sábado, 23 de setembro de 2023

Muito Benfica para apoiar


"A BNews de hoje é dedicada à atividade benfiquista no fim de semana, que começa já hoje ao final da noite com a Assembleia Geral do Clube.

1. Relatório de Gestão e Contas 2022/23
A Assembleia Geral para apreciação e votação do Relatório e Gestão e Contas 2022/23 do Sport Lisboa e Benfica é hoje, a partir das 20h30, no pavilhão n.º 1 do Complexo Desportivo do Estádio da Luz. Os sócios que queiram participar devem ter a quota de julho de 2023 liquidada. Não falte!

2. Benfica Campus celebra 17 anos
O centro nevrálgico do futebol benfiquista está de parabéns. Foi há 17 anos que o Benfica Campus foi inaugurado e é lá que, todos os dias, se preparara o presente e o futuro do Benfica na modalidade. E neste ano ganhou mais uma valência ao passar a albergar, além do futebol profissional e de formação, também a vertente feminina. Instalações, serviços de apoio e métodos de formação de excelência são as principais características, reconhecidas mundialmente.

3. Ganhar três pontos
O Campeonato de futebol regressa em Portimão para o Benfica. A partida está agendada para as 18h00 de domingo. O Portimonense vem de um triunfo na última jornada, em Guimarães, depois de dois empates.

4. Segundo troféu da época
O hóquei em patins benfiquista procura a conquista do segundo troféu da temporada. Desta feita é a Supertaça, em Tomar, frente ao SC Tomar (sábado, às 15h00).
Para Nuno Resende, "terá de ser um Benfica melhor do que foi na Elite Cup". "Será uma final muito dura. Temos ser inteligentes, usar a nossa experiência e temos de fazer das nossas fraquezas forças" ante um SC Tomar, semifinalista da Elite Cup, a jogar em casa.

5. Edição de estreia
A equipa de voleibol benfiquista tem o primeiro jogo oficial da temporada relativo à edição estreante da Taça Ibérica. Na meia-final, o Benfica defronta o Río Duero Soria, vencedor da Taça do Rei na época passada.
Marcel Matz garante que o grupo de trabalho está focado na obtenção do triunfo: "É mais um troféu em disputa, de nível alto e difícil, na casa do adversário, mas o trabalho que fizemos nos últimos 45 dias foi muito bom. Acredito que temos condições para vencer."
Hugo Gaspar também define a vitória na nova competição como objetivo: "O Benfica propõe-se a ganhar a competição. Estamos no início da época, provavelmente estaremos longe do nosso melhor, mas fizemos um mês e meio de ótima preparação, para nos apresentarmos bem."

6. Embate europeu
O Benfica tem, no andebol feminino, encontro com o SC Witasek Ferlach relativo à 1.ª eliminatória da EHF feminina. A 1.ª mão é na Luz, sábado às 19h00.
Segundo João Alexandre Florêncio, o objetivo benfiquista nesta prova europeia é "ir mais longe do que no ano passado".

7. Protagonista
Mário Silva, treinador de futsal do Benfica, recém-vencedor da Supertaça, é o protagonista da semana. Uma entrevista para ver na BTV e ler no jornal O Benfica.

8. Goleada
A equipa feminina de hóquei em patins ganhou, por 11-1, ao Stuart Massamá na 4.ª jornada da Taça Professor João Campelo.

9. Agenda desportiva
Além dos jogos já mencionados, o Benfica recebe o Gaia em andebol (sábado, 15h00). A equipa feminina volta a jogar domingo, às 15h00, na Luz frente ao Gil Eanes. No futsal feminino, o Benfica defronta, na Luz, o Águias Santa Marta (sábado, 17h00). Os Sub-19 de futebol visitam o Belenenses (sábado, 15h00)."

Sei o que fizeste no VAR passado


"Da questão da divulgação dos áudios à forma como o Boavista contraria a famosa frase de Vampeta

1. Concordo com a opinião do ex-árbitro Pedro Henriques: a divulgação dos áudios do VAR uma vez por mês é desenterrar o passado. É uma espécie de ‘remake’ do filme ‘Sei o que fizeste no verão passado’, com ligeiro ajuste no título: ‘Sei o que fizeste no VAR passado’. Não faz sentido desta forma.
2. «O meu passado não se pode apagar. Dez títulos, 600 milhões entre entradas e saídas...», disse Sérgio Conceição. Já agora convém acrescentar também as 24 expulsões, assim não se apaga mesmo nada, para ser justo.
3. O Chelsea já está a 10 pontos do primeiro lugar na Premier League, em apenas cinco jornadas. Todd Boehly, dono do clube, deve estar a pensar porque é que no Football Manager da vida real não dá para fazer a batota de sair sem gravar e voltar a fazer’ load’.
4. O médio espanhol Javier Serrano não defrontou ontem o Sporting na Liga Europa porque engoliu uma abelha durante o treino. Mais azar do que isto, só cair de costas e partir o nariz.
5. Há avançados com números de médios e há médios com números de avançados, não é Bellingham? Seis jogos e seis golos pelo Real Madrid.
6. O Benfica é a primeira equipa da história da Champions a ter um jogador expulso e dois penáltis contra nos primeiros 15 minutos de jogo. Um azar nunca vem só, mas também não precisa de vir tão bem acompanhado.
7. Messi lesionou-se no último jogo do Inter Miami, em casa, e foi substituído antes do intervalo, o que levou a que os espectadores começassem a abandonar as bancadas. Ou seja, os adeptos vão ao estádio para ver Messi e aproveitam para dar uma olhadela no Inter Miami. Eventualmente.
8. A passagem do médio Vampeta pelo Flamengo, em 2001, ficou marcada por uma frase célebre: «Eles fingem que pagam e eu finjo que jogo.» Lembrei-me disto a propósito do Boavistão, líder da Liga e com salários em atraso. Porque há quem não consiga fingir que joga. Abraço, campeões!"

Gonçalo Guimarães, in A Bola

Vamos tentar acabar de vez com o teatro no futebol? E não, nunca fez parte do jogo


"O repto é ousadíssimo e, bem sei, quase impossível de concretizar, mas a verdade é que cada passo dado no sentido de lutarmos por um jogo mais leal e justo é sempre melhor do que vários percorridos em sentido oposto.
Refiro-me, como já terão percebido, à prática recorrente que alguns atletas incorrem, a de tentar enganar toda a gente simulando lesões, infrações e até agressões que nunca aconteceram, que nunca sofreram, que nunca sentiram.
Começa a ser hora de refletirmos a sério sobre este problema, que na minha opinião tem apenas um nome: batota.
É batota sim, tal como é batoteiro todo e qualquer desportista que deliberadamente invente estratagemas para retirar dividendos imerecidos, à custa do prejuízo injusto da equipa adversária e dos seus profissionais.
Pensem nisso.
Até que ponto é que o desporto pode permitir que um atleta desvirtue de propósito todos os seus valores e essência, só para ‘sacar’ um penálti ou levar à expulsão de um colega de profissão? Mas isto fará sentido para alguém?
Infelizmente as leis de jogo (ainda) não permitem exibir cartão vermelho direto aos batoteiros credenciados, mas hoje os árbitros têm fortes recomendações para serem implacáveis no combate a todo e qualquer tipo de simulação grosseira. Cabe-lhes a responsabilidade de fazer cumprir essas diretivas desde o primeiro minuto de jogo.
Às vezes a melhor forma de sensibilizar é punir. Mas o combate a este tipo de expedientes rasteirinhos não deve começar aí, pelo fim.
É fundamental que esses jogadores - os mais propensos à invenção e criatividade teatral - percebam que a sua qualidade técnica e competência tática não aumenta com atitudes menores. Pelo contrário. Apenas coloca em risco uma carreira meritória, cheia de talento e triunfos, sujeitando-os a rótulos que jamais lhes sairão da pele. Valerá a pena?
Além deles, o papel dissuasor dos seus treinadores é fundamental! Eles devem funcionar como uma espécie de tampão às más práticas, impedindo que recorram padronizadamente a artimanhas artificiais. Não o contrário, nunca o contrário.
Um jogador a sério, um craque dos pés à cabeça, um desportista de verdade, só cai se não conseguir manter-se de pé. Só sofre se a dor for real. Só verga se algo o derrubar.
Quando se diz que “ na Premier League eles não fazem isto”, é porque os primeiros a condenar esse tipo de palhaçadas são os adeptos e estrutura técnica. O próprio clube.
Futebol não é teatro. Nunca foi.
É preciso respeitar o jogo, as suas regras, os seus atores e a essência que lhe está subjacente, mesmo que isso implique perder, porque quem perde assim, ganha sempre no fim.
Na Liga Portuguesa já todos referenciámos jogadores que incorrem reiteradamente neste tipo de práticas. Todos sabemos quem são, quais são e onde jogam. Não nos enganemos com hipocrisias. E entre os que foram para outras paragens e os que agora chegaram a esta, não faltam formas de identificar ‘jogadores-mergulhadores’ e ‘jogadores-atores’, embora a prova maior venha sempre dos próprios, ao continuarem a brindar-nos com cenas que dão vergonha alheia.
Respeito máximo por todos os enormes profissionais da bola, respeito zero por aqueles que querem vencer enganando tudo e todos. Não lhes deem tréguas. E não permitam que o futebol se transforme num circo.
Mais importante ainda: nunca se deixem levar pela cantilena do “ isto faz parte do jogo, ele só fez o papel dele”.
Não faz, nunca fez nem pode continuar a fazer."

Os mouros!


"Carlos Xavier foi infeliz ao chamar muçulmano a Taremi? Foi. Claro que foi. Mas sabe o erro que cometeu e teve a dignidade de pedir publicamente desculpa. Teve dignidade e teve caráter porque é preciso termos dignidade e caráter para assumirmos os erros e pedirmos desculpa. Nem todos têm.
E muito menos são os que podem orgulhar-se do passado desportivo de Carlos Xavier, sobretudo no que diz respeito a ética, humanidade, gentileza, educação e respeito. Carlos Xavier foi um craque como jogador. Mas continua um craque como pessoa.
Conheci Carlos Xavier na já distante década de 80. Um grandíssimo jogador de futebol e simplesmente uma personalidade desportiva sem a sorte que merecia. Porque Carlos Xavier, pelo talento que tinha e pela pessoa que foi enquanto jogador, merecia ter ido muito mais longe do que acabou, infelizmente, por ir.
Como muitos outros jogadores de enorme talento que conheci, também Carlos Xavier não viu cruzar-se a melhor oportunidade com a hora certa e a qualidade que tinha, apesar de todo o sucesso que conseguiu no seu Sporting do coração.
Ainda assim, tornou-se igualmente figura ímpar na belíssima cidade de San Sebastian, norte de Espanha, onde viveu para defender (como o compatriota Oceano) as cores da Real Sociedad, um clube especial, de cultura especial e de pessoas especiais. Só mesmo personalidades como as de Carlos Xavier e Oceano podiam facilmente encaixar na mentalidade dos bascos e na atmosfera de uma cidade maravilhosa em todos os aspetos.
Apesar da vida profissional não lhe ter dado o destaque, como referi, que merecia, e que hoje porventura teria alcançado, Carlos Xavier nunca deixou, porém, que isso lhe condicionasse a alma ou lhe alterasse o comportamento. Foi sempre um rapaz exemplar, um bom amigo, um homem de família, um pai dedicado, um lutador, agarrando sem medo as oportunidades que a vida lhe foi dando para viver, acima de tudo, com dignidade.
Não questiono, evidentemente, as qualidades humanas e a personalidade do homem Taremi. Tendo, aliás, como o próprio Carlos Xavier assumiu no pedido de desculpas que tornou público, também eu a admirar o Taremi cidadão iraniano, evidentemente pelas posições que nunca deixou de assumir na defesa da liberdade, justiça e igualdade no seu país.
Mas também nunca deixei, apesar disso, de me juntar ao coro dos críticos do futebolista Taremi, cuja incompreensível tendência para tentar iludir no campo de jogo adversários e árbitros terá levado agora Carlos Xavier a cometer um excesso na forma como quis afirmar a crítica a esse tipo de comportamento do internacional iraniano.
Carlos Xavier cometeu um excesso, assumiu o erro e pediu desculpa, como devem fazer todas as pessoas de bem com os princípios e valores mais importantes, e inalienáveis, da vida.
Mas no FC Porto, de onde agora se atira a pedra a Carlos Xavier, são muitos os exemplos de quem não é capaz de o fazer. E nunca soube pedir desculpa mesmo tendo sido sempre claramente mais insultuoso do que foi, agora, o antigo internacional do Sporting.
Figuras de um grande clube que em nome da defesa de uma incompreensível pequenez (inúmeras vezes confundindo-a com bairrismo) nunca tiveram a dignidade, nem o caráter, nem a honradez de se retratarem, em tantos e tantos anos disto, por classificarem como «inimigos», «mouros» ou mesmo «filhos da p…» adversários desportivos, sem qualquer pingo de vergonha ou decência, a coberto do despudor e insensatez de autoridades que deviam proteger, regular e defender as boas práticas desportivas, mas quase sempre foram, como diz o povo, assobiando para o lado que mais parecia conveniente.
Agora que Carlos Xavier teve a imprudência de se exprimir de forma absolutamente errada num contexto de análise à Liga portuguesa feita em programa do canal televisivo do Sporting (uma declaração que não lhe ficou nada bem, mas pela qual, no mesmo lugar, repito, pediu desculpa), logo as reações no FC Porto conduziram imediatamente à ação as referidas autoridades desportivas (como, pelos vistos, sempre lhes competiu, mas nem sempre se lhes viu), com a rápida abertura de um processo disciplinar ao Sporting.
Admitindo que tenha passado relativamente despercebido, merecem as palavras do presidente do Sporting um destaque especial em todo este triste episódio. Lembra, e bem, Frederico Varandas o discurso que durante anos foi contribuindo para a divisão, discriminação e xenofobia com que muitas figuras realmente ligadas ao FC Porto (mas também a outros clubes desportivos do norte do País) alimentaram o conflito com os clubes de Lisboa, nomeadamente pelo uso indiscriminado e agressivo da palavra «mouros» sempre que se dirigiam ao universo particular de Sporting ou Benfica.
Deu o presidente do Sporting um exemplo de dignidade ao referir-se ao «comentário infeliz de Carlos Xavier» e ao afirmar que o Sporting «não se revê nesse tipo de comentários».
Mas não deixou, igualmente bem, de lamentar os tratamentos desiguais para os que, e cito, «durante anos puderam fazer e dizer o que quiseram (…) Não sei se têm a noção [referindo-se ao Concelho de Disciplina], acho que têm, mas mouro é sinónimo de sarraceno, de quem pratica o islão. Não acho piada. Acredito que os muçulmanos também não achem piada», comentou o presidente leonino, colocando-se, de novo, do lado certo da luta.

Num País onde os pesos e as medidas no futebol se multiplicam, variadas vezes, de acordo com as circunstâncias, onde os principais responsáveis das diferentes instituições desportivas não podem afirmar desconhecer quem sempre mais contribuiu para a segregação, exclusão, divisão, para os climas de conflito e guerrilha e para quem sempre mais se alimentou desse ódio e intolerância nas práticas e nos discursos, num futebol, ainda, onde se assiste, em áreas como a disciplina e arbitragem, a golpes de misericórdia na credibilidade das competições profissionais (como é possível, com a tecnologia do VAR, cometerem-se, por exemplo, tantos erros graves na análise dos foras de jogo?!!!), já quase nada nos pode surpreender. Apenas podemos lamentar!

A ideia em si pode parecer simples, mas o suicídio cometido pela equipa do Benfica no jogo de estreia na Liga dos Campeões desta nova época assenta, em boa parte, na complexa e estranha tendência que as águias demasiadas vezes revelam para complicarem o seu próprio jogo bem antes de qualquer adversário lhe desferir eventual golpe, mais ou menos fatal.
São, nalguns casos, erros primários que levam a perdas de bola suficientemente comprometedoras, como sucedeu no jogo com os jovens do Salzburg, que em muitos contextos (o da noite de quarta-feira foi especialmente desfavorável aos campeões portugueses) se podem tornar irremediáveis.
Na Luz, frente à mais jovem equipa de sempre na fase de grupos da Champions, o Benfica começou a dar tiros nos próprios pés logo pelo tremendo deslize do jovem guarda-redes Trubin (que turbilhão a estreia na Catedral das Águias!!!), passou pelo erro de Alexander Bah (um imprudente, mal calculado, deficiente e impróprio atraso de bola que provocou o caos que levaria ao segundo penálti e à expulsão de António Silva) e culminou no falhanço de Morato (arriscar, como arriscou, perder a bola naquela circunstância, sem perceber que a equipa estava defensivamente tão desequilibrada, foi outro erro de palmatória).
Por entre esses piores momentos, a equipa de Roger Schmidt lutou, é verdade. Mas não apenas voltou a ser incompetente na finalização (ao que se juntou a magnífica exibição do guarda-redes do Salzburg) como passou muito tempo a complicar o modo de organizar o ataque (chega a impressionar como insiste em manter o chamado centro do jogo onde estão mais jogadores por metro quadrado…) e se autofragiliza por querer jogar quase sistematicamente na vertigem, quando a vertigem a leva a perder muito mais vezes a bola do que seria desejável, sobretudo num jogo, como foi o caso, em que estava a perder e a jogar com dez.
Parece, pois, indispensável um reset na Luz, para utilizar uma expressão informática. Mas para isso, manda a regra que se entenda, pelo menos, que algo está errado. E não me parece que tenha a ver só com a execução; tem a ver também com a ideia."

Punir a SAD?


"UM«m «muçulmano que quando veio para Portugal não sabia nadar e agora já sabe mergulhar» é abjeto de se dizer. É verdade que Taremi tem um defeito em particular enquanto profissional de futebol. Simula até cansar quem assiste à sua prática corrente. Já não restam dúvidas que tal atuação é grave o suficiente para se tornar alvo de precaução dos árbitros bem como não se livra de análise exaustiva e pormenorizada a todas as suas exibições nos relvados nacionais e internacionais. Ainda assim, merece respeito enquanto pessoa apesar da forma como pratica a sua profissão (essa sim, objeto de escrutínio e crítica).
Portanto, a declaração de Carlos Xavier tem tudo de errado, tendo servido de atenuante a sua retratação pública. Mas a anormalidade não se fica apenas pelas palavras do ex-jogador leonino e da Real Sociedad pois o regulamento disciplinar da Liga (RD) pune as sociedades desportivas por atos praticados por indivíduos como ele que agiram por sua própria conta e responsabilidade e que não são, puramente, agentes desportivos.
É verdade que a alínea b) do n.º 1 do artigo 4.º do RD e a alínea b) do artigo 4.º do RD da Federação Portuguesa de Futebol englobam como agentes desportivos os «colaboradores» dos clubes, ou seja, de um qualquer prestador de serviços a um mero voluntário. Em Portugal, «agente desportivo» é um conceito exageradamente lato por se pretender açambarcar todos aqueles cujo mínimo suspiro se possa conectar ao espetáculo desportivo. Os comentadores são «colaboradores» para efeito disciplinar sem sequer serem figuras diretamente ligadas aos jogos como sucede com os observadores de árbitros, delegados, agentes das forças de segurança pública, ARD’s, médicos, massagistas, bombeiros, apanha-bolas, jornalistas e fotógrafos de campo.
Comentadores em canais de clubes são, no máximo, adeptos. As sociedades desportivas não deveriam ser penalizadas por comportamentos incorretos dos adeptos como também não o deveriam ser por comentários irresponsáveis de adultos, maiores e vacinados, até porque existe justiça comum para esse desiderato. Prove a Sporting SAD que foi alheia às palavras de Xavier ou que não tinha forma de as evitar e tem uma chance de se livrar..."

João Diogo Manteigas, in A Bola