sábado, 14 de outubro de 2023

Hugo dos Santos, igual à Liga!!!

Benfica 71 - 78 Oliveirense
24-21, 14-18, 13-20, 20-19

Preocupante, o nível de incompetência, para perder 2 jogos em 3 dias, com a Oliveirense, praticamente da mesma forma!

Fim de semana preenchido


"Esta edição da BNews é dedicada a vários temas da atualidade benfiquista, com destaque para o desempenho comparativo, face a outras Ligas, do Benfica, e aos vários jogos agendados para este fim de semana.

1. Consistência
Nas sete principais Ligas na Europa, apenas PSV, da Eredivisie, se encontra numa série de vitórias consecutivas mais prolongada do que a do Benfica, que leva sete triunfos seguidos.

2. Melhor golo de setembro
Na votação da Liga Portugal, os adeptos escolheram o terceiro golo do Benfica ao Vitória de Guimarães, da autoria de Kökcü, como o melhor em setembro.

3. Jovens a darem cartas
As grandes exibições de António Silva e João Neves têm merecido o devido reconhecimento. Convocados pela seleção portuguesa, integram o lote dos 25 finalistas do prestigiado prémio Golden Boy 2023.

4. Benfica nas seleções
Aursnes, Musa e Jurásek estiveram em ação, ontem, pelas suas seleções. O polivalente norueguês fez um dos golos da vitória ante o Chipre. Otamendi também jogou nesta madrugada e marcou o golo do triunfo da Argentina frente ao Paraguai.

5. Dois jogos hoje
Às 19h00, o Benfica recebe a Oliveirense em basquetebol, numa partida a contar para a Taça Hugo dos Santos. Às 20h00, o Benfica visita o Águas Santas, em andebol.

6. Clássico no hóquei em patins
É amanhã, às 15h00, que o Benfica recebe o FC Porto. Nuno Resende revela a mentalidade da equipa: "Há um foco a 100%. Há uma grande vontade, disponibilidade e motivação para o jogo. Queremos abrir [os jogos do Benfica na Luz no sábado] da melhor maneira e isso será ganhar."

7. Dérbi no futsal
O jogo com o Sporting, na Luz, começa às 21h30. Mário Silva lembra que o embate não é decisivo, mas ainda assim especial: "É um Benfica-Sporting, em que queremos mostrar que estamos melhor do que eles."

8. Outros jogos
Às 15h00, a equipa feminina de futebol do Benfica encontra-se com o Clube Albergaria, no Benfica Campus; às 17h00, o Benfica defronta, na Luz, o SC Espinho em voleibol; a equipa feminina de futsal visita a Académica, às 17h00.
Das várias partidas agendadas para domingo, destaque para a Supertaça de hóquei em patins no feminino. Em Turquel, Benfica e CA Feira discutem o troféu a partir das 15h00.

9. Começo infeliz
Na 1.ª jornada da fase de grupos da EuroCup Women de basquetebol (feminino), o Benfica foi derrotado, em casa, pelo Basket Namur Capitale, da Bélgica, por 52-60.

10. 20 anos do Estádio da Luz
O "Chão Sagrado: memórias da Nova Luz (7)" tem como protagonista Maria Rosa Coelho, laundry assistant, há 31 anos a servir o Benfica."

Factos e exigências


"O rosto de Rui Costa no fim do jogo no Estoril foi revelador

Factos e constatações: no campeonato, 8 jornadas, 3 jogos em casa e 5 fora, 1 derrota inicial atípica e até injusta, 7 vitórias seguidas, uma das quais contra o rival FCP (mais a Supertaça). Na Champions, 2 derrotas e nenhum golo marcado. Um plantel que - dizem os mais entendidos - é, se globalmente considerado, o melhor de Portugal. O mesmo treinador, campeão na época passada, então com um estilo de jogo incisivo, competente e, não raro, demolidor.
Percepções e impressões: esta época, o Benfica está a jogar menos e a apresentar estranhas debilidades. O que mudou, afinal? Começando pelo plantel, há duas saídas que não estão a ser devidamente compensadas. Refiro-me a Grimaldo, sendo que, agora, qualquer semelhança com ele é pura coincidência (aliás, Schmidt acredita tão pouco nas novas opções que até escolhe um pronto-socorro adaptado). E, no entanto, o que se gastou e se comprometeu dava para assegurar Grimaldo e até sobrava. E refiro-me a Gonçalo Ramos, o último atacante e o primeiro defesa. Não será fácil conquistar títulos com apenas três medianos ou sofríveis pontas-de-lança. Dá dó ver um jogador que já custou 20 milhões ser a terceira opção, como vimos no Estoril. Por vezes, pergunto-me o que têm Cabral e Tengstedt que o dispensado Henrique Araújo não tem. Oxalá esteja enganado. Os jogos em Milão e na Amoreira preocupam sobremaneira qualquer benfiquista que pense pela própria cabeça. Buracos num meio-campo exíguo (apesar do notável João Neves), convidando o adversário em duas pernadas a chegar à área encarnada, desde logo porque há quem mais à frente não esteja disponível para defender. Se imaginarmos um drone a filmar por cima do relvado, é assustador constatar a desorganização entre linhas afastadas, descoordenadas e pouco solidárias. O regresso de Gonçalo Guedes é, neste contexto, uma esperançosa notícia. No ataque, cansa ver tanto jeito de tiki taka inoperante, ineficaz, lento e previsível, e - passe o exagero da caricatura - quase em jeito de futsal. Poucas vezes se vai centrar à linha do fundo e não se compreende um visível défice de jogo em profundidade. Escasseia também a insuficiência de remates a média distância, sabendo-se que só há golo quando se chuta. Misterioso de todo é o carácter dual ou bipolar de uma parte boa, outra para esquecer ou vice-versa.
Exigências e desafios: por certo, o técnico do Benfica não desaprendeu o que de interessante e decisivo já proporcionou. Antes criticado por não rodar a equipa, na Amoreira bateu o recorde com um pleno de alterações (sete de jogadores e três de posições, as de Otamendi, Rafa e Neres) em comparação com o jogo anterior em Milão! A frase dita por Schmidt no fim do jogo com o Estoril - «não interessa como, interessa é que ganhámos» - pode ser compreensível no contexto da partida, mas é infeliz. No Benfica somos mais exigentes e não nos satisfaz apenas ganhar. O Benfica tem sempre a obrigação de jogar mais e melhor. O rosto de Rui Costa no fim do jogo no Estoril foi revelador."

Vamos dar a volta por cima!


"Uma pausa para a Seleção Nacional é sempre pretexto para um balanço. O meu, é simples: Supertaça conquistada, 2º lugar no campeonato, zero pontos/golos e último lugar na nossa série da Champions. Depois, pode-se fazer uma análise mais fina e até poderemos sem dificuldade reconhecer que, na maioria dos jogos, a qualidade exibicional não corresponde à (propalada) valia do plantel. Pelo meio, 2 (justas) vitórias sobre um dos grandes rivais (FC Porto)!
Chegados aqui, constato que a esmagadora maioria dos comentários de jornalistas independentes tem sido altamente contundente, desancando sem piedade sobre a equipa e, principalmente, sobre o treinador Schmidt. Dando de barato a possibilidade da existência de agendas ocultas, a realidade é que, todos nós benfiquistas, sobretudo os mais velhos como eu, que fomos "formatados" em níveis de elevada exigência, temos de reconhecer a razão de muitas das que vêm sendo feitas. Estamos (estivemos) habituados durante anos a uma qualidade exibicional muito superior àquela com que temos sido brindados este ano (para não irmos mais longe, indiscutivelmente no ano passado, precisamente com o mesmo treinador) e desses padrões de exigência não podemos abdicar.
Feito este intróito, considero que se impõe a qualquer benfiquista alguma contenção nas suas críticas, sobretudo quando feitas em público. Quiçá por ânsia de protagonismo ou por razões que não compreendo, tenho constatado que paralelamente às críticas bem contundentes dos tais terceiros, jornalistas independentes, os nossos próprios escribas têm desancado sem dó nem piedade a equipa e, em particular, o nosso treinador, exigindo até que Rui Costa "puxe as orelhas" a Schmidt, desconhecendo eu se exigem que o faça em privado ou se querem mesmo que seja em público (para gáudio dos nossos adversários).
Claro que ninguém quer/deve "esconder o Sol com a peneira" e não sou eu que o farei. Temos de jogar melhor com os jogadores que temos, em particular sabendo os investimentos que fizemos! Facto indesmentível e seguramente que a estrutura diretiva já discutiu o assunto até à exaustão com o treinador. Grave seria se desconhecessem as razões, principalmente quando temos como Presidente um dos melhores jogadores de sempre que vi jogar (Rui Costa) e percebe o futebol por dentro e por fora.
De fora, leigo como sou apesar de ver futebol há mais de 60 anos, diria que não tendo o treinador desaprendido, teremos os seguintes problemas a resolver (1) o nosso estilo de jogo é demasiado standard e não temos, em diversas ocasiões, conseguido exercer indiscutíveis supremacias individuais ou coletivas; e (2) há demasiados jogadores em adaptação, a demorarem mais tempo que o previsto para se integrarem na equipa e renderem o que se espera e apostou neles. Depois, poderemos abordar a questão das lacunas no plantel perante a tardia integração das apostas efetuadas e a insistência (ou resistência) que do lado de fora consideramos excessiva de Schmidt em persistir nas soluções iniciais, não protagonizando substituições em tempo útil, de peças que, durante o jogo, os leigos como eu consideram em sub-rendimento.
Mas ainda estamos em outubro, janeiro ainda demora, pelos que estes são os nossos que temos de apoiar, de incentivar, jamais de stressar, sob o risco das críticas bem contundentes exatamente por serem provenientes de benfiquistas, alguns com notoriedade que justificaria maior recato, enervarem e inibirem as performances desportivas, principalmente aos jogadores que não têm nome conceituado. Tendo liderado equipes durante dezenas de anos e tendo estado mais de duas décadas envolvido em alta competição (andebol), sei bem quão difícil se torna "dar a volta" quando o barulho é muito e há uma enorme diferença entre desancar sem piedade, quantas vezes desconhecendo-se as circunstâncias e criticar positivamente, procurando ajudar a construir.
É público que nas últimas eleições apoiei Rui Gomes da Silva por acreditar ser importante cortar a ligação com o legado de LFV, apesar das excelentes relações pessoais, até de amizade, que sempre tive com o Presidente Rui Costa. Portanto, estou completamente à vontade para dizer que é nos momentos mais difíceis (e este é um deles) que deveremos saber demonstrar maturidade e colocar o Benfica à frente de agendas pessoais, sejam elas a antecipar as eleições daqui por dois anos ou quaisquer outras. Não se esqueçam que para a nova Champions apenas um se apura e já vimos bem o que temos de enfrentar, para além da (real) valia dos principais adversários.
Uma nota final, apenas para referir que, do ponto de vista estrutural, os últimos meses têm sido particularmente ricos em notícias, algumas até que podem ser ou vir a ser perturbantes na vida do nosso Clube/SAD, a saber (1) a aprovação das Contas com um lucro (4,2 M euros) perfeitamente marginal para a faturação que temos (284,7 M euros); (2) o facto de ainda não serem públicos os resultados da auditoria forense, embora tenham transparecido notícias que espero que se confirmem, corroborativas de que nada de ilícito foi encontrado; (3) a discussão que se perspetiva sobre a revisão dos novos Estatutos que poderá trazer fraturas entre os Sócios; e (4) a saída de DSO, após quase 20 anos, alguém que indiscutivelmente deixou uma marca notória na reorganização do Clube/SAD. Mas isto são "contas de outro rosário" e, jamais perdendo o sentido crítico construtivo, o foco atual tem de ser indiscutivelmente na procura de uma tranquilidade interna para a qual todos teremos de contribuir, fundamental no "core" da nossa atividade, e que nos proporcione as alegrias que desejamos no final da época, momento certo para se fazerem os balanços, sem a "espuma" dos percalços momentâneos, sejam eles apenas exibicionais ou também de resultados."

75 milhões!!!


"Malta, temos boas notícias! O Trubin valorizou em menos de um mês 75 milhões de euros. Há um mês valia zero porque espetou um murro na cabeça de um gajo num canto, mas felizmente que o Guarda Redes avaliado em 75 Milhões de Euros (rir muiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiitoooooooooooooo!!!) fez o mesmo o fim de semana passado, pelo que podemos concluir então que Trubin sobe assim aos 75 Milhões de Euros de valor de mercado e torna-se num dos mais valiosos activos do Sport Lisboa e Benfica!
Três notas elucidativas da farsa que é a Liga Batatoon:
1- Penalti? No cara**. Ai pensas que o Ferrari Vermelho ia marcar um penalti no Dragão contra o Calor da Noite, mesmo que o redes tenha espetado um murro na cabeça do avançado contrário? Está bem, está…
2- VAR? Está bem, espera bem sentadinho para o Cláudio Pereira, mais um adepto andrade no topo da arbitragem nacional, marcar penaltis contra o Calor da Noite, nem que esteja sentado frente a um ecrã a ver um gajo espetar um murro no adversário contrário!
3- O jornal do Calor da Noite esqueceu-se de colocar o lance para análise dos seus 3 experts e acima de qualquer suspeita juízes do seu hilariante Tribunal Unânime! Um descuido, com toda a certeza."

É tão fácil desmascarar o Jornal Record!!


"“Vejam o João Neves. Jogou o ano inteiro com o contrato da equipa B e nunca se preocupou com isso. Reparem o rendimento que teve. Prefiro jogadores que vivam o Benfica assim, aos que nos tentam condicionar com contratos demasiado elevados para a realidade (...)
Relativamente ao Joãozinho, o nosso João Neves, o ano passado referi a forma como em termos contratuais estava no plantel principal. E foi a renovação mais fácil que tive neste clube. A única coisa que queria saber era quando renovava, por quantos anos renovava e quando seria o próximo jogo. Foi uma renovação muito fácil, de um menino que tem tido uma evolução extraordinária. Um dos jogadores que conta muito neste plantel. E nós orgulhosos disso, pois é mais um jogador da formação a afirmar-se plenamente na equipa principal”
Rui Costa em entrevista à BTV no final do mercado."

Tendências!




"▶️ Sporting em Setembro conseguiu:
▪️1 empate (Braga).
▪️3 vitórias (Moreirense, Rio Ave e Farense).
▪️9 golos marcados e 3 golos sofridos.
▶️ Benfica em Setembro conseguiu:
▪️4 vitórias (V. Guimarães, Vizela, Portimonense e FC Porto).
▪️10 golos marcados e 2 golos sofridos.
Adivinhem quem foi eleito treinador do mês?

P.S: ao cuidado da Liga - Porque raio não dizem logo que este ano vão entregar a Liga ao Sporting?"

Treinador do Mês!!!


"🟢 Sporting em setembro:
1 empate frente ao Braga.
3 vitórias frente a Moreirense, Rio Ave e Farense.
9 golos marcados e 3 golos sofridos.
🔴 Benfica em setembro:
4 vitórias frente a V. Guimarães, Vizela, Portimonense e FC Porto.
10 golos marcados e 2 golos sofridos.
Treinador do mês da liga: Rúben Amorim."

Ai está ele!!! 😂😂😂😂😂


"Percebem agora o desespero e as carradas de areia que andaram a lançar ao longo da semana e que logo avisámos que serviam para abafar isto?
Não falha. Tão previsíveis! 😭"

Em ano de eleições os administradores ganharam mais do que nunca!!! 😲


"✅ 1.600.000 euros só em gratificaçōes pela conquista de uma Taça da Liga e uma Taça de Portugal;
✅ 2.023.000 euros em remunerações fixas ;
✅ 3.629.000 euros o total em remunerações aos administradores de uma SAD em falência técnica;
Aquilo está tudo a arder!? Deixa arder...!! 😏"

Giveaway !!!


"No do Sporting podem pedir dinheiro à banca para continuarem a jogar e se forem à falência convertem as casas e hotéis em VMOC e não pagam. No do FC Porto têm como cartas bónus “Você ficou livre da prisão” e “Vá até Vigo sem passar na cadeia”."

Mudou mesmo?!


"Os sinais que nos levam a admitir estar diferente o treinador do FC Porto

Até ver, o treinador do FC Porto parece realmente ter mudado. Sabemos que continuará a ser um lobo mas parece, agora, vestido com pele de cordeiro. Está mais moderado, menos agressivo, parece mais complacente e mais sereno. Mesmo no Estádio da Luz, onde se viu derrotado pelo Benfica pela segunda vez esta época e num jogo com decisões de arbitragem desfavoráveis aos dragões, o treinador do FC Porto esteve longe de reagir com aquela carga negativa a que nos habituou sempre que perdeu.
No clássico da Luz, na verdade, o treinador do FC Porto não deixou de discordar de algumas decisões do árbitro, mas fê-lo de modo tão invulgarmente gentil e compreensivo que nem parecia o mesmo. No campo, creio, aliás, que nunca o tínhamos visto ser tão cordial com o treinador adversário no final de um jogo perdido como o foi, desta vez, com Roger Schmidt. Cumprimentou-o, abraçou-o e deteve-se, ainda que por meros instantes, a trocar algumas palavras com o alemão que treina as águias.
No relvado da Luz, ainda o vimos, até, com extrema gentileza e cortesia, a receber, por exemplo, um caloroso abraço de Rafa, bem ao contrário da imagem que deu, há uns anos, após perder com os encarnados, no Estádio do Dragão, por recusar cumprimentar o jovem João Félix, que deixou de mão estendida.
Félix, ao que se sabe, amigo próximo de um dos filhos do treinador portista, chegou mesmo a ser visita de casa da família Conceição, mas naquela noite de março de 2019, no relvado dos azuis e brancos, o jovem Félix foi apenas mais um indiferente e desconsiderado adversário.
Desde o principio de agosto, na Supertaça, até ao final de setembro, na Luz, na noite do primeiro clássico da Liga, julgo que é evidente que o treinador do FC Porto mudou. O treinador que recusou abandonar o campo após ser expulso na Supertaça será o mesmo que vimos abraçado ao treinador do Benfica, quase dois meses depois, na Luz?
Provavelmente cansado de ser o mau da fita, sobretudo após toda a controvérsia gerada a partir do jogo em Aveiro, a 9 de agosto, o treinador do FC Porto nunca mais voltou a parecer o mesmo. Nem nas conferências de imprensa, nem, sobretudo, em campo.
Ninguém pode, evidentemente, prever por quanto tempo vai o treinador portista assumir atitude mais moderada relativamente aos jogos, árbitros, adversários, jornalistas. Mas creio que é inegável a mudança.
Deve, porém, reconhecer-se que o treinador do FC Porto já era um nas conferências de imprensa antes dos jogos - normalmente sorridente, bem disposto, mais afável e cortês - e muitas vezes outro, bem diferente, nas conferências de imprensa depois dos jogos, consoante o resultado. São assim muitos treinadores, aliás, e não apenas um comandante portista.
Mas é o comandante portista que mais vezes vimos pisar sempre demasiadas vezes o risco. Não se trata, apenas, de reagir mal à derrota. Trata-se de exagerar nos protestos, na agressividade, nos insultos, nos gestos, no desrespeito por árbitros e adversários, até jornalistas. Criou o técnico dos azuis e brancos imagem de durão, irrascível, agressivo, indelicado, por vezes grosseiro, sob o inaceitável pretexto de «não gostar de perder».
Após a suspensão com que foi castigado pela expulsão e comportamento na Supertaça, no princípio de agosto, a realidade parece mostrar-nos, na verdade, outra face do treinador do FC Porto (veremos se para durar) e essa nova imagem tornou-se mais clara que nunca, sublinho, após a derrota portista, na Luz, há sensivelmente duas semanas, numa rara demonstração de fair play após voltar a perder esta época com os encarnados.
O tom, apesar de tudo, muitíssimo mais delicado (e normal!) com que se debateu com a derrota diante do maior dos rivais, com a expulsão de um dos seus jogadores e com outras decisões de arbitragem que não lhe agradaram, deixam realmente admitir que o treinador do FC Porto terá refletido sobre a forma de estar, eventualmente até sobre a nobreza de ser reconhecido muito mais pelo grande treinador que indiscutivelmente é do que pelo inaceitável comportamento que foi tendo, neste mundo do futebol no qual já tanta coisa se desculpa, mas nem tudo pode, evidentemente, ser tolerado.
Por entre estas novas reações, era igualmente difícil não ter notado a bondade e o extraordinário exemplo de saudável espírito desportivo com que o treinador portista se dispôs, esta semana, a entrar telefonicamente em direto numa emissão do Canal 11 (da esfera da Federação de futebol) para falar, simplesmente, de futebol e aceitar comentar a ascensão do central portista, Zé Pedro, como os bons adeptos do futebol tanto gostam de ouvir.
Pelo que se sabe, foi o próprio treinador do FC Porto a ligar telefonicamente para participar num programa que naquele momento promovia precisamente o debate sobre o jogador dos azuis e brancos que esta época se viu promovido à equipa principal e apareceu em campo, exatamente, na Luz, por impedimento de alguns dos companheiros.
Não recordo, com toda a franqueza, outro tão saudável momento como o que teve o treinador portista, porque é, infelizmente, muito invulgar ver os treinadores de futebol dos grandes clubes conseguirem ser tão abertos, sobretudo em momentos tão inesperados como este.
Creio que o próprio técnicos dos portistas nunca o tinha feito. Mas acredito mesmo que se homens do futebol com o peso e a dimensão do treinador do FC Porto o fazem, outros o seguirão.
Quero, por outro lado, acreditar que o líder técnico dos dragões reconhecerá ter deixado, naquele telefonema, mais um sinal do seu novo olhar sobre o futebol e a competição.
Não é preciso deixar de ficar furioso, revoltado ou até indignado.
Basta não ser insultuoso, grosseiro, humilhante, difamatório, ofensivo, insolente e provocador.
Se é, por fim, realmente verdade que o treinador do FC Porto mudou, oxalá, então, o tempo não dê cabo disso.
O futebol bem o merece."

Realidades associativas


"Cada clube (e não sociedade desportiva) goza da sua própria realidade associativa. Porém, deve-se exigir algo em comum a todos os clubes: que os Estatutos estejam atualizados de acordo com o perfil dos seus associados e adaptados à sociedade global que se encontra em constante mutação. Não é fácil conjugar ambos e, por norma, o típico sócio de um clube nacional só se apresenta em Assembleias Gerais (AG) para se fazer ouvir em tempos desportivos pouco saudáveis da sua instituição. Mas se tiver corrido bem a época desportiva, para quê ir às AG para ouvir números antes de se aprovar contas ou ouvir valores orçamentais para a nova época desportiva? Vem isto a propósito do problema manifestado pelo presidente do Sporting Clube de Portugal quanto à não aprovação do voto eletrónico à distância para as AG. O mesmo chega a referir que existe um «poder que uma minoria não quer perder para condicionar uma maioria» e que este tipo de voto dispersaria e descentralizaria o poder entre os sócios com base no facto de que cerca de 77% dos sócios de Alvalade integram os distritos de Lisboa e Setúbal mas que nem sequer 5% destes chegam a votar com base no valor médio de participação das assembleias gerais dos últimos 10 anos. Ou seja, a intenção de Varandas passa por querer fazer chegar a possibilidade de votar a quem não pode ou não quer comparecer nas AG. Porém, a aprovação deste tipo de voto (eletrónico à distância) pelos sócios terá que ser escrutinado pelo seguinte prisma: quem é idóneo suficiente para atestar, validar e garantir a veracidade do voto praticado pelos sócios? Já agora, mesmo que o clube ou um grupo de associados contrate e assuma a despesa de entidade externa credenciada para assumir a prestação deste serviço de controlo e contagem, assegura-se integralmente a veracidade do voto praticado? Não. E, por outro lado, não se devia descartar algo tão relevante, mas que dá trabalho, como arranjar soluções e procedimentos para fazer aproximar os sócios das instalações do Clube ou das suas representações a nível nacional. Com ou sem resultados desportivos positivos. Não chega carisma aos líderes no futebol. É necessário arranjar soluções para agradar a gregos e troianos."

João Diogo Manteigas, in A Bola