domingo, 3 de dezembro de 2023

𝗜𝗻𝗾𝘂𝗮𝗹𝗶𝗳𝗶𝗰𝗮́𝘃𝗲𝗹 𝗰𝗮𝗺𝗽𝗮𝗻𝗵𝗮 𝗰𝗼𝗻𝘁𝗿𝗮 𝗼 𝗕𝗲𝗻𝗳𝗶𝗰𝗮


"Pensávamos que já nada nos iria surpreender depois de semanas seguidas a vermos o Benfica e Roger Schmidt serem alvo de ataques cerrados completamente injustificáveis por parte de várias personalidades reconhecidamente anti-Benfica, mas Pedro Henriques, ex-árbitro e ex-avençado do Sporting, conseguiu a proeza de ultrapassar todos os limites. No podcast "E o campeão é", da Rádio Observador, o comentador desportivo foi longe demais, afirmando que «Roger Schmidt revela algum autismo. Ao menos que faça uma coisa, aprenda a falar português, que já estou farto de ter alguém que não respeita o meu país e a minha língua».
1. Estas declarações absolutamente inaceitáveis a resvalar a xenofobia e o insulto demonstram uma patologia evidente: amnésia. Bobby Robson, Graeme Souness, Co Adriaanse, Ronald Koeman, Frank Vercauteren, todos eles estrangeiros e nenhum falava português. Onde andava a indignação de Pedro Henriques? Onde andavam os jornalistas que combinaram o ataque concertado contra Roger Schmidt na semana passada? Das duas uma, ou todos estes jornalistas e comentadores estão agora mais burros e subitamente deixaram de perceber inglês, ou então precisamos do regresso dos programas e-oportunidades e e-escolas para que estes indivíduos e outros tais possam tirar uma formação na língua mais falada do mundo, atualmente com 1.5 biliões de falantes (onde claramente Pedro Henriques e os referidos jornalistas não se inserem, pois só percebem português de Portugal e mirandês).
2. Talvez Pedro Henriques se esqueça do contexto altamente desfavorável com que Roger Schmidt se deparou quando chegou ao maior clube de Portugal, enfrentado uma crise desportiva que persistia há 3 anos. Ao treinador alemão não se exigia que aprendesse português. Ao treinador alemão exigia-se trabalho, empenho e resultados. E foi exatamente isso que fez. Montou uma equipa de alto nível que logo na primeira época alcançou o título nacional. Na segunda época, já conquistou uma Supertaça, venceu todos os jogos contra os rivais e encontra-se em 1.º lugar no campeonato português, com todo o mérito.
3. Na Europa, difícil é ganhar ao Autuérpia, empatar com o Raków e perder com a Atalanta. Empatar com o Inter, atualmente vice-campeão europeu, é coisa de clube pequeno. Em Portugal, ao contrário do FC Porto, que ganhou ao Montalegre - atualmente 3.º classificado do Campeonato de Portugal, e do Sporting, que goleou o poderosíssimo Dumiense - atualmente no último lugar do Campeonato de Portugal (14.º, com apenas uma vitória), o Benfica enfrentou e derrotou o Famalicão, uma das equipas complicadas da liga portuguesa. Tivesse o Benfica goleado por 8-0, e teríamos assistido a uma tempestade dos jornalistas e comentadores devido «à falta de competitividade». Como foi o Sporting, tratou-se de «respeitar os adeptos» e «garantir espectáculo». 
4. Os jornalistas, comentadores e especialistas desportivos ligados aos rivais (esmagadora avençados, como foi o próprio Pedro Henriques) sabem que enquanto o Benfica continuar a despedir treinadores, estará sempre mais perto do fracasso e da instabilidade. Ainda assim, não deixa de ser curioso que quando Amorim ficou em 4.º lugar e fez uma campanha miserável nas competições europeias, não vimos ninguém a falar em crise nem a pedir o seu despedimento. A memória é tramada. «Dores de crescimento», não era?
5. Uma Supertaça, três jogos frente aos rivais, três vitórias, cinco golos marcados e apenas um sofrido, primeiro lugar no campeonato com apenas uma derrota na primeira jornada, oitavos de final da Taça de Portugal e, por fim, um jogo na Taça da Liga, uma vitória e primeiro lugar do grupo. Esta é a nossa crise.
Que continuem as campanhas para nos tentar derrubar que nós continuaremos o nosso caminho.
Sempre pelo Sport Lisboa e Benfica! 🔴⚪️"

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