaram pernas, com 8 pontos de vantagem, ainda no 3.º período, batemos literalmente numa parede e do outro lado, começou a 'cair' tudo!

Na Liga Europa


"O Benfica fez uma grande exibição e conseguiu o resultado necessário para a continuidade nas competições europeias. Este é o tema em destaque na BNews.

1. Raça, querer e ambição
Roger Schmidt destaca a capacidade da equipa na criação de oportunidades de golo e de atingir o objetivo a que se propôs antes da partida: "Precisámos de muita paciência e mentalidade, acreditámos até ao fim. Merecemos marcar e estar na Liga Europa."
Sobre o percurso europeu, o treinador do Benfica refere: "Estamos muito satisfeitos por continuar nas provas europeias. É muito importante para a equipa e para o Clube." E acrescenta: "A nossa ambição é sempre grande."

2. Declarações dos jogadores
Di María realça a justiça do triunfo e a continuidade nas competições europeias: "Merecíamos a vitória, estávamos a fazer uma grande partida. Merecemos a vitória por nós, pelas nossas famílias e pelos adeptos. Todos os títulos são importantes e tentaremos atingir todos os objetivos." 
Tomás Araújo, estreante no onze inicial, destaca o coletivo e perspetiva o futuro na Europa: "Temos muita qualidade para jogar e podíamos ganhar aqui. Agora, a Liga Europa é passo a passo."
Para Trubin, a qualificação para a Liga Europa é justa, e o guarda-redes já só pensa no Braga: "Jogámos muito bem, merecemos vencer o jogo. Acreditámos até ao fim. Lutamos pelo Clube e pelos adeptos. Agora, foco no nosso Campeonato e continuar a trabalhar."
O autor do golo que deu a passagem, Arthur Cabral, reforça a ideia da força do coletivo e exulta com o golo apontado: "Estávamos muito focados em entrar e conseguir o nosso objetivo. Fomos felizes e conseguimos. Dedico este golo aos adeptos, apoiaram-me muito desde que cheguei. Sou muito feliz por vestir esta camisola. Aproveito o momento para pedir desculpas outra vez. Foi uma coisa muito atípica e arrependo-me muito. Aproveito para agradecer todo o apoio que sempre tive aqui, de todos os jogadores nos momentos mais difíceis, da equipa técnica, da Direção... Vamos trabalhar muito para dar alegrias aos adeptos."

3. Noite de Champions na Luz
As Inspiradoras defrontam, no Estádio da Luz, o Eintracht Frankfurt. A partida tem início marcado para as 20h00.
Filipa Patão aborda a relevância de jogar na Luz e apela à presença dos Benfiquistas:
"Sabemos perfeitamente a grandeza deste Estádio. Estaremos eternamente gratas por todos os jogos que nos proporcionarem aqui. Passamos uma mensagem para fora de que realmente está a haver uma grande aposta do Benfica. A quem comparecer, o meu obrigada. Serão muito bem-vindos e vão assistir a um grande jogo de futebol. Ambas as equipas precisam de ganhar e vai ser uma luta muito interessante."

4. Basquetebol de alto nível na Luz
O Benfica recebe o Galatasaray, na Luz, em jogo a contar para a fase de grupos da Basketball Champions League (19h30).
Norberto Alves considera: "É decisivo porque se vencermos aqui podemos dar um passo e ir ao play-in. Vai ser um jogo muito importante." O treinador do Benfica refere ainda: "Se jogarmos nos nossos limites, podemos competir." E traça o plano para esta noite: "Queremos levar o jogo até aos momentos finais em aberto, e nesses momentos ganhar."

5. 15 anos da BTV
Veja ou reveja a reportagem sobre os 15 anos da BTV."

Águia morde a língua!


"Se a que fica é a última imagem, pode o Benfica ficar com a consciência menos pesada!...

Uma vitória, por fim, ao sexto jogo desta Champions leva o Benfica a acompanhar o SC Braga na viagem para a Liga Europa. Se a que fica é a última imagem, então pode a águia, apesar de tudo, respirar um pouco mais de alívio por ter conseguido na Áustria não apenas o primeiro triunfo como também a melhor exibição nesta edição da maior prova europeia de clubes.
Não pode, porém, a equipa de Roger Schmidt deixar de morder de novo a língua, porque voltou a revelar exatamente o mesmo tipo de ineficácia que a deixou presa ao empate com o Farense na última jornada da Liga. Tivesse, por exemplo, o perdulário Rafa, na noite de ontem, conseguido concretizar só mais uma das flagrantes quatro desperdiçadas ocasiões de golo e provavelmente a águia nem sequer teria tido a necessidade de sofrer para seguir numa das carruagens europeias ainda disponíveis.
Depois da agitação nas águas da Luz com o impensável (e inaceitável) ataque a Roger Schmidt com objetos mais ou menos identificados lançados no jogo de sexta-feira por (poucos) sócios encarnados — que se espera sejam identificados e devidamente punidos pelos responsáveis do clube — e após o inqualificável e surpreendente conflito com Arthur Cabral, pouca coisa saberia melhor ao treinador alemão do que aquilo que veio a suceder, ontem, no regresso de Schmidt a uma cidade que bem conhece e onde já trabalhou.
Molhado, desta vez, apenas pela água da chuva, acabou Schmidt abençoado por aquela última substituição. Deu ao jogo o pecador Cabral e o avançado brasileiro pagou com a redenção de um último golo (e que golo!!!), decisivo para dar definitivamente à águia o voo para a segunda competição de clubes da UEFA.
Pode, na verdade, com a noite de ontem, ter Roger Schmidt ganho um novo ânimo, indispensável num momento de tanta desconfiança no interior da equipa e no coração dos adeptos. Precisará o treinador alemão, bem como alguns dos craques da Luz, porventura de um reset ao estado de alma. Não têm treinador e jogadores nada a ganhar em se afastar dos adeptos quando se sabe (e no Benfica isso é profundamente visível) que os adeptos são, de um modo geral, a maior força motriz de qualquer grande clube.
Acompanha já o Benfica para a Liga Europa (onde os espera um qualificado Sporting) um empenhado e elogiado SC Braga. É, apesar de tudo, e até ver o que fará hoje o FC Porto (a um pequeno passo de mais uma vez chegar, com indiscutível mérito e valentia, aos oitavos de final da Champions), a boa notícia portuguesa numa semana europeia que marca a queda do monstro Manchester United.
Deveria, assim, a semana europeia de futebol celebrar apenas o jogo, os golos e os artistas, não fosse o inqualificável, lamentável e indigno ataque ao futebol protagonizado pelo terrorista presidente (e outros responsáveis) de um clube turco, autores de bárbara agressão ao árbitro no final de um jogo da liga do país.
Se lamentavelmente sucedeu, que sirva, no mínimo, para metermos a mão na consciência e refletirmos sobre os péssimos exemplos dados, no futebol português, onde já muitos responsáveis foram autores de cenas que apenas abrem caminho à validação do pior que pode ter o comportamento humano.
Violência não é apenas o ato físico de agredir, e mesmo assim Portugal (a um nível menos mediático) já testemunhou impensáveis episódios com agressões físicas. O que se pede é que as autoridades desportivas nacionais saibam, de uma vez por todas, impor com exemplar rigor e dureza a exigência de um comportamento eticamente responsável. O futebol, como todas as outras modalidades desportivas, apenas sobreviverá se o crime for clara e justamente castigado. Sem castigo exemplar, o crime apenas conduzirá a mais crime. Não será?!"

A maldição do lateral-esquerdo no Benfica


"Alimentar a orfandade de Grimaldo diz mais sobre a ‘psique’ do Benfica do que sobre o valor do espanhol; é um clube sempre dado a excessos, para o bem ou para o mal

O Benfica vai contratar, no mercado de janeiro, um lateral-direito, (Pedro Malheiro, do Boavista, é o candidato mais forte), mas não causaria surpresa se o clube também procurasse uma solução para o lado contrário daquele setor, pois que os dois laterais-esquerdos contratados no último defeso são duas apostas, para já, falhadas: Jurásek nada de impactante tem mostrado cada vez que entra num relvado e Bernat tem passado a maior parte do tempo lesionado. Um foi uma contratação cara (€14 milhões) e o segundo redundou num empréstimo de custo elevado (quatro milhões de euros num ano) sem qualquer retorno desportivo.
Em ambas as situações a estrutura benfiquista parece ter falhado num fator decisivo: a recolha de informação. No caso de Jurásek, o perfil do futebolista não parece enquadrar-se no tipo de futebol de Schmidt, nomeadamente a grande participação dos laterais no início da construção, uma vez que o checo parece ser jogador de passada e só é ofensivamente relevante (o juízo de valor é feito pelo que ele exibiu no Slavia Praga) apenas nos últimos 30 metros; no segundo, o historial clínico já suscitava algumas reservas, mas a realidade tem mostrado que a sua condição é bem pior.
Nos últimos 30 anos contam-se pelos dedos de uma mão os laterais-esquerdos que deram certo na Luz (Fyssas, Léo, Fábio Coentrão, Siqueira e Grimaldo) e este também é o único lugar de para o qual o Campus do Seixal nunca deu um nome sonante (Nuno Tavares foi o que mais se aproximou do objetivo, mas nunca chegou ao topo onde só chegam muito poucos). Para lateral-direito houve João Cancelo ou Nélson Semedo, Rúben Dias ou António Silva como centrais, João Neves ou Renato Sanches como médios, Bernardo Silva ou Gonçalo Guedes como extremos e João Félix e Gonçalo Ramos como avançados. Até para a baliza, considerando que a contratação de Ederson se deu em idade juvenil, os encarnados formaram um guarda-redes de elite.
Pelo que se percebe nesta época, ainda não será da atual fornada (equipa B ou sub-23) que saíra um lateral-esquerdo para o plantel. Rafael Rodrigues chegou a fazer a pré-época com a equipa principal, mas não convenceu Roger Schmidt e nem tem subido aos A, pelo menos no que a convocatórias diz respeito.
No discurso instalado o sentimento de orfandade também parece ser mais vincado a respeito da saída do lateral-esquerdo do que, por exemplo, do avançado. Talvez por Grimaldo estar em melhor plano no Leverkusen do que Gonçalo Ramos no PSG, o adeus do espanhol tem gerado uma sensação de perda maior do que o maior goleador em 2022/2023, o que diz mais sobre a psique benfiquista do que sobre as capacidades do (agora) internacional espanhol.
Não pretendo com isto reduzir a importância, qualidades e relevância de Grimaldo, mas no futebol (como na vida) não há insubstituíveis e Rui Costa teve um ano para preparar a sucessão (sabia-se que ele não iria renovar). Talvez por este motivo o falhanço das soluções encontradas cause maior estrondo e alimente este triste fado à volta do valenciano, uma forma de pensar coletivo que também caracteriza, de certa forma, a cultura do Benfica: sempre dada a excessos, para o bem ou para o mal."

Fernando Urbano, in A Bola

Arthur Cabral dá sentido ao recital de Di María e mantém o Benfica vivo na Europa


"As águias conseguiram o resultado de que precisavam, vencendo o RB Salzburg por 3-1 para conseguirem o acesso ao play-off da Liga Europa. Di María fez um golo olímpico, Rafa também marcou mas foi perdulário, até que o criticado avançado brasileiro, aos 92', protagonizou o momento decisivo

Aqui estamos nós outra vez. Em clima de pré-crise, o Benfica precisava de um balão de oxigénio, um triunfo que desse três pontos e injecções de motivação, uma bandeira branca da paz depois do sucedido na Luz, na passada sexta-feira. Numa época em que a equipa parece ir de pré-crise em pré-crise, com triunfos que sabem a sobrevivência pelo meio, Salzburgo foi novo palco de exame que se tinha de aprovar.
Na terra de Mozart, Di María compôs e interpretou a sinfonia da noite, um tango clássico tocado pela perna esquerda de um campeão do mundo que jogou numa missão. Fintou, serviu, marcou um golo olímpico, foi talento e alma.
Mas só a qualidade do argentino não chegava. À entrada dos descontos, o Benfica vencia por 2-1, resultado que deixava os lisboetas de fora das competições europeias. Mas, aos 92', a eterna saga do herói improvável chegou à Áustria para levar os campeões nacionais para o play-off da Liga Europa.
João Neves, o menino que se agiganta nestes cenários de tempestade e luta, abriu na direita para Aursnes, o norueguês dos tempos precisos de ataque ao último terço. O polivante cruzou para a área, um convite de golo para um dos mais criticados futebolistas do Benfica.
Arthur Cabral, o milionário reforço que veio para o lugar de Gonçalo Ramos, tarda em convencer a Luz. Entre a falta de golos e o escasso rendimento, foi notícia por mostrar o dedo do meio a alguns adeptos depois da igualdade contra o Farense. Pediria desculpa nas redes sociais, mas o verdadeiro perdão estava ali, naquela oportunidade, naquele remate.
O ponta-de-lança não falhou, o Benfica respirou de alívio. 3-1 e a caminhada europeia a prosseguir além do natal. Ali, na finalização de Arthur, novo balão de oxigénio suavizou a pré-crise, à espera do que suceda em Braga e colocando a cereja no topo do bolo do recital de Di María.
Roger Schmidt voltou a Salzburgo, onde, entre 2012 e 2014, ajudou a arrancar a grande era de domínio do Red Bull na Áustria. Impulsionando o futebol de pressão e vertigem tão associado às equipas do grupo RB, Schmidt foi campeão liderando uma máquina goleadora com Jonathan Soriano, Alan, Sadio Mané ou Kampl.
Com Tomás Araújo a central, no lugar do castigado António Silva, a primeira grande oportunidade foi logo um prenúncio da tendência que marcaria a noite. Aos 13’, Rafa surgiu isolado, mas disparou por cima. Faria um golo em seis remates, depois de, frente ao Farense, só ter marcado uma vez em 12 tentativas.
Na Áustria, Di María dançou entre os defesas adversários. Dando continuidade à exibição anterior, o argentino criou, uma e outra vez, situações de golo. Numa das primeiras, bailou da direita para o meio e fez um cruzamento-remate que passou a centímetros do poste direito.
A obra prima do fideo em Salzburgo surgiu aos 32'. Na terra da música clássica, uma sinfonia de um solista canhoto. Di María bateu um canto da direita, fazendo a bola encaminhar-se na direção da baliza adversária. Otamendi não desviou a bola, que chegaria ao fundo das redes. Golo olímpico, apenas o quarto da história da Champions.
Em cima do intervalo, o Benfica chegaria ao que precisava de atingir na totalidade do desafio. João Neves, o gladiador, recuperou a bola e, no chão, conseguiu um passe para Di María. O criativo que faz assistências como quem respira solicitou Rafa Silva, que, para variar, rematou com êxito. O play-off da Liga Europa estava, ao intervalo, ali tão perto.
A segunda parte começaria ao som de Rafa, o perdulário, voltando ao tema mais recorrente nos últimos tempos do supersónico agitador. Outra vez servido por Di María, que fez de pé esquerdo o que se deve fazer de pé direito — mas não peçam a um génio para seguir regras —, Rafa, em grande posição, atirou contra Schlager.
Os locais criaram bem menos perigo que o Benfica, mas aproveitaram a falta de pontaria adversária para regressaram a um resultado do seu agrado. Aos 57', um remate de Sucic, de fora da área, foi desviado por Tomás Araújo, fazendo o 2-1. O Benfica tinha mais de 30' para reagir.
A história do assalto ao 3-1 foi o conto da insistência de Di María e do desacerto de Rafa. O argentino voltou a roçar um golo olímpico e ainda acertaria no poste. O português, aos 75', disparou sem pontaria após cruzamento de Morato e, aos 77', voltou a não conseguir superar Schlager.
O tempo escasseava. Schmidt lançou Gonçalo Guedes, mas a falta de confiança em Arthur Cabral levou a que o brasileiro só entrasse aos 91'. Bastou um minuto para que o ex-Fiorentina mantivesse o Benfica na Europa.
João Neves, com uma alma inversamente proporcional ao seu tamanho, voltou a ser o homem dos segundos decisivos. Abriu para Aursnes, que teve a precisão de servir o herói improvável. Arthur foi de besta a bestial em quatro dias, andando na montanha-russa tão própria da bola.
Há um ano, um golo tardio de João Mário permitiu que o Benfica passasse aos oitavos-de-final da Liga dos Campeões em primeiro lugar do grupo, levando à festa da equipa. Agora, um golo tardio coloca as águias no terceiro lugar, permitindo-lhes disputar o play-off da Liga Europa. A felicidade é uma questão de perspetiva."

Era possível, sim! E foi justíssimo!!!


"Salzburgo 1 - 3 Benfica

Eis as notas tiradas em direto.
Rafa a falhar completamente isolado. Onde é que eu já vi isto? Porra, assim vai ser difícil.
Di María de canto direto! Goooooolo!!! E o que demoraram a confirmar um golo que se viu logo que era limpinho? Também na UEFA?
Rafa a mandar-me calar! Goooooolo!!! Assistiu Di María. Já estamos com vantagem de dois.
Intervalo. Por mim o jogo acabava já!
Musa, depois Rafa, não falhámos tudo o que tínhamos para falhar na sexta feira? Golo deles com o Benfica muito próximo do 3-0. Pkp!
É impressão minha ou o João Neves está a encher o campo?
Di María ao poste! Sem hipóteses para o guarda-redes, que remate...
O Benfica a dominar o jogo e o Rafa a falhar mais um golo. E mais outro? Fdx!!!
Tanto domínio para tão pouco golo...
Arthur Cabral... de calcanhar! Goooooolo!!! Melhor era impossível.
Parece-me que ganhámos mais do que um jogo e uma passagem para a Liga Europa.
BENFIIIIIIICAAAAAAAA!!!"

«Foi na Turquia, mas passa-se há muito por cá, porque o futebol não faz a sua parte»


"«Este incidente foi causado pelas decisões erradas do árbitro.»
Estas foram as palavras de um energúmeno chamado Faruk Koka para justificar a bárbara agressão que inflingiu, à falsa fé, a um dos árbitros mais conceituados da atualidade.
As imagens apocalíticas surgiram após o apito final do Ankaragücü-Rizespor (1-1) e já deram várias voltas ao mundo. Percebe-se bem porquê: a violência do soco que o presidente da equipa de Ankara e, sobretudo, aquele pontapé na cabeça dado depois por um dos seus mercenários avençados (já com Umut Meler caído no relvado) só não chocam quem tem deficit cognitivo ou passou por uma infância perturbada.
As reações são, obviamente, de repugnância.
«Como é que é possível isto acontecer num jogo de futebol? Prisão com ele!! Ao que chegámos!!»
Meus amigos, não me levem a mal, mas não contem comigo para aplaudir hipocrisias desse tipo.
A atrocidade que aconteceu no Eryaman Stadyumu já aconteceu aqui, bem ao lado da nossa casa, em muitos jogos de futebol (e não só). Acontece aliás há muitas, muitas épocas, em vários locais, tendo-se agravado após o fim da obrigatoriedade do policiamento nos jogos.
Por cá não faltam vozes pica-miolos, aquelas que denunciam pontapés, bofetadas, empurrões, cuspidelas e coações de todo o tipo que quase semanalmente são exercidas sobre árbitros de futebol. Mas como coração que não vê não sente, decidimos quase sempre ignorar, relativizar ou olhar para as estatísticas, que dizem que o números de agressões é minimo face aos jogos em que tudo corre bem. Que pérola!
É precisamente essa negligência de vómito que um destes dias sujará com sangue as mãos daqueles que, tendo poder e responsabilidade para (tentar) mudar o rumo das coisas, escolhem quase sempre desviar o olhar para o outro lado.
São assuntos aborrecidos e chatos, eu sei.
Nesta matéria, o futebol e os seus principais agentes, continuam a brindar-nos com campanhas fofinhas de prevenção e sensibilização (são importantes, sim senhor), mas raramente propõem alterações regulamentares firmes e inequívocas, daquelas que fazem desaparecer do mapa gente que, em eventos desportivos, se comporta como animais. E é por isso que as bestas que gravitam por aí, a bater uma, duas, três vezes, levam apenas um puxãozito de orelhas e meia dúzia de semanas depois, lá regressam aos palcos desportivos, para fazerem aquilo que fazem melhor: serem vândalos baratos e terroristas de aldeia, sem que muitos se chateiem com isso.
É como é e é assim.
Honra seja feita ao governo português, que recentemente aprovou um pacote de medidas anti-violência muito mais impactante do que qualquer alteração regulamentar desportiva nos últimos anos (e que, em boa hora, criou a APCVD, que tem feito o possível e impossível para manter energúmenos daquele quilate fora da esfera desportiva).
Mas é curto, porque o futebol não faz a sua parte. Nunca fez.
Existem muitos Kocas por cá - uns dentro, outros fora dos clubes - dedicam parte da sua existência patética a usar o desporto como uma oportunidade para exercer o crime.
Eles intimidam, criam conflitos, perseguem, insultam, atiram objetos, fazem esperas, dão socos e pontapés (nas portas de balneários dos árbitros ou nos seus carros), grafitam casas, partem vidros, incendeiam contentores, gritam, ameaçam famílias, fazem bulling, iniciam comportamentos de rebelião e... zero. Zero de punição justa, adequada e séria.
Um jogo ali, quinze dias acolá, uma multazita além e, calma... para decidir daqui a uns meses valentes, lá para o meio da outra época, quando o rapazito se calhar já nem andar por cá. Que delícia.
Vergonha alheia. Já ouviram falar?
Entretanto, eles lá se tentam convencer que são uma espécie de Messias e garantem que já deram passos importantes e fizeram o impossível, mas lá no fundo, no fundinho, devem ter noção que não fizeram rigorosamente nada de diferente.
Sabem quando é que isso vai mudar?
Quando um qualquer Kocas tuga se passar dos carretos e agredir um dos nossos árbitros de elite, num palco bem mediático, tal como o outro doente mental fez ontem a Meler.
Aí é que vai ser giro de ver, o jogo do empurra, a falsa indignação, o condeno veemente, o passar da batata quente para o lado de lá...
Foi na Turquia, mas não se enganem. É por cá há muito, muito tempo. A diferença é que são quase sempre miúdos que ninguém conhece a irem parar ao hospital e a ficarem meses a serem seguidos por psiquiatras.
Aprendam. Acordem. Mudem!"

Diretrizes do CAS


"O Conselho Internacional de Arbitragem para o Desporto (ICAS) publicou diretrizes, disponíveis no site do TAS/CAS, a fim de recomendar melhores práticas para a proteção de testemunhas e partes vulneráveis em arbitragens do CAS, mais especificamente em relação às audiências que decorrem nesse Tribunal.
Estas diretrizes são recomendações em relação à implementação dos Artigos R44.2 e R57, bem como os artigos R46 e R59 do Código de Arbitragem Relacionada com o Desporto quando houver uma testemunha vulnerável, mas não prevalecem sobre ele. Com efeito, não constituem regras processuais obrigatórias e não podem ser utilizadas por partes que pretendam contestar a aplicação ou não aplicação destas diretrizes por qualquer Painel de árbitros do CAS.
Nos casos em que pessoas em situação de vulnerabilidade têm de ser ouvidas perante o CAS, impõem-se salvaguardas processuais especiais para que estas possam prestar depoimento de forma segura e para incentivar testemunhas relutantes a depor.
Uma testemunha ou parte deve ser considerada vulnerável, na aceção das referidas diretrizes, quando o ato de testemunhar pode arriscar (re)traumatizar a testemunha, representar uma ameaça para a sua segurança pessoal (e possivelmente de outras pessoas) ou criar risco significativo para a sua reputação ou perda de retribuição. Aos Painéis de árbitros do CAS é dado o poder discricionário de adaptar os procedimentos necessários para salvaguardar estas testemunhas, sendo incentivados a seguir estas diretrizes.
Esta iniciativa do ICAS reflete um compromisso de proteger a privacidade, confidencialidade e bem-estar físico e mental de testemunhas vulneráveis."