Rodapé...!!!


"As capas dos três diários desportivos de hoje dizem bem a conluio existente entre eles e o FC Porto desde a famosa reunião do Altis. O hotel onde foi orquestrado todo o esquema criminoso.
Depois de andarem durante anos a fazer capas com títulos de letras garrafais, largarem tinta por centenas de páginas, usarem especialistas da especialidade a comentar os "casos" nascidos por emails roubados por Rui Pinto, alterados, truncados e divulgados por Francisco J. Marques e Diogo Faria, agora que foi conhecida a sentença dos prevaricadores - bandidos mesmo - para informar os seus leitores o jornal O Jogo dá uma nota de rodapé no caso de A Bola e do Record quase é necessário uma lupa para encontrar uma menção à decisão do tribunal de condenar os bandidos.
E mesmo quando o juiz Carlos Alexandre diz na sentença que “𝙝𝙤𝙪𝙫𝙚 𝙪𝙢𝙖 𝙨𝙪𝙗𝙫𝙚𝙧𝙨ã𝙤 𝙥𝙧𝙤𝙥𝙤𝙨𝙞𝙩𝙖𝙙𝙖 𝙙𝙤 𝙨𝙚𝙣𝙩𝙞𝙙𝙤 𝙙𝙤𝙨 𝙚𝙢𝙖𝙞𝙡𝙨 𝙙𝙞𝙫𝙪𝙡𝙜𝙖𝙙𝙤𝙨, 𝙘𝙤𝙢 𝙤 𝙞𝙣𝙩𝙪𝙞𝙩𝙤 𝙙𝙚 𝙛𝙖𝙯𝙚𝙧 𝙘𝙧𝙚𝙧 𝙦𝙪𝙚 𝙚𝙨𝙩𝙖𝙧𝙞𝙖 𝙚𝙢 𝙘𝙪𝙧𝙨𝙤 𝙪𝙢 𝙥𝙧𝙤𝙟𝙚𝙩𝙤 𝙘𝙤𝙧𝙧𝙪𝙥𝙩𝙞𝙫𝙤, 𝙦𝙪𝙖𝙣𝙙𝙤 𝙙𝙤𝙨 𝙚𝙢𝙖𝙞𝙡𝙨 𝙚 𝙙𝙖 𝙨𝙪𝙖 𝙡𝙚𝙞𝙩𝙪𝙧𝙖 𝙞𝙣𝙩𝙚𝙜𝙧𝙖𝙡 𝙚 𝙘𝙤𝙢 𝙤 𝙙𝙚𝙫𝙞𝙙𝙤 𝙧𝙚𝙨𝙥𝙚𝙞𝙩𝙤, 𝙙𝙖𝙡𝙞 𝙣ã𝙤 𝙨𝙚 𝙧𝙚𝙩𝙞𝙧𝙖 𝙖 𝙥𝙧á𝙩𝙞𝙘𝙖 𝙙𝙚 𝙦𝙪𝙖𝙡𝙦𝙪𝙚𝙧 𝙘𝙧𝙞𝙢𝙚”, serviu para ser destaque nos jornais. A tal comunicação social do regime, na boca dos portistas.
Estes vendidos são cúmplices do maior escândalo do desporto nacional e da tentativa de assassinato público da MAIOR INSTITUIÇÃO DESPORTIVA DE PORTUGAL. São os ajudantes da organização criminosa que preparou este ataque.
Continuem a comprar jornais deles..."

Arábia Saudita. A Liga dos novos ricos


"Estão basicamente a matar o futebol. Os pais agora querem que os filhos pratiquem desporto, não pelos valores ou para serem saudáveis mas para serem ricos.

Ficámos a saber há poucos dias que o PIF (Public Investment Fund), um fundo de investimento do Estado saudita, comprou os quatro maiores clubes de futebol daquele país. Nas declarações à comunicação social, o governo anunciou que pretende que a sua liga seja das dez mais fortes do mundo. O clube onde joga Cristiano Ronaldo foi um dos incluídos num pacote, que quer levar a breve trecho outras estrelas do futebol europeu como Benzema e Kanté (já apresentados), Modric, Sérgio Ramos ou Jordi Alba, tendo tentado também, sem sucesso, Lionel Messi. Depois das famosas SADs, Sduqs e dos fundos que vieram alterar todo o paradigma do desporto rei, chega-nos agora um tempo em que para além da lógica mercantilista levada ao extremo, ainda temos uma mesma entidade que mexe os cordelinhos tipo marionetas e pode perfeitamente definir quem é campeão a cada ano, acelerando num ou desacelerando nos outros conforme vontade.
É verdade que a lógica do associativismo, do amor à camisola e dos clubes de bairro morreu há muito. Infelizmente. Por um lado devido a uma gestão danosa de quem se encontrava à frente dessas entidades mas também porque muitas vezes esses clubes eram pensados não para gerar grande lucros ou fortunas mas sim para servir a população e para dar uma oportunidade às crianças de praticarem desporto. Algo que fazia orgulhar as gentes da terra e que lhes imprimia uma competitividade saudável. Nos dias de hoje os clubes regra geral deixaram de ser dos sócios e mesmo nos que são, estes decidem pouco ou nada. É por isso que alguma da sua magia também se vai perdendo, pela forma como é tudo orientado para o negócio e não pelos valores e pela identificação com um símbolo.
O clube da minha terra, por exemplo, o Centro Desportivo de Fátima, sempre foi um orgulho dos locais, com imensos jovens a praticar desporto e jogadores formados localmente na equipa principal. Quando começaram a sonhar com outros voos de facto foi muito divertido mas quando se foram a ver as contas, o rombo era impagável. Qual foi a solução encontrada? Vender pelo valor da dívida a uns supostos salvadores, vindos das arábias. O resultado foi o mesmo que vários outros que vamos encontrando por aí: ordenados em atraso, dívida que nunca foi paga, um afastamento progressivo dos fatimenses dos jogos do clube, culminando com uma insolvência que o fez recomeçar do zero, na ultima divisão distrital.
Esta nova fórmula dos glutões e dos milhões não tem fim, é o tempo do “quem dá mais”, da concorrência desleal e da falta de capacidade das instâncias que regem o mesmo, de impor limites e quando o fazem tipo fair play financeiro, arranjam sempre uma forma dos mais fortes escaparem a penas pesadas. Estão basicamente a matar o futebol. Os pais agora querem que os filhos pratiquem desporto, não pelos valores ou para serem saudáveis mas para serem ricos."

Silvio Berlusconi e aquele AC Milan que mudou o futebol


"Entrou com estrondo, ajudou a construir uma das melhores equipas da história do jogo e foi senhorial na Europa. Berlusconi, que morreu aos 86 anos, vítima de complicações decorrentes de uma leucemia, tornou-se num dos presidentes mais bem-sucedidos da história do futebol e partiu ainda com o sonho de ver o Monza, que comprou em 2018, sagrar-se campeão de Itália

Em junho de 1986, a neoclássica Arena Civica de Milão tremia em sobressalto. Os adeptos, uns 10 mil, dizem os relatos da altura, esperavam apenas ver a apresentação da equipa do AC Milan para a nova temporada, mas do nada as colunas começaram a gritar a épica “Cavalgada das Valquírias” de Wagner, enquanto os jogadores aterravam de helicóptero.
Nos anos 80, aquilo não era normal.
Silvio Berlusconi, empresário que tinha salvado o clube da bancarrota uns meses antes, apresentava assim as suas ambições para o clube. Seria grande, esplêndido, monumental, o regresso ruidoso, como ele, do bicampeão europeu nos anos 60, do histórico 10 vezes vencedor da Serie A, caído em desgraça à conta de um escândalo de resultados combinados, o Totonero, que havia atirado a equipa para a Serie B pela primeira vez no início dos anos 80.
Daí até ao dia em que entregou o clube a investidores chineses, em 2017, o polémico magnata italiano, que morreu esta segunda-feira com 86 anos, vítima de complicações decorrentes de uma leucemia, tornou-se, também, um dos presidentes mais bem-sucedidos da história do futebol, com um total de 29 troféus, entre eles cinco Taças dos Campeões Europeus/Liga dos Campeões e oito títulos da Serie A. E mudando a face do futebol tão rápido quanto as suas primeiras decisões.
Não por causa dos helicópteros e das apresentações over the top, diga-se. No dia em que Arrigo Sacchi, antigo futebolista amador e vendedor de sapatos, eliminou o AC Milan com o seu modesto Parma na Taça de Itália, a história do futebol começava a desenhar-se. Berlusconi não descansou enquanto não levou Sacchi para San Siro, ignorando as desconfianças de quem não acreditava em alguém tão pouco experiente, e o técnico italiano forjou ali uma das melhores e mais influentes equipas da história do jogo.

De Sacchi a Capello
Com um futebol de ataque, pressionante, entusiasmante, a antítese do tradicional catenaccio transalpino, aquele AC Milan de Sacchi dominou a Europa: a Milão chegaram Marco van Basten, Ruud Gullit e Frank Rijkaard, um trio neerlandês como o futebol total que Sacchi tanto gostava, apoiado por históricos italianos como Franco Baresi, Alessandro Costacurta, Roberto Donadoni, Paolo Maldini e Carlo Ancelotti. Campeão em casa logo em 1987/88, o Milan sagrar-se-ia campeão europeu em 1988/89 e em 1989/90, esta última final frente ao Benfica. A influência, essa, ficou. Até hoje: de José Mourinho a Pep Guardiola, tantos citam esse Milan como essencial para a sua educação futebolística.
Já com Fabio Capello no banco, Berlusconi veria o seu clube, o mesmo que o pai o levava a ver em criança, vencer mais três títulos internos entre 1992 e 1994, fase em que o Milan chegou a estar 58 jogos da Serie A sem perder. Chegou ainda a três finais da Liga dos Campeões seguidas, de 1993 a 1995, vencendo a edição do meio, um arrasador 4-0 ao Barcelona de Johan Cruyff.
Pelo caminho, Milanello tornou-se a referência entre os centros de estágios da Europa. Berlusconi, sempre despudorado, dizia por esta altura que o Milan era a coisa mais conhecida de Itália “depois da mafia e da pizza”.
O início do século traria uma nova fase de sucesso para o clube, com Carlo Ancelotti no banco: mais um título na Serie A, em 2003/04, e duas vitórias na Liga dos Campeões, em três finais. Andrea Pirlo, Andriy Shevchenko, Kaká ou Alessandro Nesta entravam numa galáxia onde ainda orbitavam Maldini e Costacurta.

Um Presidente dentro do balenário
Interventivo e muito presente, Berlusconi arrogava-se de tomar decisões no clube que iam bem além do papel do presidente. “Toda a gente fala do Milan do Sacchi, do Zaccheroni e do Ancelotti, mas nunca se ouve falar do Milan de Berlusconi. Há 18 anos que escolho titulares, dito as regras e compro os jogadores”, lamentou-se em 2004, frase recuperada pela AP.
Berlusconi chegou também a dizer publicamente que exigia a todos os treinadores do Milan que jogassem com dois avançados, ficando por saber se a regra era real ou apenas um desabafo. Certo é que dos técnicos que marcaram o seu reinado em San Siro, só chegaram elogios: “Foi um grande homem que tentou melhorar Itália e o seu desporto, mas nem sempre foi compreendido”, sublinhou Arrigo Sacchi. À agência italiana ANSA, o treinador frisou ainda que Berlusconi era “um homem generoso”.
Já Ancelotti, citado pela AP, lembrou que Berlusconi era um presidente diferente: "Criticava-nos quando as coisas estavam bem e dava-nos todo o apoio quando as coisas corriam mal. A maior parte dos presidentes fazem exatamente o contrário”.

A entrada na política, a venda e o Monza
O que Berlusconi deu ao futebol, também tirou para benefício próprio. Talvez sem os sucessos do Milan não haveria uma carreira política para Il Cavaliere, que em 1994, apenas quatro meses após fundar o Forza Italia, se tornou primeiro-ministro italiano pela primeira vez, numa carreira política que durou até ao dia da sua morte. O Milan, disse, era a “única coisa sagrada” onde se havia envolvido, tudo o resto era “profano”.
A segunda década do século 21 seria de menor fulgor para o Milan, que em 2006 foi um dos clubes condenados no caso Calciopoli. Outrora um dos homens mais ricos do Mundo, Berlusconi deixou de conseguir combater os rivais dentro casa e também na Europa, onde ainda era mais senhorial. Até ao título de 2021/22, já sem Berlusconi, foram 11 temporadas sem vencer a Serie A. O clube seria vendido a um consórcio chinês em abril de 2017, por mais de 700 milhões de euros.
Mas a lenda de Silvio Berlusconi, empresário, político, polemista profissional e presidente de clubes de futebol, não terminaria por aí. Um ano depois de vender o Milan, juntou-se de novo a Adriano Galliani, seu braço direito durante toda a caminhada nos rossoneri, comprando o Monza por módicos três milhões de euros. Em cinco anos, o clube subiu da Serie C, o terceiro escalão do futebol italiano, para a Serie A. Em 2022/23, na temporada de estreia na primeira divisão, o Monza terminou em 10.º. O sonho de Berlusconi era levar o clube até ao título italiano, mas agora o caminho será feito sem ele. E há muito que o futebol não sabe o que isso é."

O que é a "Ética"?


"Recentemente li uma notícia sobre um "tweet" que o CF "Os Belenenses" colocou a felicitar a promoção do Lank Vilaverfense à Liga Portugal 2, após ter vencido o B SAD, que foi assim despromovido para a Liga 3.
Quem segue o "futebol" com atenção em Portugal, por certo se lembra do histórico administrativo que existiu entre o CF "Os Belenenses" e o B SAD, após a divisão entre o clube e a SAD em 2018 e que provocou o corte de todas as relações institucionais e desportivas, culminando em ações judiciais que só foram decididas pelo Tribunal em 2022.
Quando vi o título da notícia: "A provocação do Belenenses ao B SAD após a descida à Liga 3" e li o conteúdo da mesma: "o emblema do Restelo lançou mais uma ‘acha para a fogueira’ na guerra entre os dois clubes", e sendo eu Embaixador do PNED, lembrei-me logo desta fantástica pergunta: "Mas afinal, o que é a Ética?".
Se lermos o "tweet" de uma forma neutra (sem conhecer o "passado"), não se vai interpretar que foi feita uma provocação, se o lermos de uma forma negativa (tendo a noção do "passado" e considerando o "futuro"), vamos interpretar como uma provocação e se o lermos de uma forma positiva (tendo a noção só do "presente" e considerando o "futuro"), vamos interpretar como uma felicitação a uma promoção aos campeonatos profissionais.
"A Ética é o conjunto de valores e princípios que todos usamos para decidir as 3 grandes questões da vida que são: "Quero", "Devo" e "Posso". Existem coisas que eu quero mas não devo, existem coisas que eu devo mas não posso e existem coisas que eu posso mas não quero".
A "Ética" é definida através dos princípios da sociedade e a forma como e quando "comunicamos" vai estar sempre exposta a interpretações neutrais, positivas e negativas, pelo que todos os processos de comunicação (individuais ou colectivos) são cada vez mais importantes para a imagem das organizações e a forma como querem ser reconhecidas pela sociedade."

O relatório da ERC, já tinha desmascarado este esquema....

Outro...

A Carta: Incendiários!

Tribunal reconhece comportamento criminoso no caso dos emails


"O chamado "processo dos emails" terminou hoje, com o Tribunal a condenar quem divulgou a correspondência do Benfica e a reconhecer o seu comportamento criminoso.
Em 2017, os responsáveis pela comunicação do Futebol Clube do Porto truncaram o conteúdo de emails e criaram narrativas assentes em mentiras que divulgaram no Porto Canal – tudo com o intuito de associar o Benfica a práticas criminosas, denegrindo o seu bom-nome e atingindo a sua reputação.
Agora, o tribunal deu como provado que houve manipulação de informação e que se usou o direito a informar como pretexto, sendo certo que, como explicou o Juiz, a mentira jamais pode servir o interesse público.
O Sport Lisboa e Benfica considera que o reconhecimento dos crimes de violação de correspondência agravada e de ofensa a pessoa coletiva, embora não apague da memória a campanha negra de que o clube foi vítima, deu sentido ao esforço para que, no fim, ganhasse a verdade.
Emails truncados, com interpretações falsas, despudoradamente divulgados através do Porto Canal merecem a total condenação e reprovação pública.
A rivalidade desportiva não explica tudo nem tudo pode."

O bandido!

Narrativa...

Manipulação...

Sempre Que O Crime Compensa, É Prova De Que A Justiça Não Funciona!


"É claramente o caso das condenações conhecidas hoje, passados 5 anos, relativas ao processo da divulgação dos emails: o crime compensou!
Agora vêm aí recursos e mais recursos. Um dia, lá para as calendas, quando isto transitar em julgado, se ainda por cá andar, voltarei ao tema para perceber como a FPF/Conselho de Disciplina, a CMVM e a Liga de Clubes tratarão de assunto de tamanha gravidade (até hoje o silêncio imperou).
E o nosso Benfica? Não me passa pela cabeça que, com o seu "dream team" de advogados pagos a peso de ouro, o clube não tenha para este processo uma resposta jurídica à altura dos gigantescos prejuízos que lhe foram causados."

Cegos?!!!


"O tribunal acaba de confirmar que dois colaboradores do FCP incorreram na irregularidade em questão. Vai a FPF cumprir com o seu regulamento disciplinar ou continuar a fechar os olhos?"

Artigo 57


"1 ano e dez meses de prisão com pena suspensa para o arguido por violência doméstica e agora condenado nos emails, Francisco J. Marques.
Entretanto, os cães de fila já lhe estão a lavar a imagem, fazendo disto uma vitória, pois sabem o que fizeram e como o executaram. Mas o Chico da coleira elétrica tem de ter cuidado, pois um passo em falso e vai fazer tripas à moda do Porto para Custóias.
Infelizmente, o que se retira disto é que o crime compensa, ou não estariam os seus advogados felicíssimos. Este bandido lesou o Benfica em milhões de euros, destruiu com recurso ao crime, mentiras e à sua língua porca a imagem de uma instituição centenária e vai-se safar da prisão efetiva devido ao medo que a justiça tem do FC Porto. Os meios, para estes criminosos, justificaram os fins, e a justiça foi conivente com isso.
Espera-se agora que a FPF e o CD, sempre tão intransigentes nos seus regulamentos e céleres a aplicarem multas e castigos, empreguem de forma justificada e sustentada o artigo 57.
"O melhor está para vir”."

Condenados


"Segundo o juiz, "truncaram, construíram narrativas com inverdades". "O arguido fez (..) manipulação da informação."
✅ Francisco J. Marques: 22 meses de prisão com pena suspensa.
✅ Diogo Faria: 9 meses de prisão com pena suspensa.
✅ Indemnização de 10 mil euros a Luís Filipe Vieira.
Veremos agora se a Seleções de Portugal vai fazer cumprir com os regulamentos e penalizar o FC Porto com a exclusão das competições nacionais.
Veremos, igualmente, o que fará a CMVM a respeito desta condenação, num processo que envolveu dias empresas citadas em bolsa e que conta já com várias condenações.
No fim disto tudo, a reter, fica o sentimento de impunidade a que os dirigentes no FC Porto são sujeitos. COMPRAM TUDO E COMPRAM TODOS!"

Resumo do dia:


"🏆 Taça de Portugal hóquei em patins feminino
🏆 Taça de Portugal polo aquático feminino
🏆 Campeões nacionais de Juvenis
🏆 Campeões nacionais de basquetebol
Vamos por mais! 💪🏼"

Campeões, Campeões, Nós Somos Bi-Campeões! Lindoooooooo!


"Nem o vergonhoso CD da federação de basquetebol nos conseguiu parar. Verdade que com o Travante em campo foi mais saboroso, mas a patifaria ninguém a apaga. Depois do arraso no jogo 3, hoje mais outra grande vitória no pavilhão João Rocha. Foram enormes!
Muito bem a direção do Glorioso: a festa não se faz com esta federação, a festa faz-se com os adeptos na nossa casa!
BENFIIIICAAAAAAA!!!"

Novas entradas para o nosso museu. Ainda alguns títulos em disputa que queremos ganhar!


"🏆 Campeão Nacional de Futebol
🏆 Campeão Nacional de Basket
🏆 Campeão Nacional de Voleibol
🏆 Campeão Nacional de Atletismo - Corta-Mato Longo
🏆 Campeão Nacional de Atletismo - Corta-Mato Curto
🏆 Campeão Nacional de Natação
🏆 Taça de Portugal de Basket
🏆 Taça de Portugal de Futsal
🏆 Taça de Portugal de Voleibol
🏆 Taça da Liga de Futsal
🏆 Supertaça de Portugal de Hóquei
🏆 Supertaça de Portugal de Andebol
🏆 Campeão Nacional de Futebol feminino
🏆 Campeão Nacional de Hóquei feminino
🏆 Campeão Nacional de Andebol feminino
🏆 Campeão Nacional de Polo Aquático feminino
🏆 Campeão Nacional de Judo feminino
🏆 Campeão Nacional de Luta Olímpica feminino
🏆 Taça de Portugal de Futsal feminino
🏆 Taça de Portugal de Hóquei feminino
🏆 Taça de Portugal de Andebol feminino
🏆 Taça de Portugal de Polo Aquático feminino
🏆 Taça da Liga de Futebol feminino
🏆 Taça da Liga de Futsal feminino
🏆 Taça FPB de Basket feminino
🏆 Taça Vítor Hugo de Basket feminino
🏆 Supertaça de Portugal de Futebol feminino
🏆 Supertaça de Portugal de Futsal feminino
🏆 Supertaça de Portugal de Hóquei feminino
🏆 Supertaça de Portugal de Basket feminino
🏆 Supertaça de Portugal de Andebol feminino
🏆 Supertaça de Portugal de Polo Aquático feminino
🏆 Supertaça de Portugal de Luta Olímpica feminino."

Domingo de conquistas


"Dois Campeonatos, duas Taças de Portugal, grande domingo para o nosso Benfica. Estes triunfos constituem o destaque da News Benfica.

1
Somos bicampeões nacionais de basquetebol! Grande desempenho e nova vitória (85-101) sem margem para contestação sobre o Sporting no Pavilhão João Rocha dá-nos o 29.º título nacional do nosso palmarés nesta modalidade, numa época em que também vencemos a Taça de Portugal.
Conforme explicado em comunicado, a nossa equipa não participou na cerimónia de entrega do troféu, optando por festejar com os Benfiquistas na Luz, que acorreram em bom número.
Contrariamente ao veiculado, o Sport Lisboa e Benfica não recusou a entrega do troféu, chegando mesmo a designar dois representantes para o efeito. Somente não quis participar na cerimónia de entrega em protesto por um "comportamento discriminatório e inaceitável" do Conselho de Disciplina.
Veja as imagens da celebração de mais um título e leia a mensagem de Rui Costa dirigida aos protagonistas deste sucesso.

2
Os bicampeões nacionais de basquetebol marcam presença, hoje, na Benfica Official Store do Estádio da Luz, às 18h00. Não falte!

3
A nossa equipa Sub-17 de futebol sagrou-se campeã nacional ao bater o Braga, no Benfica Campus, por 3-2. Esta conquista (a terceira nas últimas quatro edições da prova) premeia a melhor equipa ao longo da época no escalão.

4
As decacampeãs nacionais de hóquei em patins continuam detentoras da Taça de Portugal, após baterem, na final, o CA Feira, por 1-5. É a 9.ª conquista consecutiva benfiquista na prova.
Veja o resumo do jogo e as imagens da festa e leia a mensagem de felicitações do presidente Rui Costa.

5
Está também de parabéns a nossa equipa feminina de polo aquático, ao juntar a Taça de Portugal ao tetracampeonato, batendo na final o Cascais WP. O treinador António Machado realça a excelente temporada: "Foi uma época extraordinária do Benfica, alcançámos todos os títulos a que nos propusemos. Foi, talvez, a época mais difícil de os conquistar."

6
Falta-nos um triunfo para o hexacampeonato de futsal no feminino. No jogo 3 da final, disputado na Luz, ganhámos por 4-1.
Alex Pinto enfatiza a importância de ganhar e elogia a equipa: "Cumprimos a tarefa. Nos jogos da final não importa o resultado, importa é vencer. Elas pensam Benfica, suam Benfica e parece-me que deram uma boa resposta pela forma aguerrida como disputaram o jogo."
A próxima partida é no dia 17, em Fafe.

7
No jogo 2 da final do Campeonato de hóquei em patins, derrota com o Sporting, por 6-3, no Pavilhão João Rocha. A final está empatada e o terceiro jogo é na Luz, quarta-feira às 20h30.

8
Não deixe de ver a série "Eu Amo o Benfica", que desvenda os bastidores do 38. Todos os episódios estão disponíveis no BPlay."

O Benfica pagou um recorde de €25 milhões por Kökçü, o novo médio a quem vai entregar a bola


"A contratação ficará para a história: o Benfica confirmou que rebentou com o recorde de transferências em Portugal para contratar o internacional turco, de 22 anos, recém-campeão dos Países Baixos com o Feyenoord. Pagar tanto por Orkun Kökçü é uma demonstração de ambição - e vontade em (voltar a) ter um médio para assumir todo o jogo na equipa de Roger Schmidt

Nasceu nos Países Baixos quando ainda eram chamados de Holanda, veio ao mundo em Haarlem, as escolas do Groningen acolheram-no e a formação do Feyenoord pescou-o para o limar até ao futebolista adulto que é hoje: do tipo que se aprimorou na arte de bater com o pé na bola parada ou a rolar, Orkun Kökçü é um médio de passe, risco e provocação aos adversários que atrai a si a responsabilidade de ditar a posse de bola de uma equipa. É um resumo possível do jogador em quem o Benfica viu motivos suficientes para gastar um valor recorde na sua contratação.
Os inauditos €25 milhões para clubes portugueses (poderão ser mais €5 milhões se certos objetivos forem cumpridos) são uma soma que demonstra saúde financeira e vontade do clube em arriscar nos euros para a mira dos objetivos desportivos não estarem só postos cá dentro. O futebolista em causa justificá-lo-á. Capitão do Feyenoord, Kökçü é um médio que participa no início das jogadas, mostrando-se na saída de bola, nos seus interlúdios a associar-se e a tabelar com gente no meio-campo e, depois, também é capaz de rasgar passes para deixar companheiros com hipótese de remate à baliza. Esta época, marcou 12 golos, deu cinco assistências e foi campeão neerlandês.
Com bola, mesmo sem a rapidez ou a explosão de movimentos como apanágio, o turco assumiu muito a condução de bola no Feyenoord - colando-a ao pé direito e dando pequenos toques, atraía adversários para os tirar da frente e depois soltar. Parece lento, mas nota-se que pensa rápido. E fossem livres ou penáltis, era Kökçü quem mais os batia na equipa neerlandesa, aptidão que terá pesado também na deliberação do Benfica para a sua compra, ao coincidir com a saída de Alejandro Grimaldo e do seu pé esquerdo no qual todas as bolas paradas eram depositadas.
O turco de 22 anos passar a ser a contratação mais cara do futebol português justifica-se pelo que já joga e o que pode vir a jogar. Escreveu Tomás da Cunha, analista e comentador da Tribuna Expresso, que Kökçü “tem tudo para replicar o impacto de Enzo Fernández na liga portuguesa”. O perfil de jogador denota-o, como a carência vista no Benfica desde a saída do argentino - após o Mundial, confiou-se sobretudo a Chiquinho aquele papel reservado a um médio construtor de jogo que descaía um pouco para a esquerda na fase de matutar o início das jogadas. O turco vindo do Feyenoord oferecerá coisas que o português não tem no seu jogo.
Condignamente, vestia o número 10 no Feyenoord nesta temporada que finda e na anterior, quando foi com a equipa até à final da Liga Conferência e perdeu frente à AS Roma de José Mourinho. Pela primeira vez na carreira, o médio turco terá agora de jogar com o peso das expectativas que a etiquetagem de preço deposita em qualquer jogador face ao contexto onde chega - €30 milhões para Portugal é astronómico e de Kökçü vai esperar-se tudo e admitir-se menos quando jogar abaixo do que se esperará dele.
O quiçá maior desafio da vida futebolística do turco também o será para o Benfica sob a presidência de Rui Costa, que à aposta em Roger Schmidt faz então suceder um salto de fé de milhões num jogador que o treinador conhece das duas épocas que passou (entre 2020 e 2022) no PSV Eindhoven. Isso ajudará sempre, falta averiguar como Orkun Kökçü lidará com um futebol sem a mesma fixação em atacar a baliza a toda a hora, além das equipas adversárias a defenderem-se nos blocos baixos e prudentes que não existem com tanta abundância na Eredivisie dos Países Baixos.
Dos gabinetes altos da Luz é dado mais um sinal de investimento que acresce aos vistos nas últimas épocas: os €20 milhões pagos por Julian Weigl e Raúl de Tomás em 2019, além de Everton Cebolinha em 2020, só ficavam a dever aos €22 milhões gastos em Raúl Jiménez em 2016, e aos €24 milhões até agora recordistas canalizados para Darwin Núñez, há três épocas. Destes anteriores depósitos de investimento, só o uruguaio esteve próximo de se assumir desportivamente e sem espinhas. O Benfica terá esperanças que Kökçü o faça e deu-lhe um contrato até 2028, rotulando-o com uma cláusula de rescisão de €150 milhões."

Schmidt às segundas


"O mistério adensa-se à medida que olhamos para trás e vemos o mau exemplo dos últimos treinadores campeões pelo Benfica, inexplicavelmente sempre piores que no retumbante ano de estreia. Jesus passou as passas do Algarve naquele desgastante 2010-11, com derrota a toda a linha contra Villas Boas; Rui Vitória, apesar de até ter feito a dobradinha, não a atingiu com o mesmo brilhantismo com que ganhou o campeonato no ano anterior; e a hecatombe de Bruno Lage em 2019-20, depressão profunda para a qual ainda não se encontraram motivos totalmente válidos.
Que tem o destino guardado para Roger Schmidt? Principalmente, e a pergunta a fazer é esta sobretudo, o que podem esperar os adeptos benfiquistas? Merecerão nova vaga de tristeza após ano de delírio? Fizemos trouxa e partimos á procura duma resposta, vasculhando no passado do treinador alemão a ver se saltavam pistas. E aí estão elas!

RED BULL SALZBURGO
O ano de estreia, 2012-13, não correu de todo mal a Roger Schmidt, que foi segundo posto numa Liga onde o peso histórico do Austria de Viena ainda amedrontava uns homens da Red Bull em início de projecto. Cinco pontos atrás do líder, fruto dos incómodos 11 empates em 36 jogos – mas 22 vitórias e 91 golos marcados eram já números de concorrente sério ao título e prometiam melhorias substanciais.
No segundo ano, tudo Schmidt levou, numa rajada de futebol de ataque assente no dom futebolístico de Gúlacsi, Hinteregger, Kevin Kampl, Sadio Mané ou Jonathan Soriano (que, nossa senhora, faz 48 golos! no total da temporada) – campeonato no bolso com 25 vitórias, 110 golos marcados (3,05 por jogo, no Benfica 2022-23 fez …2,41) e 35 sofridos, menos quatro que no primeiro ano; Taça também para o Museu com 34 golos marcados em… seis jogos e Liga Europa assinalável, com uma fase de grupos exemplar – seis jogos e seis vitórias – e a eliminação do Ajax nos 32 avos, para depois cair ingloriamente perante o Basileia na ronda seguinte.

BAYER LEVERKUSEN
Passar a Bundesliga austríaca a ferro normalmente dá direito a tentar o nível acima de dificuldade. Como tal, surgiram prontamente os farmacêuticos da Bayer a dar-lhe oportunidade de melhorar o trabalho de Sami Hyypiä, o lendário central finlandês que os tinha levado ao terceiro lugar interno e aos Oitavos da liga milionária.
Schmidt percebeu o intuito e começou a implementar o seu plano, ainda que não se tenha logo notado grande coisa: 2014-15 deu quarto lugar (17 vitórias em 34 jornadas, 62 golos marcados e 37 sofridos) e outros Oitavos uefeiros, até cair aos pés de Simeone. Son e Bellarabi renderam 11 golos na liga, Kiessling foi o melhor marcador no total da temporada, com 18. Faltasse talvez mais poder de fogo…
E em 2015-16 conseguiu-se a contratação de Chicharito, o mexicano coqueluche de Alex Ferguson e que viu na Alemanha lugar mais apropriado para continuar a carreira depois da queda do United. Agradeceu Schmidt, que salivou a pensá-lo como último homem do seu 4-4-2: resultou bem, foram 26 golos que ajudaram ao terceiro lugar (com 18 vitórias em 34 jogos) mas que não trouxeram melhorias a nível internacional – compreensivelmente, quando se calha num grupo com aquele Barcelona e aquela Roma.
Mas bem, ainda deu para ir à Liga Europa eliminar o Sporting de Jorge Jesus (com 4-1 no agregado) antes de levar um calduço do Villareal de Marcelino Toral (os espanhóis que só cairiam nas Meias contra o… Liverpool de Klopp).

BEIJING GUOAN
Antes de começarmos a dissecar a estadia em Pequim, convém fazer a achega: aqui contou-se a temporada 2018 como a primeira, apesar de Schmidt ter chegado em 2017; porque se consideraram esses meses de 2017 como uma pré-época prolongada, onde não teve dedo no plantel nem condições para impor ideias de fresco.
2018, depois desse banho-maria para se ambientar, serviu para elevar patamares competitivos e colocar o Guoan mais próximo das principais potências internas. Na Liga houve 4.º lugar (com 15 vitórias em 30 jogos, 64 golos marcados) e na Taça houve uma surpreendente conquista, que justificou toda a paixão da massa adepta, que já andava toda enamorada do seu futebol de zaragata ofensiva. Foi amor à primeira vista e que durou até à última.
Foi em crescendo: não se esperava é que o Guoan de Schmidt explodisse tão cedo ou que o projecto resultasse tão prematuramente. Chega 2019 e os resultados são inimagináveis, com liderança da prova até à 18ª jornada e dez vitórias nas primeiras dez jornadas (com 22 golos marcados e… três sofridos!) – e, como que uma daquelas curiosas sugestões do destino, a espectacular sequência seria estragada por vilões já populares de outros contos, de histórias benfiquistas. À jornada 11, Schmidt visita a casa do SIPG… de Vítor Pereira e Hulk. E assim acaba o registo perfeito.
Saíria do clube a 31 de Julho, já no terceiro lugar depois de duas derrotas consecutivas, que foram a gota de água para um impaciente director que não gostou da eliminação na Champions asiática – que não foi nada escandalosa, dado que o sorteio tinha colocado Urawa Red Diamonds e Jeonbuk Hyunday Motors no seu grupo, japoneses e coreanos com muita mais tradição.
Outra curiosidade que serve para demonstrar o fabuloso olho de Schmidt para o talento: a esses mesmos coreanos tinha sido contratado, no início desse ano, um rapazinho defesa-central que enchera as medidas ao alemão. Dava pelo nome Kin Min Jae, o actual portentoso defensor do Nápoles – que na equipa chinesa fazia agora dupla com Yu Dabao, aquele que foi formado no Benfica como ponta de lança.
Schmidt, precisando de alguém para marcar Graziano Pélle na final da Taça de 2018, vira nesse avançado desengoçado o mais competente do plantel na marcação individual. Resultou!

PSV EINDHOVEN
Contra o Ajax de Ten Haag seria sempre uma missão hercúlea. No contexto Eredivisie é difícil lembrar quem tenha sido tão dominador e por isso Roger chegava a Eindhoven com muito trabalho por fazer e coragem para ganhar. Claro que o primeiro ano não foi de sonho, mas correu bem, com bom futebol e os mínimos exigíveis. 2.º lugar no campeonato com 21 vitórias em 34 jogos, 74-35 em golos, Quartos na Taça e 32 avos de final na Liga Europa, depois dum primeiro lugar nos grupos. Malen, como Gonçalo Ramos na primeira época de Schmidt em Lisboa, faz 19 golos na Liga e 27 em todas as competições.
No segundo ano, como na China, evolução descarada: se o segundo lugar se manteve, acrescentaram-se vitórias (26 em vez de 21) e golos (que foram 86, mais doze); venceu-se a Supertaça com um espectacular 4-0 ao Ajax (se bem que a goleada foi devolvida em meados de Outubro) e a Taça é ganha aos mesmos rapazes, ainda que com um resultado mais aborrecido (2-1). Mas cedo se percebeu que o plantel responsável pelas melhorias substanciais estava espremido até não poder mais, sobretudo pela caminhada europeia.
O primeiro grande embate foi com o Benfica no play-off milionário: a desvantagem de um golo trazida de Lisboa pedia resposta mais desenrascada em casa (onde se ficou a zeros); caídos na Liga Europa, nunca se deu prioridade à competição, o que resultou em terceiro lugar num grupo com Mónaco e Real Sociedad; dando outro trambolhão até à Conferência, cambaleou-se desinteressadamente até aos Quartos, encruzilhada onde apareceu Brendan Rodgers com o seu Leicester – e Schmidt, percebendo que não era desafio bastante para meter em causa os trabalhos internos e que a manta não esticava, deixou-se ir derrota abaixo."

Futebol, Fórmula 1, boxe, críquete e agora golfe. Como os milhões da Arábia Saudita estão a comprar o desporto internacional


"Esta sexta-feira, o universo do golfe, e o mundo em geral, foi surpreendido com uma notícia inesperada: os sauditas compraram a PGA, a maior associação mundial de golfe, com quem litigavam há 2 anos.

As histórias de luxo e desperdício dos senhores da Península Arábica estão tão fora da nossa compreensão que até é difícil acreditar nelas. Como a do sheik que foi no seu Boeing 747 caçar faisões em Marrocos. A batida é feita em veículos SUV com falcoeiros na caixa aberta. Os falcões, que valem dez mil dólares, perseguem as presas e trazem-nas à mão dos caçadores. No fim da do dia, o sheik mandou o seu avião entregar as aves abatidas no emirado, para estarem cozinhadas quando voltasse. Ou a história de outro sheik cujo filho torceu o tornozelo e mandou vir uma equipa de médicos dos Estados Unidos até Paris para diagnosticar o rapaz. Ou ainda outro que trouxe duas artesãs de Cuba para enrolarem charutos frescos no Dubai.
Isto, para não mencionar os iates de 160 metros, os Rolls Royce de ouro e outros luxos que nem conseguimos conceber que sejam possíveis.
Também sabemos, porque estão amplamente documentadas, as violações dos direitos humanos, tanto coletivas - o trabalho escravo nas construções faraónicas - como individuais, com execuções sumárias sem julgamento de supostos criminosos, sejam pessoas LGBT+, sejam mulheres que não cumprem a sharia, sejam simples desafectos da classe dominante. Ficou tristemente célebre o assassinato e desmembramento do jornalista Jamal Khashoggi, na embaixada da Arábia Saudita na Turquia, mas haverá muitos outros assassinatos de pessoas anónimas.
Esse crime teve consequências inesperadas para o prestígio daquele que é - de facto - senhor da Arábia Saudita. Mohammed bin Salman que já andava nos noticiários desde 2017, quando foi escolhido pelo seu pai, Salman al Saud. Tem-se mostrado simultaneamente um tirano - mandou prender muitos dos seus familiares para lhes extorquir dinheiro e mostrar o seu poder - e um modernizador (em termos relativos), ao autorizar cinemas no reino e permitir que as mulheres possam ter carta de condução e ao tirar poder ao Comité para a Promoção da Virtude e Prevenção do Vício.
MbS, como costuma ser chamado, não gostou do revés na sua imagem mundial, causado pelo que seria um pormenor sem importância no exercício do poder absoluto de que desfruta. Porque não usar os meios fabulosos que tem à disposição para recuperar o seu prestígio? A Arábia Saudita produz 12% do petróleo mundial (os Estados Unidos extraem 20%, mas consomem mais do que produzem). Segundo o jornal britãnico “The Telegraph”, a família Saud vale 1,3 triliões de libras (1,162,713,634,096 euros), mas este valor é uma estimativa por baixo. O chamado Fundo Soberano Saudita (PIF) tem à sua disposição fundos inesgotáveis, que crescem diariamente.
Para recuperar bom nome na esfera internacional, se é que se pode assim dizer, a decisão, de MbS ou dos seus conselheiros, ou das empresas multi-nacionais contratadas para o efeito, ou de todos em conjunto, foi de investir no desporto - a atividade que, sem dúvida, envolve o maior número de adeptos, fanáticos e simpatizantes em todo o mundo. Qual desporto? Bem, já que os fundos são quase inesgotáveis, por que não em todos?
Segundo um levantamento feito pelo site “Quartz” , o plano envolve investimentos - e a consequente influência - no futebol, boxe, Fórmula 1, basquetebol, críquete e golfe. O objetivo final seria a Arábia Saudita ser escolhida para os Jogos Olímpicos. Para já, conseguiu ser hóspede dos Jogos de Inverno Asiáticos em 2029 e sê-lo-á de novo em 2034. O facto de não haver inverno no golfo e de não pertencer à Ásia não impediu estas escolhas da tutela multinacional dos Jogos.
Parece impossível, mas também parecia impossível o emirado obter um lugar no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, e no entanto foi eleito em 2015 e só perdeu o lugar em 2020, perante protestos de toda a comunidade de organizações humanitárias internacionais.
Também parecia impossível ser escolhida para o Campeonato Mundial da FIFA, em 2030 (Portugal também é candidato) e no entretanto será o país hóspede em dezembro deste ano. (Isto, depois do Qatar ter recebido o torneio no ano passado, com o espectáculo deprimente das bancadas cheias de torcidas contratadas entre os semi-escravos que tinham construído os estádios).
Também um tipo de futebol menos popular, o EIR, com equipas femininas de sete elementos, teve o seu campeonato mundial em Riade, capital da Arábia Saudita.
Ainda no futebol, a Arábia Saudita comprou o clube inglês Newcastle United, em 2022 contratou Cristiano Ronaldo para o Al Nassr, por 200 milhões de dólares anuais, e Karim Benzema para o Al Ittihad. Outras contratações milionárias estão na calha, como a do treinador Jorge Jesus, por 10 milhões de dólares anuais. Saiba sempre do que se fala. Siga o SAPO 24 nas redes sociais. Use a #SAPO24 nas suas publicações.
Quanto à Fórmula 1, a petrolífera saudita, Aramco, patrocina a equipa da Aston Martin e a McLaren tem um acordo com a cidade futurista de Neom (que já mencionamos aqui, a propósito de Jacarta. A Arábia Saudita, que não tem uma indústria significativa, espera poder fabricar automóveis, ter marcas próprias e criar tecnologias nesta área. Por outro lado, terá feito uma proposta de 20 mil milhões de dólares para adquirir os direitos do campeonato mundial de Fórmula 1.
No boxe, os sauditas estão a preparar um torneio com quatro contentores de prestígio mundial, Tyson Fury, Anthony Joshua, Oleksandr Usyk, e Deontay Wilder. Os prémios seriam cerca de 250 milhões de dólares. Também há um projeto para o boxe feminino!.
Quanto ao basquetebol, a ultra-nacionalista NBA já autorizou os sauditas a comprar equipas norte-americanas. Quais estarão na mira do Fundo Soberano Saudita, ainda não se sabe, mas a porta ficou aberta.
Outro espectáculo desportivo na mira dos sauditas é o críquete. Em Inglaterra é um passatempo das elites, mas tornou-se muito popular na Índia, onde tem um estatuto semelhante ao futebol no resto do mundo. A ideia é criar um torneio em competição com a Primeira Liga Indiana (IPL), com estrelas como os legendários Virat Kohli e Rohit Sharma. Já há propostas (chorudas, imagina-se) com o os dirigentes indianos da modalidade.
Contudo, se todas estas incursões desportivas levantaram alguns sobrolhos e provocaram críticas, em nenhum outro desporto como o golfe a iniciativa da Arábia Saudita provocou tanta agitação, disputas e, finalmente, a prova provada de que o dinheiro fala mais alto.
A PGA, Professional Golfers of America, fundada em 1916, é considerada a organização mais importante da modalidade, responsável por quatro competições icónicas: o Masters, o Campeonato PGA propriamente dito, o US Open e o British Open - esta última herdeira do mais antigo e tradicional campeonato, que data de meados do século XIX.
Existem outras federações e organizações profissionais no mundo, mas nenhuma tem o prestígio da PGA, onde estão todos os golfistas que mesmo o público em geral conhece, como Tiger Woods ou Nick Faldo. É uma organização sem fins lucrativos - o que ganha com os bilhetes e a cobertura televisiva é para pagar as despesas e os prémios dos torneios. Tem conselho directivo com 17 membros, muitos deles golfistas, e é dirigida Jay Monahan desde 2017.
Em 2021, do nada, o Fundo Soberano Saudita anunciou o lançamento de um torneio independente da PGA e no ano seguinte organizou o primeiro evento, em Londres. O nome, LIV, significa 54 em numerais romanos - é um número de buracos do novo formato, em contraste com os 72 do jogo tradicional. Além disso os jogos têm um ambiente completamente diferente, com música pop e um clima de espectáculo que é exactamente o oposto da seriedade contida típica dos eventos tradicionais.
O emirado instituiu uma nova entidade, Golf Saudi, financiada pelo Fundo, para dirigir uma competição fora do alcance da PGA, a Super Liga de Golfe. O primeiro torneio foi levado a cabo no campo Trump National Doral Miami, em outubro de 2022. Trump desde logo endossou a nova organização, não se sabe - mas calcula-se - como resultado da sua admiração por Mohammed bin Salman e como oportunidade de negócio para os seus campos de golfe. “Isto” está tudo ligado, como se costuma dizer...
Mas o mais importante é que a Golf Saudi começou imediatamente a convidar os melhores golfistas da PGA, com salários e prémios estratosféricos. Comenta-se, por exemplo, que Tiger Woods teria recebido um convite da ordem dos 800 milhões de dólares. Vários profissionais aderiram à LIV, enquanto outros recusaram, citando o currículo miserável dos sauditas no que toca a direitos humanos básicos.
A reacção oficial da PGA foi a pior possível. Acusou a LIV de ser divisionária e de estar a degradar o desporto (!), salientou a má reputação da Arábia Saudita, referiu expressamente que bin Salman estava a lavar a sua imagem através do desporto, e decretou que os jogadores que aderissem à LIV não poderiam permanecer nos torneios da PGA.
Os golfistas dividiram-se, uns simplesmente assinando com a nova entidade, outros recusando-se terminantemente. O clima manteve-se tenso e radicalizado. Até que, no passado dia 6 de junho, rebentou a bomba: as duas entidades entraram em acordo, criando um novo organismo, a NewCo. que juntará todos os torneios de ambas!
Segundo foi anunciado, a PGA assume a direcção, mas o Fundo Soberano saudita presidirá à Assembleia Geral e terá, evidentemente, grande poder de intervenção. O acordo ainda tem de ser validado pelo Conselho Directivo da PGA, na que será, sem dúvida, uma disputa violenta, mas previsivelmente os membros serão convencidos pelo mesmo argumento que fez Monaham mudar de ideias: milhões, bilhões, trilhões - o que for preciso.
Apesar de ainda ir fazer correr muita tinta, a disputa parece resolvida: os jogadores profissionais não têm outro remédio senão participar na nova liga se quiserem continuar na profissão, e até irão ganhar muito mais.
Como resumiu o título do “The Wall Street Journal” numa só frase, “O Príncipe Herdeiro Mohamed Bin Salman ganha mais uma vez”.
Ou, para usar um lugar-comum, o dinheiro fala mais alto. Mais do que o ruído incómodo do bom senso."

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