quarta-feira, 3 de maio de 2023

O desporto e os atletas em imagens


"O site da Biblioteca Nacional de França (BnF), via Gallica, coloca à disposição dos leitores várias imagens dedicadas ao desporto, que vão desde as fotografias históricas dos Jogos Olímpicos até às imagens diárias de futebol, entre os anos 1880 e 1940. Estão agrupadas em quatro categorias de acesso: corpus, disciplina, desporto/atleta e evento desportivo. O espólio é extremamente rico e diversificado, merecendo uma “olhadela”. O mesmo para o site da “Histoire par l’image”, do Ministério da Cultura Francês. Disponibiliza imagens fantásticas e históricas sobre desporto.
Durante a segunda metade do século XIX, a fotografia despertou um entusiasmo considerável. E esse entusiasmo foi aumentando, claro, com o progresso técnico. Em paralelo, as modalidades desportivas também se desenvolveram e foram tendo um crescente sucesso. As sociedades de ginástica multiplicaram-se. O desporto moderno tornou-se um fenómeno social. As competições multiplicaram-se e tornaram-se cada vez mais populares. As práticas desportivas depressa atraíram o interesse dos fotógrafos. Na década de 1880, o fisiologista francês Etienne-Jules Marey (1830-1904) utilizava a fotografia para estudar o movimento dos atletas. A cronofotografia, inventada por Marey, em 1882, permitia gravar uma série de imagens sucessivas, de um único ponto de vista e em intervalos de tempo iguais. Tiradas numa fração de milésimo de segundo, as imagens reproduziam, com perfeição, o movimento de um sujeito contra um fundo negro (cf. Fotografias 1 e 2). Resulta daqui uma “memória dos olhos”.

Fotografia 1: Cronofotografia de um atleta de esgrima, 1902

Fonte: https://histoire-image.org/etudes/sport-photographie-scientifique (consultado em 20/04/2023)

Fotografia 2: Cronofotografia de um atleta de salto com vara, 1902

Fonte: https://histoire-image.org/etudes/sport-photographie-scientifique (consultado em 20/04/2023)

Sociologicamente falando, a fotografia não é objetiva, nem é imaginária. Ela mantém a vida no seu movimento prático. O sujeito é colocado perante o objeto da sua ação."

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