sexta-feira, 13 de outubro de 2023
Esperado...
Benfica 52 - 60 Namur
17-15, 10-17, 14-13, 11-15
O ano passado ganhámos a este adversário na Luz, e perdemos na Bélgica; sendo assim não era esperada uma noite agradável para o Benfica, mesmo com o regresso da Marta Martins... Não deixa de ser significativo que a Carolina Cruz, tenha sido a melhor marcadora, quando o ano passado, era uma opção de banco... O plantel está mais fraco, as lesões ainda pioraram as coisas (ainda falta a Inês Viana), a chegada tarde da Cooper e da Quevedo também não ajuda, mas as contratações de algumas 'americanas' foram um erro... e se não houver a humildade para perceber isso, então esta vai ser uma época muito penosa!
Com um pé na Champions
"A goleada na 1.ª mão da eliminatória de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões de futebol no feminino é o tema em destaque na BNews.
1. Goleada
O Benfica venceu o Appolon, em Chipre, por 0-7, e está perto de garantir nova participação na Liga dos Campeões de futebol no feminino.
Filipa Patão elogia a equipa: "Foi um jogo muito bem conseguido por parte da equipa. Estivemos muito bem em todos os momentos do jogo. Entrámos muito bem e percebemos rapidamente onde estavam os espaços."
2. Mil golos
A história é ainda curta, mas imensamente gloriosa. O quinto golo marcado pelo Benfica em Chipre, uma excelente execução de Marie Alidou, foi o milésimo golo benfiquista. Mil golos que, à sexta temporada, ajudaram as Inspiradoras a ganharem três Campeonatos Nacionais, uma Taça de Portugal, três Taças da Liga, três Supertaças, um Campeonato Nacional da 2.ª Divisão e a praticamente assegurarem a terceira presença consecutiva na fase de grupos da Liga dos Campeões.
3. Distinção merecida
João Neves foi considerado o melhor médio, em setembro, da Liga Portugal. Esta é uma votação dos treinadores.
4. Embate europeu
A equipa feminina de basquetebol do Benfica joga hoje, na Luz, com o Basket Namur Capitale, da Bélgica. Carolina Cruz revela a ambição do grupo de trabalho: "O objetivo do Benfica é sempre ganhar, portanto, tal como na época passada, vamos tentar estrear-nos bem e trabalhar para uma vitória."
5. Desaire ao soar da buzina
O Benfica não foi feliz ontem frente à Oliveirense em basquetebol, com a derrota a surgir na sequência de um triplo concretizado no último segundo de jogo.
6. Bilhetes esgotados
O clássico de hóquei em patins e o dérbi de futsal terão casa cheia.
7. 20 anos do estádio da Luz
No "Chão Sagrado: memórias da Nova Luz (6)", Paulo Moreno, o andebolista há 18 anos no Clube, partilha as suas memórias do Estádio."
A Taça Latina está incluída?!
"Na boca dos ventríloquos das Antas, o Sport Lisboa e Benfica apenas conta com dois títulos internacionais (Champions League ou Taça dos Clubes Campeões Europeus).
O IFFHS passou a reconhecer a Taça Latina como um título internacional.
Lá se vai mais narrativa!!
E as Contas?! Ninguém assina o documento?!
"A 17 de agosto, quando o Benfica estava em 3.º lugar na classificação mundial de clubes da UEFA na IFFHS, a imprensa nacional fartou-se de evidenciar o assunto como ontem e hoje o fez com o FC Porto.
Que anedota a cartilhagem do Porto Nobo. Até o Pedro Sepúlveda, jornalista da SIC e ponta de lança das Antas, puseram a debitar cartilha.
Só rir com o desespero e as cortinas de fumo lançadas. É cada vez mais óbvio que o Relatório e Contas da SAD portista está prestes a sair."
Ping Pong!!!
"E o António Silva continua a jogar ping pong 🏓…já se deparou com a mesma situação o ano passado na eleição do jogador jovem da liga…mas também para quem está na corrida a melhor jogador jovem mundial, ficar em segundo lugar na eleição para jogador jovem da liga NOS não tem mal nenhum…mais a mais quando o vencedor nem sequer foi a votação para melhor jogador jovem a nível mundial…"
Por uma questão...de justiça
"Há uma justiça desportiva em Portugal e outra na Europa. E isso não é aceitável
O FC Porto contesta a decisão do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol que aplicou a pena de interdição do Estádio das Antas, por um jogo. A razão do castigo esteve no facto de no primeiro jogo dos portistas, em Moreira de Cónegos, terem explodido petardos que causaram ferimentos em duas crianças. Além de um jogo, no Dragão, à porta fechada, o CD juntou uma multa de pouco mais de oito mil euros.
Primeira observação: o FC Porto recorreu para o Tribunal Arbitral do Desporto porque a lei o permite e, como tal, procedeu de forma legítima, em defesa dos interesses do clube que, para já, beneficiará de uma providência cautelar que remete uma decisão definitiva para o futuro incerto .
Segunda observação: todos os processos disciplinares devem garantir a defesa de quem é acusado e, por isso, não me passa pela cabeça que o Conselho de Disciplina tivesse atuado sem ouvir a defesa do FC Porto.
Terceira observação: a justiça dos tribunais admite e até incentiva o recurso de decisões de primeira instância. Daí que se constate que a justiça portuguesa é lenta, às vezes indolente, mas dificilmente se poderá reclamar de não dar suficiente oportunidade de defesa aos acusados.
Quarta observação (e esta será a mais polémica): se a justiça desportiva em Portugal obedece cegamente à lógica global da justiça dos tribunais, corremos óbvios riscos de termos uma justiça nas competições internas e outra justiça nas competições externas.
Esta simples constatação cria na justiça critérios divergentes e como tal origina situações que ferem a equidade das entidades e dos protagonistas desportivos.
Pensemos, por exemplo, na possibilidade dos mesmos petardos terem explodido durante um jogo da UEFA e terem originado ferimentos em crianças que estavam nas bancadas do estádio. Ninguém duvidará que as sanções aplicadas pela justiça do organismo europeu seriam muito mais pesadas, a multa seria multiplicada por um número bem alto e a contestação, a haver, só iria agravar a pena, porque agravaria também a culpa.
É disto que se deve falar no que respeita à aplicação da justiça desportiva em Portugal e, se me permitem a ousadia, fora do contexto técnico do Direito, mas dentro do regulamento de competições e da moral desportiva."
Lobos, Lobos, Lobos, Lobos
"Pode uma simples vitória numa partida de um campeonato do mundo mudar, transfigurar, revolucionar uma modalidade em Portugal? Não só pode, como deve.
Lobos, Lobos, Lobos, Lobos
O campeonato do mundo é de râguebi, a modalidade é o râguebi e a seleção nacional é de râguebi.
Na segunda presença num Mundial, depois de 2007, em França, os lobos, assim são conhecidos quem representa a seleção portuguesa, voltaram ao palco da maior competição internacional da modalidade. 16 anos depois. De novo em França.
Recuando a 2007, os lobos de então mostraram (não só, registe-se) que sabem cantar o Hino de Portugal. Foram verdadeiros heróis que abriram as portas àquilo que ontem, dia 8 de outubro, todo um país testemunhou. A primeira vitória de sempre na competição, e logo frente a uma seleção que está no top 10 mundial, em oitavo, oito lugares acima de Portugal, depois de 4 derrotas em 2007 e dois desaires e um empate, em 2023.
Um feito sem paralelo neste desporto, mais que em qualquer outro, que apesar de ser o mais inclusivo é aquele que mais cria e promove clubes fechados de poderosos (leia-se, nações), onde Mundiais e grandes competições internacionais (Torneio das Seis Nações) têm muito de “Old Clubs” e pouco de meritocracia. Mas isso, é conversa para outro dia.
Os lobos de 2007 foram os heróis de uma geração que hoje se transformou nos novos heróis do râguebi português e, atrevo-me a dizer, da bola oval a nível internacional.
Ao lado dos portugueses nascidos em França, de primeira e segunda geração, os lobos de 2023 fizeram algo único, sem precedente no râguebi mundial. O mundo rendeu-se a uma equipa cuja base é ainda amadora. Sim, amadora. Miúdos e homens que estudam e exercem as suas profissões durante o dia e dedicam-se de alma e coração ao desporto, em treinos individuais e matinais de ginásio, treinos de conjunto à noite e jogos ao fim de semana.
Se no pós-2007, a população de jogadores duplicou, hoje, nos dias que se seguem, espera-se que a revolução vá muito para além das inscrições.
Aos jogadores que ainda são amadores abre-se uma porta gigantesca do mundo profissional, oportunidade para se juntarem a outros que desbravaram caminho em Espanha, Inglaterra e França.
Os clubes franceses, em especial, vão começar a ter olheiros por cá e, quem sabe, vão instalar academias nos clubes nacionais, uma parceria onde todos saem a ganhar. Atletas, clubes, seleção e o país.
À seleção nacional e à Federação Portuguesa de Râguebi, que em boa hora começou por construir uma seleção “B”, os Lusitanos, que deu rodagem a muitos que hoje compõe os selecionados, apostou numa “profissionalização” temporária da seleção, montou esta equipa, o caminho não poderá ser outro que não a profissionalização total. Os jogadores merecem, a modalidade necessita e o desporto nacional agradece.
Os Heróis estão criados, os resultados começaram a aparecer, mas ainda falta mais um passo.
Se há atletas, há vontade e disponibilidade dos mesmos, há clubes, há uma federação capaz de fazer uma aposta séria, no fim da linha há uma chave capaz de aproveitar o que está a jusante para levar a modalidade a montante.
Falo das empresas (onde incluo os Jogos Santa Casa). Apostem neste desporto a quem muitas vezes pedem emprestados os valores que representa nas vossas apresentações e exercícios de motivação. Aos salários emocionais que apregoam juntem um patrocínio real. Estes miúdos, miúdas, homens e mulheres merecem e agradecem.
Nota final que não é uma mera bajulação, mas sim um elogio sincero a todos os envolvidos numa caminhada de 4 anos vindos da 3.ª divisão à primeira vitória num mundial: Federação Portuguesa de Râguebi, clubes, jogadores, equipa técnica, a todos.
Hoje e amanhã somos todos lobos. Lobos, lobos, lobos, lobos!
PS – Recado aos pais e mães: peguem nos vossos filhos e filhas e procurem um clube de râguebi nas proximidades. De Loulé, a Arcos de Valdevez, passando pela Lousã, Moita, Alcochete, Évora, Montemor, Coimbra, Lisboa, Setúbal, Porto, Braga, Guimarães ou Tondela, procurem e façam a inscrição.
A todos, mergulhem no maravilhoso mundo do râguebi, seja pela componente competitiva, na famosa “terceira parte”, seja por via de projetos de cariz social que mudam a vida de outros, como é o caso do trabalho no Oh Gui, Escolhinha de Rugby da Galiza, Escola de São João da Talha e Rugby Com Partilha (declaração de interesses: sou voluntário neste projeto que leva o râguebi às prisões)."
Sou suspeita, mas… aqui fica a inevitável homenagem aos nossos Lobos
"No rugby não se diz mal do árbitro, nem do adversário, nem de jogador nenhum. Fosse assim a vida. Não há um herói: há vários. São todos, na verdade. Nenhuma jogada é toda de alguém.
Não sou especialista em rugby, nem em nenhum desporto, para dizer a verdade. E sou suspeita porque os meus dois filhos jogam rugby desde pequenos e este é um desporto que lhes tem ensinado, a eles e a mim, muito mais do que eu poderia esperar. Mas vamos por partes.
Sobre a nossa seleção.
É uma seleção amadora, os jogadores têm, na sua maioria, as suas profissões e o tempo que dedicam ao desporto é “roubado” às suas famílias e aos seus amigos. Porque rugby não é futebol, esta equipa depende essencialmente dela própria e de alguns patrocinadores (também eles adeptos) para subsistir.
É assim neste contexto que os Lobos fazem o seu caminho até ao Mundial. O Resto foi o que se viu: garra, entrega, espírito de equipa, resistência e… muita “pancada” num desporto que mistura de forma singular a força física e o cavalheirismo. (Veja-se a visita do treinador da seleção das Fiji ao Balneário Português). E Portugal fez história.
Sobre o rugby
É um desporto de gíria francesa, de regras complexas e de atletas “gigantes”, onde a disciplina e a interajuda são chave.
No rugby os árbitros explicam, pedem segunda opinião, admitem erros e, imagine-se, tratam muitas vezes os jogadores por “Senhor”.
No rugby não se diz mal do árbitro, nem do adversário, nem de jogador nenhum. Fosse assim a vida.
No rugby as jogadas são construídas metro a metro, passo a passo, por equipas que se empurram para a frente até ao ensaio ou “try”, que tem este nome porque inicialmente só a conversão marcava pontos. Até aqui vemos a humildade que rege este desporto: o enorme esforço de toda a equipa resulta, numa primeira instância, num ensaio ou tentativa de concretização, convertida depois por outro jogador, num pontapé certeiro entre os postes. Não há um herói: há vários. São todos, na verdade. Nenhuma jogada é toda de alguém.
E porquê falar disto?
Porque o orgulho na nossa Seleção me impele a falar disso, sempre que me deixam, desde domingo dia 8 de outubro e porque nestes tempos azedos de guerra, de crise, de insatisfação e de queixume público constante, achei que valia a pena pensar o que faríamos de diferente se fossemos “Lobos”."