sexta-feira, 31 de março de 2023

Vitória nos Quartos...

Benfica 6 - 1 Lusitânia

Entrada com uma vitória confortável, na Final 8, da Taça de Portugal, contra um adversário da II Liga, mas com vários 'veteranos' da Liga principal, um dos principais candidatos á subida!

Vamos defrontar o Ferreira do Zêzere na Meia-final, equipa que no campeonato deu-nos muito trabalho!

PS: Qualificação Olímpica para o nosso fenômeno das piscinas, nos 50m Livres. Para o Diogo, esta não é uma conquista, é só mais um passo normal!!!

Regresso ao futuro com os olhos no passado


"O Sport Lisboa e Benfica regressa este domingo à competição, depois de mais uma (a última da época) paragem para compromissos internacionais. Em Vila do Conde, no mítico Estádio dos Arcos, os encarnados vão procurar bater o Rio Ave FC e, pelo menos, manter a vantagem de dez pontos para o FC Porto, que visita a Luz na sexta-feira seguinte. Em qualquer condição, a visita aos Arcos é sempre difícil. Com um Rio Ave FC em forma, como tem estado, bem classificado, como está, e a causar dificuldades a todos os visitantes, como tem causado (recordar que os dragões perderam em Vila do Conde, por exemplo), a partida reveste-se de uma dificuldade ainda mais superlativa.
Como tal, independentemente do posicionamento da partida no calendário, este seria sempre um confronto a encarar com a máxima responsabilidade. No entanto, há um fator extra que coloca ainda mais tónica na necessidade de as águias olharam apenas e só para este jogo e olharem com toda a atenção: nos dois anteriores regressos à Primeira Liga após as pausas para jogos de seleções, o SL Benfica não venceu e nem sequer marcou (nulo em Guimarães e derrota por 3-0 em Braga).
Agora, os encarnados regressam de novo com uma partida fora frente a um top-8 e a um histórico da competição. Além disso, mais uma vez, os líderes do campeonato ficaram bastante desfalcados nos trabalhos realizados nesta semana e meia que passou, com baixas em todos os setores. Retomar a carburação da máquina, com a mesma rotação ofensiva, será um desafio adicional que o desafio já de si complicado encerra.
Já com dois avisos, é crível que Roger Schmidt e a sua equipa técnica estejam muito mais e melhor preparados para contornar aquela que tem sido uma das poucas debilidades da turma benfiquista esta temporada. De resto, a substituição de Florentino na última partida, quando se pensava, de forma generalizada, que o português iria forçar o amarelo, ficando premeditadamente indisponível para o jogo em Vila do Conde, mostra a forma séria como Schmidt encara a partida.
Para o técnico alemão, o respeito para com a partida com o Rio Ave FC é o respeito para com a partida com qualquer outra equipa. O germânico claramente só está a pensar na próxima partida, em vez de pensar dois jogos à frente. O clássico logo se vê. E, sinceramente, parece-me a filosofia correta. O jogo mais importante da época benfiquista, neste momento, é o próximo, em Vila do Conde, e todos são necessários para vencer essa partida.
E, diga-se, com tanta gente convocada para as suas seleções e com Florentino desconvocado, teria sido um risco desnecessário ter Florentino a forçar o amarelo e ficar fora das opções para o jogo deste domingo, sobretudo sendo dos poucos que iria ficar a trabalhar com Schmidt e com o (que sobrava do) plantel encarnado. Com a cautela a que nos tem habituado, Schmidt preferiu não preterir de Florentino para o embate com o Rio Ave FC. E isso, volto a sublinhar, é prova cabal de que, para o treinador do SL Benfica, não há partida mais importante no horizonte benfiquista, neste momento, do que o confronto com os vila-condenses.
Está, claramente, avisado. Resta saber se estar de sobreaviso chegará para vencer nos Arcos e manter a diferença pontual para o segundo classificado. Sabê-lo-emos cerca das 20h de domingo."

Do FC Porto vs Portimonense até à vergonha...



"Sem sombra de dúvida, é o jogo mais previsível, desinteressante e monótono do futebol português.
Apesar da classificação confortável em que a equipa algarvia se encontra, o treinador Paulo Sérgio, prepara-se para poupar 6 jogadores pelo facto de estarem carregados com 5 cartões amarelos e em risco de participarem na jornada seguinte.
Até podia ser um argumento válido, não fosse ser repetido. Na época passada o treinador do Portimonense, depois de poupar 7 jogadores - com o mesmo argumento - mostrou-se indignado com a FPF e o seu CD por ser levantado um inquérito, por, no entender do CD, o Portimonense se ter apresentado com uma "equipa inferior".
O jogo, esse, saldou-se por uma goleada histórica (0-7) sofrida pela turma de Portimão.
"𝐄𝐧𝐯𝐞𝐫𝐠𝐨𝐧𝐡𝐚-𝐦𝐞, é 𝐮𝐦𝐚 𝐚𝐟𝐫𝐨𝐧𝐭𝐚 𝐡𝐚𝐯𝐞𝐫 𝐚𝐥𝐠𝐮é𝐦 𝐪𝐮𝐞 𝐩𝐨𝐬𝐬𝐚 𝐩ô𝐫 𝐚 𝐡𝐢𝐩ó𝐭𝐞𝐬𝐞 𝐝𝐞 𝐞𝐮 𝐚𝐥𝐢𝐧𝐡𝐚𝐫 𝐧𝐞𝐬𝐬𝐞 𝐭𝐢𝐩𝐨 𝐝𝐞 𝐣𝐨𝐠𝐚𝐝𝐚𝐬. 𝐎 𝐟𝐚𝐜𝐭𝐨 𝐝𝐞 𝐥𝐞𝐯𝐚𝐧𝐭𝐚𝐫𝐞𝐦 𝐞𝐬𝐬𝐚𝐬 𝐝ú𝐯𝐢𝐝𝐚𝐬 𝐞 𝐬𝐮𝐬𝐩𝐞𝐢𝐭𝐚𝐬 𝐞𝐧𝐯𝐞𝐫𝐠𝐨𝐧𝐡𝐚-𝐦𝐞. 𝐓𝐞𝐧𝐡𝐨 𝐟𝐚𝐦í𝐥𝐢𝐚, 𝐩𝐚𝐢𝐬", disse na altura Paulo Sérgio.
A VERGONHA durou pouco porque esta época vai repetir a dose.
O mais engraçado é constatar que na verdade:
• A última vitória do Portimense sobre o FC Porto para o campeonato português ocorreu há 36 anos, em 14 de março de 1987;
• A última vez que o Portimonense conseguiu pontuar foi a 4 de fevereiro de 1989, empatando 1-1 com o FC Porto;
• Desde 1989 que o Portimonense só soma derrotas para a liga frente ao FC Porto;
• Em 1956 deu-se o primeiro confronto entre as duas equipas para competições oficiais. Desde aí, o FC Porto marcou 114 golos à equipa algarvia;
• Em contraste, o Portimonense apenas apontou 24 golos ao FC Porto ao longo destes 67 anos.

#oportofazmalaofutebol #41anosdisto"

Histórias sem interesse nenhum (5) O nascimento de um mito


"Nas últimas semanas, muita gente tem comparado o efeito do treinador Roger Schmidt, neste primeiro ano no Benfica, à revolução provocada por Sven-Goran Eriksson há precisamente 40 anos, não só no clube encarnado, mas em todo o meio futebolístico nacional e europeu.
Compreendo a comparação, mas vejo muito pouca semelhança, para lá dos resultados invulgares que a equipa encarnada tem alcançado em campo: uma boa carreira nacional, não obstante os títulos prematuramente perdidos nas taças, e uma notável campanha europeia.
No seu primeiro ano, Eriksson ganhou Campeonato, Taça de Portugal e chegou à final da Taça UEFA, sofreu apenas duas derrotas (Sporting e Anderlecht) em 49 jogos, marcou 112 golos e sofreu 25.
Curiosamente, o Benfica de Schmidt também marcou 112 golos nas 44 partidas já disputadas, só foi derrotado uma vez (Braga) e é, precisamente, pela preocupação do jogo positivo, pela intensidade ofensiva de todos os planos de acção e pela frescura física e mental da equipa, que se chegou à comparação com o sueco. Embora os mitos nasçam do desconhecimento, o de Eriksson resultou de uma personalidade aberta. Aprendeu português em menos de três meses, teve a visão de emprestar a imagem jovial e empática a uma marca nacional e popular, concedia entrevistas com regularidade, não escondia métodos nem soluções, tinha prazer em partilhar, acabando por fazer escola, gerando e cultivando um estilo para gerações sucessivas de treinadores, alguns dos quais foram seus jogadores na Luz, quer na primeira, quer na segunda passagem, quando voltou a conduzir o Benfica a uma final da Taça dos Campeões.
Ao contrário, de Schmidt sabemos e saberemos muito pouco e dificilmente o seu legado ultrapassará as paredes do Seixal e as parangonas das grandes vitórias. As suas curtas e circunstanciais conferências de imprensa não mitigam a sede de conhecimento dos segredos do seu trabalho, em particular o modus operandi sobre jogadores dados como “perdidos”, como Florentino ou Chiquinho, ou a exponenciação de valores estagnados, como Vlachodimos, Grimaldo ou Rafa, ou o desenvolvimento de promessas relativas, como António Silva ou Gonçalo Ramos. E o que sabia ele sobre o lado oculto de Fredrik Aursnes que os próprios noruegueses só estão a descobrir agora?
Quando chegou a Lisboa, Schmidt foi apresentado a editores e jornalistas de referência num jantar informal, uma tentativa saudável de aproximação que mereceu rancorosos comentários de rivais viciados em teorias de conspiração, doutores milagreiros e “coaches” paramentais. Depois disso, o alemão fechou-se com os seus rapazes, protegido pelo biombo dos diretores de comunicação, e o mais próximo que estivemos do seu pensamento mais íntimo foi através de uma entrevista a uma publicação germânica, na qual cometeu a heresia de equiparar o Benfica aos colossos Real Madrid e Barcelona.
Tenho simpatia pelos jornalistas de hoje, enclausurados numa agenda de rotinas, anos e anos limitados a uma pergunta por evento, segurando microfones na esperança de captar um som, um bit, um desabafo - expressões sem sentido ou contexto que possam ser postas a render uma manchete ou um “lead” creditável e comentável. Nunca sentirão a atmosfera de um balneário, de uma boleia à saída do treino em máquina de alta cilindrada, da digressão num autocarro ou num avião de equipa, de um almoço confidencial que ajudasse a entender o que os jogadores realmente pensam do treinador e como o treinador julga os jogadores, o que ouvem, o que lêem, como brincam ou, até, como se alcunham uns aos outros. Às vezes, imagino que os comentadores da atualidade sejam como os repórteres de há 30 ou 40 anos e os veredictos que vão exarando nos seus programas diários, embora disfarçadas no bordão “eu acho que” e em “whataboutismo” primário, resultem mesmo de acesso privado ao treinador alemão de Rui Costa na mesma medida em que nós tínhamos acesso público ao sueco de Fernando Martins. Com que outro fundamento e conhecimento de causa alguém poderia sentenciar, em Outubro, que o Benfica de Schmidt estava preso por arames e iria cair a pique quando começasse a enfrentar adversários mais fortes?"

Neres 'abana'!!!

Regresso de um evento emblemático


"Está tudo a postos para a 15.ª Corrida Benfica António Leitão, com um programa de atividades agendado para 1 e 2 de abril. Este é o tema principal da News Benfica, mas há muito mais.

1
Encerra hoje o período de inscrições (preços especiais) para a Corrida Benfica António Leitão. É a 15.ª edição, após um interregno devido às restrições resultantes do combate à pandemia.
A diretora da Corrida, Ana Oliveira, explica que o evento "não é para a alta competição, para serem batidos recordes do mundo". "É uma Corrida da família Benfiquista para a família Benfiquista", sustenta.
Leia, no Site Oficial, a antevisão ao evento, com declarações de Ana Oliveira e o programa completo.

2
Gilberto completou 100 jogos oficiais de águia ao peito e concedeu uma entrevista exclusiva ao BPlay. "Sinto-me um jogador mais completo", afirma. Veja aqui.

3
Na mais recente convocatória para a seleção feminina de futebol, com vista a um estágio de preparação para o Mundial, constam nove futebolistas do Benfica. São elas Rute Costa, Catarina Amado, Sílvia Rebelo, Ana Seiça, Carole Costa, Lúcia Alves, Andreia Norton, Francisca Nazareth e Jéssica Silva.

4
A nossa equipa de andebol despediu-se da EHF European League, prova que conquistou brilhantemente na temporada passada. Na Alemanha, frente ao Flensburg-Handewitt, o resultado foi 33-28 a favor do clube da casa.

5
Realizou-se, no auditório do Museu Benfica – Cosme Damião, mais uma ação de formação de treinadores de formação de futebol, em concreto a formação e supervisão pedagógica da rede de Escolas do Clube. Saiba mais, aqui.

6
Veja a reportagem BTV sobre o Fórum de Jogadores levado a cabo no Benfica Campus e dirigido aos jovens atletas dos escalões Sub-14 e Sub-15 da formação do Clube. Henrique Pereira e Rafael Rodrigues, da equipa B, foram os oradores.

7
Thales Falcão, voleibolista do Benfica, é o protagonista da semana. Uma entrevista que pode ver na BTV ou ler no jornal O Benfica e site oficial."

Uma aVentura pelo futebol português


"Em pleno Estádio da Luz, um lateral nigeriano marcou o gol que carimbou o título nacional do FC Porto na temporada passada. Um lance emblemático que rompeu as fronteiras defensivas do rival histórico e poderia muito bem ter sido concluído por um lateral português de São João da Madeira.
Já ali, incomodado com o andar da carruagem, o Benfica resolveu buscar um treinador alemão para liderar um projeto audacioso. Fazer esquecer as cicatrizes deixadas - dentro e fora de campo - por um português da Amadora outrora tão importante no passado recente do clube.
Os encarnados rapidamente começaram por deixar para trás os principais adversários no arranque de 2022/23, entre outros motivos, muito por conta de um talento argentino, que, em menos de seis meses, ajudou a safar as contas com uma venda de 121 milhões de euros.
Sem o jovem sul-americano, sobrou para um norueguês a missão de manter o alto nível no meio-campo. Tem conseguido com distinção, especialmente por ter ao lado um português de origem angolana e outros de Santo Tirso, Forte da Casa, Porto e Olhão.
Mesmo com dez pontos a menos, o atual campeão FC Porto recusa jogar a toalha. Confia que o exigente e vitorioso treinador português de Coimbra vai dar a volta por cima com um goleador e ativista iraniano e dois lusos-brasileiros agora liderados também por um selecionador espanhol.
Não muito distante dos dragões há o surpreendente e bem estruturado SC Braga de um médio líbio arrojado e um atacante e capitão português de Almada - ambos seguros por um goleiro brasileiro com quase dez anos de casa. Uma instituição que, não menos importante, abriu as portas para ucranianos no início da guerra com a Rússia.
De longe, o Sporting deposita as fichas na Liga Europa, tendo derrubado um poderoso do país do Brexit, numa eliminatória onde brilharam dois defensores, um holandês e outro costa-marfinense, e um atacante português de Vidago. Todos muito bem comandados por um promissor treinador português de Vila Franca de Xira.
Feito por nativos e imigrantes para dar (comprar) e vender, o futebol português pode não ser o mais atraente e competitivo da Europa, mas seguramente é dos mais receptíveis e cosmopolitas, justamente como o próprio país em si, que, apesar de conviver com racismo e xenofobia, busca cada vez mais abrir as portas para todos.
Eu, como brasileiro, subscrevo as palavras do sábio cigano português Ricardo Quaresma: «O populismo racista apenas serve para virar homens contra homens em nome de uma ambição pelo poder que a história já provou ser um caminho de perdição para a humanidade»."

Rui Pinto dixit!!!


"𝟭. Francisco J. Marques, diretor de comunicação do FC Porto, revelou recentemente que o clube emitiu um pedido para consultar o processo referente à acusação de corrupção desportiva que recai sobre o empresário de futebol César Boaventura. Certamente, como é fácil de perceber, FC Porto deseja ter acesso ao processo para verificar se há algo que o comprometa de alguma forma.

𝟮. Ao tomar conhecimento do pedido do FC Porto para consultar o processo, César Boaventura decidiu apresentar a sua versão dos factos e divulgou, na sua página de Facebook, um email que recebeu do FC Porto em 2016, precisamente no ano em que se alega que ocorreram os crimes em questão.

𝟯. O email mencionado foi assinado por Urgel Martins, ex-Diretor Executivo do FC Porto, e continham mandatos que autorizavam Boaventura a vender jogadores do clube. Mas afinal, quem é Urgel Martins? O portista insuspeito Rui Pinto explica-nos, através de uma thread que escreveu no Twitter em novembro de 2021:
«𝘜𝘳𝘨𝘦𝘭 𝘔𝘢𝘳𝘵𝘪𝘯𝘴 𝘧𝘰𝘪, 𝘦𝘯𝘵𝘳𝘦 2011 𝘦 2021, 𝘰 𝘋𝘪𝘳𝘦𝘵𝘰𝘳 𝘌𝘹𝘦𝘤𝘶𝘵𝘪𝘷𝘰 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘰 𝘍𝘶𝘵𝘦𝘣𝘰𝘭 𝘯𝘰 𝘍𝘊 𝘗𝘰𝘳𝘵𝘰. 𝘜𝘮𝘢 𝘧𝘪𝘨𝘶𝘳𝘢 𝘮𝘶𝘪𝘵𝘰 𝘱𝘰𝘶𝘤𝘰 𝘤𝘰𝘯𝘩𝘦𝘤𝘪𝘥𝘢 𝘥𝘰 𝘱𝘶́𝘣𝘭𝘪𝘤𝘰 𝘦𝘮 𝘨𝘦𝘳𝘢𝘭, 𝘮𝘢𝘴 𝘪𝘮𝘱𝘰𝘳𝘵𝘢𝘯𝘵𝘪́𝘴𝘴𝘪𝘮𝘢 𝘯𝘢 𝘦𝘴𝘵𝘳𝘶𝘵𝘶𝘳𝘢 𝘗𝘰𝘳𝘵𝘪𝘴𝘵𝘢. 𝘋𝘦𝘴𝘥𝘦 𝘤𝘰𝘯𝘵𝘳𝘢𝘵𝘢𝘤̧𝘰̃𝘦𝘴 𝘥𝘦 𝘫𝘰𝘨𝘢𝘥𝘰𝘳𝘦𝘴, 𝘢 𝘧𝘪𝘯𝘢𝘯𝘤̧𝘢𝘴, 𝘵𝘶𝘥𝘰 𝘱𝘢𝘴𝘴𝘢𝘷𝘢 𝘱𝘰𝘳 𝘦𝘭𝘦.
𝘜𝘮 𝘢𝘯𝘰 𝘥𝘦𝘱𝘰𝘪𝘴 𝘥𝘦𝘴𝘴𝘢 𝘢𝘴𝘤𝘦𝘯𝘴𝘢̃𝘰 𝘥𝘦 𝘜𝘳𝘨𝘦𝘭 𝘔𝘢𝘳𝘵𝘪𝘯𝘴, 𝘰 𝘍𝘊 𝘗𝘰𝘳𝘵𝘰 𝘦 𝘢 𝘴𝘰𝘤𝘪𝘦𝘥𝘢𝘥𝘦 𝘙𝘈𝘔𝘗 - 𝘔𝘢𝘯𝘢𝘨𝘦𝘮𝘦𝘯𝘵 𝘎𝘳𝘰𝘶𝘱 𝘐𝘯𝘵𝘦𝘳𝘯𝘢𝘵𝘪𝘰𝘯𝘢𝘭, 𝘥𝘦 𝘏𝘰𝘯𝘨 𝘒𝘰𝘯𝘨, 𝘢𝘴𝘴𝘪𝘯𝘢𝘳𝘢𝘮 𝘶𝘮 𝘤𝘰𝘯𝘵𝘳𝘢𝘵𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘵𝘪𝘯𝘩𝘢 𝘤𝘰𝘮𝘰 𝘮𝘪𝘴𝘴𝘢̃𝘰 𝘪𝘯𝘥𝘪𝘤𝘢𝘳 𝘫𝘰𝘨𝘢𝘥𝘰𝘳𝘦𝘴 𝘢𝘰 𝘍𝘊 𝘗𝘰𝘳𝘵𝘰 𝘥𝘦 𝘱𝘢𝘪́𝘴𝘦𝘴 𝘤𝘰𝘮𝘰 𝘰 𝘎𝘢𝘯𝘢, 𝘊𝘰𝘯𝘨𝘰, 𝘈́𝘧𝘳𝘪𝘤𝘢 𝘥𝘰 𝘚𝘶𝘭, 𝘡𝘢̂𝘮𝘣𝘪𝘢 𝘦 𝘕𝘪𝘨𝘦́𝘳𝘪𝘢.
𝘈 𝘙𝘈𝘔𝘗 (𝘤𝘰𝘮 𝘧𝘰𝘳𝘵𝘦𝘴 𝘭𝘪𝘨𝘢𝘤̧𝘰̃𝘦𝘴 𝘢̀ 𝘚𝘌𝘊𝘈), 𝘤𝘶𝘫𝘰𝘴 𝘳𝘦𝘱𝘳𝘦𝘴𝘦𝘯𝘵𝘢𝘯𝘵𝘦𝘴 𝘴𝘢̃𝘰 𝘎𝘳𝘢𝘩𝘢𝘮 𝘏𝘦𝘺𝘥𝘰𝘳𝘯 𝘦 𝘌𝘥𝘮𝘶𝘯𝘥 𝘊𝘩𝘶, 𝘧𝘰𝘪 𝘢 𝘳𝘦𝘴𝘱𝘰𝘯𝘴𝘢́𝘷𝘦𝘭, 𝘯𝘰𝘴 𝘢𝘯𝘰𝘴 𝘴𝘦𝘨𝘶𝘪𝘯𝘵𝘦𝘴, 𝘱𝘦𝘭𝘢 𝘷𝘪𝘯𝘥𝘢 𝘥𝘰𝘴 𝘷𝘢́𝘳𝘪𝘰𝘴 𝘫𝘰𝘨𝘢𝘥𝘰𝘳𝘦𝘴 𝘈𝘧𝘳𝘪𝘤𝘢𝘯𝘰𝘴 𝘲𝘶𝘦 𝘱𝘰𝘷𝘰𝘢𝘳𝘢𝘮 𝘢 𝘦𝘲𝘶𝘪𝘱𝘢 𝘉 𝘦 𝘰𝘴 𝘴𝘶𝘣-19 𝘥𝘰 𝘍𝘊 𝘗𝘰𝘳𝘵𝘰, 𝘤𝘰𝘮𝘰 𝘔𝘪𝘬𝘦𝘭 𝘈𝘨𝘶, 𝘊𝘩𝘪𝘥𝘦𝘳𝘢, 𝘊𝘩𝘪𝘥𝘰𝘻𝘪𝘦, 𝘦𝘯𝘵𝘳𝘦 𝘰𝘶𝘵𝘳𝘰𝘴.
𝘋𝘦𝘷𝘪𝘥𝘰 𝘢 𝘦𝘴𝘴𝘢 𝘱𝘢𝘳𝘤𝘦𝘳𝘪𝘢, 𝘮𝘢𝘵𝘦𝘳𝘪𝘢𝘭𝘪𝘻𝘢𝘥𝘢 𝘵𝘢𝘮𝘣𝘦́𝘮 𝘦𝘮 𝘴𝘦𝘳𝘷𝘪𝘤̧𝘰𝘴 𝘥𝘦 𝘪𝘯𝘵𝘦𝘳𝘮𝘦𝘥𝘪𝘢𝘤̧𝘢̃𝘰 𝘯𝘢 𝘵𝘳𝘢𝘯𝘴𝘧𝘦𝘳𝘦̂𝘯𝘤𝘪𝘢 𝘥𝘦 𝘫𝘰𝘨𝘢𝘥𝘰𝘳𝘦𝘴, 𝘎𝘳𝘢𝘩𝘢𝘮 𝘏𝘦𝘺𝘥𝘰𝘳𝘯 𝘦 𝘌𝘥𝘮𝘶𝘯𝘥 𝘊𝘩𝘶, 𝘳𝘦𝘤𝘦𝘣𝘦𝘳𝘢𝘮 𝘭𝘢𝘳𝘨𝘢𝘴 𝘤𝘦𝘯𝘵𝘦𝘯𝘢𝘴 𝘥𝘦 𝘮𝘪𝘭𝘩𝘢𝘳𝘦𝘴 𝘥𝘦 𝘦𝘶𝘳𝘰𝘴, 𝘢𝘭𝘨𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘫𝘢́ 𝘧𝘰𝘪 𝘢𝘭𝘷𝘰 𝘥𝘦 𝘢𝘯𝘢́𝘭𝘪𝘴𝘦 𝘦𝘮 2016 𝘯𝘰 𝘱𝘳𝘰𝘫𝘦𝘤𝘵𝘰 #𝘍𝘰𝘰𝘵𝘣𝘢𝘭𝘭𝘓𝘦𝘢𝘬𝘴
𝘌𝘮 𝘋𝘦𝘻𝘦𝘮𝘣𝘳𝘰 𝘥𝘦 2017, 𝘰 𝘋𝘪𝘳𝘦𝘵𝘰𝘳 𝘌𝘹𝘦𝘤𝘶𝘵𝘪𝘷𝘰 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘰 𝘍𝘶𝘵𝘦𝘣𝘰𝘭 𝘯𝘰 𝘍𝘊 𝘗𝘰𝘳𝘵𝘰, 𝘜𝘳𝘨𝘦𝘭 𝘔𝘢𝘳𝘵𝘪𝘯𝘴, 𝘤𝘰𝘯𝘴𝘵𝘪𝘵𝘶𝘪𝘶 𝘶𝘮𝘢 𝘴𝘰𝘤𝘪𝘦𝘥𝘢𝘥𝘦 𝘯𝘢 𝘤𝘪𝘥𝘢𝘥𝘦 𝘥𝘰 𝘗𝘰𝘳𝘵𝘰, 𝘫𝘶𝘯𝘵𝘢𝘮𝘦𝘯𝘵𝘦 𝘤𝘰𝘮 𝘎𝘳𝘢𝘩𝘢𝘮 𝘏𝘦𝘺𝘥𝘰𝘳𝘯, 𝘢 𝘙𝘦𝘢𝘭𝘢𝘴𝘱𝘦𝘤𝘵 𝘓𝘋𝘈. 𝘌𝘴𝘴𝘢 𝘴𝘰𝘤𝘪𝘦𝘥𝘢𝘥𝘦 𝘵𝘦𝘮 𝘱𝘰𝘳 𝘰𝘣𝘫𝘦𝘤𝘵𝘰 𝘢 𝘤𝘰𝘮𝘱𝘳𝘢 𝘦 𝘷𝘦𝘯𝘥𝘢 𝘥𝘦 𝘣𝘦𝘯𝘴 𝘪𝘮𝘰𝘣𝘪𝘭𝘪𝘢́𝘳𝘪𝘰𝘴, 𝘦 𝘢 𝘱𝘳𝘦𝘴𝘵𝘢𝘤̧𝘢̃𝘰 𝘥𝘦 𝘴𝘦𝘳𝘷𝘪𝘤̧𝘰𝘴.
𝘌𝘮 𝘈𝘣𝘳𝘪𝘭 𝘥𝘦 2018 𝘢𝘲𝘶𝘢𝘯𝘥𝘰 𝘥𝘰 𝘢𝘶𝘮𝘦𝘯𝘵𝘰 𝘥𝘦 𝘤𝘢𝘱𝘪𝘵𝘢𝘭, 𝘎𝘳𝘢𝘩𝘢𝘮 𝘏𝘦𝘺𝘥𝘰𝘳𝘯 𝘵𝘳𝘢𝘯𝘴𝘧𝘦𝘳𝘪𝘶 𝘢𝘴 𝘴𝘶𝘢𝘴 𝘲𝘶𝘰𝘵𝘢𝘴 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘢 10 𝘔𝘢𝘯𝘢𝘨𝘦𝘮𝘦𝘯𝘵 𝘓𝘪𝘮𝘪𝘵𝘦𝘥. 𝘚𝘰𝘤𝘪𝘦𝘥𝘢𝘥𝘦 𝘔𝘢𝘭𝘵𝘦𝘴𝘢 𝘪𝘯𝘤𝘰𝘳𝘱𝘰𝘳𝘢𝘥𝘢 𝘦𝘮 𝘑𝘢𝘯𝘦𝘪𝘳𝘰 𝘥𝘦 2018, 𝘦 𝘭𝘪𝘨𝘢𝘥𝘢 𝘢 𝘰𝘶𝘵𝘳𝘢 𝘴𝘰𝘤𝘪𝘦𝘥𝘢𝘥𝘦 𝘤𝘰𝘮 𝘰 𝘮𝘦𝘴𝘮𝘰 𝘯𝘰𝘮𝘦 𝘦𝘮 𝘔𝘢𝘤𝘢𝘶. 𝘈𝘮𝘣𝘢𝘴 𝘵𝘦̂𝘮 𝘤𝘰𝘮𝘰 𝘥𝘪𝘳𝘦𝘤𝘵𝘰𝘳 𝘱𝘳𝘦𝘤𝘪𝘴𝘢𝘮𝘦𝘯𝘵𝘦 𝘎𝘳𝘢𝘩𝘢𝘮 𝘏𝘦𝘺𝘥𝘰𝘳𝘯.
𝘈 10 𝘔𝘢𝘯𝘢𝘨𝘦𝘮𝘦𝘯𝘵 𝘓𝘪𝘮𝘪𝘵𝘦𝘥, 𝘵𝘢𝘭 𝘤𝘰𝘮𝘰 𝘢 𝘴𝘶𝘱𝘳𝘢 𝘮𝘦𝘯𝘤𝘪𝘰𝘯𝘢𝘥𝘢 𝘙𝘈𝘔𝘗, 𝘦́ 𝘷𝘰𝘤𝘢𝘤𝘪𝘰𝘯𝘢𝘥𝘢 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘢 𝘨𝘦𝘴𝘵𝘢̃𝘰 𝘦 𝘱𝘳𝘰𝘮𝘰𝘤̧𝘢̃𝘰 𝘥𝘦 𝘢𝘵𝘭𝘦𝘵𝘢𝘴 𝘥𝘦 𝘧𝘶𝘵𝘦𝘣𝘰𝘭, 𝘦 𝘳𝘦𝘢𝘭𝘪𝘻𝘰𝘶 𝘯𝘰𝘴 𝘶́𝘭𝘵𝘪𝘮𝘰𝘴 𝘢𝘯𝘰𝘴 𝘷𝘢́𝘳𝘪𝘰𝘴 𝘴𝘦𝘳𝘷𝘪𝘤̧𝘰𝘴 𝘥𝘦 𝘪𝘯𝘵𝘦𝘳𝘮𝘦𝘥𝘪𝘢𝘤̧𝘢̃𝘰 𝘯𝘢 𝘵𝘳𝘢𝘯𝘴𝘧𝘦𝘳𝘦̂𝘯𝘤𝘪𝘢 𝘥𝘦 𝘫𝘰𝘨𝘢𝘥𝘰𝘳𝘦𝘴 𝘦𝘮 𝘗𝘰𝘳𝘵𝘶𝘨𝘢𝘭, 𝘦𝘯𝘷𝘰𝘭𝘷𝘦𝘯𝘥𝘰 𝘰 𝘍𝘊𝘗𝘰𝘳𝘵𝘰 𝘪𝘯𝘤𝘭𝘶𝘴𝘪𝘷e
𝘓𝘪𝘨𝘢𝘤̧𝘰̃𝘦𝘴 𝘤𝘶𝘳𝘪𝘰𝘴𝘢𝘴, 𝘦 𝘲𝘶𝘦 𝘮𝘦𝘳𝘦𝘤𝘦𝘮 𝘶𝘮𝘢 𝘢𝘯𝘢́𝘭𝘪𝘴𝘦 𝘢𝘪𝘯𝘥𝘢 𝘮𝘢𝘪𝘴 𝘢𝘱𝘳𝘰𝘧𝘶𝘯𝘥𝘢𝘥𝘢, 𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘱𝘰𝘥𝘦𝘳𝘢́ 𝘦𝘴𝘵𝘢𝘳 𝘢𝘰 𝘢𝘭𝘤𝘢𝘯𝘤𝘦 𝘥𝘢𝘴 𝘢𝘶𝘵𝘰𝘳𝘪𝘥𝘢𝘥𝘦𝘴 𝘫𝘶𝘥𝘪𝘤𝘪𝘢́𝘳𝘪𝘢𝘴.»

𝟰. Isto posto, algumas questões se levantam: Por que motivo o FC Porto delegou a Boaventura a tarefa de intermediar jogadores do seu plantel? Terá sido em troca de alguma contrapartida?
Será que queriam, através dos mandatos para vender jogadores, uma clara operação de charme, que César Boaventura mentisse e alegasse que comprou jogadores para favorecer o Benfica?
É hora de o Ministério Público iniciar uma investigação fundamentada em factos e evidências, deixando de lado suposições, deduções e especulações, a fim de trazer à tona a verdade e promover a justiça no futebol português."

Boaventura...


"Ao contrário do que fazem os cartilheiros andrades, escondidos atrás de um teclado, César Boaventura não se esconde.
A verdade virá ao de cima e o nome do Benfica será limpo de toda a porcaria criada pela Aliança do Altis.
Pagarão por tudo o que andam a fazer; mais cedo ou mais tarde...

#oportofazmalaofutebol"

Corte(s) anos 90 style!!!

quarta-feira, 29 de março de 2023

Porque não acredito que a Kings League seja uma ameaça ao futebol (embora haja ali muita coisa boa)


"Há um prazer inebriante na novidade. Um entusiasmo juvenil, uma felicidade delicada.
A novidade empolga, estimula, emociona. Chega a ser encantador como gestos tão simples se tornam especiais. Carregar no play diante de um filme novo, por exemplo. Descobrir um bom vinho que não se conhece. Correr para dar o primeiro mergulho naquele mar.
O início é sempre assim, inteiro e limpo, como escrevia Sophia de Mello Breyner.
Raramente nas histórias de amor o coração acelera tão descompassado como naqueles instantes imediatamente antes de se dar o primeiro beijo.
Será falta de ferro? Excesso de cafeína? Um pedido de pacemaker?
A verdade, meus caros, é que a novidade é viciante. Deliciosamente viciante, aliás. Uma fonte inesgotável de prazer.
Piqué descobriu-o há coisa de três anos, quando aproveitou a pandemia para criar aquele campeonato do mundo de balões de ar. Quem apostava que um torneio em que o objetivo era não deixar cair um balão pudesse ser um sucesso? Mas foi. Um tremendo sucesso, aliás. Milhares de pessoas inscreveram-se numa plataforma e seguiram os jogos ao vivo.
No final Piqué tinha ficado com uma base de dados de potenciais clientes e criado uma comunidade.
Ora essa espécie de experiência foi o tubo de ensaio para algo muito maior. A Kings League. O segredo é o mesmo, basicamente: criar um produto que atraia o público que se apaixona arrebatadoramente por novidades e entregá-lo através de canais de streaming. Com um extra, desta vez: o futebol.
Mas sejamos claros, o futebol é só um pretexto. Não acredito que alguém siga a Kings League por causa dos jogadores ou dos resultados. O que conta ali é o entretenimento, todo o espetáculo que é criado à volta do jogo e que tem nas figuras públicas que vestem o papel de presidentes os verdadeiros protagonistas.
Interessa perceber o que os jogadores dizem aos árbitros, e ver como reagem os presidentes. Interessa ouvir o que os treinadores gritam, e como reagem os presidentes. Interessa olhar a cara de um jogador que se lesionou, e ver como reagem os presidentes.
Interessa no fundo olhar tudo, ouvir tudo, entrar dentro de campo e no balneário, perceber as conversas e ver a reação dos reais protagonistas, que na tribuna torcem e sofrem com uma câmara apontada a eles.
A Kings League é no fundo o casamento perfeito entre futebol e o big brother. Ou melhor, o casamento perfeito entre futebol, big brother e e-games, porque as cartas que viram os jogos completamente do avesso a qualquer instante são parte importante da equação.
O resto é promoção e é o que Piqué sabe trabalhar melhor.
Basta lembrar, a esse propósito, o que fez quando rebentou o escândalo da Supertaça Espanhola na Arábia Saudita. O país inteiro queria ouvi-lo explicar-se. Ele podia convocar uma conferência de imprensa para uma sala de hotel, mas inteligente e perspicaz preferiu fazê-la através da conta pessoal da Twitch. Toda a gente podia acompanhar a conferência ao vivo, embora só os jornalistas pudessem fazer perguntas. Conclusão: cem mil pessoas ligaram-se ao canal dele.
Isto, sim, é promoção. Genial ou não?
Ora por isso, e sabendo que o triunfo da Kings League dependeria do sucesso da promoção, Piqué chamou para o jogo dez dos mais famosos streamers espanhóis. Que trouxeram com eles a respetiva comunidade que os acompanha.
Podia ter convidado antigos jogadores, por exemplo, mas não era a mesma coisa. Por isso do mundo do futebol só chamou Kun Aguero e Casillas, curiosamente duas estrelas com uma presença muito forte nas redes sociais. De resto, dos doze presidentes convidados, dez vinham do mundo do streaming.
A partir daqui foi só alimentar o que tinha criado. Todas as semanas havia uma notícia viral. Podiam ser os elogios de Ricardinho, a presença de Ronaldinho ou a chegada de um jogador fantasma que não podia revelar a identidade. A Kings League era sempre tema de convesa, estava sempre nas trends do momento.
Conclusão: a primeira edição da Kings League foi um sucesso e não faltou quem visse neste jogo o futuro do desporto.
Mas será que é mesmo uma ameaça ao futebol?
Honestamente, não acredito. Não acredito nem mesmo um bocadinho.
Antes de mais, porque a Kings League viveu do fator novidade e como ela pode ser inebriante, lá está. Foi buscar um público jovem, que gosta de fugir do mainstream, mas que mais tarde ou mais cedo vai partir com a mesma rapidez com que chegou. Provavelmente à procura de outra novidade inebriante.
Não acredito que seja uma ameaça também porque não alimenta paixões. Não faz sonhar as crianças. Nenhum miúdo vai para a rua ou para a escola fazer um jogo com os amigos de Kings League. Aquilo tem muito pouco a ver com futebol, aliás.
Na melhor das hipóteses, será uma ameaça à Netflix, mais do que ao futebol.
Mas há na Kings League uma série de coisas boas e que deviam ser aproveitadas pelo futebol. Por exemplo, aquela capacidade de chegar a uma larga comunidade que vive nas plataformas de streaming. Ou a possibilidade de nos fazer mergulhar dentro do jogo e não ficar apenas de fora a ver. A forma como consumimos futebol tem de evoluir e tem de nos conquistar outra vez. As novas gerações já não aceitam ser apenas espectadoras. É preciso levá-las para dentro do jogo, mostrar-lhes os pormenores, abrir-lhes as portas das grandes estrelas.
O jogo tem de ser mais inclusivo, mais moderno.
Como já o começam a ser outras modalidades, alias, que nos permitem ouvir os treinadores ou as explicações dos árbitros em tempo real.
Infelizmente o futebol é um velho do Restelo. Continua a servir-nos o jogo da mesma forma há décadas, com raras e sempre muito lentas evoluções. Enquanto isso há uma e outra geração que vive nas redes sociais e nas plataformas de streaming, que se está a afastar do futebol e a contagiar outros como elas.
Precisam de novidades que os empolguem, que os estimulem, que os emocionem. Uma coisa verdadeiramente encantadora.
A Kings League já mostrou que é possível."

O homem que talvez tenha morrido de costas


"Começou a correr e a cerca de quatro metros da fasquia fez uma curva ligeira e voou de costas deixando bocas abertas de espanto

Não sei se se voa para a morte. Afinal ninguém regressa de lá para contar, não é? Claro que se eu agora for à varanda e me lançar no vazio tenho um percentagem de ir desta para melhor (será mesmo melhor?) mas não é no voo que morro é quando as minhas ossadas esbarrarem no chão lá em baixo, frente ao Sado, e umas poucas de vísceras se esmagarem obedecendo com rigor à velha Lei de Newton. Estou certo de que se alguém morreu voando esse alguém tinha alma de pássaro e sabia todos os segredos do verbo voar como Richard Douglas Fosbury que decidiu partir há pouco para essa planície onde o espaço é suficientemente infinito para que nele caibam todos os anjos. Ou então ultrapassou voando de costas sobre a fasquia da Senhora da Pensão da Vida aterrando do outro lado num daqueles colchões que, na Cidade do México estavam à sua espera como se fossem fiapos de algodão. Em Memórias Póstumas de Brás Cubas, título que só por si já é um romance, Machado de Assis dizia que era preferível cair das nuvens do que de um terceiro andar. Mas pode dizer-se sem fugir grandemente à verdade que naquele dia 20 de outubro de 1968 Dick caiu das nuvens em cima da medalha e ouro olímpica do salto em altura. E de uma maneira que muito poucos tinham visto até então.
A técnica que Fosbury aplicou nessas Olimpíadas ganhou o seu nome: Fosbury Flop. Até então a prática estava na utilização do sistema de rolamento ventral que já viera tomar o lugar do salto-de-tesoura tão primitivo que já começava a parecer tirado de um filme de Buster Keaton. Nessa tarde de outubro todo o mundo assistiu um daqueles acontecimentos que ficam presos na memória como se tivessem sido condenados às caldeiras de Pêro Botelho. Dick começou a correr em direção à fasquia e aí a quatro metros de iniciar o salto fez uma ligeira curva antes de se erguer de costas ultrapassando os 2,24 metros, dois centímetros acima do seu compatriota Ed Caruthers e quatro acima do soviético Valentin Gavrilov. Foi definitivamente maravilhoso. E de tal forma encantador e fascinante que nos Jogos Olímpicos que se seguiram, em Munique-1972, 28 dos 40 atletas que participaram na prova de salto em altura imitaram Fosbury. Dick dera um passo para o futuro e já não havia volta atrás. Hoje não há mais quem se arrisque a regressar ao rolamento ventral. Afinal ficou comprovado que o Fosbury Flop era muito mais eficaz e que só através dele se poderiam superar marcas até então incríveis.
Bom, se pensam que Dick resolveu assim, de um momento para o outro, dar aquela voltinha sobre si mesmo e passar de costas sobre a fasquia em direção ao ouro olímpico estão muito enganados. Apesar de ter nascido em Portland, no Oregon, capital de um Estado com uma população de madeireiros mais do género de Paul Bunyan do que propriamente de um trinca-espinhas com 1,93 que parecia estar à beira de se desmanchar a cada movimento mais brusco, o jovem Fosbury não deixou que o seu Flop fosse obra do acaso. Com 16 anos, a estudar em Medford, fazendo parte da equipa desportiva da universidade, a ideia de alterar por completo a forma como abordava a fasquia na altura de se preparar para voar sobre ela bailou na sua cabeça com uma teimosia notável. Não teve pejo de avisar o seu treinador que considerava o Método Straddle (rolamento ventral) um embaraço completo para saltadores com uma planta física próxima da sua. E apesar de o treinador se ter estado completamente nas tintas para as amalucadas ideias de Dick, mal este se transferiu para a Universidade do Estado, em Corvalis, não tardou a impingi-las ao novo responsável pelas suas sessões de treino. Menos cabeça-de-mula do que o seu antecessor, Berny Wagner, o seu novo mestre, continuou a insistir para que Fosbury mantivesse o estilo clássico embora o deixasse praticar a sua criação com uma razoável dose de liberdade, algo que fez Dick tornar-se cada vez mais confiante no aperfeiçoamento do seu muito peculiar estilo.
Dick Fosbury morreu no último dia 12 de março com 76 anos. Talvez já não tivesse a elasticidade plástica para sobrevoar de costas um fasquia mesmo que esta estivesse apenas a um metro do chão. Em 2015, surgiu nos ecrãs um filme chamado Broken Arrows com banda sonora do DJ sueco Avicii fazendo trovejar a voz de Zac Brown. Logo no início o espetador é devidamente avisado ‘Inspired by a True Story’. A trama dá-nos um protagonista infeliz, um atleta que vive na cidade ficcional de Fairmont, na Florida, com a filha, numa autocaravana a cair aos pedaços. Mergulhado num ambiente de desespero e de alcoolismo, vai ser à custa da força de vontade da garotinha que conseguirá sacudir a desgraça dos ombros e chegar a campeão olímpico de 1968.
«I will meet you by the witness tree
Leave the whole world behind».
Dick sempre foi um solitário. Mesmo quando voava de costas."

Eliminação na Alemanha...

Flensburg 33 - 28 Benfica
(19-15)

Os números de hoje até foram 'normais' o problema foi a derrota pesada na 1.ª mão, na Luz!
Adeus à Europa, após o triunfo do ano passado, havia a consciência de que o plantel este ano, não está ao mesmo nível e que os nossos adversários iriam ter outro 'respeito' pelo Benfica... mesmo assim, acho que podiamos ter feito melhor! Na fase de grupos o 4.º lugar, acabou por empurrar o Benfica para um Sorteio, contra um dos favoritos nesta fase... e esse 4.º lugar, ficou muito aquém do nosso potencial!

Algo de errado não está certo!!!

Circo...


"Anos e anos de e-mails.
Anos e anos de conversas de Whatsapp.
Anos e anos de escutas telefónicas.
Anos e anos de pseudo-notícias de jornais.
E é isto que têm para apresentar?
Belo circo que montaram."

O resto é com a intensidade


"1. E ponto. Chegou-nos a primavera. É a primavera mais ansiada dos últimos tempos, não é? Que a nova estação nos traga tudo por que suspiramos. A redenção do mau tempo, do frio, do gelo, das intempéries, dos vendavais. Gloriosa primavera, precisamos de ti em todo o teu esplendor. Cá estamos para te receber e saudar-te passo a passo na tua caminhada, na nossa caminhada. Chegou, finalmente, o tempo das papoilas vermelhas pelos campos e à beira dos caminhos. Abril, maio, junho, estamos à vossa espera.

2. O FC Internazionale de Milão será o nosso adversário nos quartos-de-final da Liga dos Campeões. Assim o ditou o sorteio de Nyon na semana passada. Saiu-nos o Inter, com quem jogaremos duas vezes já no próximo mês. A imprensa milanesa saudou o sorteio vendo no Benfica a equipa mais apetecível. logo vieram uns quantos ex-jogadores italianos alertar que a coisa não é bem assim.

3. Figuras como António Cassano não hesitaram em proferir o seu veredito: 'O Benfica mete medo e joga muito melhor do que o Inter'. Já Daniele Adani foi ainda mais taxativo: 'Inter ou Benfica? Vejo o Benfica na meia-final'.

4. As palavras são muito bonitas, mas não nos devemos deixar embalar por estes elogios que nos sabem bem e que elevam o nome do Benfica no panorama europeu. Pés na terra. O resto é com a intensidade.

5. O Benfica, que venceu o Vitória, viu alargada a vantagem sobre o 2.º classificado e sobre o 3.º classificado, que empatam entre si, concluída que foi a 25.ª jornada do campeonato nacional de futebol. Melhor assim, sem dúvida. O jogo com o Vitória teve uma primeira parte de grande categoria da equipa de Roger Schmidt e deixou extasiadas as bancadas da Luz. Foi bom de se ver. As obrigações da selecção nacional forçam agora uma pausa na Liga. Enfim, um aborrecimento. Que voltem bem.

6. Em Braga, o jogo entre os nossos perseguidores terminou com o resultado de 0-0. Sem golos, portanto. Que sorte a deles. Assim não terão de ouvir o treinador do Vitória, de pseudónimo Moreno, palestrar sobre a praga dos 'golos esquisitos' que só estragam o jogo.

7. Morreu Rui Nabeiro, aos 91 anos, um homem único no mundo empresarial do nosso país. Partiu com o reconhecimento que lhe era devido pelos seus pares, pelos seus trabalhadores, pela sua cidade, pela sua região e pelo seu país. E, obviamente, também pelo Benfica, que, muito justamente, evocou nas suas redes sociais Rui Nabeiro, o sócio n.º 4696, emblema de ouro de dedicação ao seu clube. E com que orgulho podemos dizer hoje e sempre que Rui Nabeiro era um dos nosso, um de nós."

Leonor Pinhão, in O Benfica

terça-feira, 28 de março de 2023

O III sarau de Ginástica do Benfica


"Quatro horas de ecletismo encarnado colocaram em evidência os valores educativos do Benfica no desporto nacional

Os saraus do Benfica foram iniciados em 1951, com o objetivo de promover as suas classes de ginástica, sendo um momento alto de celebração do ecletismo do Clube. O sucesso foi tal, que este evento passou a constar no calendário das festividades encarnadas, enchendo a cada ano com alegria e brilho o recinto do Pavilhão dos Desportos. Em 1954, o Glorioso celebrava os seus 50 anos, um marco único na sua história que a secção de ginástica, encabeçada por António Mendes de Carvalho, não quis deixar passar despercebido.
No dia 8 de Maio, perante um Pavilhão dos Desportos repleto de vibrante público ovacionado a cada momento todos os intervenientes, realizou-se em ambiente de verdadeira apoteose o III Sarau do Benfica. O programa arrancou com uma enorme parada de 500 atletas com as suas camisolas rubras, imprimindo uma imagem cromática ao recinto, encabeçada pela ginasta Maria de Lourdes Prata Dias segurando a bandeira do Benfica. Todas as secções do Clube estiveram representadas, envergando os seus guiões, enquanto grupos de crianças formavam as iniciais SLB.
Após o Hino do Benfica, o presidente Joaquim Ferreira Bogalho pronunciou breves palavras alusivas ao ato e recebeu por entre vibrantes aclamações dois pequenos ginastas que, em representação da secção, entregaram um donativo correspondente a 3 toneladas de cimento. Da parada, surgiram depois em destaque os maratonistas José Araújo, Claudino Martins e Armando Silva, efusivamente homenageados por um grupo de benfiquistas.
Seguiu-se uma demonstração das múltiplas classes de ginástica, na qual as mais diversas faixas etárias efectuaram exercícios de saltos de mesa alemã, pinos, rodas e mortais. Edite Cruz, a valorosa patinadora de mérito internacional, marcou presença abrilhantando a festa com dois números de fantasia, um swing e um pasodoble que arrancou da extasiada assistência muitos 'olés'.
Na segunda parte desta grandiosa festa, Carlos Figueira, Azevedo Gomes, David Cohen e Pedro Vasconcelos, consagrados campeões nacionais de ténis, fizeram uma demonstração a pares. Apesar de o recinto não oferecer as melhores condições para o efeito, a partida decorreu com bastante interesse, tendo a dupla Pedro Vasconcelos/Azevedo Gomes vencido por 6-2.
A festa terminou com a disputa da Taça Sarau de Ginástica em hóquei em patins, colocando frente a frente as reservas do Benfica e do Grupo Desportivo da Mundet. Num desafio muito disputado, o adversário não conseguiu impor-se como desejava face à superioridade técnica dos encarnados, acabando derrotado por 7-2. No final do encontro, Justino Pinheiro Machado entregou o troféu à equipa do Benfica, para gáudio do público ali presente.
Para saber mais sobre esta e outras histórias da modalidade, visite a área 3 - Orgulho Eclético do Museu Benfica - Cosme Damião."

Ricardo Ferreira, in O Benfica

Excelente momento


"“Jogar à Benfica” trata-se de um conceito vago, passível das mais variadas interpretações. Mas há características coincidentes entre elas, nomeadamente a procura do golo frenética e incessante desde o início do jogo e a agressividade permanente nas tentativas de recuperação da bola. Muitas acrescentam ainda a classe, a inteligência futebolística e a superior qualidade técnica em cada toque na bola. E, invariavelmente, que a aplicação destas resulte numa vitória.
Tudo isto fez o Benfica ante o Vitória de Guimarães. Estava 3-0 à meia hora de jogo, uma vantagem assente numa exibição de gala de uma equipa evidentemente insaciável. À Benfica, portanto. E com o bónus, no dia seguinte, de ver a vantagem já de si alargada na liderança do campeonato aumentar mais dois pontos. O mundo, às vezes, faz sentido.
Um aparte: não deixou de ser curioso observar a panóplia de manifestações de desejos travestidas de análises quanto ao embate do Benfica com o Vitória de Guimarães. Foi-nos lembrado até à exaustão que fôra precisamente com este adversário que o Benfica havia perdido pontos no campeonato pela primeira vez e que a sequência de oito vitórias consecutivas anterior à partida se dera com adversários de menor monta. E ainda a ausência de Aursnes, subsistindo, diziam eles, a dúvida quanto à capacidade da equipa de se adaptar a ela. Foram obrigados a enfiar a viola no saco e eu sorrio.
Tudo está muito bem encaminhado para que o Benfica regresse ao título nacional, estando bem interiorizado no seio do clube que nada está ainda conquistado. E, por isso, não surpreende a berraria em praça pública de responsáveis portistas.
Diz o treinador que não houve investimento. Contrapõe o presidente que houve. E até houve mesmo: de acordo com o relatório e contas da sad portista chegou a cerca de 45 milhões de euros.
Se é muito ou pouco, depende da perspectiva. Por exemplo, para clubes como Braga, Casa Pia, Estoril, Gil Vicente, Rio Ave ou Santa Clara, aqueles que, além do Benfica, impediram o FC Porto de vencer na presente edição do campeonato, é um montante impensável. E o maior problema é outro: com menos do que os tais 45 milhões de euros, o Benfica adquiriu os passes de Aursnes, Enzo e Neres, demonstrando cabalmente que, com competência, esse valor ainda dá para qualquer coisa.
Melhor mesmo será que cada um vá para seu lado. O treinador para um qualquer clube estrangeiro e os membros da administração da sad portista para a sala de reuniões, obviamente com o propósito de rever em alta os seus próprios ordenados e prémios, tarefa à qual se dedicam, normalmente, com zelo, proatividade e generosidade.

P.S.: O Benfica tem hipóteses reais de chegar à final da Liga dos Campeões e tentar vencer a prova, o que não significa que seja fácil de o conseguir. Pelo contrário, é tremendamente complicado. Mas a equipa do Benfica conquistou com inegável mérito o direito a sonhar e esse é o primeiro passo. Eu acredito!"

João Tomaz, in O Benfica

Venha daí essa pausa maravilhosa


"Já aqui registei várias vezes o meu aborrecimento durante as pausas para jogos das selecções. Porém, devo dizer que pausas para jogos das selecções com o Benfica na liderança do campeonato em cima de uma distância de 10 pontos para o 2.º classificado são extremamente bem-vindas. Se a isto somar a presença nos quartos de final da Liga dos Campeões, então posso afirmar que, com esta interrupção internacional, não estou a entrar num estado de aborrecimento, mas, sim, num estado de nirvana.
Assisti ao sorteio da Liga dos Campeões como se estivesse a assistir a um vídeo de casamento. Entusiasmado pelo que já se tinha passado, motivado pelo que se poderá passar dali para a frente, porém consciente de que há sempre margem para um triste final antecipado. Bem, com uma pequena diferença: ainda não participei em nenhum matrimónio onde desejasse mais um final feliz em comparação com o final que desejo para o Benfica nesta Liga dos Campeões. Gosto muito dos meus queridos amigos Pedro e da Catarina, mas já comi e bebi bem no dia da festa. Se daqui para a frente vão continuar felizes e unidos, é-me um pouco indiferente quando comparado com a vontade de ver o Otamendi em Istambul a levantar a orelhuda.
O resultado do sorteio foi, digamos, simpático. Não tenho problema em reconhecer que, quando fiz zoom in com os meus próprios olhos através da televisão e percebi que Alintop tinha acabado de colocar o Benfica emparelhado com o AC Milan e o Nápoles, soltei um grito de satisfação. Não se trata de desvalorizar os adversários Trata-se, isso, sim, de acreditar que este Benfica tem valor para discutir uma eliminatória a duas mãos com qualquer equipa italiana. Sonha, Glorioso!"

Pedro Soares, in O Benfica

Sim, nós podemos


"O sonho de voltar a ser campeão europeu faz parte da identidade de qualquer benfiquista. Foi isso que nos legaram as gerações antigas. Foi isso que nos deixou o grande Eusébio.
Infelizmente, o futebol moderno afastou-nos dessa possibilidade. A acumulação de dinheiro e de talento nos principais campeonatos do continente atirou clubes históricos como o Benfica para fora da engrenagem. Como noutros aspectos da vida, no futebol também se acentuou a clivagem entre centro e periferia: os ricos são cada vez mais ricos, os restantes vivem como podem. Discutir títulos com 'tubarões'? Só por milagre.
Ora, nos últimos trinta anos (e desconfio de que também nos próximos trinta), nunca como agora podemos olhar para o quadro da Champions League, olhar para a equipa do Benfica, e pensar que é possível chegar à final. Falta 'apenas' ganhar uma espécie de Coppa de Itália para estarmos em Istambul. Eis-nos perante uma oportunidade histórica que, não sendo fácil de concretizar, está longe de ser uma mera fantasia.
Quando um sorteio vai ao encontro daquilo que desejamos, a tendência natural é para algum triunfalismo. Espero que o parágrafo anterior não seja lido como tal.
Estamos nos quartos-de-final da Champions, onde figura a nata do futebol, onde não há adversários dóceis. Será redundante lembrar que o Inter dispõe de um orçamento muitíssimo mais elevado que o nosso, tem porventura o melhor plantel de Itália, e é um clube com pedigree europeu. De resto, nunca lhe ganhámos. E só depois de ultrapassar este adversário podemos pensar nos seguintes.
Precisamos de muito suor, e também de uma boa dose de sorte, para escrever história. O caminho é estreito, mas existe. A fé? Essa é do tamanho da Europa."

Luís Fialho, in O Benfica

Tanto Benfica...


"É talvez esta a melhor forma de exprimir o que significa para os benfiquistas a antiga sede do Sport Lisboa e Benfica. Foi ali que desde 1934 gerações consecutivas de benfiquistas se dirigiam para viver quotidianamente o Clube. Do pagamento de quotas à celebração de momentos únicos na caminhada secular do Benfica, aquelas paredes testemunharam muito do que fomos e somos hoje. Por isso não há um único benfiquista que fale da Rua Jardim do Regedor sem um sorriso de sentida nostalgia, mas não é apenas aos benfiquistas que pertence aquele espaço mítico, pois é certo que a chama benfiquista, o emblema de esquina e o colorido da vida clubística fizeram dela um lugar único, património e identidade da cidade de Lisboa.
Em 2010, o Sport Lisboa e Benfica deu àquele edifício simbólico o melhor dos destinos fazendo dele património fundacional com que criou o instituiu a Fundação Benfica e honrou da melhor forma a matriz humana que nos caracteriza a todos desde 1904. Existe por isso uma responsabilidade para com a história e a mística do Benfica que importa celebrar e cultivar, garantido a preservação dos seus principais valores patrimoniais e culturais para o futuro, como é o caso de projeto que agora se inicia para dar uma vida e devolver utilidade social ao edifício."

Jorge Miranda, in O Benfica

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"9
O Benfica chega à pausa do campeonato para as seleções com uma série de 9 vitórias consecutivas, a mais longa em 2022/23;

10
Pontos de vantagem sobre o 2º classificado a 9 jornadas do fim;

17
Gonçalo Ramos marcou e isolou-se na liderança isolada dos melhores marcadores do campeonato com 16 golos, mas logo depois João Mário bisou e regressou ao topo da lista dos goleadores, agora com 17 golos. Em todas as competições oficiais, Gonçalo Ramos é o máximo concretizador da equipa com 24, secundado por João Mário, com 23. Nas finalizações de golos, João Mário é o mais participativo, com 35 (23 golos + 12 assistências), seguido por Gonçalo Ramos, com 29 (24+5) e Neres, com 25 (12+13);

24
Gonçalo Ramos leva 24 golos, todos de bola corrida, quando faltam jogar, pelo menos, 11 jogos na temporada. Desde 1990/91, só os seguintes jogadores marcaram mais, excluindo através de grandes penalidades, numa só temporada: 29 (Jonas – 2014/15, 2015/16 e 2017/18); 28 (Cardozo – 2009/10; Darwin – 2021/22); 27 (Seferovic – 2018/19); 26 (Nuno Gomes – 1998/99; Lima – 2012/13); 25 (Cardozo – 2012/13; Seferovic – 2020/21, Mitroglou – 2016/17);

36
Com a estreia de Cher N’dour, subiu para 36 o número de jogadores utilizados por Roger Schmidt em competições oficiais, 11 dos quais da formação do Benfica; 42 Rafa passou a ser, a par de Jacinto Marques, Silvino e Valadas, o 42º com mais jogos em competições oficiais pelo Benfica (263 jogos);

68
Convertendo para três pontos as vitórias em todas as épocas, só em 1972/73 (73 pontos) o Benfica conseguiu, ao fim de 25 jogos, melhor pontuação no campeonato do que os atuais 68 (que só conseguira em 1962/63);

100
Gilberto chegou aos 100 “jogos oficiais” pelo Benfica."

João Tomaz, in O Benfica

Editorial


"1. Campeão do mundo, capitão, líder! Otamendi é capa e destaque principal desta edição do jornal O Benfica, rosto de uma ambição e responsabilidade que a equipa assumiu desde o primeiro minuto nesta temporada. Uma imensa ambição de devolver o título aos benfiquistas a par da responsabilidade de, envergando a braçadeira de capitão, ajudar a manter todo um grupo ligado na competitividade, na intensidade e no foco que tanta diferença têm feito esta época. É um privilégio podermos dar palco às palavras de Otamendi, numa mão-cheia de declarações para reter e relembrar, à Benfica!

2. Entre vários conteúdos de referência, nota para um raio-X ao próximo adversário do Benfica na Liga dos Campeões. O Inter de Milão deixou para trás o Barcelona na fase de grupos, relegando-o para a Liga Europa, e eliminou nos oitavos-de-final o ainda campeão português, Fica um levantamento quanto ao trajeto que tem feito nesta temporada, bem como um olhar mais aprofundado relativamente às várias opções de que Inzaghi dispõe no plantel. É o arranque para esses dois embates que se aproximam e prometem encher os benfiquistas de orgulho.

3. O tricampeonato feminino passa pela Luz. Mais um dérbi, onde o Benfica quer vincar a sua superioridade e a sua dimensão europeia, num trajeto de crescimento afirmação do futebol feminino sem paralelo com outra equipa em Portugal. Ao longo da semana acompanhámos a preparação das Inspiradoras num exclusivo que aqui trazemos aos nossos leitores. Todos à Luz, no domingo, para mais uma grande jornada à Benfica.

4. Morreu Rui Nabeiro, um dos maiores empresários que Portugal viu nascer. Construiu uma marca global, nunca perdendo de vista as suas raízes e Campo Maior, o que enriquece ainda mais um trajeto de extrema singularidade. Um exemplo de liderança, e inspiração para todos, relevado ainda mais pelo seu humanismo e permanente sentido de responsabilidade social.
Sócio 4696, emblema de ouro com mais de 50 anos de dedicação ao Clube, dele nos despedimos com saudade e com presença institucional do Sport Lisboa e Benfica numa última e bonita homenagem na Igreja da sua terra natal. Até sempre, Comendador."

Pedro Pinto, in O Benfica

Os pés pelas mãos...


"As notícias da última semana dão conta de que se realizaram buscas as contas dos árbitros e jogadores subornados pelo Benfica, de modo a perceber que transferências bancárias haviam sido realizadas.
Esta semana começa com a notícias que César Boaventura fazia subornos a jogadores - uns lesionados, outros que fizeram a exibição de uma vida - pagos em dinheiro vivo (falam até em 800 mil euros em notas de 500 euros), num processo cujo a não participação e envolvimento do SL Benfica, já foi provado e até arquivado.
Portanto, recebiam por transferência bancária algo que o Boaventura pagava em dinheiro vivo.
Hilariante!! É o desnorte completo. Já metem os pés pelas mãos.
Entretanto, a verdadeira notícia ficou por contar...

P.S: é curioso esta notícia sair dias antes do jogo do SL Benfica vs Rio Ave...🤔"

Foram só 19 vezes que os mesmos de sempre já falaram neste “novo caso” que saiu hoje. Já dá para rir esta merda!🤣





"O Benfica está em condições de não precisar de se apurar para mais nenhuma Liga dos Campeões se fizer o que tem de ser feito e agir judicialmente contra esta teia montada pela Aliança do Altis. Indemnizações milionárias ao Estado e aos grupos de Comunicação envolvidos nesta brincadeira nojenta são já o mínimo que a Direção do Benfica tem de reivindicar. Repetimos: é o mínimo que tem de ser feito! Ou vai ter que ser Mattamouros a voltar que defender o Benfica publicamente e indicar o caminho a ser seguido?"