sexta-feira, 21 de abril de 2023
Saída de cabeça erguida
"Terminou o percurso na Liga dos Campeões após o empate a três golos, em Milão, frente ao Inter. A eliminação nos quartos de final não deslustra a grande campanha europeia que nos permitiu sonhar na prova, com grandes exibições, 10 vitórias, 3 empates e apenas 1 derrota. Este é o tema em destaque na News Benfica.
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Roger Schmidt partilha o seu desalento por não prosseguir na Liga dos Campeões, mas enaltece a atitude dos jogadores e a qualidade exibicional no jogo e ao longo da época na Europa: "Estamos desiludidos, mas mostrámos desde o início que acreditámos em nós, e que podíamos alcançar a meia-final. Fizemos uma competição internacional fantástica. Em 14 jogos, só tivemos uma derrota. Mostrámos coragem sempre que jogámos fora. Praticámos futebol ofensivo, é essa a nossa abordagem, ser pró-ativos nos jogos."
O nosso treinador já tem em mente o próximo desafio com o Estoril e o remanescente do Campeonato: "Representámos o Clube muito bem, sendo que, para alguns dos meus jogadores, foi a primeira vez que disputaram a prova. Estou feliz e orgulhoso com a atitude e performance dos jogadores. Agora, há que utilizar este jogo para ter o mindset correto nos restantes seis jogos do Campeonato para sermos campeões."
Veja a conferência de imprensa de Roger Schmidt, aqui.
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João Mário realça a abordagem da equipa e lamenta o resultado da 1.ª mão: "Hoje, ficou 3-3, e vem logo à memória o jogo em casa. A Liga dos Campeões joga-se nos detalhes, e foi isso que fez a diferença. A equipa entrou bem, a tentar mandar no jogo. Conseguimos isso em certos momentos, mas obviamente quando se sofre é sempre complicado. Reagimos muito bem, conseguimos empatar. Parabéns ao Inter, que fez um bom jogo na nossa casa."
Quanto ao resto da temporada, o subcapitão de equipa afirma: "Temos quatro pontos de avanço no Campeonato e confiança total, porque temos feito uma época espetacular, mesmo esta participação na Liga dos Campeões foi muito boa. Não conseguimos o objetivo, que era passar às meias-finais, o que teria sido histórico. Temos feito um Campeonato exemplar, e agora o que queremos é ser campeões. Acreditamos muito no nosso valor. Espero que os adeptos nos apoiem já no domingo com o Estoril. Queremos ser campeões!"
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Grimaldo realça o desempenho na Liga dos Campeões e aponta baterias para o Campeonato: "Tínhamos muita expectativa de chegar às meias-finais, mas não o conseguimos. O importante é que depois do 3-1 continuámos a lutar para tentar um resultado melhor, e conseguimos um 3-3. Agora é pensar no Campeonato. Temos quatro pontos de avanço, e é continuar até ao fim para conseguir atingir o nosso objetivo: ser campeões. Fizemos uma grande Champions, a equipa mostrou que pode competir na Europa, e isso é muito importante para o Benfica."
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Para Gonçalo Ramos, a 1.ª mão foi determinante para o desfecho da eliminatória: "O resultado da Luz pesou, hoje jogámos melhor. O Inter não criou tantas oportunidades como o resultado demonstra. Poderíamos ter saído daqui com uma vitória. Queríamos marcar primeiro, não aconteceu, e tivemos de ir atrás do resultado."
Sobre o percurso europeu, o jovem avançado considera: "É muito positivo, chegámos às oito melhores equipas da Europa. Em todos os jogos que fizemos só tivemos uma derrota e apanhámos sempre grandes equipas."
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O protagonista desta semana é o futsalista Diego Nunes. "Podemos ganhar a Champions", afirma. Uma entrevista que pode ler no jornal O Benfica ou ver na BTV e Site Oficial."
Comunicado
"O Sport Lisboa e Benfica informa que endereçou uma carta ao Inter de Milão manifestando o seu lamento e pedindo desculpa pelos incidentes ocorridos no jogo da Liga dos Campeões.
O futebol que desejamos não envolve este tipo de situações, que são de total repúdio e não se coadunam com os valores e os princípios do Sport Lisboa e Benfica."
"Vergonhoso" 5.º lugar... têm que "melhorar"!!!
"Mais coincidências e poesia, a juntar àquelas que lançamos de manhã. Os chorões e donos da verdade desportiva que não estão, de todo, por detrás das notícias difamatórias plantadas sobre o Benfica (hoje mais uma reciclagem encomendada por eles sobre o mesmo assunto do Boaventura), estão no TOP 5 mundial de mais penáltis beneficiados desde 2020.
Só poderia ser o FC Porto. É destes poemas que eles odeiam e querem abafar a todo o custo. Mas esta prosa não tem a comunicação social portuguesa coragem de recitar! Tem de ser a imprensa estrangeira a fazê-lo. Isto sim, é uma verdadeira vergonha e demonstra a podridão que reina em Portugal a nível desportivo.
Façamo-lo nós, em viva voz e sem medo! Não nos vão condicionar mais como fizeram em Chaves! Não nos vão roubar mais! Os benfiquistas estão de olhos BEM ABERTOS para as 6 finais que faltam e sabemos muito bem o que estão a cozinhar nos bastidores.
41 anos disto que não deixam qualquer margem para dúvidas sobre o que andam a fazer nesta fase final do campeonato.
Não somos nós quem o dizemos. São os factos, os números e as estatísticas internacionais!"
Vergonha, mais uma...
"É uma VERGONHA que seja necessário o SL Benfica fazer uma exposição sobre a coação praticada pelo FC Porto e seus representantes durante toda a última semana, para que o CD da Liga instaurasse os respectivos processos disciplinares aos prevaricadores."
𝗕𝗮𝗹𝗮𝗻𝗰̧𝗼 𝗱𝗮 𝗰𝗮𝗺𝗽𝗮𝗻𝗵𝗮 𝗱𝗼 𝗕𝗲𝗻𝗳𝗶𝗰𝗮 𝗻𝗮 𝗟𝗶𝗴𝗮 𝗱𝗼𝘀 𝗖𝗮𝗺𝗽𝗲𝗼̃𝗲𝘀
"Os benfiquistas têm muito do que se orgulhar nesta edição da Liga dos Campeões. Pelo segundo ano consecutivo, o Benfica foi afastado da prova apenas nos quartos de final. Desempenho notável, mesmo que alguns tentem minimizá-lo.
Durante a competição, a equipa disputou um total de 14 jogos, tendo empatado 3 e perdido apenas um. É importante destacar que o Benfica conseguiu manter-se invicto fora de casa, apesar de ter enfrentado adversários de renome, como o Paris Saint-Germain, Juventus e Inter de Milão. Ontem, mais uma vez, a equipa demonstrou caráter ao virar um resultado adverso de 3-1 para 3-3. Além disso, ainda lhe foi sonegado um penálti absolutamente claro por falta sobre Aursnes, o segundo no agregado dos dois jogos com o Inter.
No total, o Benfica marcou 9 golos a equipas italianas, incluindo 6 à Juventus e 3 ao Inter de Milão, ambas conhecidas por serem defensivamente muito sólidas. Em comparação, o FC Porto e o Sporting não conseguiram marcar um único golo a essas mesmas equipas em três jogos disputados.
Em suma, embora a eliminação tenha sido uma desilusão, todos devemos reconhecer a qualidade do desempenho do Benfica nesta edição da Liga dos Campeões. A equipa manteve um elevado nível de jogo, mesmo contra adversários fortes, e mostrou ter capacidade para competir ao mais alto nível no panorama europeu. Além disso, o Benfica alcançou um novo recorde de milhões ao receber mais de 72 milhões de euros na competição.
Agora, o foco do Benfica tem de estar na Liga portuguesa, onde a equipa tem todas as condições para retomar o seu bom desempenho e continuar a lutar pelo seu principal objetivo: ser campeão nacional!"
Um desabafo
"Após o empate, o Inter de Milão começou a recuar cada vez mais em bloco e o Benfica estava em claro crescendo ofensivo.
Numa oportunidade de golo clara, existe um penálti absolutamente evidente sobre Aursnes que não é marcado. Se existisse VAR neste jogo (e no anterior), o Benfica provavelmente teria marcado o 1-2 e os italianos iriam fechar-se totalmente e já não sairiam mais da área, protegendo a vantagem mínima. Em termos anímicos, os jogadores do Benfica iriam ganhar a adrenalina que precisavam para a remontada. Seria um hipotético golo na marcação do penálti, mas um golo que faria certamente toda a diferença.
Desse penálti que nos foi roubado nasce o golo do Inter logo a seguir. Os jogos definem-se nestes detalhes, e a verdade é que em dois jogos desta eliminatória fomos roubados em 2 penáltis e o Inter beneficiou de um no mínimo duvidoso.
Não há desculpas. Não são desculpas. Mas a história poderia ter sido muito diferente e em condições normais e com o penálti marcado o Inter não marcaria logo a seguir e o Benfica continuaria a superiorizar-se. Basta rever os momentos após o 1-1 para o constatar. Este Inter não é superior ao Benfica tal como não foi superior ao FC Porto.
Os jogadores e treinador precisam urgentemente de virar a página porque existe um 38.º campeonato para conquistar. Poderiam ter feito história hoje, mas faltou crença. Faltou fé. Faltou garra. E não foi por falta de apoio dos guerreiros benfiquistas presentes nas bancadas.
Reunir, analisar, refletir e reerguer. Não há margem para erros no campeonato nacional. Não há margem para férias. Não há margem para descanso. É para dar tudo, comer a relva, vomitá-la e lutar até ao último segundo em todos os jogos que restam como se fossem batalhas de vida ou morte.
Vocês, jogadores, representam a maior instituição desportiva nacional. O clube português com mais títulos e adeptos espalhados por todo o mundo. Um dos clubes com mais história e finais europeias disputadas, duas delas não há muito tempo (Chelsea e Sevilha).
Vocês, jogadores, representam 14 milhões de pessoas que vivem e respiram o emblema que vocês carregam no peito durante 90 minutos. Pessoas cujos antepassados, pais, avós e bisavós, estão cravados nesse símbolo. Um símbolo com mais de 100 anos de história e glória vivida por múltiplas gerações desde 1904.
Estes benfiquistas não representam o Benfica durante 90 minutos. Vivem-no e e respiram-no durante todas as suas vidas, até ao último suspiro e fechar de olhos. Porque o Benfica lhes corre nas veias. No coração. Na alma.
Tenham respeito por nós, lutem por cada jogo como se fosse pelas vossas vidas e conquistem o título nacional. A nação benfiquista merece mais do que ninguém por tudo aquilo que nos fizeram passar. Por todos os ataques de que fomos e temos sido alvo. Por todo o percurso que vocês mesmos fizeram até aqui.
Vocês têm qualidade, vocês são superiores, vocês já o demonstraram e os números não mentem. Foquem-se, concentrem-se e revoltem-se em campo.
Faltam 6 finais e todas são para ganhar. Enfrentem o Estoril como se do Real Madrid se tratasse. Não existirão jogos fáceis. Estamos juntos. Estamos unidos.
Sejam Sport Lisboa Benfica. 🔴⚪️"
Zero!
"Um penalti que toda a gente viu menos o Espanhol que foi encomendado para fazer o serviço hoje, que daria o 1-2 e o relançamento da eliminatória.
Depois de na semana passada um VAR Holandês ter aplicado a derrota ao Benfica, derrota essa que fez com que Portugal fosse ultrapassado pela…Holanda e assim perdesse uma equipa na Champions em 2024/2025.
Da Federação Portuguesa de Futebol ouviu-se zero.
Da Comunicação Social toda já nem falamos, vivem com linha editorial para destruir o Benfica, cumprindo o que foi acordado na famosa reunião do Altis.
Era uma vez o futebol Português. Quem quiser continuar a fazer figura de palhaço que faça bom proveito."
Erro grave
"Ao jogo do Benfica em Chaves não se aplica a velha expressão: tudo está bem, quando acaba bem. Nem acabou bem, nem tudo está bem.
O Benfica, depois das duas derrotas seguidas para o campeonato e para a Champions, tinha obrigação de ter feito mais. Faltou-lhe a fome de título, aquela garra necessária para carregar e dar tudo até que a bola entrasse, na baliza do Chaves.
Isto, não obstante, ter sido escandalosamente prejudicado, por um erro grave de arbitragem, ao cair do pano. O lance de grande penalidade sobre Otamendi, visto na televisão, é indiscutível não se percebendo porque é que o VAR não chamou João Pinheiro. Um erro que influenciou a sorte do jogo e, quem sabe, a do campeonato. Como reconheceriam todos os especialistas que analisaram o lance, com honestidade intelectual. Um lance anterior à escorregadela do mesmo Otamendi e ao golo do Desportivo.
É chocante a dualidade de critérios ao vermos, nesta mesma jornada, a facilidade com se marcaram grandes penalidades a favor do Porto (às duas de cada vez) para não falar do jogo do Sporting com o Arouca em que depois de dois penáltis a favor, inexistentes, os de Alvalade ainda dispuseram de 11 minutos (em Chaves foram escassos cinco) para tentar chegar à vitória.
O resultado relançou a disputa pelo título e parece ter gerado enorme excitação no segundo maior clube português, o anti- Benfica.
Mas há que ter calma... nada está decidido e vai ser até ao fim.
Positivo: Gonçalo Guedes pelo regresso, após lesão.
Negativo: O VAR António Nobre por "deixar passar" o penálti claro sobre Otamendi."
A arbitragem do nosso descontentamento
"O aperfeiçoamento obtido pelos denominados “salários de eficiência” tende a ser não linear. Ficamos mais motivados a trabalhar mais e melhor com mais salário, mas só até certo nível.
Recentemente, vieram a público, um pouco por toda a Europa e em vários canais digitais, artigos comparativos dos salários e de outros rendimentos atribuídos aos árbitros que apitam as principais ligas profissionais de futebol de 11. Lendo os comentários que, também um pouco por todo o lado, foram deixados por leitores mais ou menos anónimos, ia perpassando a ideia, mais mítica do que substantiva, de que i) melhores pagamentos aperfeiçoam o desempenho dos árbitros por jogo e ii) melhores pagamentos diminuem o risco de corrupção na arbitragem.
Ainda que a diferença evidenciada no pagamento da arbitragem europeia seja significativa e, idealmente, deva ser diminuída, gostaria de nestas poucas linhas chamar a atenção para o enviesamento das duas tendências sugeridas nos comentários e após mostrar como a discussão, inclusive nos espaços institucionais, deva ser dirigida para outras dimensões.
Em primeiro lugar, o aperfeiçoamento obtido pelos denominados “salários de eficiência” tende a ser não linear. Quer isto dizer que cada um de nós fica mais motivado a trabalhar mais e melhor com mais salário, mas — e aqui a parte não linear — até um certo nível, quer de salário quer de restrições individuais.
Um halterofilista consegue levantar três vezes o seu peso, no máximo e considerando uma reunião extensiva de condições próprias e ambientais. Podemos decuplicar o prémio por recorde que, a menos que entrem recursos pouco éticos, o melhor organismo humano dificilmente ultrapassará o tal limite do triplo do peso do atleta. Portanto, além do estímulo motivacional que vem de um reconhecimento maior, temos de pedir um aperfeiçoamento das condições físicas, mentais, éticas, técnicas e intelectuais de todos aqueles cujo trabalho passa por avaliar o desempenho alheio, sejam juízes desportivos, sejam juízes dos tribunais civis e criminais, sejam professores ou outros avaliadores.
Em segundo lugar, uma extensa lista de trabalhos assinados por economistas focando a criminalidade em redor do globo vem desmistificar a ideia de que i) crime é próprio dos mais pobres, ii) crime diminui com mais rendimento médio e iii) crime resolve-se (só) com dinheiro. Em concreto, numa frase que ficou famosa, um detido numa penitenciária brasileira, perguntava a um dos investigadores: “Se o meu pai e o meu avô sempre foram pobres, porque só eu virei delinquente?” Na leitura combinada dessa linha de investigação, tem-se provado que influencia mais a propensão para o delito o grupo primário que nos envolve. Nomeadamente amigos, colegas, vizinhos e familiares que, se relativizarem as consequências da corrupção, do roubo, ou do crime no geral, facilitam a nossa própria propensão.
Assim, um árbitro pode ser corrompido porque os seus valores toleram mais a corrupção do que deveriam tolerar, nada (ou muito pouco) tendo que ver com os salários que aufere. Portanto, se o árbitro vê outros a serem corrompidos e a ganharem liquidamente, se o árbitro vê que fica a perder por não se deixar corromper, ou se o árbitro tem toda a gente amiga e familiares a diminuírem o peso pelo ilícito da corrupção, ele está mais propenso a ser corrompido. Logo, para mudar a propensão de um árbitro a ser corrompido, devemos começar por mudar a propensão de todos os árbitros a serem corrompidos.
Terminando e partindo do princípio da qualidade da informação referida, seria mais interessante uma análise sobre vários focos: 1) a relação entre o valor pago e a qualidade do desempenho da equipa de arbitragem (aferida por vários indicadores, desde a pontuação média dos principais jornais desportivos até à avaliação dos observadores, passando pela exibição de amarelos e vermelhos); 2) a relação entre o valor pago e o PIB per capita, o valor do salário médio dos jogadores profissionais e o custo médio do bilhete de jogo entre profissionais; e 3) a relação entre o valor pago aos árbitros, a respetiva evolução em termos reais (descontando a inflação) e a evolução do número de amarelos, vermelhos, faltas e tempo útil de jogo."