segunda-feira, 16 de outubro de 2023

10.ª Supertaça...

Benfica 10 - 1 Feira

Limpeza total nas Supertaças, só faltou a do Voleibol feminino, porque não nos 'qualificámos', de resto só Benfica!

No hóquei feminino a diferença interna é grande, creio que só o Turquel poderá dar mais luta... Mais uma vez, o grande 'teste' será na Europa!

Superioridade no clássico


"A BNews de hoje é dedicada à atividade desportiva do Benfica num sábado em que o destaque recai no triunfo obtido, em hóquei em patins, frente ao FC Porto, por 4-1. E ainda para a possibilidade de conquista de mais uma Supertaça nesta tarde.

1. Vitória assente em grande exibição
Mais forte do que o FC Porto desde o apito inicial, o Benfica venceu por 4-1 com mérito notório. Nuno Resende deixa elogios à equipa e aos adeptos: "Tivemos mais ações, com mais oportunidades, mais caudal e jogámos em casa com os nossos adeptos. Entrámos muito bem no jogo, depois demos continuidade. Estivemos extremamente bem. A vitória foi justa."

2. Triunfo claro em tarde de homenagem
No primeiro embate caseiro, a devida homenagem ao antigo capitão de equipa, Pedro Fiúza, falecido precocemente aos 42 anos. Ante o SC Espinho, o Benfica venceu por 3-0 (25-22, 25-22 e 25-20).
Para Marcel Matz, o "importante é voltar a jogar em casa e vencer" numa fase da temporada em que "temos a preocupação de evoluir enquanto equipa", acrescenta.

3. Goleada natural
Exibindo-se em bom plano, nomeadamente na primeira parte, o Benfica foi claramente superior ao Clube Albergaria na partida disputada no Benfica Campus. O resultado, 4-0, espelha a diferença entre as equipas ao longo do jogo. Jéssica Silva salienta o desempenho na metade inicial: "O objetivo principal foi cumprido, a soma dos três pontos. Fizemos uma primeira parte muito boa."

4. Desinspiração na finalização
As várias oportunidades claras de golo desperdiçadas penalizaram a equipa do Benfica no dérbi com o Sporting em futsal. Mário Silva evidencia este aspeto: "O que me deixa satisfeito do ponto de vista ofensivo é o facto de não me recordar de ter conseguido, em progressão, num dérbi, ter tantas situações evidentes de finalização. Esta equipa tem um potencial enorme."

5. Chapa 5
A equipa feminina de futsal do Benfica venceu, por 1-5, na deslocação a Coimbra frente à Académica.

6. Em busca da 10.ª
O Benfica tem hoje a oportunidade conquistar a sua 10.ª Supertaça de hóquei em patins no feminino. O jogo é às 15h00, em Turquel, frente ao CA Feira. Paulo Almeida não esconde a ambição que norteia este grupo de trabalho: "É o terceiro troféu da época em três semanas seguidas. Ganhámos a Taça Professor João Campelo, a Elite Cup, e, agora, temos a Supertaça. Só fico satisfeito se ganharmos a Supertaça e fizermos o pleno."
Consulte a agenda para ficar a par dos restantes jogos previstos para hoje.

7. Guarda-redes do Benfica em evidência
Trubin foi considerado o melhor em campo na vitória da Ucrânia frente à Macedónia do Norte.

8. Mural dos Campeões
Os sócios do Sport Lisboa e Benfica registados no Site Oficial têm a oportunidade de eleger os vinte jogadores do Benfica que estarão representados no Mural dos Campeões, uma iniciativa inédita englobada nas comemorações do 20.º aniversário do Estádio da Luz. Conheça esta iniciativa em detalhe e participe!

9. Protagonista da semana
Norberto Alves, treinador de basquetebol bicampeão nacional pelo Benfica, é o entrevistado da semana. Uma entrevista para ver na BTV ou ler no jornal O Benfica.

10. 20 anos do Estádio da Luz
No "Chão Sagrado: memórias da Nova Luz (9)" é dado o protagonismo a Gracinda Martins, sócia do Sport Lisboa e Benfica há 72 anos.

11. Casas do Benfica de parabéns
As embaixadas do Benfiquismo em Santo Tirso e Alvaiázere celebraram os 21.º e 15.º aniversários, respetivamente."

Sempre foi, sempre será!


"Títulos EUROPEUS ganhos com VERDADE DESPORTIVA por isso não foram alvo nunca de DESCONFIANÇA e CRÍTICAS como as que Sir ALEX FERGUSON ( títulos comprados no supermercado) , PLATINI ( críticas violentas ao Porto) e dirigentes do VILARREAL ( Que criticaram árbitros terem jantado com dirigentes do Porto) fizeram a vitórias de outro clube ( Porto) a fama negativa já vem de longe."

A SAD do FC Porto está falida e opera em situação irregular há vários anos


"Incumpre o Art. 35 do Código das Sociedades Comercias, que indica que nenhuma sociedade possa ter perdido metade do seu capital social sem que convoque uma AG para regularizar a situação.
O capital social da SAD é de 112,5 milhões de euros pelo que o capital próprio não pode ser inferior a 56,25 milhões de euros.
Ou seja, a SAD do Porto está a mais de 200 milhões de capital próprio para se encontrar em situação regular.
Só em Portugal isto acontece na maior das impunidades.
Está aqui o artigo e uma notícia bem mais antiga quando a SAD se safou de situação idêntica mas de muito menor gravidade.
Não se perceber como a CMVM ainda não interveio a solicitar explicações porque a Porto SAD é uma sociedade cotada em bolsa e está em falência técnica recorrente, situação ainda muito mais gravosa que a perda de metade do capital social.
Desde que Angelino Ferreira deixou a SAD do FC Porto em 2014 que o clube tem sido roubado à descarada. É público que saiu por discordar dos negócios direta ou indiretamente relacionados com Alexandre Pinto da Costa. O passivo e a situação patrimonial da SAD são um escândalo inqualificável tendo em conta o que arrecadaram em receitas com venda de jogadores, receitas da Champions e direitos televisivos nos últimos 10 anos.
Como qualquer indigente, resta-lhes continuar competitivos à custa da batota, do condicionamento e da impunidade que graça nesta espécie de País.
Posto isto, venha de lá mais uma semana de CMTV a falar das férias do Schimdt, do Arthur Cabral, do Jurasek ou do Trubin. Ai não, este último já não dá, já lhes enfiou um punho pelo ânus acima com as últimas exibições.
Que vergonha de Comunicação Social temos neste País de anti-benfiquistas primários!"

Oito jornadas jogadas: o bloco de notas


"De uma forma geral, nos candidatos ao título, os resultados têm superado em muito as exibições

Resultados ‘vs’ exibições
Ao contrário dos últimos anos, nestes primeiros jogos não conseguimos encontrar uma equipa que nos encha as medidas, ou seja, que tenha demonstrado estar mais forte, compacta e consistente que os rivais. De uma forma geral, nos candidatos ao título, os resultados têm superado em muito as exibições. Existem vários fatores que podem justificar estes factos e que irei abordar mais à frente.
Contudo, existe um que pode estar a criar maior pressão em todos: este ano só o vencedor tem entrada direta na Liga dos Campeões! Num ano em que está muita coisa em jogo, até pelo novo formato que vai gerar mais prémios na melhor prova de competições de clubes, um ponto pode fazer uma enorme diferença no sucesso desportivo e, sobretudo, na estabilidade e capacidade financeira!

Sporting - união
O Sporting, de uma forma justa, é o atual líder do campeonato. Planeou a época de forma cirúrgica, procurou os alvos que considerava essenciais e atacou-os. Teve paciência, cometeu alguns erros na negociação, mas alcançou o objetivo final. Rúben Amorim e a estrutura leonina perceberam que a última época podia deixar marcas, uma vez que em muitos momentos os jogadores não conseguiram gerir a pressão da melhor forma. Mesmo assim, correram o risco e contrataram poucos jogadores, mas com lógica. Acreditaram que a época passada foi um passo em frente e que o atual plantel iria ter outro comportamento quando fosse colocado à prova. Assim, ganhou uma relevância superior a entrada do Sporting no campeonato. As vitórias conseguidas vão trazendo confiança e ajudam os atletas a superar traumas do passado. Aqui e ali ainda se sente que o Sporting fraqueja em momentos em que, aparentemente, tem os jogos controlados. Rúben Amorim tem sido fundamental para o trajeto do Sporting. Tem valorizado os jogadores, dá confiança a todos e faz com que a união seja a força do grupo.
Depois há outro ponto que o Sporting 2023/2024 conseguiu recuperar e que vimos muito na época em que foi campeão: a crença, acreditar até ao fim, lutar até ao último minuto, cair e levantar-se dentro do próprio jogo. Os jogos com Arouca, Farense e Vizela demonstram isso mesmo: jogos que estavam controlados e que se tornaram complicados, mas que a equipa conseguiu resolver nos últimos minutos. Em 25% de campeonato já concretizado o Sporting demonstra uma enorme união entre todos: equipa técnica, jogadores, direção e adeptos. Esta caraterística é muito importante e pode fazer a diferença numa competição longa e dura.

Benfica - desconfiança e expetativas
Depois de uma época bem conseguida em termos exibicionais (sobretudo a primeira metade), com o título conquistado e com uma boa performance na Liga dos Campeões, as expetativas estavam em alta. Numa primeira fase, o planeamento foi bem feito: definiram-se alvos e concretizaram-se. Kokçu, para colmatar a saída, em janeiro, de Enzo, Di María, que traz ilusão aos adeptos e qualidade à equipa, e Jurásek, que foi a solução escolhida para a saída de Grimaldo. Em julho a questão estava resolvida e com qualidade reconhecida, sendo Jurásek a exceção, que ainda tem de provar, mas que, pelo valor da transferência, não deixou dúvidas a ninguém na estrutura encarnada!
O pior veio a seguir. A péssima gestão de Vlachodimos por parte de Roger Schmidt (RS) começou a gerar instabilidade. A não preparação antecipada da venda de Gonçalo Ramos que era, há muito, desejada por grande parte dos administradores encarnados, acabou por ter consequências no jogo da equipa. A grande questão é que o Benfica continua a ter um grande plantel. Também continua a ter o mesmo problema coletivo (este ano mais vincado). O futebol praticado é inferior. Mas será que o perfil de jogadores contratados encaixa na forma de jogar que RS pretende ou implementou? Se a resposta é não, não terá o treinador de alterar alguns pressupostos coletivos? RS referiu que é difícil repetir um ano como o último, em que ganhou o campeonato (na ultima jornada) e chegou aos quartos final da Liga dos Campeões, algo que Nélson Veríssimo também tinha feito no ano transato. Num clube grande, este tipo de discurso não encaixa, ou melhor, encaixaria se tivesse ganho tudo no ano anterior.
Em termos concretos, o discurso, as opções, a forma como tem mexido no jogo, a incapacidade de corrigir o problema coletivo (permitir que os adversários explorem as costas dos médios com muita frequência e espaço), o facto de ainda não ter conseguido extrair o potencial de alguns reforços que acarretaram um custo elevado e as exibições pouco conseguidas (em contraponto com as do ano anterior), fazem com que a desconfiança de jogadores, adeptos e administração comece a aumentar. Se a tendência se mantiver e a desconfiança continuar a instalar-se, uma época que tinha todas as condições para ser muito positiva pode virar um pesadelo.

FC Porto - posicionamento
O início de época do FC Porto está a ser complicado. A abordagem ao mercado foi limitada pelas dificuldades financeiras (que se comprovaram num ano com um resultado negativo de €47 M). Ainda assim, conseguiu fazer boas contratações e reforçar o plantel em posições que necessitava. Acrescentou opções, juventude e qualidade. Também perdeu muito: Uribe e Otávio, que davam estabilidade, consistência, segurança, liderança e fiabilidade em todos os momentos. Para piorar o cenário, no início de época lesionaram-se Pepe e Marcano, os atuais líderes da equipa. Assim, Sérgio Conceição (SC) tem várias missões. Adaptar a forma de jogar da equipa a novos jogadores e incutir as caraterísticas da equipa nos recém-chegados.
A ausência de liderança em campo é algo que SC também tem de resolver e com o campeonato em andamento. De uma forma simples, tem de fazer crescer a equipa em futebol praticado com resultados associados e, em simultâneo, aumentar a pressão sobre alguns jogadores que terão de crescer mais rápido e transformarem-se em líderes. Este início de época tem sido muito isto: exibições fracas, mas com coração, alma e resultados. Nas competições europeias o FC Porto que nos habituou e que se bate de frente com qualquer adversário. Internamente, as dificuldades em ultrapassar adversários teoricamente, mais frágeis. Estes primeiros jogos do campeonato serviram para SC e os seus jogadores se posicionarem. A partir daqui a exigência será superior tanto internamente, por parte do treinador portista, como externamente, por parte dos adeptos.

A figura - Gyokeres
Tem sido a figura do campeonato até ao momento. Não só pelos golos que marca mas, sobretudo, pelo que oferece ao jogo. Tem uma disponibilidade física e mental incríveis. Desgasta as defesas, é móvel, abre espaços, ataca a profundidade com muita agressividade, tem técnica, sabe segurar a bola, trabalha para o coletivo, valoriza quem joga ao seu lado pela forma como participa no processo ofensivo da equipa e tem golo.
Para complementar, não sentiu a pressão do investimento que o Sporting fez em si, conseguiu de forma célere criar enorme empatia com os adeptos e ganhar o respeito de colegas e adversários. Gyokeres é a prova de que o ser caro ou barato tem a ver com rendimento e não com o investimento.

A valorizar
Seleção de Râguebi
Uma grande performance da nossa Seleção frente às Ilhas Fiji, um poderoso adversário. Com muito menos condições, conseguimos vencer porque tivemos alma, querer, dedicação, sacrifício, motivação, qualidade e porque acreditámos muito. Sem dúvida, uma grande exibição dos nossos jogadores num desporto que é um exemplo pela forma como consegue incutir os valores certos nos praticantes e adeptos.

A desvalorizar
Administração do FC PORTO SAD
Uma SAD muito alavancada e com um resultado negativo de €40,7 M (relatório individual da SAD) no ano, com um passivo corrente (inferior a um ano) de €281 M e com resultados acumulados de anos anteriores de - €282.828 M!! As contas são o reflexo da gestão ao longo da última década. Por muito que se queira desvalorizar, a má gestão irá acabar por se refletir na vertente desportiva pela redução de capacidade financeira associada e pela pressão de realizar mais-valias a todo o custo!"

Conceição acabará inimigo de si próprio


"As contas do FC Porto são obviamente más. Não vou alongar-me porque, além da conclusão evidente de leigo, há gente com muito mais talento para explicar números, perigos e possíveis consequências, ainda com o 'fair-play' financeiro fresco na memória de todos. Além disso, o tema dos prémios dos administradores, apesar de não cair bem quando anexado a relatório tão negativo, diz respeito, primeiro, a acionistas e associados. A verdade é que o momento não é bom e haverá sempre quem se lembre de que também se lidera pelo exemplo, porém aos restantes interessa, sobretudo, alertar para os riscos de um caminho que teima em enfraquecer um dos mais resilientes e bem-sucedidos representantes do futebol português nos contextos europeu e mundial.
A causa do descalabro financeiro, já esperado depois de tantas notícias recentes a dar conta da obrigatoriedade de vender – os 47,25 milhões remanescentes de Otávio, como se sabe, ficaram para o próximo exercício; e só chegaram 7 milhões do Union Berlim por Diogo Leite (5,7 milhões depois de deduzidos os gastos com a operação) –, prende-se com a falta de mais-valias realizadas com transferências. Além disso, já com um plantel muito fragilizado, os dragões tiveram de investir mais de 33 milhões em Iván Jaime, Nico González, Alan Varela e Fran Navarro. Não sobra assim tanto e esse nem é o maior problema.
Olha-se para o plantel e o potencial de grandes negócios baixou. Taremi aproxima-se do final de contrato, restam (os muito difíceis de substituir) Diogo Costa, Pepê e Galeno, uma vez que as lesões de João Mário e Evanilson terão arrefecido o interesse no seu potencial. Cabe a Sérgio Conceição agarrar na equipa ainda ‘mais abaixo’ e reconstruí-la com mais um objetivo, que no final acabará por torná-lo inimigo de si próprio: será importante elevar jogadores ao estatuto de possível grandes vendas. Ou seja, criar ‘combustível’ para, também financeiramente, manter a máquina a andar."

O desporto num mundo em guerra


"A situação na Ucrânia já era explosiva, mas agora, com esta crise brutal no Médio Oriente, os Jogos de Paris voltam a ser muito abanados

O Desporto tem uma notável história de compromisso com a paz. É verdade que houve exceções, mas desde os tempos da Grécia Antiga que o Desporto assumiu uma posição de neutralidade perante conflitos e chegou, mesmo, a fazer parar guerras para prevalecer a competição desportiva, afinal, ela própria, uma configuração cénica de uma guerra, mas sem a parte dolorosa da tragédia humana.
Desde os finais do século XIX, os Jogos Olímpicos da era moderna procuraram afirmar, pelo mundo inteiro, princípios e valores assentes na paz e numa relação festiva entre povos e culturas diversas. E até mesmo em momentos de grande tensão mundial, como sucedeu durante os Jogos de Berlim, em 1936, surgiram exemplos que ficaram na História, como aquele momento em que o atleta alemão Luz Long irritou Hitler por ajudar um americano negro, Jesse Owens, a ganhar a medalha de ouro no salto em comprimento.
A evolução das sociedades, o aumento da tensão das grandes potências mundiais e a transição do desporto para novos conceitos de negócio, interligados com a noção dos poderes nacionalistas, colocaram grandes acontecimentos mundiais, como os Jogos Olímpicos, ao alcance da influência dos Estados e dos seus interesses.
Já na segunda metade do século passado, os Jogos Olímpicos perderam totalmente a sua inocência política e passaram a ser um palco onde se expressava, pelo número de medalhas, a influência política dos países participantes.
Em 1972, nos Jogos de Munique, o atentado terrorista que matou onze israelitas na Aldeia Olímpica chocou o mundo e a partir de 1976, Montreal, os Jogos foram marcados por diversos boicotes políticos, especialmente em Moscovo (1980) e Los Angeles (1984).
Quarenta anos depois, atravessamos, de novo, um período de conflitos de dimensão mundial que, necessariamente, irá marcar os Jogos de Paris. Na Ucrânia, desde a invasão russa de fevereiro de 2022, agora, depois do atentado terrorista do Hamas, em Israel, e na impiedosa resposta israelita na faixa de Gaza. Movimentam-se, por isso, de novo, as grandes potências, que jogam o seu xadrez político. E um dos tabuleiros desse jogo continua a ser o Desporto e os Jogos Olímpicos. A França, que irá organizar os Jogos Olímpicos de Paris, já no próximo ano, tem pela frente um desafio complexo e, acima de tudo, perigoso. Há uma conjuntura que cria uma oportunidade real dos Jogos poderem vir a ser usados, mais uma vez, pelo terrorismo internacional e, sobretudo, em consequência da filosofia do ódio entre o povo israelita e o povo palestiniano, teme-se que as populações judaicas e as populações islâmicas que vivem em França possam ser arrastadas para um conflito de dimensões trágicas.
Entretanto, o presidente do Comité Olímpico Internacional, Thomas Bach, tenta equilíbrios impossíveis. Admitirá a participação de atletas russos e bielorrussos, mas sob bandeira neutra. Ainda assim, não convenceu o presidente ucraniano Zelensky, que lembrou a Bach: «Não se pode tentar ser neutro quando os fundamentos da vida pacífica estão a ser destruídos e os valores humanos universais estão a ser ignorados.» 
Em apoio da posição de Zelensky surgem também personalidades políticas de países bem diferentes como a Dinamarca e a Polónia, mas contrária é a posição do Conselho dos Direitos Humanos da ONU, que recomendou: «A exclusão de atletas, apenas com base no seu passaporte, é uma violação dos direitos humanos.»
A situação, como se vê, já era explosiva. Agora, com a brutal crise no Médio Oriente, os Jogos de Paris voltam a ser abanados.

O chamamento e as raízes
André Villas-Boas reapareceu para dar sinais de que poderá, mesmo, concorrer à presidência do FC Porto nas eleições do próximo ano. Diz que sentiu um chamamento quando soube que a sua família, do lado inglês, esteve na origem da fundação do clube. Há destinos assim, traçados por um qualquer episódio perdido no tempo. Entretanto, Pinto da Costa diz que não liga, nem se importa. A pouco mais de dois meses de fazer 86 anos avisa que aqueles que há muito o querem fora vão ter de esperar sentados, para não criarem raízes.

A Ucrânia está entre parênteses
Uma nova guerra deflagrou. Agora, é no Médio Oriente e ainda não se sabe bem por onde vai. Sabe-se que é uma guerra sanguinária, que começou com um ataque terrorista em Israel. Todos vimos imagens da atrocidade. As televisões adoram a pornografia das tragédias. Seguem-se novos capítulos monstruosos. Israel já avisou os palestinianos de que vai arrasar tudo e que eles terão de sair da sua terra e das suas casas. Pergunta-se: mas para onde, se o Egito fechou a única porta de saída? Entretanto, a Ucrânia fica entre parênteses."