Regresso às vitórias...

Ovarense 76 - 86 Benfica
13-18, 13-21, 22-16, 28-31

Depois do desastre da Póvoa, vitória para a Taça em Ovar, com os Lances Livres e os Ressaltos a serem decisivos!

Empurrados para fora da Taça


"Esta edição da News Benfica tem como tema principal o afastamento da Taça de Portugal, em Braga, após desempate por pontapés da marca de grande penalidade num embate inquinado por uma péssima arbitragem.

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Os clamorosos erros de arbitragem em prejuízo da nossa equipa no desafio frente ao Braga motivam forte e legítima contestação, tendo sido evidente uma enorme dualidade de critérios do ponto de vista técnico e disciplinar.
O Presidente do Sport Lisboa e Benfica, Rui Costa, deu voz à indignação dos benfiquistas: "Numa primeira meia hora excelente, fizemos um golo e fomos impedidos de ter um penálti para poder fazer o 0-2. Há um penálti claríssimo sobre o Gonçalo Guedes, as imagens mostram-no! O mesmo árbitro que há poucas semanas fez de VAR no Estádio da Luz e quase que obrigou Artur Soares Dias a assinalar um penálti contra nós num Benfica-Sporting, num lance exatamente com a mesma dinâmica, este ainda com mais intensidade, fez vista-grossa, tal como o VAR Fábio Melo. Fizemos de tudo para continuar na Taça, mas não nos permitiram."
Veja as declarações de Rui Costa.
E veja também a imagem do lance aos 19 minutos na área do Braga em que o árbitro, de frente para o lance, não assinalou e o VAR não quis ver.

2
Roger Schmidt também elogiou a excelente entrada em campo, lamentou a grande penalidade por assinalar e enalteceu a postura da equipa, só derrotada nos "penáltis": "Nos primeiros 30 minutos fizemos um jogo fantástico, dominámos o adversário. Estávamos encaminhados para a vitória. Houve um penálti a nosso favor por assinalar, e, com o cartão vermelho e o golo do Braga, o jogo transformou-se. Ao intervalo, tentámos mudar a abordagem ao jogo e construir oportunidades para decidir o desafio. Os jogadores lutaram todos juntos, mas falhámos um penálti [no desempate] e fomos eliminados."
Pode ver a conferência de imprensa do nosso treinador, aqui.

3
Carlos Lisboa, campeão nacional de basquetebol pelo Benfica quinze vezes (dez como jogador e cinco como treinador) é agraciado hoje, pelas 16h00, com a medalha municipal de mérito desportivo da Câmara Municipal de Lisboa.

4
No hóquei em patins houve partida da WSE Champions League. A nossa equipa deslocou-se à Corunha para defrontar o HC Liceo, campeão em título espanhol, e conseguiu um empate com um golo apontado a dois minutos da buzina final.
Após duas jornadas disputadas, Benfica e Oliveirense lideram o grupo A com quatro pontos cada.
Veja o resumo do jogo, aqui.

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São muitos os jogos agendados para hoje e fim de semana e pode consultar a agenda completa, atualizada em permanência, no Site Oficial.
Hoje temos as visitas ao Maia, em andebol (20h00), à Ovarense, em basquetebol, a contar para a Taça de Portugal (21h00), ao Candoso, em futsal (21h00) e ao Técnico, em râguebi (21h00).
Sábado, no futebol, há deslocações da equipa B ao Estrela da Amadora (14h00) e dos Sub-19 a Alverca (15h00). No voleibol jogamos no pavilhão do Castêlo da Maia (18h00). E as equipas femininas de andebol, futsal e voleibol também jogam fora de portas, respetivamente frente a Academia São Pedro do Sul (18h00), Santa Luzia (17h00) e Vilacondense (15h00).
No domingo temos duas partidas de hóquei em patins, ambas às 17h00 (em Valongo nos masculinos e na Luz, com o Turquel, nos femininos). Também voleibol feminino no reduto do V. Guimarães (15h00). E os Sub-15 de futebol recebem o V. Guimarães no Benfica Campus (11h00).
Apoie as nossas equipas!"

Farsa...

Ameaças...

7 faltas, 6 cartões!!!

Efab⚽lação (15)


"O rap da arbitragem

“50 Cent, how it feel to rob an industry nigga?
So we rob and steal so our ones can be bigger”

O “rapper” 50 Cent diz que a sua música de lançamento, “How to Rob” (“Como roubar”), escrita em homenagem a um bandido de Brooklyn, N.Y., conhecido por essa alcunha, devia ser entendida como uma piada e não como uma ameaça, tentando adoçar o azedume que provocou na concorrência.
É impossível não me remeter à crueza lírica do poeta nova-iorquino sempre que assisto ao esforço de árbitros talentosos para apresentarem enredos controversos, mal acompanhados ao ouvido pela música desafinada do VAR de ocasião. A Realidade da Arbitragem Portuguesa (RAP) é também uma piada, obscena e sem graça, mas igualmente uma ameaça. O fosso que vai cavando entre a realidade e a ficção das competições expressa-se semanalmente na divergência entre os que ocasionalmente se aproveitam dela e os que abominam serem circunstancialmente prejudicados, numa cacofonia histérica e imperscrutável, uma babel suburbana onde ninguém se entende - como no roteiro da violenta guerra verbal entre os “rappers” de Nova York.
Há quem defenda que a arbitragem do futebol é boa se o árbitro acertar 95 por cento das decisões e que devia louvar-se tal proeza em vez de contaminar o ambiente mediático e a esfera desportiva com queixas e insídias a respeito da margem “residual” de erros. A questão insanável é que a justa avaliação da gravidade de um erro de um árbitro pode ter uma latitude tão vasta como a diferença de peso entre uma moeda de 5 cêntimos e outra de 50: quem sofre é quem acredita.
Por isso, julgo ser a margem de asneira, involuntária ou provocada, que as autoridades continuam a permitir a razão de todos os problemas de credibilidade do futebol nacional, de que os árbitros e os dirigentes são os parentes malditos. O acumulado de falhas graves, cinco por cento hoje, mais cinco amanhã, com consequências endémicas pela repercussão mediática, quanto mais alto for o nível competitivo das equipas, devia gerar passos atrás na carreira dos juízes, um pouco como o sistema de pontos das cartas de condução.
Um árbitro que faça o que se viu esta semana nos jogos de uma fase adiantada da Taça de Portugal não devia poder voltar a dirigir jogos de equipas de topo nos meses mais próximos, obrigando-se a aulas de reciclagem na respectiva escola, como é obrigatório para os relapsos do volante. Mas, pelo contrário, aposto os meus 5 cêntimos em como algum deles acabará premiado com uma excursão à final do Jamor.
Deixar um árbitro voltar ao campo de elite depois de cometer um ou mais erros de lesa-futebol em jogos de capital importância não é piada, é uma ameaça crónica que nunca vai permitir encontrar uma solução, por pressupor a impunidade garantida por qualquer entidade superiora, mas obscura. Como nos versos de Curtis James Jackson III:
“50 cent, como te sentes ao roubar um mano da indústria?”
“Então, roubamos para que os nossos possam tornar-se maiores”."

2 anos depois!!!


"A 14 de Fevereiro de 2021, ou seja, há dois anos, fazíamos aqui este post em relação ao bombado Super Dragão de Valongo:


O que é que o Benfica na altura fez? Nada. Resultado? O bombado Super Dragão de Valongo continua na 1ª categoria de Árbitros e anda a ser nomeado como VAR para os jogos mais importantes em Portugal.
Isto ultrapassa tudo o que já vimos em Portugal. Fontelas, Bertino e Paulo Costa foram longe de mais desta vez. O Benfica não pode entrar em campo nem mais um único jogo com este Conselho de Arbitragem. E mesmo com um diferente, o Benfica tem de exigir entrar em campo com árbitros e VAR´s estrangeiros. Ou isso, ou atribuam já os próximos 20 títulos de Portugal ao Calor da Noite de Jorge Nuno Pinto da Costa."

Denúncia...


""Fizemos de tudo para continuar nesta Taça mas não nos permitiram continuar"
Foram casos de mais e demasiado evidentes para se estar aqui com meias palavras. O que se passou aqui hoje não tem uma explicação. O jogo começou com completo domínio do Benfica. Uma primeira meia hora excelente, onde fizemos um golo e fomos impedidos de ter um penálti para fazer o 2-0. Há um penálti claríssimo sobre o Gonçalo Guedes, curiosamente com o mesmo árbitro que há poucas semanas fazia de VAR no estádio da Luz e chamou, quase que obrigou, o Artur Soares Dias a marcar um penálti contra nós no Benfica-Sporting, num lance exatamente com a mesma dinâmica, este com mais intensidade mas fez vista grossa. O Sr. Fábio Melo, o VAR, também fez vista grossa sobre esse mesmo lance.

Expulsão de Bah, possível penálti sobre Gonçalo Guedes e alegada expulsão por assinalar a Racic.
"Não vou contestar a expulsão do Bah, é muito clara, o que eu não consigo compreender também é como um lance exatamente igual, com a mesma dinâmica, o Racic sobre o Fred, como é que o mesmo árbitro e o mesmo VAR conseguem analisar os lances de forma completamente diferente. Pior ainda é que no lance em que o Bah é expulso, o Sr. Fábio Melo consegue chamar o Tiago Martins ao VAR e como é que neste lance, nem eu nem outro, no lance sobre o Fred e no penálti sobre o Gonçalo Guedes, o Sr. Fábio Melo, que não é virgem nestas situações, em nenhuma delas conseguiu chamar o árbitro ao VAR. É inadmissível a dualidade de critérios. Cada árbitro tem o seu critério. O que é incompreensível é como é que o mesmo árbitro e o mesmo VAR tenham dois critérios diferentes no mesmo jogo. É inadmissível.
À minha equipa não tenho nada a apontar. Sou o primeiro a vir à conferência de imprensa quando alguma coisa não corre bem com os árbitros, tento sempre não o fazer, mas nunca escondo as debilidades da minha equipa. Hoje não tenho nada a apontar à minha equipa. Foram capazes de jogar uma hora e meia porque assim o quiseram. Lutámos por esta Taça até nos terem deixado lutar por ela. Agradeço aos jogadores todo o empenho que tiveram, agradeço aos nossos adeptos que estiveram aqui a assistir a este jogo por todo o apoio que deram à equipa, aos que estiveram em casa escandalizados com o que se passava em campo. E acreditem. A demonstração que demos hoje em campo é que estamos fortes. Jogámos uma hora e meia em Braga, num campo extremamente difícil, em inferioridade numérica. Fizemos de tudo para continuarmos nesta Taça e não nos permitiram continuar nela"."

Conversar com corruptos é tempo perdido!


""Foste tu quem chamou o árbitro no penalti na Luz, foste tu! Não fui eu, foste tu! Quase o obrigaste a marcar penalti e hoje nem ao VAR foste... E hoje nem ao VAR foste!"
Rui Costa aperta com Tiago "gatuno" Martins. Mas Fábio Melo (AFPorto) também mostrou bem ao que vinha."

Boas noticias , temos alguém que defende o Benfica! 💪


"Saiamos de duas taças, sem perder nos 90min. Conseguimos sair da taça da liga com os mesmos pontos que outras equipas foram apuradas. Fizemos 3 jogos, 2 fora.. na taça de Portugal não fizemos nenhum jogo em casa. Isto não é coincidência!
Temos o Rafa um dos jogadores com mais amarelos em Portugal, sendo um dos que sofre mais faltas.. existe outros jogadores que estão num registo idêntico e nem metade dos amarelos têm. Isto não é coincidência!
O mesmo arbitro que enquanto VAR, fez olhos de lupa num lance com o Sporting, faz olhos fundo de garrafa em lances idênticos. Isto não é coincidência!
Tendo nos seus jogos , quase sempre árbitros presentes da AF Porto. Isto não é coincidência!
O VAR.. conhecido como andrade de gema. Sobe a pulso na carreira. Isto.. não é coincidência!
Um tal arbitro.. que durante a sua carreira fez vários brilharetes sempre a favor dos mesmos e contra os mesmo (não me sai da cabeça aquele lance com o Aimar em Coimbra que fica sem chuteira e caneleira de tal pancada que foi e ele manda seguir haha) é promovido a presidente da liga. Isto não é coincidência!
O filho do presidente da arbitragem, ter tido a oportunidade de jogar num grande em Portugal onde a qualidade era bastante.. duvidosa. Isto não é coincidência!
Um tal de treinador que se comporta como animal.. várias vezes expulso.. multas irrisórias. Isto não é coincidência!
Estava aqui um dia todo, podem continuar nos comentários..
É importante que se perceba que nada, mas nada acontece no Benfica de mal por acaso, por coincidência. Temos todos de serrar fileiras, não temos nada mas nada a apontar da atitude dos nossos jogadores.
Continuo a dizer. Benfica ou Morte!"

Amarelo / Vermelho!!!


"Hoje sentimos o verdadeiro cheiro a anos 90. Para os mais velhos foi como rever uma gravação em HD do Apito Dourado e os mais novos ficaram a saber como era.
E não se enganem: será assim até ao final da época."

Contas por 'baixo'!!!


"2 penáltis
1 expulsão perdoada
Dualidade gritante de critérios Tiago Martins & Fábio Melo, à boa moda do Apito Dourado.
Um escândalo!"

Profissão: Ladrão!!!


"O Benfica que não faça nada em relação a este fanático andrade de Valongo que anda a roubar vergonhosa e despudoradamente o nosso clube. É deixar andar. Não foi suficiente aquele escândalo em Moreira de Cónegos em que não vê uma cotovelada nos cornos do Vertonghen dentro da área e reverte uma penalti bem assinalado por Manuel Oliveira dentro do campo.
O Rui Costa pode despejar 500 Milhões em cima da equipa que vai ganhar zero, zerinho, zerão.
Parabéns uma vez mais a Fontelas, Paulo Costa e Bertino pela prenda que nos enviaram para este jogo.

P.S.- Já nem sequer falamos deste lagarto frustrado deste Tiago Martins, um verdadeiro ignóbil."

O tutor está orgulhoso! Trabalho bem sucedido! Mais um


"Se o Benfica entrar em mais algum jogo em Portugal com árbitros e VAR´s Portugueses é porque somos geridos por um bando de bananas que têm de ser imediatamente expulsos do clube.
Prémio Fair Play 2022/2023 oficialmente garantido hoje! Tudo para o Marquês!
Entreguem oficialmente também todos os títulos dos próximos 20 anos ao Futebol Clube das Putas e dos criminosos do Apito Dourado todos que estão no comando das Instituições Desportivas em Portugal. Parece piada e contado ninguém acredita. Mas é verdade."

Cadomblé do Vata


"1. Passadas tantas horas, ainda me é difícil colocar em palavras toda a azia que sinto... nem sei se o resultado de ontem foi uma derrota ou uma feijoada carregada de enchidos e picante.
2. Perdemos por culpa própria e só temos de olhar para dentro, mas os especialistas de arbitragem que não nos tomem por parvos dizendo que os lances do Bah e do Racic são diferentes... senão sou obrigado a dizer que na realidade, o pé Bah acerta no mesmo sitio onde lhe acertou o Eustáquio, que relembro, só foi expulso por duplo amarelo.
3. Não quero monopolizar isto no trabalho do árbitro, mas efetivamente a intensidade do toque no calcanhar do Guedes é igual à que valeu um penalty ao Paulinho... a falta de uniformidade de critério na Liga Portuguesa faz-me ter saudades daqueles casais que vestem os filhos gémeos com roupas iguais.
4. Fui só eu que tive um momento deja vu do Rodrigo em Turim, quando vi o Aursnes caminhar para a marca de penalty no desempate? Mais ninguém gritou em ambos os casos "não viram o último penalty dele? Ele não sabe bater penaltys... alguém por favor... acudam".
5. Vlachodimos é o único gajo que pode passar um dia inteiro na Ginginha sem se embebedar... porque é absolutamente incapaz de agarrar um penalty."

SC Braga 1-1 (5-4 g.p) SL Benfica: É em líbio que se diz meias-finais!


"A Crónica: Braga feliz nas grandes penalidades avança para as meias-finais

Era dia de Taça, com a memória bem viva do último duelo entre SC Braga e SL Benfica, que tinha terminado com vitória bracarense por três bolas a zero. Desde aí, os encarnados nunca mais voltaram a conhecer o sabor da derrota e os bracarenses tiveram um percalço pelo caminho, mas deram a resposta no domingo passado na Pedreira, quando derrotaram o FC Famalicão. Nesse jogo, a entrada de Pizzi foi fulcral para a vitoria e Artur Jorge lançou o ex-Benfica no onze, no jogo que valia apuramento para as meias-finais da Taça de Portugal, onde já era sabido que defrontariam o CD Nacional.
O Benfica mantinha a estrutura e jogadores que foram sinónimos de vitória nas últimas partidas, com Gonçalo Ramos e Rafa a começarem no banco de suplentes. A equipa de Roger Schmidt prestava-se ao habitual: trocar a bola com prontidão no meio-campo e procurar uma eventual desmarcação nas alas. O jogo fluía com tranquilidade, os encarnados no seu registo habitual, com a bola a circular por vários setores de forma paciente, sem admitir aos bracarenses muito espaço quando estes conseguiam recuperar a bola. Apesar disso, a equipa da casa quando conseguia aguentar mais de cinco segundos dessa fase, saia com a ajuda dos laterais, mas a má definição foi depois a sua maior inimiga.
O jogo começou aberto nas laterais e com as duas equipas a colocarem os jogadores mais adiantadas no centro. A execução era rápida, sobretudo do SC Braga que queria aproveitar as linhas mais adiantadas do seu adversário.
O Braga estava apático e o Benfica conseguia chegar à área, mas sem finalizar. Isto é, até ao minuto 14, em que o canto curto da equipa da Luz trouxe o primeiro golo da partida. Neres e Aursnes a combinar e o brasileiro a cruzar com conta, peso e medida para o cabeceamento de Guedes. Braga 0 Benfica 1.
A primeira grande contrariedade para o líder do campeonato não surgiu através de perigo concreto da equipa bracarense, mas sim através duma expulsão. Foi na meia hora, com Alexander Bah a ir para a rua após pisar Pizzi para travar uma transição rápida.
Os guerreiros do Minho não demoraram a capitalizar na sua superioridade numérica e foi ver, chegar e marcar. Pontapé de canto, com a bola a encontrar Al Musrati sozinho no segundo poste. O líbio não se fez de rogado e colocou o empate no marcador.
Não havia muitos motivos, ao intervalo, para divertimento dos espetadores. Era um jogo amarrado, com o Benfica a ser a melhor equipa em campo, mas sem nunca conseguir impor inteiramente o seu jogo ao ponto de dominar através de oportunidades de golo.
A segunda parte trouxe uma faceta que não tínhamos visto ainda do Benfica, com uma linha de cinco atrás com a entrada de Morato. Os laterais ganhavam preponderância, a serem procurados ainda mais vezes no espaço. Os arsenalistas não se aventuravam em pressão alta, apesar da superioridade numérica. As duas equipas não arriscavam e as áreas eram uma miragem.
No jogo de xadrez que foi o segundo tempo, os encarnados convidaram o Braga a ter mais bola, os arsenalistas aceitaram o convite, mas não conseguiram coloca-la dentro da baliza das águias. Muita vontade, mas com a exceção de dois remates fora da área dos homens da casa, poucas oportunidades. Assim, o encontro foi a prolongamento.
Pouco a assinalar no tempo extra, mas já mesmo nos 120 Morato viu o segundo amarelo e o Benfica ficou reduzido a nove unidades. O jogo foi para grandes penalidades.
Da marca de onze metros, apenas um jogador vacilou: ‘Fred’ Aursnes falhou mesmo o quarto penalti das águias, o Braga concretizou todos – com Musrati a marcar o penalti da vitória, que deu o apuramento à equipa da casa. O Benfica cai por terra e o SC Braga avança para defrontar o CD Nacional nas meias-finais da Taça de Portugal.

A Figura
Al Musrati É difícil ficar alheio ao facto de ter sido o jogador que marcou o penalti decisivo, mas o médio bracarense foi muito mais que isso. Um dínamo a levar a equipa para a frente, uma máquina de fazer pressão e a resistir a ela. Marcou também no tempo regulamentar, reforçando o caráter decisivo da sua exibição.

O Fora de Jogo
Alexander BahPodia ser Pizzi o escolhido nesta categoria pelo jogo extremamente apagado que fez, mas o dinamarquês fica ligado ao lance que muda a figura do jogo. Numa altura em que a sua equipa vencia e controlava o jogo, a sua entrada impetuosa ajudou a galvanizar o adversário e pôs uma amarra no jogo da sua equipa até ao fim, obrigando a um tipo de jogo totalmente diferente.

BnR na Conferência de Imprensa
SC Braga
Bola na Rede: Voltando atrás, ao intervalo. Com o Braga a ter o ascendente no jogo, tinha marcado o golo por volta dos 35 minutos. O que pediu de diferente para a segunda parte sabendo que o Benfica se ia fechar ainda mais no jogo?
Artur Jorge: Não muito diferente, pedi acima de tudo que fossemos mais rápidos na circulação, mais verticalidade no nosso corredor esquerdo onde tínhamos o Bruma depois para ser capaz de criar alguns desequilíbrios e manter a mesma solidez defensiva, já que desde que o Benfica fica com menos um é uma equipa que procura ter o seu jogo mais direcionado para transições, procurar bolas mais rápidas na frente para a velocidade dos seus atacantes e sabíamos que isso era importante de conseguir controlar. Acima de tudo, alguma solidez naquilo que eram os equilíbrios defensivos e podermos ser mais rápidos e verticais no ataque à baliza contrária.

SL Benfica
Bola na Rede: Não foi possível colocar questões ao técnico Roger Schmidt."

O SC Braga-Benfica e um homem chamado Al Musrati


"Foi o médio de cara fechada, poucos sorrisos e que só disse duas palavras públicas em três anos no Minho que marcou o golo de empate e bateu o penálti decisivo (5-4, após o 1-1 no final do prolongamento). Só o líbio Al Musrati desatou um jogo em que o Benfica contou quase 90 minutos em inferioridade numérica e confirmou Braga como lugar maldito na sua época: à segunda visita, teve a segunda derrota e está fora da Taça de Portugal

O passe é no espaço em vez de para o pé, obriga-o a esforços e a um ligeiro arranque, mas alcança a bola. É um contra-ataque, uma jogada rápida do SC Braga que lhe pede rapidez e ele rasga de primeira um passe para a pradaria à esquerda. No resvés da pressa, esperançoso de se antecipar, Alexander Bah levanta a chuteira e o atraso é doloroso: a sola pisa o tornozelo do adversário e os pitons são cravados na carne. A jogada segue, mas, de imediato, o corpo de Luís Miguel Afonso Fernandes tomba enquanto ele levanta um braço, depois cai, depois contorce-se, depois fica mirrado no relvado.
O caído futebolista chegou ao Minho em janeiro. Teve singelos oito minutos no primeiro jogo pelo Braga, engordou o tempo para os trinta e um na segunda aparição e tem o privilégio da titularidade nesta terceira. Caído e com a cara encostada à relva, protagoniza uma coincidência: é também aos 31’ que o pequeno pique para alcançar a tal bola que o fez sentir a planta da bota de Bah provoca a expulsão direta do adversário. E, nem quatro minutos volvidos, estaria de pé, regressado a si mesmo, à beira da área a ver Tormena desviar um canto de André Horta ao primeiro poste para Al-Musrati, atrás de toda a gente, empatar o jogo.
A curta estada deste homem em Braga dá ares de escadaria e corresponde à ascensão de um futebolista aterrado na cidade na aura descendente da carreira. Já são 33 anos, onze e meio desde a sua saída da cidade em estado gaiato, ele fez-se a vida e a vida deu-lhe títulos, internacionalizações e tropelias como o diz-que-disse da sua saída do Benfica com rumores de contestatário. O primeiro toque que dá na bola é uma receção que a deixa mansa à sua frente, à mercê de tudo, vinda de um chutão do guarda-redes. Este é um homem chamado Pizzi, estreante a titular contra o Benfica que abandonou pelas arábias.
Tê-lo no campo leva até o treinador, Artur Jorge, a mexer no hábito de quatro defesas, quatro médios e dois avançados que tem na equipa. Querendo ter Pizzi, fica com um híbrido que necessita de bola como pão de água para crescer e a mudada equipa sofre, durante meia hora, com a pressão a campo inteiro do Benfica, que força o Braga a bater bolas e jogar longo da sua própria área. Sofre mais ainda com os rápidos cercos que os encarnados montam imediatamente após cada bola perdida, sem surpresa porque é um hábito. Os visitantes dominam a bola, controlam o território, em Chiquinho tem um novo médio-passador e com o tempo tentam ligar as jogadas de pequenos passes, tabelas e jogadores próximos a magicarem coisas.
Mesmo sem um avançado verdadeiro e com Aursnes, João Mário, Neres e Guedes na frente, é a cabeça do tipo mais parecido com um avançado que marca, aos 15’ e na área, a bola vinda de um cruzamento exitoso devido a uma simples tabela feita num canto curto. Até à meia hora, a fluidez do Benfica em posse aprisionou os bracarenses e pô-los a perseguir a bola, noutras encavalitados num bloco baixo, raramente a terem os seus a manipularem jogadas de ataque na outra área, resumindo-se a lançarem o solitário Abel Ruiz, que se dava em corridas entre centrais e laterais.
A expulsão tudo mudou, o golo quase imediato ajudou os minhotos e aí a pressão fez-se boomerang, a primeira parte acabou com o SC Braga a mordiscar todas as receções dos adversários e a segunda começou da mesma forma. Já sem os bons toques de Pizzi, mas pausados, para terem os rápidos e mais auto-suficientes de Armindo Tué Na Bangna.
A entrada do homem apelidado de Bruma foram as pazes definitivas dos anfitriões com a assunção do risco, as circunstâncias exigiam-no. Com o extremo colado à linha, na esquerda, a equipa colocou mais gente à frente da bola, tentou filtrar mais jogadas pelos pés criativos de André Horta e acrescentaria a tudo isto Simon Banza. Pela hora de jogo, o SC Braga montava-se como de costume, com dois avançados para tentar mais do que os remates frouxos de Uros Racic e o menos goleador dos Hortas, ambos direitinhos às mãos de Vlachodimos. Pareciam ter íman.
Com o tempo, naturalmente, as vantagens do jogador a mais em campo acentuaram-se. A astúcia de Roger Schmidt ao intervalo, sentando Florentino para alinhar Morato a Otamendi e António Silva, revelou o seu dedo que adivinhou o algo previsível: havendo Bruma e ainda Álvaro Djaló no banco, o adversário usaria ambos além de se render ao hábito do par de avançados, logo, assentar a equipa numa linha de três a que os dois laterais se juntariam a defender serviria-lhe para controlar a largura e garantir um defesa a mais do que os atacantes. A estrutura manteve as tentativas bracarenses à margem, ajudada pela ausência de ideias no centro do campo - pouca gente a pedir entrelinhas e a atacar o espaço nas costas da última linha.
Mas, cansadas as pernas e fatigados os pulmões, ter mais gente atrás foi minguando a capacidade de gente se chegar à frente e o Benfica limitou-se a um remate rasteiro de Aursnes, aos 69’. Mesmo sem entrar na área contrária, as mãos de Vlachodimos já não seriam íman nos remates de André e Ricardo (73’ e 77’), quando cada mano teve a sua bujarda fora da área. Tão pouco nos descontos, ao ficarem em baixo, ao lado dos joelhos na relva do guarda-redes que viu o calcanhar de Banza desviar a bola ao poste na única vez que Bruma ultrapassou Gilberto com os seus dribles à queima-roupa.
O empate prolongou inofensivamente o jogo durante mais 30 minutos, o homem a menos no Benfica a ser apenas um atestado de sofrimento, de ter de arcar com o esforço. O modo de correr à pugilista de braços fletidos pelo hipertrofia de Chiquinho, uma invenção de Schmidt no miolo do campo, poço de simplicidade no bem-fazer, aguentava os encarnados com as corridas de Aursnes para se oferecer em linhas de passe e o algodão que não engana nas chuteiras de João Mário, o mais capaz para segurar a bola e dar tempo aos outros. No SC Braga que prosseguiu sem soluções por dentro - apesar das tentativas de Al-Musrati em atrair gente a si para soltar um passe sem artifícios no momento certo - a redundância furtava-lhes a vantagem do 11 contra 10. As tantas bolas depositadas em Bruma ou Djaló para serem eles a acelerar prova como a previsibilidade é uma erva-daninha no futebol.
Só nas derradeiras espreguiçadelas a partida se agitou, de novo mais do mesmo. O frenético se bem que errático Djaló deslocou-se à esquerda para agitar em conjunto com Bruma, soltando o extremo para ele picar a bola que o pontapé-moinho de Victor Goméz enroscou para fora. Foi uma quase-oportunidade antes da segunda expulsão por inteiro, quando o hispano-guineense nascido em Bilbau encarou Morato junto à linha, cravou-lhe uma falta, o central satisfez-lhe a vontade e o Benfica soube que teria só nove jogadores para bater penáltis.
O inaugural foi de João Mário, com um festejo de punhos cerrados, a quem Ricardo Horta ripostou com uma bola perto da barra; outra mão fechada se seguiria o argentino Otamendi, que de penáltis estará farto, para Álvaro Djaló responder em força; a frieza dos 19 anos marcaram o de António Silva para os 34 de André Castro o imitarem; e foi o homem chamado Fredrik Ausrnes, o de mais complicada pronunciação em bocas habituadas ao português, a falhar, para logo a seguir o mais fácil Paulo Oliveira dar vantagem aos bracarenses. O fã de uma bola quieta na relva que é Grimaldo ainda fez o seu, mas foi uma das caras mais fechadas, compenetradas e talvez passante por taciturna a selar o vencedor.
O último penálti veio do pé de Almoatasembellah Ali Mohamed Al Musrati, o simpaticamente abreviado em duas palavras que há três épocas vira páginas do seu almanaque de como jogar futebol de forma prática e simples, decidindo bem e sem complicar muito, de quem se ouviu tão-só um “thank you and goodbye” com um microfone por diante em Portugal. Parco em palavras e em sorrisos, finalmente se viu manifestação exterior de emoção no médio líbio, um futebolista de nome Al Musrati que pode ser largamente comparado ao ‘Homem Chamado Otto’ que tem um protagonista trombudo, mas que só quer o bem dos que o rodeiam. Este jogador sorriu duas vezes esta quinta-feira e fez de Braga uma dupla tristeza para os visitantes: é o lugar das duas derrotas na época do Benfica."