O banco bom

"Na frente, nada de novo, os três primeiros venceram e venceram sem grandes surpresas. Começando pelo Benfica, num jogo previsivelmente muito difícil, contra um Gil Vicente, que, recorde-se, causou problemas a todas as equipas da frente e, inclusivamente, tirou pontos ao Sporting e derrotou o F. C. Porto, no Dragão, com muito mérito.

O Benfica entrou muito bem no jogo e, curiosamente, no período em que a equipa estava naturalmente menos pressionada, a fase inicial do jogo, foi perdulário, desperdiçando duas oportunidades flagrantes na cara do golo e do guarda-redes gilista Andrew. A boa notícia para o Benfica, para além dos três pontos, é a de que, no momento em que alguns dos titulares indiscutíveis que foram o motor da equipa ao longo de largos fantásticos meses apresentam algum desgaste, há opções e os encarnados têm opções para refrescar a equipa. Como o "miúdo" João Neves ou David Neres. Mas, para além disso, pode ir ao banco buscar soluções para resolver o jogo, como foram os casos de Chiquinho e Petar Musa, ambos decisivos, a corresponderem a cruzamentos de Frederick Aursnes. Estes dois, mas também Gonçalo Guedes, mexeram com o jogo. O golo de Chiquinho e a forma como a equipa, a equipa técnica e os adeptos se juntaram para o celebrar mostraram união, garra e sede de título.

Isto, enquanto o F. C. Porto, como previmos, continua sem jogar grande coisa e a ganhar com o penaltizinho do costume; e o Braga aparece afirmativo a prometer um confronto e um jogo enormes, no próximo sábado, na Luz.

Positivo

Chiquinho a entrar e a resolver.

Negativo

A forma como acabou o jogo no Dragão e a consequente confusão."

Telmo Correia, in Jornal de Notícias