segunda-feira, 27 de março de 2023

Jogar padel é traição?


"Preciso de confessar-vos algo: esta semana não tive jogo, por culpa de uma vaga de lesões, e fui jogar padel. Sim, padel.
Não é de agora, na verdade. Tenho andado a jogar às escondidas há cerca de um ano com três amigos, também eles jogadores de fim-de-semana. Esta quinta-feira, e uma vez que não havia bola, decidimos ocupar o vazio com 90 minutos de padel, entre as 22h30 e as 00h00, apesar de um mal disfarçado e generalizado sentimento de culpa. A sensação de que, não só estávamos a trair os nossos colegas, como a colocar em causa e o nosso amor e fidelidade ao futebol.
Toda a vida pratiquei outros desportos (ténis, ciclismo e corrida, cheguei mesmo a integrar um clube amador há quatro ou cinco anos e fazer uma meia-maratona em passo de lebre), mas nunca encarei nenhuma destas modalidades como um substituto ou um desporto concorrente. Podia correr quatro vezes por semana, sempre que posso ainda o faço, mas era (ainda é) aquela hora de bola semanal que me definia. Mais do que um desportista sou um jogador de fim-de-semana. Pelo menos, acho que ainda sou.
Na manhã seguinte, sexta-feira, fui levar a minha filha à escola. Enquanto tirava o cinto de segurança, uma das suas colegas de sala entrou no carro, agarrou na raquete e começou a gritar «olha pai, o pai da Júlia também joga padel». Podia ter feito refeito referência à bola de futebol, ali ao lado, mas, porventura porque o pai não joga ou porque é um objecto banal, não o fez.
Jogador experimentado, quis saber há quanto tempo jogava, advertiu-me de que isto era um «vício» e que jogava quase todos os dias - sem contar com as aulas. Antes de fechar a porta, aconselhou-me ainda a comprar uma nova raquete e disse-me que, mais dia menos dia, acabaria por deixar de lado o futebol. Despedi-me com um sorriso falso, coloquei a raquete no fundo da mala e prometi que não voltaria a jogar tão cedo. No mínimo, que jamais cederia à tentação de ter aulas ou que se transformasse num vício.
O futebol, pelo menos para mim, nunca foi um vício, mas sim uma necessidade. Sobretudo um prazer. Há dias em que me apetece ficar a jogar a noite toda, mas é raro acabar um jogo e ter vontade de jogar no dia seguinte. O corpo precisa de descanso. A cabeça também. Aquela hora é capaz de durar e alimentar-me durante toda a semana. Com o padel não. É diferente. É como se o futebol fosse uma refeição completa e o padel uma entrada, um doce, tremoços, peanuts. Nunca é suficiente. E isso irrita-me, confesso. Mas nada me irrita mais do que esta ideia de que, para evoluir, é obrigatório ter aulas. O meu tio, que tem mais de 60 anos e também joga todos os dias, às vezes várias vezes ao dia, tem aulas; a minha enteada quer ter aulas; a maioria das pessoas com quem já joguei tem ou já teve aulas e não resiste à tentação de me aconselhar a fazer o mesmo. Que jogo bem e tal, mas que me faria bem umas «aulitas», para corrigir alguns vícios e, acima de tudo, o posicionamento.
Não percebo. 
Isto é, percebo, mas não entendo. A beleza dos jogos de futebol entre amigos é precisamente essa ausência de treino. É normal que se corrija, critique ou goze com o posicionamento e as características de alguns colegas, chega mesmo a ser desesperante que os erros se repitam jogo após jogo, mês após mês, ano após ano, na maior parte dos casos uma vida inteira, mas nenhum jogador de fim-de-semana sugere ao outro que vá ter aulas ou treinar. «Desculpa Zé, mas enquanto não trabalhares esse pé esquerdo com um técnico especializado recuso-me a jogar contigo»; «Carlos, ou procuras um treinador (ou mesmo um psicólogo) que te ajude a levantar a cabeça e a ser menos egoísta, ou para mim basta!»
É o que é. Faz parte. Quem sabe, sabe. Quem não sabe, não sabe. Tivesse jogado e aprendido quando era suposto. Em criança. Nos clubes. Na rua. Na televisão.
O padel ainda não passa na televisão. Nem se joga nas ruas. Talvez um dia, quando houver campos espalhados pelos bairros e as crianças possam jogar e esfolar os joelhos livremente; quando deixar de ser um negócio e passar a ser um desporto - fazendo o percurso inverso à maioria das modalidades, que começam por ser um desporto e acabam transformadas num negócio - aí sim, talvez consigamos jogar como menos sofreguidão ou sentimento de culpa.
Até lá, vou jogando, mas sob protesto. Sempre com uma mão no bolso e outra na consciência."

Finalistas...

Benfica 3 - 0 Leixões
32-30, 28-26, 25-20


3-0 na partida, e 3-0 na eliminatória, e qualificação para a Final garantida! 
Num jogo bastante complicado, como os parciais dos dois primeiros Set's comprovam!

Enquanto isto se passava na Luz, na Praia da Vitória, jogo 'cancelado', com a equipa do Sporting vitima de intoxicação alimentar, a recusar-se jogar, e a equipa da casa, a 'recusar' adiar o jogo!!! Tugão no seu melhor!!!

PS: Parabéns aos nossos Canoístas, que se sagraram campeões nacionais de Fundo este fim-de-semana: Fernando Pimenta, Teresa Portela e o João Duarte nos sub-23!

Vitória na cidade dos Templários!!!

Sp. Tomar 2 - 3 Benfica

Remontada total, a perder 2-0, com o nosso Pablo a marcar 3 na resposta...
Péssima finalização na 1.ª parte, melhores no 2.º tempo, apesar do aproveitamento nas bolas paradas continuar baixo...

Os Corruptos perderam com o Murches!!! Cheira a ordenados em atraso, por todos os lados!!!

Vitória nos Açores...

Lusitânia 75 - 91 Benfica
9-31, 26-17, 15-25, 25-18

Vitória na Terceira, numa partida decidida cedo, apesar da gestão ter sido demasiado 'soft' em vários momentos! 

Iniciados - 7.ª jornada - Fase Final

Boavista 0 - 5 Benfica
Soares(2), Figueiredo(2), Isaac


Mais uma vitória, com muitos golos, e duas 'belas artes' pelo meio: o 1.º do Tomás Soares e o 4.º do Isaac!!! Recordo que este Boavista, é o 3.º classificado!!!

Isto numa partida, um só tínhamos no banco 3 jogadores!!! Oito ausências!!!

Com o empate dos mini-Corruptos, estamos na liderança isolada... com 35 golos marcados, e 0 sofridos!!!

UEFA: Hino...

Derrota...

Benfica 0 - 1 Sporting


Foi pena, perder pela primeira vez na época (tugão), logo neste jogo, com o recorde de assitência!

Como já escrevi, a Pauleta é a jogadora mais influente desta equipa, e sem a nossa melhor jogadora é mais complicado! E assim continuamos a ser melhores, mas ficamos vulneráveis, aos acasos das sortes e dos azares!!!

Hoje, mais um festival de oportunidades desperdiçadas, onde o adversário no único remate à baliza, marcou!!!

Não vou pelas criticas que as nossas jogadoras não se esforçaram, ou pensaram que o jogo estava ganho! Não jogámos bem, decidimos muitas vezes mal, mas fomos claramente superiores, e num dia 'normal' teríamos ganho...

Uma nota ainda pela atitude do Sporting: o futebol feminino, mesmo sem ser agradável à vista muitas vezes, é quase sempre jogado de forma muito mais 'honesta' do que a versão masculina! Mas no Tugão a grande excepção é mesmo o Sporting: anti-jogo constante, várias 'entradas' a matar, mergulhos e mergulhos, e depois da vantagem no marcador um rodopio de paragens com a massagista e médico a entrarem no relvado dezenas de vezes, tudo isto com o habitual beneplácito da árbitra!!! Atitude asquerosa... 

Agora, temos 9 pontos de vantagem, e o único jogo complicado é na próxima jornada em Braga.

11 Exemplos de que na Catedral...



"... ninguém tem problemas de usar a camisola do seu clube, ninguém é obrigado a despir a camisola ou a deixar cachecóis à entrada do estádio. Nem mesmo os adeptos do rival histórico Sporting, que têm aqui tratamento igual a todos os outros.
Vamos lá ao dérbi feminino com recorde - cheira-me - nas bancadas!
CARREGA BENFIIIICAAAAAAA!!!"

27221 espetadores no ESTÁDIO DA LUZ 🏟️


"Novo RECORD de assistência num jogo de futebol feminino.
- Último SC Braga (3°) vs FC Porto (2°)
22256 espectadores

#SejaOndeFor #benficasempre"

‘Ragazzi’ antes de Ndour


"A ascensão de Chiquinho não foi o único grande resultado da saída de Enzo Fernández do SL Benfica rumo ao futebol inglês.

Atrás do português surgem duas pérolas do Seixal para renovar laços entre plantel e Terceiro Anel: João Neves, com uma esperteza assinalável e a benesse da língua, junta ao desmesurado talento uma boa dose de português directo ao coração dos adeptos, com declarações assertivas a puxar pelo benfiquismo; e Cher Ndour, uma das grandes figuras dos juniores campeões europeus e intercontinentais, que não podendo usar dessa arma tão convenientemente – até porque só chegou a Lisboa em 2020 – tem encetado evidentes esforços em ser um dos melhores da sua geração naquilo que realmente interessa.
Mas talvez não chegue, enquanto se continuarem a colocar dúvidas em relação ao seu futuro contratual e ao seu espírito de compromisso.
Tem mostrado o suficiente para Roger Schmidt o começar a incluir, pouco a pouco, nos trabalhos da primeira equipa. A estreia contra o Vitória foi entendida como prémio pelo bom trabalho do miúdo italiano de 18 anos, já internacional sub-20 pelo seu país.
Cher Ndour tem ainda muito a provar, mas acaba de ganhar espaço privilegiado e tempo para crescer, apoiado por um plantel a fazer época extraordinária. Atrás de si, a meter medo e responsabilidade, tem o historial de compatriotas de águia ao peito: de três, só um gravou a letras de ouro o seu nome no imaginário benfiquista.
Como João Neves, destacava-se na paixão falada, reflectida depois na ardente relação com as bancadas. A inteligência de Ndour permitir-lhe-á perceber a tempo por onde pode evoluir.

Emanuele Pesaresi
A SS Lazio era uma das potências do Calcio, que no virar do milénio era o que é hoje a Premier League – a chegada de Pesaresi à Luz, por empréstimo das águias romanas, foi ingrediente naquela sopa a que chamaram Dream Team que passados nove meses tinha vitórias suficientes para ficar em… 4.º lugar: Pesaresi para a esquerda, do Real Madrid CF vinha Júlio César para o centro da defesa, Zahovic chegava de Valência por troca com Marchena, Drulovic chegava do FC Porto, Simão era a transferência mais cara de sempre (12 milhões)depois de flopar em Barcelona, Mantorras era um prodígio chegado de Alverca.
Emanuele, primeiro nome de Pesaresi, além da escola, impunha respeito pela compleição física (1,80 de altura) e era apontado como titular indiscutível na esquerda – aos 24 anos, tinha perto de 100 jogos em Itália e supunha-se que se destacasse facilmente em Portugal.
Primeiro jogo do campeonato é na Póvoa do Varzim. Já na segunda parte e com 2-0 encarnado no marcador, Pesaresi decide fazer o que se vê a partir dos 4:20 do vídeo que acompanha este texto.
Claro que havia justificação para Toni e Jesualdo Ferreira começarem a preferir alinhar com Caneira ou Cabral, laterais direitos de origem, na sua posição – Pesaresi, relembraria mais tarde a sua experiência na Luz com desportivismo. «Eu era muito jovem e entrei numa grande aventura. Fiz uma excelente pré-época, mas fui expulso logo no primeiro jogo e a minha imagem ficou marcada por isso. Precipitei-me, fiz penálti e perdemos uma vantagem de dois golos» disse ao Maisfutebol em 2017. «Tive o infortúnio do cartão vermelho, depois uma lesão e mais tarde disseram-me que preferiam apostar em jogadores que não fossem emprestados. Se calhar os adeptos não gostaram do que fiz, mas fui sempre honesto.»
A melhor? Faz mais 12 jogos durante a época e finaliza em beleza com nova expulsão – frente ao Boavista FC -, que é naturalmente caso único na história do Benfica.
Ainda melhor? Quem o recomenda a Toni é o amigalhaço… Sven-Goran Eriksson, o responsável pela estreia sénior de um jovem Pesaresi na Sampdória, em 1995-96, e quem o vai buscar em 2000-01 para a sua Lazio campeã italiana – para servir de substituto a Favalli. Surgem os pontos de interrogação que se vão desvanecendo num intenso silêncio…

Fabrizio Miccoli
Ronald Koeman não dormia naquela preparação de 2005-06: para o holandês agora seleccionador, Nuno Gomes e Mantorras não chegavam para as despesas benfiquistas.
Era preciso outro alguém, com mais estaleca de finalizador, para atacar a Champions, que não se jogava na Luz desde 98/99. No derradeiro dia de mercado, a Juventus tão embaçada de opções para a frente (Trezeguet, Del Piero, Ibrahimovic, Mutu e Zalayeta, poucochinho…) abre mão de Fabrizio Miccoli.
Em Lisboa fizeram uma festa, em Portugal já se conhecia o génio do pequenito italiano: um ano antes – Março de 2004, precisamente – estreava-se a Pedreira de Souto Moura em jogos internacionais, num Portugal-Itália que ficou 1-2 por obra magistral de Miccoli, que entrou ao intervalo e a quinze minutos do fim resolveu tudo – mostrando a todos como se bate um canto directo.
Mas sim, 31 de Agosto de 2005. Miccoli chega a Luz como alternativa a Jon Dahl Tomasson, a grande novela desse Verão e que deixou Koeman à beira dum ataque de nervos (o dinamarquês preferiu ir para Estugarda).
Dia 10 de Setembro, era titular em Alvalade; a meio dessa semana, faz o 1-0 frente ao Lille OSC, na primeira jornada europeia. Começava aí a irrepetível paixão entre jogador e plateia da Luz, que festejou como nunca as diabruras futebolísticas do carismático italiano – o golo em Liverpool, o chapéu em Leiria, o nó contra o Beira-Mar SC, o entendimento com Nuno Gomes ou Simão.
A personalidade chamativa denunciava uma vida de conduta desviante fora dos relvados que apaixonava ainda mais o comum adepto, sempre romântico. Foram duas épocas de Benfica que pareceram 10 anos – é ainda hoje lembrado como um daqueles imortais a quem faltam títulos para fazer jus à ligação emocional construída e ao talento disponibilizado ao serviço do clube.

Bryan Cristante
Jorge Jesus tinha e terá sempre, que a longevidade já não deve permitir grandes revoluções na mentalidade, aquele seu meio-campo de eleição, uma parelha que junta o trinco tractor ao ‘8’ intenso, de correrias eternas de baliza a baliza – ora, Bryan Cristante é por hoje um médio completo, figura duma competente Roma de José Mourinho, mas ainda hoje é insensato pedir-lhe que seja uma coisa ou outra.
Em 2014, era loucura, até porque tinha surgido na equipa principal do Milan como um ‘6’ regista à melhor moda de Andrea Pirlo – quando cai nas mãos daquele Jorge Jesus, campeão e finalista das últimas duas Ligas Europa, não havia flexibilidade nem abertura para aceitar outro tipo de perfil.
Cristante teve que ser à força um 6 tractor e lutar com Andreas Samaris por um lugar. Num daqueles episódios habituais do técnico português, Cristante passa da bancada para titular num jogo da Liga dos Campeões – a 2.ª jornada da fase de grupos, jogada em Leverkusen contra o Bayer de… Roger Schmidt.
Obviamente que frente a Çalhanoglu, Bellarabi, Kiessling ou Heung Min Son, o menino Cristante se viu em trabalhos. Foram tantos que é obrigado a sair ao intervalo e a partir daí, já com justificativa suficiente a possíveis burburinhos da massa adepta, Jesus só o faz jogar Taças. 2015-16 já Fejsa recuperou de lesão, Cristante vê-se como terceira alternativa – e começa a ser emprestado para casa, para o USC Palermo primeiro, o Delfino Pescara 1936 depois e finalmente a Atalanta BC – é claro que alguém perspicaz como Gasperini lhe entrega a batuta da intermediária.
Em 2019, dois anos depois, assinava pela AS Roma a troco de 30 milhões de euros."

Não são 1, 3, 5, 10 nem 20 anos de cultura de ódio, coação e violência. São 40 anos


"40 anos desta mentalidade repugnante que o FC Porto teima em promover através do seu presidente, diretor de comunicação, treinadores, dirigentes e claques, manipulando a massa associativa do clube e incentivando os seus adeptos a este tipo de cultura hedionda e arcaica.
Tem a palavra o presidente da Federação Portuguesa de Futebol e o Presidente da Liga Portuguesa. Para Fernando Gomes e Proença, estas afirmações são absolutamente normais e não vão merecer qualquer repúdio, certo?
É tempo de mudar mentalidades e lutar por um desporto saudável. Se querem melhorar o futebol português, comecem por mudar a mentalidade daqueles que o lideram!"