domingo, 1 de outubro de 2023

O que vale a vitória no clássico


"O Benfica venceu os dois jogos que teve com o FC Porto na presente temporada. Tendência?

Numa Liga desequilibrada como a portuguesa, onde normalmente a distância final entre o quarto e o quinto classificados é exorbitante, os jogos entre as equipas que lutam pelo título assumem uma relevância acrescida. Nessa medida, e no contexto da luta pela conquista do ceptro nacional, a vitória do Benfica sobre o FC Porto - que por um lado colocou ponto final numa série de bons resultados dos dragões na Luz, e por outro confirmou o triunfo encarnado sobre este mesmo adversário na final da Supertaça Cândido de Oliveira - representou um alento para o Benfica e para o benfiquismo, sem que alguma coisa, seja o que for, tenha ficado desde já decidida.
Faltam 27 jogos para se saber se a festa do título será no Marquês, nos Aliados, ou na Arcada, e vencerá quem mostrar maior consistência psicológica, quem tiver um plantel mais profundo, e quem for capaz de não falhar nos momentos decisivos. Ora, foi isso que o Benfica fez ontem, ganhou três pontos a um rival direto, apesar de uma primeira parte medíocre, compensada com um segundo tempo de muito maior fulgor.
É certo que o FC Porto cedo se viu reduzido a dez unidades, por expulsão (justa e inevitável) de Fábio Cardoso, e essa circunstância marcou o jogo, especialmente na metade complementar, onde a equipa de Sérgio Conceição não foi capaz de acompanhar a intensidade benfiquista. Mas João Pinheiro e Artur Soares Dias limitaram-se a aplicar as regras, numa partida que até decorreu sem grandes sobressaltos do ponto de vista disciplinar. Ao FC Porto pesaram as ausências de Pepe e Marcano, mas a manta é curta e até janeiro, altura em que volta a haver uma janela de mercado, ainda faltam muitos jogos, o que obrigará os dragões a uma gestão da classificação criteriosa, assente em organização e pragmatismo, duas qualidades que não requerem dinheiro, mas sim competência. Já o Benfica aproveitou a noite para dizer alto e bom som que Di María e David Neres são compatíveis, em simultâneo, no onze. Como tinha escrito a meio da semana, o problema não está em quem joga, mas sim no equilíbrio que é possível criar na equipa. Frente ao FC Porto, quer pelo compromisso defensivo de ambos, quer pelas opções de salvaguarda tomadas por Schmidt, o Benfica ficou mais perto de melhor potenciar as suas estrelas."

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