terça-feira, 14 de fevereiro de 2023

Derrota...

Braga 2 - 1 Benfica
Spencer


Mais um mau resultado, numa equipa que está 'sem golo', a ausência do Franculino explica alguma coisa, mas...

Já agora, mais um penalty do tamanho do Evereste que não foi marcado a favor do Benfica!

A corrida pelos sonhos


"Matos Fernandes demorou até conhecer a sua modalidade de eleição, acabando por se dedicar a ela o resto da vida

'A vida é uma constante busca pela felicidade'. A desde que temos consciência da nossa existência, procuramos algo que nos satisfaça. Essa procura faz com que em criança experimentemos vários desportos e nos envolvamos em diversas atividades. No fundo, acrescentamos mundo ao nosso mundo, numa procura em que nos perdemos até nos entrarmos!
Com predisposição para o desporto, Fernando de Matos Fernandes, ainda garoto, praticou basquetebol, futebol, ciclismo, natação e voleibol. O pequeno Matos Fernandes parecia ter apetência para todas as modalidades. Em Janeiro de 1940, o seu irmão desafiou-o a participar num 'coss-country de três quilómetros'. Matos Fernandes, 'que nunca praticara atletismo, não se convenceu..., porém, foi tão grande a insistência do irmão, que não teve outro remédio - foi correr. Terminou em 4.ª lugar'. Apesar de não ter ascendido ao pódio, a sensação de correr deu-lhe uma satisfação que nunca sentira, afirmando: 'Agora o atletismo é o desporto da minha predileção, quase tendo esquecido os outros'.
De imediato surgiu o convite para representar o Benfica. Matos Fernandes nem conseguia acreditar, de uma assentada conseguia juntar uma nova paixão a uma paixão antiga. Aceitou! Pelos encarnados, em pouco mais de dois meses ascendeu da equipa de estreantes à de honra, num percurso em que competiu por quatro categorias.
Extremamente talentosa, a época de estreia foi bem-sucedida, 'individualmente conquistou oito títulos e colaborou em sete provas de estafetas'. Os bons resultados levaram a que fosse considerado uma das revelações da temporada, com a imprensa a render-se às suas qualidades: 'gabarito para a prática do atletismo, com habilidade com qualidade muscular de primeira ordem elevou-se rapidamente à altura dos melhores atletas portugueses, afirmando largas possibilidades'.
Seria o início do percurso de um atleta que se notabilizou, tornando-se 'um dos mais berrantes cartazes de propaganda do clube e até do país, pela sua extraordinária categoria'. Em 1958, com cerca de 400 medalhas conquistadas e inúmeros recordes batidos, Matos Fernandes terminou a carreira.
Continuou ligado ao atletismo e aos encarnados como treinador-adjunto, primeiro de Fernando Ferreira e depois 'dos melhores técnicos diplomados pela I.N.E.F.'. Em junho de 1966, com a saída repentina do técnico Eduardo Cunha, os diretores benfiquistas nomearam Matos Fernandes como técnico interino e, em Setembro, assumiram a aposta no antigo atleta como técnico principal.
Habituado às vitórias, Matos Fernandes recolocou os encarnados na rota dos títulos, com o Benfica a vencer o Campeonato Regional, onze anos depois. Seria o primeiro de quinze anos a desenvolver atletas de eleição.
Saiba mais sobre estas conquistas na área 3 - Orgulho Eclético do Museu Benfica - Cosme Damião."

António Pinto, in O Benfica

Tudo aquilo a que tem direito


"1. André Almeida. O único jogador português dos 118 anos de História do Sport Lisboa e Benfica a sagrar-se tetracampeão nacional. A consagração de André Almeida ocorreu em termos públicos pelo final da tarde do último sábado no Estádio da Luz. Na nossa casa e na casa de André Almeida.

2. Perto de sessenta mil pessoas que se reuniram na Luz para assistir ao Benfica - Casa Pia foram, provavelmente, surpreendidas pela montagem no relvado de uma impressionante galeria de troféus poucos minutos antes de as equipas entrarem em campo. A surpresa deu lugar aos aplausos - quentes, demorados, sinceros - quando André Almeida surgiu do túnel para receber do público das bancadas tudo aquilo a que tem direito. E recebeu mesmo tudo.

3. As taças dos seus cinco títulos de campeão nacional, as suas quatro Taças da Liga e ainda uma Taça de Portugal e uma Supertaça foram a guarda de honra de André Almeida naquele momento de emoção pura em que foi homenageado pela Direção do Benfica e pelo povo do Benfica. E, minutos mais tarde, pela equipa do Benfica com quem posou para o registo da fotografia tradicional que sempre precede o pontapé de saída de todos os jogos.

4. E o que dizer do abraço trocado no relvado com Roger Schmidt, o último treinador de André Almeida na Luz? Do abraço trocado com Rui Costa não há nada a dizer de mais substancial do que aquele abraço propriamente dito. Foi simplesmente Benfica. Benfica da cabeça aos pés.

5. Se André Almeida tivesse dúvidas sobre a opinião que os benfiquistas têm dele ao cabo de uma dúzia de anos ao serviço do Benfica, essas dúvidas foram desfeitas de modo esplendoroso no sábado uns minutos antes das seis da tarde. Por outro lado, se os benfiquistas tinham duvidas sobre o balanço prático do serviço prestado por André Almeida durante uma dúzia de anos no Benfica, não houve melhor ocasião de que aquela homenagem no centro do relvado para dissipar humores, teorias e rejeições.

6. É um defeito da paixão, mas todos sabemos como bastam umas poucas temporadas sem títulos para que as mentes se turvem em desconsiderações das mais variadas índoles. Em desconsiderações e em injustiças. André Almeida foi vítima disso. E isso explicará, porventura, as lágrimas de André Almeida quando o público do Estádio da Luz se levantou para o aplaudir para lhe agradecer uma dúzia de anos de compromisso e para lhe pedir desculpa pelo azedume de tempos mais recentes.

7. E por isso houve também emoção e lágrimas na bancada. Foi muito bonito. Foi muito Sport Lisboa e Benfica."

Leonor Pinhão, in O Benfica

Obrigado, Almeidinhos!


"André Gomes Magalhães de Almeida poderia ser o nome completo de um professor de História, de um inspetor das finanças, ou até de um notário. Profissões relativamente comuns para uma identidade, aparentemente, também banal. Contudo, banal nunca mais será - por culpa do próprio. André Gomes Magalhães de Almeida é um nome que estará para sempre ligado á história do Sport Lisboa e Benfica. Ora bem, não me ocorrem objetivos de vida mais ambiciosos do que este. Eu já me contentava em ser apanha-bolas na Luz, quanto mais ver o meu nome escrito a letras de ouro no Museu Cosme Damião. Eusébio, Coluna e Bento são alguns desses símbolos eternos do Glorioso que por vários motivos ganharam um estatuto especial. Vestiram o manto sagrado mais de 400 vezes, levantaram muitas taças. No entanto, em 118 anos de Benfica (quase 119), o nosso Almeidinhos foi o único português a conquistar um tetra.
Imagino o orgulho de família! Sobretudo do avô, que tanto quanto sei é um afincado sportinguista. Desde que o André nasceu, festejou mais campeonatos ganhos pelo neto (5) do que pelo clube de coração (3). Ser sportinguista é doloroso, mas, se tivermos um neto a jogar pelo Benfica, sempre temos uma probabilidade maior de sermos felizes.
O Benfica fez a merecida homenagem ao André: no relvado, aplaudido pelos colegas e por uma Luz cheia de benfiquistas. Não foi o melhor que vi jogar pelo Benfica. Não está, provavelmente, na lista dos 10 ou até 20 melhores. Porém, está muito bem posicionado no ranking de jogadores por quem mais carinho ganhei. O Benfica é o Benfica por todos os jogadores que nos representaram ao longo dos anos, mas o Benfica é ainda mais Benfica por jogadores como o André Almeida."

Pedro Soares, in O Benfica

Fórmula: A+B igual a mais Benfica


"A operação de corte, polimento e requalificação empreendida pelo Clube no seu plantel de futebol profissional na janela de transferências de janeiro - excluindo desta leitura o dossiê Enzo, por todas as razões já clarificadas pelo Presidente Rui Costa - é interpretável como uma aposta na elevação dos níveis de qualidade, competitividade e de motivação de todos os elementos que respondem ás ordens do treinador Roger Schmidt, mas, paralelamente, também concorre para a enfatização de uma nova realidade em que a equipa B se apresenta cada vez mais como uma extensão e uma importante retaguarda de apoio às necessidades da equipa A.
No projeto desportivo do Clube, os Bês situam-se no ponto mais alto da Formação, de onde, idealmente, a cada temporada seja possível extrair um par de jogadores para abastecer o plantel A. Vamos a factos frescos: no papel, Samuel Soares começou esta temporada como terceiro guarda-redes da equipa A, mas, a meio do ano desportivo, em resultado das respostas dadas na B e, também, das movimentações ocorridas no mercado de Inverno, subiu a número dois na hierarquia.
Promoção gerou promoção... e André Gomes entrou no plantel A para ser o terceiro guarda-redes, herdando a baliza da B nos jogos da Liga 2, uma competição sénior que potenciará a maturação deste jovem e de outros que trabalham com empenho e com vontade de, a curto/médio prazo, alcançar o lugar sonhado no plantel do Benfica, como sucedeu nas temporadas mais recentes com Gonçalo Ramos, Morato e António Silva.
Samuel Soares e André Gomes são exemplos citáveis, mas também podemos ressaltar o trajeto e o enquadramento de João Neves, que no último fim de semana foi personagem modelar deste figurino de entrosamento das equipas A e B: no sábado cotou-se como um dos suplentes utilizados por Roger Schmidt no jogo frente ao Casa Pia na Liga Bwin, e no domingo atuou 81 minutos no meio-campo do coletivo delineado por Luís Castro no triunfo sobre o Tondela na Liga 2.
Nesta nova era, a B reforça-se como um contexto de amadurecimento de talentos referenciados como potenciais reforços internos, mas, numa lógica de otimização e de melhoramento das capacidades dos recursos, também se destaca como espaço complementar para a retoma competitiva de atleta de A (recorde-se que aconteceu com Lucas Veríssimo e Morato) e para o incremento do ritmo de jogo dos mesmos (veja-se o que se passou com Tengstedt e Schjelderup). Um elevador 'mais Benfica' repleto de vantagens."

João Sanches, in O Benfica

Mas qual Enzo?


"O futebol é um desporto coletivo. Salvo raras excepções (Maradona, Pelé, Eusébio e mais dois ou três), um jogador sozinho não decide títulos. Os artistas ajudam, claro, mas as equipas valem pelo seu todo. E o Benfica de Roger Schmidt é um bom exemplo.
Estrelas, no nosso clube, são os 60 mil que se sentam nas bancadas. Esses, sim, são imprescindíveis. Para eles não ha cláusulas de rescisão.
Os profissionais ficam ou partem. Uns deixam boas memórias e permanecem na história pelos títulos conquistados, ganhando, para sempre, o carinho dos adeptos. Outros deixam apenas dinheiro e indiferença. No Benfica só interessa quem está, quem quer estar, e estes já deram mostras de merecer toda a nossa confiança. Como li num jornal desportivo, em campo temos agora uma equipa inteira a bater no emblema. E é assim, com esse espírito, com essa união, com essa mística, que vamos atingir os sucessos.
No jogo com o Casa Pia, brilhou João Mário - que bisou pela segunda jornada consecutiva. Mas deixem-me destacar Chiquinho, que está perante o maior oportunidade da sua carreira profissional, e parece firmemente empenhado em agarrá-la. Depois de várias temporadas sem encontrar espaço, limitando-se a tapar buracos ocasionalmente, descobriu enfim, com Roger Schmidt, a posição onde rende mais. Tem tudo para se tornar titular absoluto no meio-campo, e fazer esquecer por completo quem o antecedeu no onze.
Os fantasmas do pós-Mundial estão afastados. Levamos seis vitórias e um empate nos últimos sete jogos. A instabilidade causada pelo mercado terminou. Estamos na frente, e a Champions regressar em boa hora."

Luís Fialho, in O Benfica

Unified


"O desporto é único e de todos, mas só será completamente e verdadeiramente universal se conseguir eliminar as suas próprias barreiras. Esta é a filosofia Unified que irrompeu pelo mundo do desporto inclusivo e que conquista cada vez mais adeptos de todas as modalidades. A ideia é a de um desporto instrumental ao serviço da saúde e da inclusão dos diferentes, que muda o foco central da vitória competitiva para uma vitória competitiva para uma vitória individual e de equipa em que todos ganham, e muito, na vertente relacional e de construção de pessoa humana. Consequentemente, as mais-valias individuais são enormes e capitalizadas em todas as dimensões da vida incluindo a desportiva e até a competição no caso dos atletas que saem enriquecidos das experiências Unified. É que trabalhar em equipa com pessoas que têm diferentes limitações, definido e estabelecendo objetivos comuns e processos de jogo que funcionem verdadeiramente para todos, é um desafio! É um teste de resiliência e superação que põe à prova os limites individuais, que leva cada um a alargar horizontes e oferece capacitação para enfrentar e resolver novos obstáculos e desafios inesperados. É caso para dizer que 'a união faz a força' e que, dessa forma, pela união de todos, cada um se torna em si mesmo mais forte!"

Jorge Miranda, in O Benfica

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"13
É preciso recuar a 1985/86 para se encontrar um registo do Benfica melhor do que 13 jogos sem golos sofridos nas primeiras 20 partidas do Campeonato;

17
Só em 4 das 79 edições do Campeonato com pelo menos 20 jornadas o Benfica conseguiu mais vitórias do que na presente temporada nos primeiros 20 jogos;

20
João Mário bisou pelo 2º jogo consecutivo (5 golos em 3 jogos) e chegou aos 20 golos de águia ao peito, 16 marcados na presente temporada em 32 jogos. Fez ainda 9 assistências, participando diretamente na finalização de 25 participações dos 89 golos marcados pela equipa (28%);

30
O Benfica chegou às 30 vitórias em competições oficiais. É o 3º melhor registo de sempre ao fim de 36 jogos (considerando vitórias ou derrotas em jogos com desempate nos “penáltis”);

100
Otamendi usou a braçadeira de capitão ao serviço do Benfica pela 100ª vez (incluindo jogos particulares);

308
Terminou a ligação de André Almeida ao Benfica. Foram 12 temporadas em que participou em 352 jogos (34º), dos quais 308 em competições oficiais (28º). Marcou 14 golos (11 em “jogos oficiais”) e fez assistências 39 para golo (todas em “jogos oficiais”). Capitaneou a equipa em 77 ocasiões (70 em “jogos oficiais”). Ajudou o Benfica, em campo, a conquistar 5 Campeonatos Nacionais, 2 Taças de Portugal, 4 Taças da Liga e 1 Supertaça (fez parte de mais três plantéis vencedores da Supertaça);

757
De acordo com o GoalPoint, o Benfica fez 757 passes certos no jogo com o Casa Pia, mais 98 do que o anterior recorde na presente edição da Liga (pertença do Benfica frente ao Rio Ave);

9252
Rafa passou a ser o 12º com mais tempo de utilização no atual estádio da Luz (inclui tempos adicionais);"

João Tomaz, in O Benfica

Olheiro BnR | Gilson Tavares


"Às vezes, existem jogadores que começam o seu percurso no futebol por baixo. Iniciam o seu percurso na base da pirâmide, indo subindo aos poucos até chegar ao topo e competir ao mais alto nível. Gilson Tavares tem potencial para vir a ser um desses casos.
Gilson Benchimol Tavares nasceu no dia 29 de Dezembro de 2001. Sendo natural de Praia, Gilson viria a mudar-se para Portugal durante a sua infância, dando os seus primeiros passos no futebol aos sete anos de idade no SF Damaiense.
Com curtas passagens pelo meio no Linda-a-Velha e no Real Sport Clube, seria na Damaia que Gilson Tavares faria grande parte do seu percurso formativo. Seria na temporada 2019/2020 que o avançado cabo-verdiano se viria a destacar, ao marcar 26 golos em 20 jogos ao serviço dos juniores do SF Damaiense, na 1.ª divisão distrital da AF Lisboa.
As suas prestações viriam chamar a atenção do GD Estoril-Praia, que viriam a recrutar o jogador no Verão de 2020, a fim deste integrar a equipa de sub-23. Na equipa orientada por Vasco Botelho da Costa, Gilson Tavares viria a tornar-se num jogador influente na equipa, marcando sete golos em 27 jogos em 20/21, e 10 golos em 20 jogos em 21/22. Em ambas as épocas, o avançado viria a conquistar a dobradinha pela equipa de sub-23.
Ainda temporada 2021/2022, Gilson Tavares vivia a ser lançado na equipa principal canarinha em dois jogos, pela mão do treinador Bruno Pinheiro. Nesta temporada, sob a orientação técnica de Nélson Veríssimo, o jogador cabo-verdiano disputou 16 jogos pela equipa principal estorilista, dois dos quais como titular.
À beira do fecho do mercado de Inverno, o jovem avançado viria a ser emprestado ao SL Benfica, a fim de integrar a equipa B encarnada, de modo a ganhar competição num nível mais baixo, mas no qual terá a regularidade necessária para crescer enquanto jogador. O Gilson Tavares já viria a deixar a sua marca no conjunto orientado por Luís Castro, marcando um golo que viria a dar uma importante vitória contra o CD Tondela.
No dia 10 de Outubro de 2020, Gilson Tavares estreou-se pela selecção principal de Cabo Verde, tendo até hoje sete internacionalizações e três golos marcados, sendo um valor de futuro dos Tubarões Azuis.
Gilson Tavares é um avançado fisicamente possante, que possui um instinto felino na hora de rematar à baliza. É um avançado bastante inteligente a movimentar-se em campo, sabendo associar-se e combinar com os colegas de equipa, sendo também um avançado forte no jogo aéreo.
Gilson Tavares tem contrato com o clube da Amoreira até 2026, mas o empréstimo possui uma cláusula de opção de compra de 1,3 milhões de euros, sendo que esta poderá ser uma oportunidade para mostrar o seu valor num patamar competitivo que lhe permitirá evoluir e dar o passo seguinte na sua carreira."

Dos “B” aos “A”: Os paradigmas da transição | SL Benfica


"O SL Benfica tem uma panóplia ainda considerável de jogadores das suas equipas secundárias (B e sub-23) na reta final dos respetivos contratos e sem que seja percetível qualquer intenção dos mesmo para rubricar um novo contrato com os encarnados. O volume de jovens nestas condições acicatou a discussão sobre a transição da equipa B para a equipa A e sobre a aposta nos produtos da formação benfiquista.
Quem defende a legitimidade da decisão de não renovar destes jovens defende-a com toda a razão. É, de facto, legítimo. Quem defende que faz sentido estes jovens não renovarem um novo contrato com as águias por não serem já uma aposta regular na equipa A defende algo que já me parece bem mais debatível. Por mais qualidade que assista estes jovens projetos de futebolistas, querer queimar etapas e quase “forçar” a inclusão na equipa A pode ser mais contraproducente para os próprios jovens do que a adoção de uma posição mais paciente.
Se no começo da temporada parecia, de facto, difícil existir espaço para os jovens da equipa B sequer treinarem com o plantel principal (pelo excessivo elenco), agora já, há, claramente, espaço para a integração gradual dos jovens considerados mais aptos treinarem junto dos “graúdos”. No entanto, para alguns isso poderá não ser suficiente. A esses sugeria que atentassem nos quatro paradigmas distintos de transição para a equipa A existentes de momento no plantel principal encarnado.
António Silva saltou quase diretamente dos juniores para a equipa A, agarrando uma oportunidade que não se previa sequer possível de surgir. Gonçalo Ramos subiu dos juniores aos Bês, foi chamado aos “A” – mostrando serviço com um bis -, voltou aos Bês e foi entrando, aos poucos, nas contas mais a sério da equipa principal.
Florentino Luís fez 72 partidas pela equipa B antes de subir aos “A”. Depois disso, conheceu vários empréstimos até voltar e ser aposta de novo. Gonçalo Guedes fez o seu caminho nos Bês, depois nos “A” e depois em França, em Espanha, em Inglaterra, até regressar aos encarnados.
Quatro jogadores diferentes, quatro idades distintas, quatro posições variadas. Quatro paradigmas. Em comum têm o facto de, neste momento, serem os quatro titulares praticamente indiscutíveis do SL Benfica. Trilharam caminhos distintos até chegarem a este ponto singular no contínuo espaço-tempo em que partilham o campo, com o mesmo estatuto de titulares, com a camisola do clube que os formou. Esperar pelo melhor, estar preparado para o pior.
Esperar por uma oportunidade como a de António Silva, mas estar preparado para trilhar caminhos como o de Florentino deveria ser a filosofia a seguir por estes jovens, que cada vez mais apresentam sinais de impaciência, necessidade de imediatismo e mediatismo e imaturidade.
E que estes jovens jogadores olhem apenas para o exemplo de António Silva e digam a si mesmos e a quem os acompanha “eu só quero isto”, eu compreendo. Que quem está à sua volta não saiba ou não queira oferecer-lhes uma perspetiva diferente que os beneficie a médio e a longo prazo, isso eu não consigo entender."

Resenha do fim de semana desportivo


"Nesta edição da News Benfica fazemos o balanço do desempenho das nossas equipas ao longo do fim de semana e chamamos a atenção para a votação para os Galardões Cosme Damião, que já decorre.

1
Com o jogo da jornada da Liga Portugal realizado anteriormente (vitória, por 0-2, na deslocação a Paços de Ferreira), o plantel às ordens de Roger Schmidt está inteiramente focado na preparação do embate com o Club Brugge relativo à 1.ª mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões.
Das equipas de formação, houve três em atividade. A B visitou o Estrela da Amadora e perdeu, por 2-1, num jogo marcado por muita polémica. Os Sub-19 entraram a ganhar na fase de apuramento do campeão (0-3 em Alverca) e os Sub-15 permanecem na liderança na fase final ao somarem a terceira vitória em três jornadas (6-0 ao Vitória de Guimarães).

2
Quanto às equipas masculinas das modalidades de pavilhão, saliente-se os vários triunfos fora de portas. Em andebol, 23-37, no reduto do ADA Maia. Em basquetebol apurámo-nos para as meias-finais da Taça de Portugal ao bater a Ovarense por 76-86. No futsal, visita ao Candoso com resultado favorável: 2-6. Em hóquei em patins celebrámos o 3-5 na difícil deslocação ao Valongo. E, no voleibol, 1-3 no pavilhão do Castêlo da Maia.

3
As equipas femininas quase perfizeram o pleno de triunfos também. Em andebol, 33-36 no exigente embate com o Academia São Pedro do Sul. No futsal estamos nos quartos de final da Taça de Portugal ao ganhar, após prolongamento, por 3-4, no Santa Luzia. Em hóquei em patins, receção ao Turquel e vitória por 6-1. Na dupla jornada no voleibol, triunfo sobre o Vilacondense (1-3) e derrota no V. Guimarães (3-2).

4
Noutras modalidades, há a registar o segundo lugar, tanto em masculinos como femininos, nos Campeonatos Nacionais de Pista Coberta de atletismo. No râguebi passámos às meias-finais da Taça de Portugal ao derrotar o Técnico (14-29).
Na natação, foram vários os benfiquistas medalhados no Meeting Internacional de Lisboa, entre os quais Diogo Ribeiro, nos 50 metros mariposa, Henrique Silva, nos 200 metros mariposa, e Miguel Nascimento, nos 50 metros livres, a conquistarem o ouro.

5
Já abriu a votação para os Galardões Cosme Damião, que decorre até às 12h00 do dia 20 de fevereiro. São 29 candidatos, distribuídos por quatro categorias distintas, a saber: Atleta de Alta Competição, Treinador do Ano, Futebolista do Ano Masculino e Futebolista do Ano Feminino. Para além destas, serão entregues distinções através de atribuição direta. Conheça, aqui, os nomeados e participe!"

Alguém que diga as verdades!