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— SL Benfica (@SLBenfica) September 22, 2022
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quinta-feira, 22 de setembro de 2022
16 anos!
Quem quer ser treinador?
"Um convite desvendou o futuro de quatro ídolos benfiquistas
A história é feita de momentos, e, às vezes, um acontecimento inesperado pode mudar o seu curso. Foi o caso de Águas, Coluna, Costa Pereira e José Augusto, que viriam ao mesmo tempo a descobrir, ou, a afirmar, a vontade de um dia se tornarem treinadores.
Em 23 de Janeiro de 1962, os quatro campeões assistiam das bancadas do Campo do Campo Grande a uma sessão de treino das camadas jovens, orientada por Fernando Caiado, quando o 'dedicado e cumpridor adjunto-técnico teve uma ideia luminosa. Voltou-se para os 'ases' e, meio a sorrir, meio a sério, disse-lhes: - Porque é que um ou outro de vocês não experimenta dar aqui uma 'ajudinha'? Quem sabe se não há por aí quem tenha habilidade para ensinar?'. O primeiro a aceitar o desafio foi Águas, seguido pelos seus colegas de equipa, que assumiram a função de monitores.
Os dias tornaram-se semanas, durante as quais foram 'ensinando um pouco do muito que sabem aos jovens futebolistas, que lhes seguem as lições com interesse e o entusiasmo próprios de quem tem no 'mestre', mais do que um 'mestre', um ídolo cujas pegadas se gostaria de seguir...'.
Uma pergunta prevalecia: viriam um dia a abraçar a carreira de treinadores? Coluna foi o primeiro a responder, afirmando: 'Gosto, sim (da tarefa), e, com franqueza, parece-me que tenho jeito, sabe? (...) Em princípio, tenho essas ideias, mas não aqui, na Metrópole. Treinador, talvez sim, mas em Moçambique, para onde penso retirar-me, logo que deixe de jogar'.
Águas estava a dar uns toques na bola quando confessou: 'Isto de ensinar seduz-me, sabe? (...) Até há pouco, nunca pensara nisso. Agora, com o convite do Caiado para ensinar os miúdos, ganhei-lhe o gosto e, olhe, só não serei treinador se não puder!' A opinião era partilhada por José Augusto: 'Gosto de vencer as dificuldades e, por isso mesmo, por ser tão ingrata a missão do treinador, é que só não serei treinador se não puder. (...) Para já, penso frequentar um curso de treinadores, logo que a ideia me consinta. Depois, depois se verá'.
O primeiro a dar um passo na concretização desta ideia foi Costa Pereira, que se inscreveu 'no próximo curso de treinadores da Federação Portuguesa de Futebol', que teria início em Julho desse ano. Tal como os seus companheiros de equipa, assumiu que a carreira de treinador o seduzia.
A intenção tornar-se-ia real para os quatro jogadores. José Augusto viria, inclusive, a orientar a equipa principal de futebol do Benfica, em 1969/70. Saiba mais sobre os treinadores encarnados na área 25 - Mestres da Bola, do Museu Benfica - Cosme Damião."
Lídia Jorge, in O Benfica
O número 13 (que não o Enzo) e a paragem internacional
"Deu para contar até 13. Vitórias, neste caso. Agora é tempo de voltar a contar até 13. Dias entre a receção ao CS Marítimo e a visita a Guimarães, neste caso. A pausa para compromissos internacionais apanhou um SL Benfica embalado, o que tem incutido alguma preocupação nos adeptos encarnados, que temem que a quebra de ritmo competitivo se revele prejudicial para a equipa.
Mas será mesmo assim? Na verdade, será sempre difícil perceber. O calendário que se segue, após a paragem para seleções, é mais exigente do que o calendário que a antecedeu. Este é, desde já, um parâmetro que inviabiliza um estudo consistente da problemática em questão: as águias podem ter resultados negativos depois da paragem por motivos vários, incluindo os adversários que vai enfrentar, sem que haja uma relação direta com o tempo de pausa.
Pode sofrer baixas importantes. Por outro lado, pode recuperar jogadores lesionados. Pode perder o ritmo que advém de jogar a cada três dias. Pode, no entanto, melhorar a condição física de alguns membros do plantel. Pode não ter hipótese de consolidar a teoria de jogo de Roger Schmidt com os titulares. Pode, todavia, integrar os não titulares no grupo de trabalho de uma outra forma.
Muito pode suceder nesta pausa para embates de seleções nacionais. A pausa em si não tem o condão de impactar o que quer que seja. Tudo depende de como for aproveitada. Assim, a continuidade da senda vitoriosa, de forma a aumentar de 13 para muitos mais os jogos a vencer dos encarnados está nas mãos de Roger Schmidt e da sua equipa técnica. E, pelo que temos visto, está em muito boas mãos.
Posto isto, a paragem para seleções não me causa qualquer medo. Mas provoca umas saudades da dimensão do meu clube e de o ver jogar."
A bandalheira na Seleções de Portugal
"Ponto prévio: para nós Cristiano Ronaldo será, a par (nunca acima) de Eusébio da Silva Ferreira, o melhor jogador português de sempre. Estaremos eternamente gratos ao nível a que elevou o nome de Portugal pelo mundo fora.
Posto esta nota introdutória, falemos do que nos levou a escrever este texto.
Na Federação Portuguesa de Futebol (FPF), nomeadamente a Seleção Nacional, reina uma bandalheira a todos os níveis. Pior que isto só mesmo o que se passava nos tempos anteriores a Gilberto Madaíl como Presidente. Ou até, já numa proporção menor, nos tempos do antigo Presidente. Se não vejamos:
Se já não bastava as confusões que são os casos graves que se passam nos Conselhos de Disciplina e Arbitragem, a poucos dias de jogos da Seleção Nacional, de importância elevada para a Liga da Nações, ainda saltou mais à vista a balbúrdia que lá se passa, ficando bem patente no caso da renúncia à equipa da FPF do jogador do SLBenfica, Rafa - para nós é apenas o início do precipício.
Dizem, as más línguas, que o ambiente daquela equipa, que devia ser de todos nós, é mau. É mau porque passou a ser a "equipa dos amigos do Ronaldo". É mau porque Fernando Santos deixou de ter "mão" nos jogadores, que só respondem ao seu "capitão". É mau porque quem não está com o CR7 está contra o CR7. Selecionador e Presidente passaram a ser marionetes e meros executantes dos caprichos pessoais do mais internacional de sempre. Cristiano Ronaldo dono e senhor da Seleção Nacional.
Se dúvidas houvesse, elas ficaram dissipadas na Gala das Quinas. Com a presença de Fernando Gomes e Fernando Santos na primeira fila da plateia a assistir e a aplaudir, Cristiano Ronaldo anunciou ao mundo que se auto convocou para o próximo Campeonato Mundial e Campeonato Europeu de 2024. Afinal quem manda lá em casa!?
Sem dúvida que CR7 é o jogador mais influente da sua geração quer em Portugal, quer no Mundo, mas o seu tempo passou e hoje não passa de um suplente de luxo no Manchester United. Qualquer dia diz que quer jogar com o filho na Seleção e aqui d'el Rei fazem-lhe a vontade. "O que é demais é erro", já diz o ditado popular. De certeza que só por isso já não será só o Rafa que achará que o ambiente é mau.
Mas esta Gala das Quinas ainda tem uma agravante e que na nossa opinião, é realmente o mais grave.
Como foi possível, que a meio de um estágio, os jogadores deixem de lado os seus momentos de descanso e concentração para - todos - estarem presentes. Nunca visto!!
Se ainda ao menos fosse o capitão e o Selecionador em representação, ainda vá que não vá... agora, todo o staff!? Podiam ter feito a cerimónia no dia da concentração (dizemos nós). Que belo exemplo que dá a FPF a todos os clubes.
Cremos que terá sido a primeira vez na história que tal aconteceu...
Bandalheira da grossa!
Falemos agora de Pepe... Não vale rir porque o assunto é sério!
Pepe nos últimos jogos tem jogado menos que o habitual no seu clube. Normal para quem já tem 39 anos e a frescura física já não é a mesma. Mas o amigo inseparável de CR7, na boca de Fernando Santos é imprescindível, segundo diz a imprensa. Ou será Cristiano que não prescinde do amigo para impor a sua lei!?
Um dia depois do Controlo Antidoping surpresa da FIFA, a Federação dispensou o Pepe. Já na véspera o central do FCPorto esteve ausente - vá-se lá saber porquê - e até hoje não houve uma explicação. O que se seguiu foi uma justificação de indisponibilidade física. Ora o engenheiro Santos, no dia da convocatória referiu que apenas Gonçalo Guedes e Renato Sanches não podiam ser convocados por indicação médica. Em que ficamos?
O Departamento Médico deu luz verde à convocatória de Pepe e afinal ele tem problemas físicos? Deram-no como apto e afinal não está? Andam a dormir? Ou haverá mais alguma coisa que não interessa contar a ninguém?
Bandalheira da grossa!
Por fim, a convocatória de Gonçalo Ramos para substituir Rafa. Para nós só tem uma explicação. Quando o Selecionador de Portugal chama um ponta de lança para substituir um extremo/segundo avançado, ou está desorientado, ou - uma vez que ambos são do SLBenfica - quer agradar e calar os adeptos Benfiquistas. Quanto a CR7 não há problema porque se Rafa ficaria no banco, Gonçalo Ramos deverá conhecer o mesmo destino. Embora e desviado ao mediatismo da situação, Fernando Santos estará obrigado a dar minutos ao miúdo do Benfica. Caso contrário vai ouvir das boas. Engraçado é que no caso de Pepe não chamou ninguém para o substituir... Esperemos pelos próximos dias a ver o que acontece.
Bandalheira da grossa!"
🔴É Mentira CMTV 🔴
"Roger Schmidt nunca disse nem vai dizer isso!!
“𝙀𝙨𝙩𝙤𝙪 𝙢𝙪𝙞𝙩𝙤 𝙛𝙚𝙡𝙞𝙯 𝙖𝙦𝙪𝙞. 𝙎𝙞𝙣𝙩𝙤 𝙢𝙪𝙞𝙩𝙤 𝙊𝙍𝙂𝙐𝙇𝙃𝙊 𝙥𝙤𝙧 𝙨𝙚𝙧 𝙩𝙧𝙚𝙞𝙣𝙖𝙙𝙤𝙧 𝙙𝙤 𝘽𝙚𝙣𝙛𝙞𝙘𝙖“
- Roger Schmidt
Isto sim, ele disse. Mas vocês não querem mostrar!"
Vitória...
Golden Eagle Ylli 67 - 92 Benfica
19-14, 23-28, 16-29, 9-21
Primeiro obstáculo ultrapassado, mas não foi tão fácil, como o marcador aparenta! Os Kosovares, enquanto tiveram pernas, deram muita luta, e até lideraram durante muito tempo! Mas com uma rotação curta do adversário, o Benfica acabou por superiorizar com naturalidade no 2.º tempo...
Hoje, os Triplos 'entraram'! Sinceramente, sem a longa distância, o que será do ataque desta equipa?!
Ainda estamos longe do ideal, tanto na defesa, como no ataque... Sexta-feira com os Cipriotas será mais complicado e em caso de vitória, na 'Final' contra Alemães ou Ucranianos, será complicadíssimo, mesmo com o fator casa, a nosso favor!
Mais perto da fase de grupos
"A nossa equipa feminina foi a Glasgow para defrontar o Rangers e venceu, por 2-3, o campeão escocês na 1.ª mão da eliminatória de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões. A segunda partida é na próxima quarta-feira, no Benfica Campus. Este é o tema em destaque na News Benfica.
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Grande jogo de futebol que opôs Benfica e Rangers no mítico Ibrox Stadium, em Glasgow. A nossa equipa exibiu-se em bom plano, assumindo a iniciativa desde o apito inicial e criando, ao longo dos 90 minutos, diversas oportunidades de golo. A vitória, por 2-3, coloca-nos numa boa posição para chegar aos 16 melhores da Europa e repetir a proeza da temporada passada, mas nada está decidido.
A treinadora Filipa Patão considera: "O primeiro objetivo está feito, que era ir para casa em vantagem, e agora é dar continuidade ao que aqui foi feito. Tentámos assumir o jogo, quisemos mostrar para o que íamos."
Veja o resumo do jogo no Site Oficial.
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Tem início nesta tarde, no Pavilhão Fidelidade, a ronda de qualificação para a Basketball Champions League. Nos quartos de final, a nossa equipa defronta o Golden Eagle Ylli, campeão do Kosovo. Antes, às 18h00, encontro entre o campeão sueco, Norrköping Dolphins, e o Budivelnyk, da Ucrânia. Caso vençamos o jogo desta noite, na sexta-feira temos pela frente o campeão cipriota Keravnos. A final está marcada para domingo, às 17h00.
O treinador Norberto Alves relembra: "Na época passada, a certa altura, sentimos que os nossos adeptos nos empurraram para ganharmos o Campeonato. Precisamos muito que venham ao Pavilhão e nos apoiem." José Barbosa, um dos bases da equipa, também apelou à presença dos Benfiquistas: "Espero um pavilhão cheio dia após dia. Vamos sentir o apoio dos adeptos e isso vai tornar a tarefa menos difícil. Jogaremos com mais um!"
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Não perca a entrevista a António Silva e conheça um pouco melhor o nosso jovem jogador. Disponível no BPlay e no Site Oficial.
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António Silva é um dos muitos atletas (35 da formação mais os da equipa A) do Benfica convocados para as seleções dos vários escalões. Saiba quais, aqui.
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Marque já na agenda, domingo é dia de Supertaças de futsal em Matosinhos. Às 11h00, a nossa equipa feminina defronta o Nun'Álvares, enquanto a masculina disputa o troféu com o Sporting às 17h00. Consulte a agenda benfiquista no Site Oficial."
Os desafios de Schmidt
"Quando, em finais de março, a revista alemã Kicker avançou, em primeira mão, que Roger Schmidt seria o novo treinador do Benfica para a época 2022/23, jamais poderia imaginar que, mês e meio volvido desde a entrada em competição, estaria a escrever estas linhas sentado em 13 vitórias consecutivas, o conforto da liderança isolada e, sobretudo, a expectativa em alta para o muito que ainda vem.
Ouvi há uns tempos Luís Campos, no podcast “Folha Seca” (que recomendo), dizer que a criação de cada projecto desportivo é como costurar um fato por medida, querendo com isto dizer que é necessário conhecer o ADN de cada clube e, a partir daí, tomar decisões sobre o jogo que se pretende jogar e quem trazer para implementar e colocar em prática essa mesma ideia. E eu não podia estar mais de acordo.
O Benfica é um clube especial, digo-o sem sobranceria. Adaptando o verso de Sophia, o Benfica “é o lugar onde começam as maravilhas e todas as angústias”. Um clube histórico, dos poucos na Europa que joga em casa em quase todos os estádios que visita, com uma massa adepta implementada em todo o território nacional e diáspora. Mas também um clube maltratado, mal gerido, com traumas, com uma necessidade enorme de (re)afirmação, primeiro dentro de portas, mas também no plano europeu. O Benfica é o clube do povão, o povão do amor tão incondicional quanto demasiadas vezes cego e/ou até mesmo ignorante, o clube que vive no limbo entre a euforia e a depressão. O Benfica é um clube simultaneamente maravilhoso e angustiante.
E é neste contexto de que Luís Campos falava que é preciso tomar decisões e fazer escolhas. No Benfica dificilmente um treinador “retranqueiro” vai ser amado, tampouco o será um outro que faça da paciência com bola a sua grande virtude. A Luz precisa da maravilha da adrenalina do futebol ofensivo, mas não prescinde da angústia do risco. É isto que vulcaniza o estádio, que nos entrar no imaginário daquele Benfica ido e ainda sonhado, que joga de peito feito em qualquer campo, contra qualquer adversário.
E eis que chega Roger Schmidt, um homem desconhecido para o grosso do povão, que beneficiava do desconto de ser alemão – e, já se sabe, os alemães fazem sempre tudo bem – mas que foi logo encarado com desconfiança porque, na folha do zerozero e goalpoint, os títulos eram muito poucos. E não levou muito tempo até toda a gente falar do Gegenpressing e, claro, da infinda quantidade de golos sofridos e de riscos desnecessários que isso acarretaria, embora ninguém soubesse muito bem do que é que se tratava. E claro, o velho argumento de que os treinadores portugueses são muito espertos e que o alemão vinha cá sem conhecer o campeonato, logo, com remotas hipóteses de ter sucesso.
Confesso: nem nas minhas melhores previsões coloquei o cenário em cima do qual escrevo este texto. Conhecia bem Schmidt (“pedi-o” muitas vezes nas sucessões de Jorge Jesus e Rui Vitória), mas nunca imaginei que houvesse a capacidade, visão e planeamento para lhe dar condições para que tivesse à sua disposição um plantel adequado à sua ideia de jogo e, sobretudo, que fosse possível fazer sair uma quantidade enorme de jogadores sem qualidade para o Benfica ou que pura e simplesmente não se encaixavam na proposta de jogo trazida pelo alemão.
No entanto, o trabalho foi globalmente bem feito e o impacto foi instantâneo. Hoje já ninguém fala da falta de conhecimento do campeonato português, o Benfica voltou a ser temido e até já foi possível sentir um aroma a Benfica Europeu.
Schmidt tem-se revelado o fit quase perfeito – perfeito, só se e quando vencer – para um Benfica há muito órfão de uma ideia coerente, ofensiva, entusiasmante. Um homem com uma visão global, cosmopolita, com um pensamento claro para a organização de todo o futebol do clube e, claro, com o conhecimento e qualidade para, em pouco tempo, colocar as suas ideias no campo.
Estamos a viver a fase das maravilhas, mas é necessário estarmos preparados para as angústias. E é por isso que escrevo sobre os desafios que considero que terão de ser ultrapassados para que Schmidt possa ser imortalizado como mais um dos muitos treinadores estrangeiros que marcaram a história do Sport Lisboa e Benfica.
1. A evolução do modelo de jogo
O sucesso da equipa do Benfica passará, em primeiro lugar e acima de qualquer outro factor, pelo desenvolvimento da sua própria ideia. Será fundamental trabalhar os momentos em que o adversário sai a jogar e tira a bola do corredor ou zona de pressão; contra blocos baixos, há margem para ser mais criativo e criterioso – Draxler poderá ser determinante; também a transição defensiva pode ser melhorada. E, claro, foi com gosto que ouvi Schmidt dizer, na entrevista à BPlay, que nos últimos anos tem alterado o seu modelo de jogo para se adaptar à necessidade de jogar consecutivamente provas internas e europeias, dando uma grande importância à gestão dos tempos e ritmos de jogo. Há, também aqui, margem para evoluir na gestão da posse de bola e no “descanso” que podemos tirar desses momentos.
2. O clássico
Num plano quase metafísico, o Benfica vive há 30 anos traumatizado com as deslocações ao dragão. É preciso inverter não apenas a tendência dos resultados mas, sobretudo, a abordagem ao jogo e a forma como se entra em campo naquele estádio. Conseguindo chegar à 10ª jornada com cinco pontos de vantagem (no mínimo), terá que haver killer instinct para deixar o FC Porto em situação agoniante na tabela.
3. A pausa para o mundial
Bem sei que Roger Schmidt tem experiência com as paragens de Inverno da liga alemã, mas a sobrecarga de jogos antes e depois da pausa para o mundial podem ter um papel decisivo no desfecho da época. Será necessária uma gestão de plantel exemplar e uma preparação física adequada a uma realidade inédita numa época desportiva.
4. O mercado de janeiro
O plantel do Benfica tem qualidade, mas está longe de ser perfeito. Pelo menos um guarda-redes e um extremo-direito (de preferência canhoto, para render Neres) deveriam ser prioridades no ajuste necessário a um plantel que irá ter uma época longa e desgastante. E a porta de saída para jogadores como Diogo Gonçalves, Chiquinho e, quem sabe, um dos centrais, quanto mais não seja por empréstimo (a ascensão meteórica de António Silva a isso irá obrigar), terá de ser considerada.
5. A derrota
13 jogos, 13 vitórias. Início perfeito. Todos sabemos que isso não durará sempre. Este é provavelmente o grande desafio de Schmidt e da equipa: fazer a equipa acreditar o suficiente na ideia de jogo e nas próprias capacidades, para poder dar a volta por cima quando a contrariedade aparecer – sim, vai aparecer.
Muito haveria ainda para dizer, por esta altura já muitos terão desistido. Aos que ficaram, digo que aproveitemos o momento e, como dizia Vinícius, “que seja infinito enquanto dure”."
Rafa, o MVP
"Rafa era chamado com regularidade à seleção nacional, mas muito pouco utilizado. Depois da derrota frente à Sérvia - em que nem sequer jogou - e a presença no Mundial ter ficado em risco e o lugar do Fernando Santos ameaçado, foi usado como bode expiatório para desviar atenções. A Federação PF pôs a circular o rumor de que o Rafa tinha uma «personalidade complicada» e «falta de compromisso» nos trabalhos da equipa das quinas.
O que se seguiu foi um chorrilho de notícias vergonhosas a colocar em causa o seu profissionalismo e sem que ninguém – repito, ninguém - da Federação PF tivesse saído em sua defesa. Deixaram-no totalmente exposto à condenação em praça pública. Mas eis que, quando nada o fazia prever, o Rafa lhes devolve o golpe, e precisamente onde mais dói. Absolutamente sublime!
O selecionador Fernando Santos, tarde e a más horas, veio desmentir o rumor de forma sucinta, porém, curiosamente, não voltou a convocar o Rafa. E no seu lugar convocava quem? O trambolho de um Otávio, o jogador naturalizado mais desnecessário de sempre para um lugar onde sobejam bons jogadores portugueses. Mas, bem sabemos, havia fretes a pagar...
Desde então, o Rafa sempre fora das convocatórias, com Otávio, Gelson Martins, Trincão, Pote e outros que tais a serem convocados. Só ele saberá o que ouviu e sentiu.
A realidade é que agora, provavelmente na sua melhor forma de sempre, só foi convocado porque o labrego do Otávio se encontra lesionado. O Rafa, e muitíssimo bem, mandou o selecionador à merda. E fê-lo na cara porque pelos vistos tem algo que falta a alguns: orgulho próprio e carácter. Mostrou ser um homem grande e com memória. Deixou-os pousar e enfiou bem fundo. Os meus sinceros parabéns. Tem o meu eterno respeito.
O Rafa merece, indubitavelmente, todo o nosso apoio. Não só pela difícil e corajosa decisão que tomou, como, e principalmente, pelo que tem feito dentro campo com o manto sagrado vestido: luta, joga, marca, assiste. No Benfica, com Roger Schmidt, está nas sete quintas. Festeja os seus golos e - pasmem-se – até é o que mais festeja os golos dos colegas de equipa. É deixá-lo assim por muitos e bons anos.
Por fim, se me permitem a sugestão, proponho que no próximo jogo, no estádio da Luz, ele seja ovacionado e aplaudido de pé. Será o nosso pequeno tributo, uma mensagem de força e respeito, porque ele merece. Tem sido várias vezes injustiçado, e é um dos nossos!"
Bandalheira?!
"Um dia depois dos teste anti-doping aos jogadores da Seleção Nacional, realizado por responsáveis da UEFA, Pepe é dispensado...😏
Rafa, que é um extremo, não vai e Fernando Santos chama um ponta de lança no lugar dele.
Das duas uma: ou já sabia que Pepe tinha que ser dispensado e aproveitou a chamada do Gonçalo Ramos para "picar" o SL Benfica, ou então a Seleção Nacional é uma bandalheira e ninguém sabe o que lá anda a fazer."
Tem dias...!!!
"➡️ Fernando Mendes às segundas-feiras:
"No meu tempo, era um orgulho jogar na seleção, mesmo ser convocado e não jogar, que orgulho tremendo, sempre disponível".
➡️ Fernando Mendes às terças-feiras:
"O Pote ser chamado para substituir Rafa? Eu, no lugar dele, recusava!"
Aquela coerência a que sempre nos habituou... 😏"
Renúncias!
"A propósito da renúncia do jogador do SL Benfica Rafa à Seleções de Portugal , a juntar os muitos comentários da cartilha portista, deixamos aqui esta história que diz muito da hipocrisia desta gente sem escrúpulos.
Nos últimos dias de Setembro de 1979, o meio-ambiente no futebol português explodiu, devido à "guerra" surda Norte-Sul - que nessa altura começava a nascer - qual barril de pólvora a que o FC Porto ainda ateou mais lume.
A Seleção Nacional e Mário Wilson, seu treinador, foram alvos, e vítimas, de gravíssimo boicote portista.
O FC Porto, com Pedroto no comando técnico, Pinto da Costa na chefia do futebol e Américo de Sá na presidência, era bicampeão nacional e avançava com uma estratégia de fundo para dominar o poder quer na Seleção Nacional, quer no futebol português. A estratégia era a seguinte:
➡️ Conquista do poder nas estruturas do futebol nacional. Embora houvesse certeza de que a (péssima) Direção da FPF seria substituída daí a poucos dias, Pedroto (principal mentor da estratégia) e Pinto da Costa apostaram em demonstração de força: a pretexto de um confronto com o Milan uma semana depois para a Taça dos Campeões Europeus, proibiram os seus seis jogadores convocados para a Seleção Nacional – Fonseca, Gabriel, Murça, Frasco, Costa e Gomes – de irem ao jogo com a Espanha, em Vigo, particular,(data há meses marcada);
➡️ Triplo ataque: à Federação, ao Benfica e a Mário Wilson. Benfica e FC Porto já então estavam a ferro e fogo.A Federação iria escolher o treinador de um desses clubes para ser selecionador nacional;
E a explosão, na guerra provocada por Pedroto, estava detonada:
1° - porque Mário Wilson lhe sucedera à frente da Seleção e poderia ter êxito;
2° - porque lhe convinha fragilizar Wilson também como treinador do Benfica;
3° - porque a confrontação pessoal entre ambos vinha de largos anos antes, quando Pedroto foi treinador da Académica e afastou Wilson «capitão» da equipa.
Certo é isto: no boicote à Seleção, Pedroto não camuflou enorme desprezo pelo treinador rival:
«Wilson é um palhaço», disse na época, Pedroto.
O que queremos frisar é que em Campanhã, na mudança de comboio para autocarro rumo a Vigo, largas centenas de adeptos portistas em fúria, manipulados para torrencial chuva de insultos à Seleção Nacional, esperaram pela comitiva, em vez dos 6 elementos do FC Porto que estavam selecionados.
Afinal a falta de respeito pela Seleção Nacional e o falso patriotismo é de quem?
🔗 Fonte: Mário Wilson o "Velho Capitão"
📝 Autor: Carlos Rias
📖 Editora Prime Books"
PS: Outra estória que seria interessante recordar, é o afastamento do Eusébio da selecção, em que contexto, e por quem...!!!