As bravas do pelotão


"Este VI episódio de «Por águas nunca dantes navegadas», intitulado "as bravas do pelotão" é exclusivamente dedicado às atletas olímpicas portuguesas e à evolução do Movimento Olímpico no feminino.
Se olharmos retrospetivamente para os Jogos Olímpicos em 1894, importa recordar à data da sua criação pelo Barão Pierre de Coubertin, que os Jogos eram vistos como uma celebração da virilidade masculina, daí serem exclusivamente reservados aos atletas do sexo masculino. As mulheres começaram a sua participação apenas em 1900, numa primeira fase com limitações e como participantes de desportos considerados compatíveis com a sua feminilidade e fragilidade, mas foram excluídas, por exemplo, de uma das provas rainhas dos Jogos, como são as de atletismo.
Por iniciativa da francesa Alice Milliat e da Federação Internacional de Desportos Femininos (FSFI), iniciou-se uma disputa de poder com o Comité Olímpico Internacional (COI), as Olimpíadas Femininas foram organizadas de 1922 a 1934 num esforço para justificar uma pretensão que se exigia que fosse uma natural aspiração. As Olimpíadas embora lentamente, foram tornando-se mais femininas, mesmo com o desequilíbrio de género ter sido nota dominante ao longo do século XX, inclusive no próprio seio do COI, exclusivamente masculino até 1981, mantendo a maioria masculina até ao final do século. Para combater os efeitos de género, a carta olímpica tornou obrigatória a presença de mulheres em todos os desportos desde 2007. Em 2014, a Comissão Europeia defendeu a igualdade no desporto e o COI incluiu a paridade de género na agenda das Olimpíadas de 2020. A Delegação dos EUA em 2012 foi maioritariamente feminina, e pela primeira vez na história dos jogos o COI esteve perto de atingir a paridade de género nas Olimpíadas de Tóquio 2020, com uma representação quase igualitária de atletas homens e mulheres, neste ano, com 48,8% dos participantes a serem mulheres.
Desde 2007 a Carta Olímpica afirma que: "O papel do COI é encorajar e apoiar a promoção das mulheres no desporto a todos os níveis e em todas as estruturas, com vista à implementação do princípio da igualdade entre homens e mulheres" (Olimpíadas de 2015, Carta, Regra 2, parágrafo 7). A União Europeia aprovou esta orientação, e após organizar a conferência Igualdade de Género no desporto em Vilnius em 2013, a Comissão Europeia publicou em 2014 as Ações Estratégicas sobre a Igualdade de Género no desporto. Nesse mesmo ano, a 11.ª recomendação do foi adicionada à agenda olímpica de 2020, tornando a paridade de género um objetivo.
Como referido no início da crónica, este episódio de «Por águas nunca dantes navegadas» é feito em homenagem às 137 "bravas do pelotão", atletas olímpicas que são parte integrante da história do desporto e do olimpismo no feminino em Portugal, aquelas que ajudam e ajudaram a escrever as páginas mais brilhantes do desporto nacional, extensivo a todas homens e mulheres que de forma direta ou indireta contribuíram para estes êxitos, como por exemplo os seus treinadores. Não foram unicamente conquistas desportivas, foram avanços num caminho difícil da emancipação, afirmação e igualdade de direitos das mulheres, com um reflexo evidente e positivo na sociedade.
Contextualizado que está a história, e de uma forma necessariamente resumida, do início da participação feminina nos Jogos Olímpicos e a sua evolução até aos dias de hoje, importa agora falar das 137 lusas, as "bravas do pelotão" uma prosa contada em números. Elas representaram e afirmaram a presença feminina em mais de 20 edições dos Jogos Olímpicos de Verão e Jogos de Inverno, valendo a pena nomear de forma extensiva cada uma destas Olímpicas — Albertina Dias, Albertina Machado, Ana Alegria, Ana Antas de Barros, Ana Barros, Ana Cabecinha, Ana Catarina Monteiro, Ana Cristina Pereira, Ana de Sousa, Ana Dias, Ana Francisco, Ana Hormigo, Ana Moura, Ana Rente, Ana Rodrigues, Angélica André, Auriol Dongmo, Aurora Cunha, Bárbara Timo, Beatriz Gomes, Camille Dias, Carla Ribeiro, Carla Sacramento, Carla Salomé Rocha, Carmo Tavares, Carolina João, Catarina Costa, Catarina Fagundes, Cátia Azevedo, Clara Piçarra, Clarisse Cruz, Conceição Ferreira, Dália Cunha, Daniela Cardoso, Daniela Inácio, Débora Nogueira, Diana Durães, Diana Gomes, Diana Neves, Diana Teixeira, Dulce Félix, Eduarda Coelho, Elsa Amaral, Esbela da Fonseca, Evelise da Veiga, Fernanda Marques, Fernanda Ribeiro, Filipa Cavalleri, Filipa Martins, Florence Fernandes, Francisca Laia, Fu Yu, Helena Cunha, Helena Maria Mendes Sampaio, Helena Rodrigues, Inês Henriques, Inês Monteiro, Irina Rodrigues, Isabel Joglar (Chitas), Isilda Gonçalves, Jéssica Augusto, Jieni Shao, Joana Arantes, Joana Castelão, Joana Figueiredo, Joana Pratas, Joana Ramos, Joana Soutinho, Joana Vasconcelos, Lei Mendes, Liliana Cá, Lorene Bazolo, Luciana Diniz, Lucrécia Jardim, Mafalda Queiroz Pereira, Manuela Machado, Margarida Carmo, Maria Avelina Alvarez, Maria Caetano, Maria Carlos Santos, Maria João Falcão, Maria José Nápoles, Maria José Schuller, Maria Laura Silva Amorim, Maria Leonor Tavares, Maria Martins, Mariana Lobato, Maribel Gonçalves, Marisa Barros, Marta Moreira, Marta Onofre, Marta Pen, Melanie dos Santos, Naíde Gomes, Natália Cunha e Silva, Nédia Semedo, Patrícia Jorge, Patrícia Mamona, Patrícia Sampaio, Paula Saldanha, Petra Chaves, Raquel Felgueiras, Raquel Queirós, Regina Veloso, Rita Borralho, Rita Gonçalves, Rochele Nunes, Rosa Mota, Salomé Afonso, Sandra Godinho, Sandra Neves, Sandra Tavares, Sara Antunes, Sara Carmo, Sara Moreira, Sara Oliveira, Sara Ribeiro, Sílvia Cruz, Sónia Moura, Susana Costa, Susana Feitor, Tamila Holub, Telma Monteiro, Telma Santos, Teresa Bonvalot, Teresa Gaspar, Teresa Machado, Teresa Portela, Vanessa Fernandes, Vânia Neves, Vânia Silva, Vera Barbosa, Vera Santos, Victoria Kaminskaya, Yahima Ramirez, Yolanda Sequeira e Zoi Lima.
Desde 1952 até aos recentes jogos de Tóquio, são mais de 20 edições começando com a devida homenagem a 4 destas Bravas que já não se encontram entre nós, falo necessariamente da primeira participação portuguesa feminina nos Jogos de Helsínquia 1952 com 3 ginastas, e das irmãs, Dália da Cunha-Sammer e a sua irmã mais velha Natália Cunha e Silva que foram e muito bem consideradas pioneiras na ginástica feminina portuguesa. De Teresa Machado a melhor lançadora de disco portuguesa da sua época, com participação em quatro Jogos Olímpicos (1992, 1996, 2000, 2004), ficando em 10.º lugar no lançamento do disco, em Sydney 2000 e 11.º em Atenas 2004. E da Cristina Pereira, referência nacional no voleibol e atleta de Voleibol de Praia, formando dupla com Maria José Schuller, ao lado de quem conquistou seis títulos de campeã nacional (entre 1994 e 2000) e o 9.º lugar nos Jogos Olímpicos de Sydney, em 2000.
De novo voltando aos números que relatam a História feminina da participação portuguesa, são 233 participações olímpicas, modalidades desde o Atletismo, Natação, Ginástica, Judo, representando estas 4 modalidades quase 80% das participantes, com o Atletismo à cabeça (49), seguida da Natação (21) a Ginástica (13) e o Judo (12) depois a Vela, Canoagem, Tiro, Ténis de Mesa, Esgrima, Equestre, Badmínton,Triatlo, Surf, esta com a curiosidade de ser 100% no feminino, Tiro com Arco, Remo, Voleibol de Praia, Ciclismo-MTB.
Em Los Angeles 84, em 39 atletas presentes, já tivemos uma representação condigna de 9 atletas femininas, o que significava uma percentagem de 24%, até então o máximo de participação no feminino, estava em 5 atletas em Roma 1960. Os Jogos de Los Angeles tiveram uma curiosidade com a participação de Jane Figueiredo na natação feminina na especialidade de saltos para a água, e acima de tudo um momento especial e único, com a nossa Rosa Mota a menina da Foz, a estrear-se nas medalhas com o Bronze na maratona, prova que fazia a estreia nestes Jogos Olímpicos, aliás o caminho até à glória para conquistar uma medalha olímpica seria uma enorme maratona de 32 anos. Em Seul 88 novamente no feminino e mais uma vez com a Rosa Mota, tivemos a primeira medalha de ouro no feminino, o ponto de viragem da participação feminina em Jogos Olímpicos deu-se em 1992 Barcelona, com 22 atletas, e nos Jogos seguintes em Atlanta 96 com a maior delegação de sempre até aos dias de hoje, 107 atletas no total, estivemos com 24 atletas femininas e com mais uma brilhante medalha de ouro da fantástica Fernanda Ribeiro, com a curiosidade de levar a bandeira nacional na cerimónia de abertura, prenuncio da medalha e do recorde olímpico na distância de 10.000 metros. Mas foi em Tóquio que batemos o recorde de participação feminina com 36 atletas, sublinhado pela brilhante medalha de prata da Patrícia Mamona no triplo Salto.
No que toca às medalhas são 7 as conquistadas, 5 no atletismo, uma no Triatlo e outra no Judo. As 2 medalhas de Ouro pertencem a atletas de renome mundial, a Rosa Mota na Maratona em Seul a Fernanda Ribeiro nos 10.000 metros em Atlanta, que também conquistaram o bronze respetivamente em Los Angeles 84 e Sydney 2000. As 2 medalhas de Prata são da surpreendente Vanessa Fernandes no Triatlo em Pequim 2008, e da Patrícia Mamona em Tóquio 2020 com um brilhante triplo salto, e finalmente uma fabulosa medalha de Bronze da Telma Monteiro no Judo Rio 2016,modalidade que já vinha a somar conquistas internacionais, sendo que, quer a Vanessa, quer a Telma quebraram o paradigma da relevância do atletismo nacional nos palcos internacionais, ao ganharem medalhas nas suas modalidades.
São 59 as atletas que repetiram edições dos jogos, no topo da lista com 5 participações, temos a Susana Feitor a menina da marcha, a Fernanda Ribeiro a atleta mais titulada do atletismo nacional, e a Telma Monteiro, que deu uma visibilidade contada em tantas vitórias internacionais ao Judo, mas temos mais, com 4 participações Olímpicas a Ana Cabecinha, Ana Dias, Conceição Ferreira a malograda Teresa Machado, Sara Moreira, Teresa Portela, Carla Sacramento, e com 3 participações a Jéssica Augusto, Filipa Cavalleri, Aurora Cunha, Albertina Dias, Luciana Diniz-Knippling, Esbela da Fonseca, Inês Henriques, Tamila Holub, Albertina Machado, Manuela Machado, Patrícia Mamona, Joana Pratas, Joana Ramos, Ana Rente e Vânia Silva, e são ainda mais 25 atletas com 2 participações, com a Rosa Mota em destaque, já que nas suas duas participações conquistou 2 medalhas, uma de Bronze em Los Angeles e uma de Ouro em Seul, ambas na Maratona.
Para um desporto no feminino não falado só em medalhas, temos resultados dignos de registo, são 45 resultados entre o 4.º lugar e o 11.º lugar em 9 modalidades (diploma olímpico até ao 8º lugar) destacamos o 4º lugar de Auriol Dogmo e os 5º? lugares de Liliana Cá no Atletismo, Teresa Gaspar no Judo (demonstração), Catarina Costa no Judo e Yolanda Hopkins no Surf, temos ainda posições relevantes como os sextos lugares de Aurora Cunha uma atleta de renome nacional internacional e uma "marca" do norte, Carla Sacramento, Jéssica Augusto, Ana Cabecinha e Patrícia Mamona todas no Atletismo, uma referência especial até pela disciplina em causa e por ser uma estafeta, o 8.º lugar no Atletismo em 4×400 em Barcelona 92, com a Marta Moreira a Lucrécia Jardim, a Elsa Amaral e a Eduarda Coelho e ainda de destacar a Joana Vasconcelos e a Beatriz Gomes na Canoagem com um sexto lugar.
Tivemos ainda até ao 10.º lugar, no 7º Lugar a Manuela Machado do atletismo por duas vezes, a Teresa Portela da canoagem a Filipa Martins na Ginástica, a estrear o célebre movimento em Português o "Martins", a Paula Saldanha no Judo, quase apurada para as medalhas, e mais 3 diplomas no 8.º lugar com a Ana Cabecinha Marcha, Teresa Portela Canoagem, Vanessa Fernandes Triatlo, ainda em posições de relevo temos os nonos lugares de Albertina Machado Atletismo, Vera Santos Marcha, Susana Costa Triplo Salto, Maria José Schuller / Cristina Pereira Voleibol Praia, Filipa Cavalleri Judo,Telma Monteiro Judo, Joana Ramos Judo, Bárbara Timo Judo, Patrícia Sampaio Judo, Rochele Nunes Judo, Teresa Bonvalot Surf, e em 10.º lugar, Albertina Dias Atletismo, Teresa Machado Atletismo, Carla Sacramento Atletismo, Clarisse Cruz Atletismo, Teresa Portela Canoagem.
Por quatro vezes a honra de transportar a bandeira na inauguração dos jogos, foi concedida no feminino, começando na cerimónia de abertura em 1980 com Esbela da Fonseca, seguindo em 1992, pela Judoca Filipa Cavalleri, em 1996 a Fernanda Ribeiro foi quem liderou a marcha olímpica, e em 2012 e 2020, a distinção coube á Judoca Telma Monteiro. A nossa primeira participação nos Jogos Olímpicos de Inverno coube a Mafalda Queirós Pereira em Nagano 98 no Japão em Esqui acrobático, depois desta estreia tivemos mais 2 atletas, a Camille Dias nos Jogos Olímpicos de Sochi 2014 em Esqui Alpino e Vanina Guerillot em Pequim a competir nas provas do slalom e slalom gigante em Beijing 2022.
Destas atletas de alto rendimento verdadeiras Bravas do Pelotão, cerca de 30% estão ainda em atividade, continuando o pós-carreira a ser um problema transversal e atual extensivo a todas as modalidades, no panorama desportivo nacional, e ainda por resolver. As profissões vão desde a área da saúde onde temos 13 profissionais de saúde, e referenciando apenas alguns exemplos, como médicas o caso da Petra Chaves, arquitetas a Débora Nogueira, Bancárias a Sandra Sarmento, enfermeiras a Cátia Azevedo, fisioterapeutas a Naide Gomes, algumas empresárias Diana Gomes, treinadoras a Ana Hormigo, muitas a trabalharem em autarquias como a Albertina Machado, institutos públicos a Ana Sousa, Professoras Universitárias a Eduarda Coelho, licenciadas em Educação Fisica e desporto a Paula Saldanha, Engenheiras a Rita Gonçalves, enfim uma grande heterogeneidade de profissões e actividades, mas sempre tendo como premissa um problema de fundo para resolver e que ainda subsiste, a integração no mundo do trabalho, após uma parte substancial de uma vida dedicada ao desporto. Sabemos ainda por cima que cada vez mais uma atleta de alto rendimento fruto de uma carreira exigente e a terminar cada vez mais tarde, tem dificuldade no acesso ao mercado de trabalho, e quando tal acontece, sem as soft skills necessárias para uma integração num mundo e realidade nova, o que torna necessário por da parte das entidades competentes que regulam estas matérias e de todos os intervenientes no desporto e nas causas dos atletas, uma abordagem mais estruturante a este tema.
Assim, neste contexto de dificuldade e superação as Bravas do pelotão inspiraram e inspiram também uma nação com evidente influência na forma como os simpatizantes fãs do desporto e a sociedade civil, passaram a perceber e aceitar estes sinais de mudança no feminino.
Este não foi, e contínua a não ser um caminho fácil para as mulheres, ainda com muitos obstáculos e preconceitos para derrubar, mesmo assim comparando as diferentes épocas, os avanços efetuados representam uma evolução significativa da sociedade, no reconhecimento de direitos das mulheres olímpicas.
Em Portugal, como noutros Países do mundo, o desporto e por maioria de razão o desporto no feminino, deve ser encarado não como um fim em si, mas como um meio poderoso de criar uma sociedade mais justa, mais inclusiva, mais solidária, mais educada e com mais cultura desportiva, razão pela qual acabo esta crónica a dar os parabéns e a prestar a nossa homenagem às "Bravas do Pelotão" aproveitando ainda para reforçar também a máxima responsabilidade de cada uma destas mulheres, como exemplo que são dos valores olímpicos do respeito excelência e amizade!
Os desportistas, atletas de alto rendimento, lutam contra vários estigmas, que serão abordados no próximo episódio de «Por águas nunca dantes navegadas»."

Empate...

Benfica 1 - 1 Estoril


Mais de 70 minutos com 10, e golo do empate aos 94 minutos, de canto!!!
Este é basicamente o resumo do jogo! Numa partida com mais arbitragem horrível...
1 ponto, acabou por ser mal menor, na 1.ª jornada da fase decisiva da Liga Revelação!

Com João Rego e Zambrano a estrearem-se...

𝗦𝗲𝗺 𝗮𝗹𝗹-𝗶𝗻


"A narrativa de que o Benfica fez all-in e gastou excessivamente em jogadores para se fortalecer tem-se tornado frequente durante a temporada. Uma falácia que importa esclarecer:

𝗘𝗡𝗧𝗥𝗔𝗗𝗔𝗦:
• Enzo Fernández: 44,25 M €.
• David Neres: 15,30 M €.
• Fredrik Aursnes: 13,00 M €.
• João Victor: 9,50 M €.
• Andreas Schjelderup: 9,00 M €.
• Alexander Bah: 8,00 M €.
• Casper Tengstedt: 7,00 M €.
• Petar Musa: 5,50 M €.
• Julian Draxler (empréstimo): 2,50 M €.
• John Anthony Brooks: custo zero.
• Mihailo Ristić: custo zero.
• Gonçalo Guedes: empréstimo.
𝗧𝗢𝗧𝗔𝗟: 𝟭𝟭𝟰.𝟬𝟱 𝗠𝗜𝗟𝗛𝗢̃𝗘𝗦 𝗗𝗘 𝗘𝗨𝗥𝗢𝗦.

𝗦𝗔𝗜́𝗗𝗔𝗦:
• Enzo Fernández: 121,00 M €.
• Darwin Núñez: 80,00 M €.
• Roman Yaremchuk: 16,00 M €.
• Éverton: 14,00 M €.
• Jota: 7,50 M €.
• Gedson Fernandes: 6,00 M €.
• Carlos Vinícius: 5,00 M €.
• Tomás Tavares: 3,00 M €.
• Pedro Pereira: 2,50 M €.
• Diogo Gonçalves: 2,00 M €.
• Haris Seferovic (empréstimo): 1,00 M €.
• Nuno Santos: 1,00 M €.
• Gil Dias: 1,00 M €.
• Rodrigo Pinho: 500 mil €.
• Ilija Vukotic: 500 mil €.
• John Anthony Brooks: 300 mil €.
• Pizzi: custo zero.
• Adel Taarabt: custo zero.
• Jan Vertonghen: custo zero.
• Helton Leite: custo zero.
• Germán Conti: custo zero.
• Mile Svilar: custo zero.
• Yony González: custo zero.
• André Almeida: custo zero.
𝗧𝗢𝗧𝗔𝗟: 𝟮𝟲𝟭.𝟯𝟬 𝗠𝗜𝗟𝗛𝗢̃𝗘𝗦 𝗗𝗘 𝗘𝗨𝗥𝗢𝗦.

O Benfica encerra, assim, o mercado de verão e de inverno com um 𝘀𝗮𝗹𝗱𝗼 𝗽𝗼𝘀𝗶𝘁𝗶𝘃𝗼 𝗱𝗲 𝟭𝟰𝟳.𝟮𝟱 𝗺𝗶𝗹𝗵𝗼̃𝗲𝘀 𝗱𝗲 𝗲𝘂𝗿𝗼𝘀, reforçado na liderança do campeonato e a disputar a Taça de Portugal e Liga dos Campeões.
Não existe nenhum all-in do Benfica, tal como também não existem transferências nem pagamentos a clubes adversários em dias de jogos, como o FC Porto hoje fez com o Marítimo em relação a uma dívida com quase 17 anos que sempre se recusou a pagar.
E também não existem negociatas fictícias para inflacionar as contas e fugir ao controlo financeiro da UEFA. Se houvesse o mesmo rigor para escamotear as finanças e transferências do FC Porto como fazem com o Benfica, talvez se viesse a descobrir muita coisa.
Por fim, não podemos ficar indiferentes à mensagem de despedida de Enzo Fernández na sua página pessoal e deixamos, também nós, uma mensagem de despedida:
“A hipocrisia, suprema perversão moral, é o charco podre e dormente que impregna a atmosfera de miasmas mortíferos ... é o réptil que se arrasta por entre as flores e morde a vítima descuidada.” - Alexandre Herculano.
Terminada a novela."

Cadomblé do Rui...!!!


""Sou Benfiquista desde pequenino, joguei futebol e percebo muito de futebol", disse Rui Costa dezenas de vezes no debate eleitoral. Depois ganha as eleições e é esta merda. À primeira oportunidade, vende o Eusébio por 121 mil euros. Uma vergonhahhhh, esperem... quem ele vendeu foi um mimalho argentino que ao fim de 6 meses de ter chegado, já não queria jogar no Benfica, por 121 milhões de euros. Vejo esta comoção toda entre Benfiquistas por causa da transferência do Enzo e quem devia estar aborrecido era o Casa Pia porque viu um possível rival na Conference League 23/24 reforçar-se no Glorioso.
Nunca fui e não sou ruicostista, mas como costumo dizer "quando é, é... quando não é, não é". E este negócio não é motivo para críticas. Valores astronómicos à parte, porque não somos uma entidade bancária, no Sport Lisboa e Benfica só pode estar quem quer estar. E só se ganham títulos com quem quer estar. Alguma dúvida, remeto para tudo o que disse Herr Schmidt no pós Arouca e deixo a dúvida que me tem matutado na cabeça nos últimos tempo... bronze ou mármore de Estremoz? Falo da estátua do alemão, claro."

Os jogadores do Marítimo já voltaram ou ainda estão a contar as notas?


"E ainda diziam que o SL Benfica, alegadamente, pagou para os jogadores do Marítimo não rematarem... 😏"

Cheirão!!!


"O clube do Edgar Costa aceitou o pagamento de uma dívida antiga, no valor de 1 milhão de euros, do clube que andou a difundir uma alegada tentativa de suborno por parte do SL Benfica, a menos de 24h do jogo na Madeira.
Que "cheirinho" a corrupção... 😏"

É o litígio que está resolvido e...o jogo que começa daqui a 10 minutos


"Até o Zé Gomes ajuda à festa!
1 - Makaridze a titular (o redes que chegou a dizer que preferia que o Setúbal descesse desde que ganhasse ao Benfica...não deve ter recebido nada do FCP para ganhar ao Benfica...nahhh...isso é os corruptos lampiões que pagam a um gajo que marca 1 golo por época para não marcar golos ao Benfica!)
2- Vidigal no banco, o melhor jogador do Marítimo.
3- Dois Pontas de lança.
Viva Portugal! Viva o Futebol Português! Mais limpo que nunca! Bora lá meter o Benfica na Segunda!"

Três pontos bem conseguidos


"Exibição consistente frente a um bom adversário, o Arouca que à entrada da jornada era sexto classificado, garante mais uma vitória, a quarta consecutiva sendo que as últimas três ocorreram fora de portas. Este é o tema em destaque na News Benfica.

1
Nova deslocação, a terceira consecutiva, novo triunfo sem golos sofridos. A nossa equipa visitou o Arouca e saiu vitoriosa, com 0-3 no marcador.
Na opinião de Roger Schmidt, "fizemos um jogo 'top'". O nosso treinador releva as circunstâncias adversas e a forma como a equipa as superou: "Contra o Benfica todas as equipas estão motivadas. Foi um jogo às 21h15, com muito frio, o relvado não estava perfeito e foi um grande desafio para nós. Mostrámos qualidade e também uma mentalidade muito boa nos últimos jogos. Estivemos muito concentrados, marcámos nos momentos certos e com golos muito bonitos e controlámos todo o desafio. Foi um jogo muito bom e merecemos ganhar."
Sobre a estreia de uma dupla atacante com características diferentes, Schmidt partilhou o seu ponto de vista: "Tenho uma ideia clara de jogo e não precisamos de mexer. Temos os jogadores que precisamos para jogar neste sistema, e hoje [terça-feira] ficou demonstrado. Mas podem alterar-se jogadores em várias posições, e, aí, teremos armas diferentes, como fizemos ao jogar com Neres e Guedes na frente."
Veja a conferência de imprensa de Roger Schmidt.

2
Fredrik Aursnes, autor da assistência para o primeiro golo, considera que "foi uma exibição sólida e muito boa". O polivalente norueguês reitera que a bordagem do plantel é "focar e olhar jogo a jogo" e deixa elogios a dois companheiros de equipa: "O Chiquinho está em boa forma, é um jogador importante para nós. O Gonçalo Guedes é muito bom jogador, é bom jogar com ele na frente."
Pode ver o resumo do jogo, aqui.

3
Não deixe de seguir o Benfica nas redes sociais, nas quais são partilhados conteúdos exclusivos de toda a atividade desportiva do Clube. Pode ver, por exemplo, no Instagram, os três golos marcados em Arouca de um ângulo diferente ou constatar, de uma perspetiva do relvado, a enorme massa adepta benfiquista presente nas bancadas e o notável apoio prestado à equipa.

4
Vencemos o Sangalhos, em basquetebol, por 103-67 e estamos de novo no topo da classificação (com mais um jogo). Veja o resumo da partida, aqui.

5
Com a presença de Catarina Amado, Carole Costa, Pauleta e Francisca Nazareth, decorreu ontem, na loja Espaço Casa situada no centro comercial UBBO, na Amadora, uma sessão de autógrafos destas jogadoras com enorme afluência de benfiquistas.
O vice-presidente Fernando Tavares destaca o "reconhecimento" do novo patrocinador e Francisca Nazareth salienta que "a aposta no futebol feminino começou na Direção e já chega às grandes marcas".
Veja as melhores imagens no Site Oficial e acompanhe a BTV para ver a reportagem.

6
Hoje disputa-se a primeira jornada da fase de apuramento do campeão da Liga Revelação (Sub-23). O nosso adversário é o Estoril e o jogo tem lugar no Benfica Campus (13h00).
Consulte a agenda desta semana para o futebol e as modalidades de pavilhão.

7
Leia, no Site Oficial, a reportagem sobre a cerimónia de encerramento das comemorações do centésimo aniversário do Sport Tortosendo e Benfica, a filial n.º 4 do Sport Lisboa e Benfica."

Vimos Enzo passar por cá, de repente. Veremos agora o rasto que deixou


"Seis meses contaram-se desde a pechincha do verão até ao inflacionado efeito colateral do Mundial levar Enzo Fernández de Portugal. Emocionalmente pouco deixa um jogador com tão-só meia época de Benfica, racionalmente era quase impossível rejeitar €120 milhões, mais um para bater o recorde de vendas. A fugaz estadia do médio argentino mostra, mais uma vez, o papel a que os clubes portugueses estão vetados no tela do futebol quando, ocasionalmente, lá conseguirem chegar primeiro ao ouro

A beleza das coisas simples poderia ser o epitáfio dos seis meses de Enzo Fernández em Portugal, paz ao seu semestre. Os singelos 10 milhões de euros pagos pelo Benfica no verão soavam a pechincha ou a rabo na boca da pescadinha: era um golpe negocial de génio lograr uma promessa argentina, titular do River Plate, por tão pouco dinheiro?, ou o médio talvez não fosse tão bom quanto se pintara ao longo do novelesco cortejo esbanjando nas capas dos jornais desportivos? O tempo, fiel respondedor, acenaria à primeira hipótese e acrescentaria uma terceira.
O argentino da perfeita dentição, já um jovem pai e com muita da sua pele feita tela para tinta permanente mostrou ao que vinha ainda na pré-época, com dia ou dois de treino logo aterrou no miolo da equipa a mando de Roger Schmidt. No modelo de pressão constante, vontade em roubar bolas a todo o campo e protagonismo dado sem freios aos dois médios quando o Benfica estava em posse, a Enzo coube o volante da equipa em quase tudo o que de louvável os encarnados colecionam na primeira metade da temporada. E quão precocemente impressionante, se bem que previsível, foi o seu percurso.
A sua queda para definir todas as ações de forma simples e prática, coisas que se pedem a qualquer médio sabendo que são o pedido mais árduo de ser cumprido no futebol, já apregoava Johan Cruijff, foi dando a Enzo um destaque no futebol português: a convivência com um ladrão de bolas mesmo ao seu lado, Florentino, mais resguardado para os momentos de reação rápida à perda, de coberturas defensivas e ofensivas, enalteceu ainda mais as valias do argentino com a bola. E cedo se constatou que era um nome a acrescentar à lista de futebolistas que vemos passar nos grandes de Portugal, de vez em quando, bafejando-nos com a honra de assistirmos de perto a qualidades bem maiores do que o futebol de cá.
Na calma de Enzo a jogar futebol parecia que víamos um tipo a jogar à bola, tal era a reincidente tranquilidade a pentear a bola com a sola da chuteira em cada partida, em não se pôr com truque de maior para levar a sua decisão a sintonizar-se com a execução. O argentino vai para o Chelsea com apenas 29 jogos deixados no Benfica, os quatro golos e seis assistências não vão ser isco para os olhos daqui a décadas, quando quem não o presenciou quiser rebobinar a lista dos nomes que cravaram uma pegada no clube. Factual e emocionalmente, estará correto, meia época não apela ao sentimento de um adepto, não da mesma forma como 120 milhões de euros falam à racionalidade.
A choruda cláusula de rescisão etiquetada como uma adenda à pechincha do negócio feito pelo Benfica no verão parecia estapafúrdia, um desvario congeminado nos escritórios da Luz para salvaguardar alguma investida milionária vinda dos mercados aos quais o clube passara a perna. Afinal, na história só dois médios levaram tanto dinheiro a ser gasto em humanos que calçam chuteiras e pontapeiam uma bola - Paul Pogba, da Juventus para o Manchester United em 2016, por €105 milhões, e Philippe Coutinho, do Liverpool para o Barcelona em 2018, por €145 milhões. Essas impensáveis quantias são esbanjadas em goleadores, fintadores ou nas raridades quase extintas que juntem ambas as definições.
Em Enzo Fernández mora um passador de bola que é um fazedor de jogo por ter quase sempre as ideias no sítio e elas se alinharem com que, nesse momento, será o melhor para a equipa. Um pacote igualmente raro, mais ainda quando um jogador só vive há 21 anos e ainda menos batido é no futebol, talvez por isso a titularidade no Mundial apenas lhe foi concedida ao terceiro jogo da Argentina. Um indivíduo nunca fará uma equipa. A presença do médio no miolo antes errático e permeável da seleção argentina (ajudado por Mac Allister, outro resgatado do banco) muito fez para o país festejar a estampagem da sua terceira estrela de conquistas na camisola.
Levando para uma seleção pintada campeã mundial de fresco o que já fazia bem no Benfica, o instaurou-se um frenesim à volta do eleito melhor jogador jovem do Campeonato do Mundo que, agora, sabia o que Enzo Fernández valia. E como o futebol sempre o faz, ele foi inflacionado, exacerbado e as dúvidas em torno do seu nome também agitadas porque este é um jogo ainda jogada por humanos. Sabendo de muito mais coisas do que as comuns pessoas - jornalistas, comentadores, adeptos -, o cortejo do Chelsea terá mexido no âmago de Enzo, que voou na dobra do ano para a Argentina, faltou a treinos e para fora transpareceu uma perceção de comportamento que costuma empobrecer os jogadores no goto dos adeptos.
De repente, para o argentino estava em causa virar um dos futebolistas mais caros da história meros seis meses após querer ficar mais uns tempos em Buenos Aires, tentando chegar à final da Copa Libertadores com o seu River Plate. O rapaz dos singelos €10 milhões agora era cortejado por €120 milhões, certamente com a hipótese de assinar um contrato que desague um mar de dinheiro na sua conta bancária e a entrar-lhe pelos ouvidos uma conversa de que será protagonista num dos clubes mais ricos do mundo, a jogar na mais atrativa liga do mundo. E voltando aos milhões, como poderia o Benfica bater mais o pé do se diz ter batido.
Meio ano após vender Darwin Núñez por €75 milhões e três e meio contados desde os €120 milhões recebidos por outro jovem adulto por ter jeito para a bola, o Benfica vende por outra quantia que todas as semanas faz tanta gente peregrinar às papelarias de Portugal para arriscar a sorte de números no Euromilhões que sai a quase ninguém. Quando sai é notícia, pela raríssima raridade. A terceira venda estratosférica do mesmo clube português em menos de quatro anos é tão abonatória para as finanças do Benfica como comprovativa serve do papel a que o futebol português, pela louca inflação dos valores, está cada vez mais vetado no mapa da modalidade: tentar descobrir cedo, comprar rápido e barato, fazer render e depois vender caro antes da melhor versão do jogador aparecer.
A fugaz estadia do argentino em Portugal será outra consequência de brincar com a ordem tradicional dos futebóis e de baralhar o calendário com um Mundial encafuado a meio da temporada. Nenhum planeamento de época consegue prever vistas dadas na seleção ou o quão mexida ficará a alma com assédios clubísticos, muitos terão sido os jogadores e as equipas a serem abaladas por efeitos colaterais da última edição da mais vista competição desportiva do planeta. Vimos brevemente passar Enzo Fernández, talvez tenha sido também um vislumbre do que resta ao futebol de cá ser no quadro geral das coisas futebolísticas.
E veremos agora o que será da equipa do Benfica deixada sem o jogador mais influente, sem tempo para tentar a impossibilidade de replicar uma ida invernosa ao supermercado semelhante à que fez no verão, sem plantel para ter um conforto seguro perante a saída do argentino - a qualidade de Fredrik Aursnes será o preenchimento mais previsível e lógico, mas desviar o norueguês do híbrido papel que estava a ter perto de uma ala obrigará a repor protagonismo em David Neres ou a puxar por uma das novas contratações (Gonçalo Guedes). Vimos passar Enzo Fernández, veremos também o rasto da sua passagem."

Enzo Fernández: cronologia do maço de tabaco de Rui Costa


"Rui Costa é capaz de ser uma daquelas pessoas que olha para um cigarro como medida de tempo. Eis a cronologia do maço consumido ao longo das últimas horas de Enzo Fernández no Benfica.

Rui Costa acorda e acende um cigarro. Nada ingere, pois tenciona comer clubes ricos ao pequeno-almoço.
Rui Costa acende um cigarro e vê que tem 30 chamadas não atendidas do contacto “Insuportável do Chelsea (não atender)”.
Rui Costa acende um cigarro e tenta demover Enzo: "O dinheiro não é tudo. Eu fui para a Fiorentina porque sou um fã de Michelangelo”. Rui Costa acende um cigarro e, à 53.ª chamada do Chelsea, aceita reunir-se com os representantes, desde que seja num restaurante onde se possa fumar.
Rui Costa acende um cigarro e tenta demover Enzo. “Um argentino a ir para Inglaterra? Mas o quê, já te esqueceste daquilo das Malvinas?”
Rui Costa acende um cigarro, depois de ter sido informado pelos serviços jurídicos do Benfica que praticamente não há restaurantes onde seja legal fumar.
Rui Costa acende um cigarro e alicia Enzo com uma renovação de contrato que inclui cláusula de rescisão de 500 milhões, colorações de cabelo ilimitadas e o Chakall como chef doméstico.
Rui Costa acende um cigarro e pergunta-se se não conhecerá algum membro de um gang de Milão que possa dirigir-se junto de Fabrizio Romano e partir-lhe o telemóvel.
Rui Costa acende um cigarro e questiona o seu pneumologista sobre se tem pulmão para fazer quatro meses de alta competição para substituir Enzo.
Rui Costa acende um cigarro e tenta demover Enzo: "Não percebes que só os mitras é que usam camisolas do Chelsea?"
Rui Costa acende um cigarro, liga a Roger Schmidt e recomenda-lhe um restaurante de posta arouquesa, iguaria que, na opinião do presidente, supera em larga escala o chuletón argentino. Que é como quem diz: o Chiquinho faz o mesmo que o Enzo — e é mais barato.
Rui Costa acende um cigarro enquanto espreita o jogo do Benfica. “Este Aursnes corre que se farta. Vou ver se o ponho a fumar para não dar tanto nas vistas”.
Rui Costa acende um cigarro e liga a Luís Filipe Vieira, para lhe pedir justificações-tipo para vendas de jogadores-chave e para lhe perguntar o que é um factoring.
Rui Costa tira um cigarro do maço, saca um pouco de tabaco, começa a fazer uma ganza e gira-a a Enzo Fernández, para que ele chumbe nos testes médicos.
Rui Costa precisa de um cigarro, mas está numa sala, prestes a assinar os documentos da venda. Saca do IQOS que tem de reserva e começa a fumar. Estupefactos, os representantes do clube londrino perguntam-lhe de que se trata.
Rui Costa diz que é uma máquina. "Uma máquina? Compramos por 50 milhões", reagem os britânicos. Rui Costa acende um cigarro, dos normais. Enzo é vendido ao Chelsea.
Rui Costa acende um cigarro e liga à mulher a perguntar se há cigarros em casa.
Rui Costa acende um cigarro e, depois de os ingleses abandonarem a sala, requer ao barbeiro do Seixal que pinte o cabelo do André Almeida de amarelo para ser colocado num avião para Londres.
Rui Costa acende dois cigarros e telefona a Carlos Moedas a convencê-lo a construir o altar do Papa na Luz, para poder dizer na próxima Assembleia Geral que trocou o Enzo por um argentino que custa só 5 milhões e que pode gerar 350.
Rui Costa, no regresso a casa, conduz até à bomba da Repsol para os habituais 10 euros de gasolina com desconto de sócio. Lembra-se que acabou de fazer uma venda de 121 milhões e sente que merece um miminho. Saca do cartão e compra um volume. Enquanto põe a gota, acende o último cigarro."

Dixit...


"«𝙾 𝙱𝚎𝚗𝚏𝚒𝚌𝚊 𝚎́ 𝚖𝚞𝚒𝚝𝚘 𝚖𝚊𝚒𝚘𝚛 𝚍𝚘 𝚚𝚞𝚎 𝚞𝚖 𝚓𝚘𝚐𝚊𝚍𝚘𝚛. 𝙿𝚛𝚎𝚌𝚒𝚜𝚊𝚖𝚘𝚜 𝚊𝚙𝚎𝚗𝚊𝚜 𝚍𝚎 𝚓𝚘𝚐𝚊𝚍𝚘𝚛𝚎𝚜 𝚚𝚞𝚎 𝚎𝚜𝚝𝚎𝚓𝚊𝚖 𝚏𝚎𝚕𝚒𝚣𝚎𝚜 𝚙𝚘𝚛 𝚓𝚘𝚐𝚊𝚛 𝚗𝚘 𝙱𝚎𝚗𝚏𝚒𝚌𝚊»
Roger Schmidt

Uma palavra para o Presidente Rui Costa, que tudo tentou para manter Enzo Fernandes até final da época. Pelo Chelsea não existia oposição. O jogador fica cá emprestado, Enzo não quis ficar.
Corajoso e fiel aos seus princípios, não abdicou da defesa intransigente dos direitos do SL Benfica.
Rui Costa irá explicar os contornos do negócio, tal como vem sendo habitual em janelas de mercado."

Cadomblé do Vata


"1. Exclusivo A Mão de Vata: ao contrário das noticias veiculadas na imprensa, a verdade é que não sai... o Sport Lisboa e Benfica não sai do 1° lugar.
2. Médio centro avaliado em mais de 120 milhões? Temos o Chiquinho... não é grande coisa com bola, mas quer jogar no Glorioso.
3. Conclusões que se tiram do jogo no batatal de Arouca... se Tino e Aursnes estivessem na Ucrânia, rebocavam tanques russos.
4. Nos últimos 3 jogos fora, 3 vitórias, 8 golos marcados e zero sofridos... a que horas começa o "campeonato pós mundial que vai dar a volta à tabela classificativa"?
5. Bola na área do SLB, Silva leva cotovelada, após assistência médica, Vlachodimos prepara-se para bater o livre e diz o comentador "e a bola nos pés de Seferovic"... é sabido que o jogo de pés é o principal calcanhar de Aquiles do Odysseas, mas porra..."

FC Arouca 0-3 SL Benfica: Chutar, marcar e vencer


"A Crónica: Irrepreensível Águia Começa A Segunda Volta Como A Primeira: A Vencer

Era deveras o assunto menos falado do dia graças à ‘novela’ de Enzo Fernández, mas havia jogo no Municipal de Arouca e um jogo muito complicado para as hostes encarnadas. Falo claro da visita do SL Benfica ao campo do FC Arouca, na primeira jornada da segunda volta, sendo que na primeira os lisboetas derrotaram convincentemente a formação de Armando Evangelista por 4-0. Hoje, os arouquenses estavam bem colocados na tabela – na sétima posição – com vontade de corrigir o resultado negativo.
Nesta noite de calor soviético o público disse presente, enchendo as bancadas do Municipal, com poucas porções por preencher. Quanto ao jogo jogado, Guedes – que hoje se assumiu como o homem mais adiantado na ausência de Ramos – era o primeiro elemento da pressão encarnada e um jogador que colocava o Benfica a jogar sem um avançado mais declarado em ataque organizado, mas com disponibilidade em apoio. Ainda assim, era um perfil diferente. As águias que iam investigando as intenções do Arouca no jogo, com movimentações de aproximação, mas sem grande forcing na pressão numa fase inicial do jogo.
Gonçalo Guedes, com o passar do jogo, estava cada vez mais perto da área e disponível para receber bola dos laterais, enquanto a equipa da casa teve uma indivisível capacidade de rodear os homens mais adiantados do Benfica na zona central, de forma cautelosa. Eram uma linha de cinco – em grande parte da primeira parte – que parecia funcionar como uma corda, de forma perfeitamente interligada a controlar os movimentos dos avançados encarnados. Era nas combinações com a lateral que saiam combinações repletas de qualidade com bola, com Bogdan na direita em trabalho de contenção para evitar incursões de Grimaldo.
Aos 25 minutos, um golo a três e que bem jogado foi! Neres quebrou a defesa do Arouca com passe sublime para Aursnes que deixou a papinha feita para João Mário só ter de encostar. O internacional português quebrou o gelo e confirmou a sua época mais goleadora de sempre.
A segunda parte, como seria de esperar, trouxe um Benfica com muita vontade de marcar e ganhar tranquilidade, com mais bola, porém pouco perigo. Os homens da casa mantinham a postura intensa e de constante sufoco mal a equipa de Roger Schmidt tinha bola em zonas mais adiantadas. O jogo praticamente na mão, mas o pássaro estava sempre a uns segundos de voar, apesar da área encarnada só fazer parte do jogo quando a equipa da Luz sai a construir, com Vlachodimos com pouco ou nada para fazer.
O filme do primeiro golo voltou a repetir-se e é quase só substituir o nome Neres por Guedes. Combinação em espaços curtos com o ex-Wolves, Aursnes e João Mário como protagonistas, com o primeiro a servir numa bandeja o golo ao médio português. 0-2 e 14º golo para João Mário na presente temporada.
Isto foi andando numa toada pouco problemática – para as duas partes, diga-se – até que Aursnes decidiu que estava na hora de acelerar e colocou uma bola na diagonal para Neres, que não conseguiu finalizar, mas a bola sobrou para Petar Musa que não se fez de rogado e ampliou o marcador.
Uma exibição sem sobressaltos, com grande sabor a eficácia encarnada. Com a vitória, a equipa de Roger Schmidt aumenta distâncias, com mais dois jogos que os rivais diretos, estando no primeiro lugar com 50 pontos. Os arouquenses mantém-se na sétima posição, com 26 pontos e um campeonato tranquilo.

A Figura
João Mário – Pode parecer repetitivo, mas o que joga o médio internacional português! É impressionante a sua qualidade em espaços curtos e o que faz jogar a equipa. Como brinde, ainda leva dois golos que ajudam a abrilhantar a sua atuação. O mesmo podia-se dizer do dínamo norueguês ‘Fred’ Aursnes, que também esteve em grande nível.

O Fora de Jogo
Bogdan Milovanov – Teve nos momentos ingratos do jogo, o jogador ucraniano pôs Aursnes em jogo no primeiro golo e no segundo a sua abordagem deixou a desejar, comprometendo a equipa.

BnR na Conferência de Imprensa
FC Arouca
BnR: Referiu a questão de ligar o jogo e da profundidade no plano ofensivo, sente também que a equipa talvez tenha sido um pouco passiva a atacar?
Armando Evangelista: Não se trata disso, é mais sobre aquilo que o nosso ‘9’ nos costuma dar. O Benji chegou há pouco tempo, é um jogador que temos utilizado de fora, por dentro, que não tem as rotinas necessárias e não poderia ter face ao tempo de trabalho que temos. Jogando contra adversários que nos obrigam a baixar linhas dependemos do comportamento do nosso ‘9’ para poder ligar o jogo, para dar tempo e espaço aos nossos alas para chegar ao processo ofensivo e o Benji nem tem essas características, nem as rotinas necessárias para fazer esse papel. Prende-se exclusivamente a isso, não tem a ver com intensidade, prende-se às rotinas dos jogadores.

SL Benfica
BnR: O Benfica tem tido dificuldades em ter a equipa completa, quando isso acontecer, e com a saída de Enzo, sente que a mudança para um sistema como o 4-3-3 acabará por se adequar mais às características dos jogadores á sua disposição?
Roger Schmidt: Não, não sei. Não penso que tenhamos que mudar algo, temos muita confiança em nós, claro que podemos ter abordagens diferentes. Há treinadores que gostam de mudar de formação [tática] para jogar de forma diferente, mas eu prefiro ter uma ideia clara para jogar futebol, com bola e sem bola, não gosto de mudar a formação. Acho que temos os jogadores para jogar neste sistema – mostrámos isso hoje – e podemos por jogadores diferentes, ter armas diferentes como hoje, onde jogámos com o Gonçalo Guedes e o David Neres na frente, onde temos velocidade e jogadores com qualidade em espaços curtos, mostrámos em muitos jogos que somos capazes de apesar o adversário saber como jogámos, somos capazes de os fazer adaptar ao nosso jogo e é esta a nossa abordagem."

Enzo esfumou-se, mas as pantufas de João Mário continuam por aí


"A equipa de Roger Schmidt conquistou a 16.ª vitória em 19 jornadas da Liga, em Arouca, com golos de Petar Musa e João Mário (2), que já fez 14 nesta temporada (é a melhor marca da carreira). Sem Enzo Fernández, em trânsito para o Chelsea, foi Chiquinho quem fez o papel do argentino campeão do mundo

Enquanto os futebolistas do Benfica tentavam encontrar os espaços entre a populosa teia defensiva organizada e amarela do Arouca, os cartolas do clube ouviam numa sala qualquer os $uspiros dos senhores que vinham de Londres para levar Enzo Fernández. Enquanto João Mário finalizava no relvado do municipal da cidade duas jogadas que denunciavam a criatividade do grupo, um polegar foi levantado na tal sala e deram-se apertos de mão: 121 milhões de euros, thank you. Foi um 31 de janeiro diferente para os benfiquistas (mais doce ou mais amargo?), que somaram a 16.ª vitória em 19 jornadas e em simultâneo perderam um dos jogadores mais entusiasmantes do campeonato. Um campeão do mundo.
Foi Chiquinho quem fez de Enzo, jogando sem complexos e com qualidade no meio-campo, perto de Florentino, muitíssimo afinado e à vontade com a bola. Roger Schmidt não pôde contar esta noite com Gonçalo Ramos, Rafa e, naturalmente, Enzo Fernández, por isso apostou também em David Neres e Gonçalo Guedes, o primeiro atrás do segundo.
O Arouca, com várias ausências, preferiu a abordagem conservadora. A linha defensiva chegou a ter cinco, seis e sete jogadores. Os visitantes procuravam ter paciência com a bola. Durante muito tempo, David Simão e Alan Ruiz só ouviram o assobio dela a passar por eles. O Benfica, que reagia com vontade no momento em que perdia a bola, ia desenhando os melhores ataques pela esquerda, com triângulos erguidos entre Alejandro Grimaldo, Guedes e Fredrik Aursnes. Do outro lado era Ismaila Soro quem dava nas vistas: ora colando-se à defesa e mordendo no meio-campo, ora saindo com a bola controlada, queimando linhas e convocando a coragem para a garganta dos colegas.
Aos 25’, João Mário, que ia jogando da direita para o meio, meteu a bola na baliza. A jogada foi bela: Grimaldo tocou para Aursnes e o noruguês passou a Neres. O brasileiro, talvez no único momento em que foi um 10 esta noite, viu o movimento do colega, que aproveitava a linha desalinhada num terreno baldio, e devolveu-lhe a bola para dentro da área. Fredrik passou para o segundo poste, onde estava João Mário, com as pantufas do costume.
A equipa da casa foi saindo da toca a partir da meia hora, numa altura em que Nicolás Otamendi tratava de exibir os dotes defensivos. O ritmo do jogo era baixo. O Arouca, uma equipa tranquila na classificação, não sabia dar troco ao que vinha do outro lado, um conjunto de homens que assinou um pacto com a madame paciência. O mais desacertado, talvez desconfortável com a função ou com a relva cheia de areia, era Gonçalo Guedes, que ia dando de borla algumas bolas aos rivais, não tanto por arriscar, mas por questões técnicas.
Na segunda metade, o Arouca subiu as linhas e tentou tornar-se num anfitrião menos simpático. Afinal, perder não tem qualquer utilidade. Mateus Quaresma revelava qualidade, resistindo à pressão, esperando para tocar no colega e tentando aventuras para a frente. Mas, apesar dos bons sinais dos caseiros, foi o Benfica que voltou a marcar, depois de mais uma combinação fabulosa entre Bah, Florentino, Guedes e João Mário, que parece realmente jogar de pantufas e com tranquilizantes a gelar-lhe o sangue. O médio internacional português chegou aos 10 golos na Liga, 14 golos na temporada, o melhor registo de sempre.
A entrada de Bruno Marques, pelo novato e ex-Orlando City Benji Michel, apurou a convicção do jogo arouquense. O avançado, nascido há 23 anos no Recife, ameaçou em duas ocasiões seguidas na área benfiquista, depois de um livre lateral, sendo bloqueado pela defesa adversária. A seguir, depois de o agitador profissional Morlaye Sylla isolar Quaresma com uma trivela, a bola sobrou outra vez para o avançado, que viu o lateral esquerdo da sua equipa colocar-se à frente dele e cancelar o momento de glória prometido.
O Benfica foi tratando de tirar complexidade ao seu jogo, baixando o nível. O Arouca continuava sem ser a equipa acutilante e rápida que Roger Schmidt tanto elogiou na véspera deste jogo. Gonçalo Guedes deu o lugar a Petar Musa e o croata, aos 80’, fez o 3-0, aproveitando uma bola que sobrou das botas do caído David Neres. A forma como colocou a bola na baliza, desviando de Ignacio Arruabarrena, tresanda a carimbo de quem sabe o que anda fazer nesta profissão. A equipa de Roger Schmidt, com mais bola do que veneno, fez apenas cinco remates durante os 90 minutos, sendo que desses só três foram à baliza. Foram os tais três “passes” para golo, uma fiabilidade que seria salientada por Armando Evangelista.
O Benfica voltou a vencer, no terceiro jogo consecutivo fora de casa, e alcançou os 50 pontos na Liga, abrindo um fosso de 10 pontos para o Sp. Braga, que tem menos duas partidas jogadas no calendário. As dinâmicas da equipa da Luz parecem estar a voltar aos tempos pré-Mundial, com João Mário, em mais uma ode à serena simplicidade, e Aursnes implicados no arejado pátio do cérebro do jogo dos lisboetas. Falta saber – a curto, médio e longo prazo – como vai pesar no grupo e nas ideias do treinador a saída de Enzo Fernández, acertada a poucas horas do fecho do campeonato. Com a Liga dos Campeões ainda de pé e o namoro sério com o título de campeão nacional, falta descobrir o que significa esta decisão. Em que ficamos no tão badalado braço de ferro dos nossos e de outros tempos entre sucesso desportivo e vendas milionárias? Se era inevitável, embora tenha havido negociação, porquê esperar até ao último suspiro do mercado?"

Enzo transferido


"Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) às 0h13 desta quarta-feira, 1 de fevereiro, a Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD informou que chegou a acordo com o Chelsea FC para a alienação da totalidade dos direitos do jogador Enzo Fernández, por um montante de 121 milhões de euros.
A Benfica SAD explicitou ainda que o Chelsea FC terá o direito a reter o mecanismo de solidariedade de 3,78% para posterior distribuição aos clubes que participaram na formação do jogador.
Adicionalmente, a Benfica SAD terá encargos com serviços de intermediação de 6,56% do valor da venda deduzido do montante da solidariedade e terá ainda de entregar ao River Plate o montante correspondente a 25% do valor da transferência deduzido dos montantes da solidariedade e dos serviços de intermediação."