"Após duas exibições e resultados negativos, a que se somou uma vaga de lesões, era imprescindível que Roger Schmidt encontrasse uma solução que permitisse a reconstrução da equipa à procura do nível exibicional que o Benfica mostrou na época passada.
Desse ponto de vista, justiça lhe seja feita, o técnico alemão, ao contrário de outros, não se escondeu atrás de ninguém, não culpou a estrutura, o departamento médico, os adeptos ou os apanha-bolas. Assumiu as dificuldades e procurou uma solução.
Questão diferente é a de saber se o 3x4x3 que ensaiou em Arouca para a Taça da Liga e repetiu, em Chaves, para o campeonato, com vitórias por 2-0 em ambos os casos, será um modelo para o futuro, ultrapassado este ciclo e recuperados os agora lesionados.
Creio que fez bem em ter mudado. Usando uma frase conhecida, “a contrario sensu”, como dizem os juristas: “Equipa que não ganha é para mexer!”
Schmidt escolheu o momento ideal para o fazer: o jogo para a Taça da Liga. Mas parece evidente que esta mudança foi feita a pensar nos jogos com a Real Sociedad e, sobretudo, no dérbi com o Sporting. Não deixa de ser curioso que Aursnes e João Neves, nas alas e, portanto, obviamente fora das suas posições habituais, acabaram por ser os jogadores mais influentes. Neves, ao criar a jogada do golo e sofrer a falta indiscutível que deu o penálti, foi mesmo o homem do jogo, em Chaves.
Para já, resultou. Mas só perante esses adversários mais difíceis poderemos tirar uma conclusão mais definitiva. Próxima paragem, San Sebastian."
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