quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

Árbitros, mentiras e vídeo


"Noutros tempos, ao cometerem erros, os árbitros justificavam-se com a rapidez dos lances e com a necessidade de decidir de imediato. Dizia-se, não sem razão, que arbitrar era uma tarefa árdua. E mesmo quando se equivocavam sempre para o mesmo lado (o que aconteceu durante décadas), não era fácil apontar-lhes objectivamente a falha de isenção - talvez estivessem apenas distraídos, talvez tivessem pestanejado na altura errada, talvez a luz encandeasse, talvez tudo fosse apenas coincidência. E contra isso, batatas.
Com o VAR, não há mais desculpa para erros grosseiros. O trabalho do árbitro de campo até pode ser difícil. Ao individuo que está cobardemente sentado a quilómetro de distância do estádio, sem qualquer pressão, com ecrãs de televisão a mostrarem, frame a frame, todos os ângulos de cada lance, e com o tempo necessário para decidir bem, basta saber as regras e ter boa-fé.
Aquilo a que se assistiu no jogo da Taça não tem, pois, justificação. Nem pode ter quaisquer contemplações. Se o árbitro de campo não vê o óbvio, um Fábio Melo qualquer tem de o chamar. Se não chama, ou estamos perante má-fé, ou perante uma chocante inaptidão: em ambos os casos, tal fulano não pode voltar a ser nomeado para coisa nenhuma. Tem de ser banido do futebol.
Na época passada, o Benfica foi sistematicamente puxado para baixo por videoarbitragens fantasmagóricas. Neste ano, sobretudo após a pausa do Mundial, começo a temer que estejamos no mesmo caminho.
O futebol movimenta muito dinheiro. Incorpa investimentos avultados. Não se admitem amadorismos, nem brincadeiras de mau gosto. Há que dizer basta!"

Luís Fialho, in O Benfica

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