quinta-feira, 20 de abril de 2023

Vermelhão: Adeus Europeu...

Inter 3 - 3 Benfica


Começo por um reconhecimento merecido: esta foi a melhor Champions, das últimas décadas! Não só pelos resultados, e pela chegada aos Quartos (já o fizemos em algumas ocasiões nos últimos tempos...), mas essencialmente pelo futebol jogado, pelos adversários que batemos, e pela forma como encarámos as dificuldades, de frente, sem estratégias de retranca, sem jogar no erro... Mesmo que nesta eliminatória com o Inter, essa forma de jogar nos tenha provavelmente penalizado (principalmente na Luz)!!!

Em relação ao jogo desta noite, foi mais uma vez muito ingrato. Começamos a perder, com mais um golo sofrido no 1.º remate, mas a equipa não perdeu a cabeça, nem desistiu... Insistimos, e empatámos! E quando no 2.º tempo, estávamos a tentar ganhar o domínio territorial, com as alterações ao intervalo, mais um erro escandaloso da arbitragem ao não marcar um penalty descaradíssimo sobre o Aursnes, que naquela altura poderia dar o 1-2, e ficávamos a 1 golo de empatar a eliminatória, com 30 minutos para jogar!!!

E tal como tinha acontecido na Luz, após o erro indesculpável da arbitragem, o Inter marcou, aproveitando a adaptação do Aursnes à lateral direita...

A eliminatória estava perdida, e o próprio jogo parecia decidido. O Benfica mexeu, o Inter recuou, e acabámos por marcar dois golos nos minutos finais, e ainda 'acertámos' uma bola no poste... Dando ao marcador alguma justiça!

Eu sei que as equipas Italianas são normalmente pragmáticas, e este Inter é claramente uma dessas equipas, mas nestes dois jogos, sofremos 5 golos, em praticamente 7 remates à baliza!!! A este nível, é preciso ter alguém entre os postes que faça a diferença...

Também ficou provado que o Neres, o Musa e o Neves merecem mais minutos. Entraram muito bem, sem se encolherem, e a darem à equipa opções diferentes... Se o Ramos mesmo quando não acerta no golo, trabalha sempre muito para a equipa, o Rafa está de facto num momento mau da época... e o plantel (curto é verdade...) tem soluções! Se a questão é a tentativa do treinador de dar confiança, aos jogadores que neste momento não estão a jogar bem, muito sinceramente, a 6 jogos do fim da época, não me parece importante! Neste momento têm que jogar aqueles que estão em melhor forma, e que dão mais ao coletivo...

Mas é impossível não falar das arbitragens! Foram dois penalty's escandalosos não assinalados a favor do Benfica, nestes dois jogos. Dois penalty's em momentos decisivos, na Luz daria o 1-1, e hoje passaríamos para a frente do marcador, com um 1-2! Com o VAR é indesculpável. E o de hoje, nem era preciso o VAR, pois o contacto é evidente...
Sendo que hoje, além do penalty, levámos com um cobarde Manolo, que não deu um único Amarelo aos jogadores do Inter... e não marcou várias faltas, na zona central do campo!
E se alguém tem dúvidas sobre a intencionalidade do serviço, teve o descaramento de dar 4 minutos de compensação no final do jogo, poucos minutos após o guarda-redes ter ficado no relvado a receber assistência uma eternidade!!!
Não sei se o Chinoca dono do Inter pagou, ou se o Colina queria uma Meia-final Milanesa, mas o que se passou nestes dois jogos foi vergonhoso... e foi premeditado!

Agora, temos o Campeonato. Vão ser 6 finais, a começar pelo Estoril no Domingo. Mais do que nunca, temos que perceber que neste momento, só existe uma prioridade: a vitória do Benfica! Gostem ou não do Rui Costa, ou do Schmidt... podem até ter os odiozinhos de estimação no plantel, mas neste momento, nada disso interessa!
Para tentar travar o Benfica, bastam os Jornaleiros avençados, as Malas a pagarem ordenados em atraso, e os árbitros corruptos...
Os benfiquistas, só podem ter um objetivo nas próximas semanas!

Se no jogo com os Corruptos jogámos mal... e não nos adaptámos ao tipo de jogo do adversário, com o Inter na Luz, além da tal decisão da arbitragem, acho que sem fazer um grande jogo, equilibrámos as coisas, e o empate teria sido o resultado mais justo! Em Chaves, a derrota foi completamente contra a 'corrente do jogo', voltámos a não jogar ao nível que já fizemos esta época, mas em condições normais teríamos ganho o jogo e na 'pior' da hipóteses empatado, se não fosse o erro do Nico no final...
O perigo maior, nesta sequência negativa, é a questão da confiança! Os jogadores não desaprenderam... O empate de hoje, não sendo um 'grande' resultado, obtido com uma recuperação interessante, com a equipa sempre a correr atrás do marcador, pode e deve dar aos jogadores e aos adeptos a confiança necessária para este sprint final...

Uma última nota para os atrasados mentais que decidiram atirar tochas para cima dos adeptos do Inter: como o jogo foi em Itália, espero que a polícia Italiana identifique os otários. Se isso acontecer, exigo que o Benfica proíba essa gentalha de assistir a jogos do Benfica. Se forem Sócios, devem ser expulsos, mas mais importante: não permitir que voltem a comprar bilhetes para jogos do Benfica. Na Luz, ou fora (vendidos através do Benfica)...
A probabilidade de jogos à porta fechada é grande, portanto como Sócio e detentor de Red Pass, gostaria de saber os nomes destes filhos-da-puta!!!



Esclarecimento


"O Sport Lisboa e Benfica cumpre a lei e rege-se pelos valores de respeito com todas as entidades que envolvem o desporto. E assim continuará a ser.
A gestão das conferências de Imprensa é um direito que lhe assiste e cujo exercício é da sua exclusiva responsabilidade, não sendo obrigatório por regulamento a atribuição da palavra a todos os presentes na sala.
Não há registo de qualquer atuação do CNID quando a TVI e a CNN, durante semanas a fio, promoveram o seu jornal com destaques sucessivos de "corrupção no Benfica" com supostas fontes bem colocadas, num chorrilho de suspeitas sensacionalistas.
Não há registo de indignação do CNID quando alguns decidem nem sequer cumprir os regulamentos, cancelar conferências e remeter-se ao silêncio, violando todas as regras da competição.
A equidade e o respeito são válidos para todos, naturalmente também para o CNID."

Acreditar


"É às 20h00 que a nossa equipa entra em campo para defrontar o Inter, em Milão. A desvantagem na eliminatória não muda a ambição de chegar mais longe nesta Liga dos Campeões. Este é o tema em destaque na News Benfica de hoje.

1
Roger Schmidt garante que a equipa está mentalizada para lutar pela continuidade na Liga dos Campeões: "Já mostrámos nesta época que conseguimos jogar bem em todas as provas. Mostrámos muita confiança e jogámos um futebol ofensivo sem abrir espaços na defesa. Temos de acreditar, fazer uma grande exibição, estamos focados e, depois, logo se vê se conseguimos reverter esta situação. Temos de jogar com equilíbrio tático, paciência, motivação e crença que é possível dar a volta."
Pode ver a conferência de Imprensa do nosso treinador, aqui.

2
António Silva acredita que é possível inverter o rumo da eliminatória: "Num clube como o Benfica não há impossíveis. Somos um clube ambicioso e temos a nossa ambição naquilo que é esta Liga dos Campeões. Sabemos que o 2-0 é um resultado reversível e é isso que vamos tentar fazer, com o futebol que durante a época tantas alegrias deu aos Benfiquistas."
Consulte o site oficial para ouvir, na íntegra, as ideias do nosso jogador acerca da partida desta noite.

3
Sobre a partida desta noite, relativa à 2.ª mão dos quartos de final da Liga dos Campeões, Rui Costa lembra: "É nossa obrigação lutar por esta competição e por este jogo até ao último segundo, e é o que vamos fazer. A equipa tudo dará até ao último segundo para lutar por esta eliminatória."
Veja as declarações à comunicação social do Presidente do Sport Lisboa e Benfica.

4
Aos milhares de benfiquistas que estão em Milão para apoiar a nossa equipa, o Site Oficial divulga informações úteis.

5
O Pavilhão Fidelidade é o palco escolhido para a final four da WSE Champions League Women de hóquei em patins, agendada para os dias 29 e 30 de abril. Além do Benfica, marcam presença na fase decisiva da prova três clubes espanhóis: Telecable Gijón, Generali HC Palau Plegamans, CP Vila-Sana (adversário do Benfica nas meias-finais)."

Treinar as emoções


"Médico psiquiatra, psicoterapeuta e escritor, Augusto Jorge Curry é uma referência a nível mundial pelos seus textos. Em “Treinar as emoções para ser feliz” (Leya, 2019), refere que “criamos um mundo que promete prazer ao homem: a TV aberta e fechada, o cinema, os desportos, os parques de diversões, os jogos de vídeo e o mundo da Internet. Nunca tivemos uma indústria de lazer tão grande e um homem tão triste” (p. 18). De facto, este “baixo” mundo está caótico e cheio de contradições. Muitas pessoas não sabem gerir as suas emoções. Os passos vacilam, diante de tanta ingratidão e de incompreensão. Sem querer generalizar, no caso dos jovens, o que se verifica é que gostam cada vez mais de coisa nenhuma. Tudo é “uma seca”, é o que ouço dizer de muitos deles, com quem me cruzo na minha vida profissional. Muitos jovens estão envelhecidos por dentro. Alguns “têm 20 anos de idade biológica, mas 100 de idade emocional” (Curry, 2019, p. 34). Se a Escola poderia mudar alguma coisa, Curry diz-nos que “a transmissão fria do conhecimento numa sala de aula tornou-se um canteiro de tédio para os alunos” (p. 37). Para combater isto, ele sugere várias coisas: educação participativa, exposição dialogada, contador de histórias, reconstruir o rosto do conhecimento, elogiar e resgatar a autoestima dos alunos, cruzar o mundo dos professores com o dos alunos, ensinar técnicas do treino da emoção e gestão do pensamento. “Quanto pior for a educação, maior será o papel da psiquiatria” (p. 67). Em conversa com uma experiente psicóloga escolar, fui informado de que temos cada vez mais “casos sociais” nas escolas e “casos clínicos”, ultrapassando as competências dos psicólogos escolares e dos professores. Acresce a isto a “desarticulação das entidades” e a “desestruturação das famílias”. As forças parecem esgotar-se. É pior do que subir o Evereste! E “os que ginasticam o corpo em ginásios, mas não treinam a sua emoção para superar a sua ansiedade, estão a fazer muito menos pela sua saúde do que imaginam” (p. 52). Recomendo a leitura dos livros de Augusto Curry."

Até à última gota... ninguém nos pode roubar a esperança... mas não esqueça: «As equipas felizes ganham mais vezes»


"Dado que chega a hora para que se faça constar de forma absolutamente angustiante para alguns e resplandecente para outros, irei voltar à reflexão crítica de alguns (dois ou três) temas abordados neste perfil de publicação, naturalmente com os ajustamentos de atualização necessários.
Por muito que a tática funcione como “identidade” coletiva de uma equipa e contribua para que os jogadores atuem de acordo com princípios e subprincípios de jogo sistematizados com o treino, muitos são os fatores incontroláveis que impõem uma imprevisibilidade num resultado.
Nos dias de hoje, torna-se possível através da análise estatística e dos avanços tecnológicos, identificar e quantificar diferentes parâmetros da equipa e dos adversários e construir estratégias para tirar partido das suas debilidades.
Mas, nem sempre quem mais remata, ganha … nem sempre quem mais tempo de posse de bola usufrui, domina o jogo… nem sempre quem mais converte o esforço em mais distância percorrida, sai vencedor, etc., etc... Vejamos o que aconteceu no último mundial e que por mim já foi referido no último artigo publicado e que resultou numa abordagem da última aula aberta no Museu do F.C. Porto.
Fatores como a autoconfiança, a motivação, o espírito da equipa, a atenção e concentração, as emoções, a ansiedade e stress, etc., assumem um significado especial para que a imprevisibilidade do resultado possa ser mais ou menos limitada e o rendimento do jogador possa ser justificadamente mais ou menos otimizado. De acordo com Goswami (2008), a “Consciência é a base de toda a existência”, facto que implica necessariamente o absoluto primado dessa mesma consciência sobre os demais elementos na construção da forma desportiva (física, técnica, atlética, funcional…). Isto é, um corpo fisicamente em forma, mas descrente nos objetivos de conquista, não é de modo algum suficiente para garantir o sucesso no seu desempenho.
Como temos vindo a referir, o estado de crença no rendimento para a conquista de objetivos, terá de estar arreigado a uma condição de uma sólida consciência competitiva, medida pelo eco libertador de um estado de felicidade. E o sucesso desportivo jamais poderá assumir-se como um desígnio absoluto, pois ele inscreve-se inelutavelmente na dinâmica polar da experiência humana (Sousa, A. 2014).
Tudo isto assenta na tese da intencionalidade operante (Sérgio, M. 2008), que nos garante que é a partir do tónus mental e emocional que cada sujeito cria a própria realidade. Deste modo, bem podemos explicar o contributo inestimável de um estado de consciência ancorada num estado de felicidade, que permite um estatuto pleno do ganhador.
De facto, a felicidade enquanto “estado de satisfação agradável da mente” (Oxford English, ap. Uugh Prather, 2002), permite admitir uma condição essencial e necessária de um qualquer sucesso, que o seja realmente. As equipas felizes ganham mais vezes e com a inestimável e decisiva vantagem de, mesmo perdendo poderem continuar felizes, pois ficam mais disponíveis para em seguida ganhar. Porque efetivamente aquilo que melhor pode explicar a capacidade reativa de um desaire, não é pelo facto de cair (falhar), mas pela prontidão com que se levanta, passando a ganhar. E porque se passou por uma posição de sofrimento experienciado da derrota, essa sabedoria do vivido irá fazer detonar uma dose indutora de libertação de endorfinas e dopaminas, o “químico da motivação” no cérebro e por compensação, um espasmo de serotonina, o chamado “químico da felicidade”, restabelecendo o equilíbrio consciente da vitória anunciada.
Equipas felizes transportam no seu seio uma energia autenticada pela segurança no que querem fazer, ocultando o que têm de evitar e são capazes de produzir relações de elevada estabilidade, autenticadas pelo sucesso alcançado. Os elementos que delas fazem parte estabelecem um clima de relações mais estável e porque possuem um sistema imunitário mais resistente e duradouro, fazem das causas participativas, no viver e no treinar, os melhores instrumentos para atingir resultados de sucesso.
Sabemos que a capacidade humana para se adaptar a novas circunstâncias é especialmente admirável. Somos instrumentos facilitadores do reencontro com as coisas da vida. Por isso se constata, e tenho-o repetidamente referido, para estas equipas, muitas vezes os níveis de dificuldade nas respostas às exigências da competição, se transformam em força mobilizadora e aglutinadora que, por sua vez, se traduz num enorme empenhamento coletivo onde se vê despertar o sucesso, porque foi vivenciada a felicidade adquirida, e ao se sentir bem com a própria vida e o sucesso conseguido, porventura advindo de múltiplos desafios colocados, porque se tornam mais desafiadores, geralmente perduram mais no tempo.
E, aproveitando o facto do meu admirável e distinto PROFESSOR Manuel Sérgio que nesta 5ª Feira, dia 20 completa o seu 90º aniversário, quanta emoção me move por o citar (irei fazê-lo enquanto Deus me der vida): “ quanto mais se conhece o homem, mais conhecemos os homens que jogam, porque na prática do belo jogo sempre aparece o indivíduo e seu aporte físico, biológico, social, político, cultural onde a ciência e a consciência não se limita à degradação dos gastos energéticos e neuromusculares e ainda porque, em cada gota de suor, terá sempre de conter um grão de pensamento”. E continua “o ser humano, é corpo, mente, desejo, natureza e sociedade. Esse corpo em ato onde emerge a carne, o sangue, o prazer, a paixão, a rebeldia, as emoções e os sentimentos, tudo isto, visando a transcendência ou a superação”.
Neste domínio do consciente, da vida para o treino, do treino para o rendimento, do rendimento para o resultado, do resultado para o sucesso … um longo caminho que importa percorrer com humanismo, ciência e razão!...
Isso remeto-nos para uma nova visão global do treino desportivo, tantas vezes explorado nas minhas reflexões. No que concerne a este âmbito, não tem sido fácil, porque constato que por vezes qualquer metodologia nova ainda se torna inconsequente, fundamentalmente para aqueles que julgam que no Futebol tudo já está inventado."