terça-feira, 16 de agosto de 2022

Casualidades...


"Muitos dirão que é coincidência. Muitos dirão que são casualidades.
O que é certo é que em menos 20 jogos com a camisola do SL Benfica, Otamendi já viu mais cartões do que no 77 realizados pelo FC Porto.

77 jogos
19 amarelos
1 expulsão
O,24 cartões p/jogo

57 jogos
20 amarelos
1 expulsão
0,35 cartões p/jogo

#ligadafarsa"

Mais um arquivamento!



"Francisco JMarques foi lesto a comentar, nas redes sociais, o facto de existirem processos relacionados com as claques do SL Benfica arquivados.
Ainda não o vimos a reagir a esta pouca vergonha que enxovalhou o desporto nacional. Nem a ele nem aos seus ponta de lança amestrados que incendeiam de ódio e regionalismos bacocos a atividade do ciberespaço.
#40anosdisto
#compratudocompratodos"

2 dias para responder!!!


"A Liga Portugal e o Concelho de Disciplina da Seleções de Portugal tem muito a aprender com a Premier League.
Em Portugal Sérgio Conceição é useiro e vezeiro em atitudes pouco abonatórias à sua postura quer no banco de suplentes quer no trato com os treinadores adversários. Conseguiu a proeza de, nós três jogos oficiais realizados está época pelo FC Porto, ser admoestado com um cartão amarelo em cada partida (3 amarelos até ao momento).
Todos nos lembramos dos casos com Paulo Sérgio, Pedro Ribeiro, Jorge Jesus e até com Tuchel e Guardiola nos jogos para as competições europeias.
Por cá essas situações ficam na gaveta até ninguém mais se lembrar delas. Em Inglaterra levaram menos de 24h para serem punidas.
Aprendam com eles. O produto deles valem bem mais que os 300 milhões que Pedro Proença quer impingir pela Liga Portuguesa. Em Inglaterra não há penas cumpridas nas férias ou Processos arquivados por conveniência dos visados."

Viva o Chalana! Viva!


"1. Adeus, Chalana. Olá, Chalana.
2. Adeus, Chalana, porque se foi embora o nosso 'pequeno genial', felicíssima expressão com que o jornalista José Neves de Sousa o definiu depois de mais uma tarde de glória. Quero acreditar que Chalana chegou ao destino a fintar todos os adversários que encontrou neste seu último caminho até ao incontornável oponente final. Na verdade, ele não fintava os adversários. Ele sentava os adversários. Coitados, para ali ficavam, uns sentados, outros torcidos, outros estendidos a vê-lo passar. Nunca mais se viu disto em nenhum campo de futebol.
3. Olá, Chalana. Agora trata-se da posteridade de Fernando Albino. Está assegurada, posso garantir. O Benfica jamais o esquecerá. Ninguém o esquecerá. Os mais velhos, os que viram jogar, contarão aos mais novos como era. Não é uma tarefa fácil porque faltam palavras para descrever a essência do artista e da sua arte. Viva o Chalana!
4. 'Se houvesse um sketch de conferências, estariam lá as respostas de Schmidt', disse um dia destes uma vedeta do comentário televisivo contemporâneo. A menos que a palavra 'sketch', uma palavra inglesa, tenha mudado de significado, trata-se de mais um momento deste fenómeno da imbecilidade triunfante nos ecrãs de televisão. 'Sketch', de acordo com o mais básico dos dicionários, pode significar o esboço de um desenho, um desenho propriamente dito, uma curta peça ou representação da índole cómica, uma cena num programa de comédia ou, por fim, 'a comical or amusing person or thing', traduzindo à letra, 'uma cómica ou divertida pessoa ou coisa'.
5. Ora, Roger Schmidt, o treinador do Benfica nuca foi surpreendido a fazer desenhos nas suas conversas com os jornalistas, conversas liminarmente técnicas que nem de perto nem de longe se assemelharam alguma vez a peças humorísticas de entretenimento. Resta, portanto, aquela última hipótese que os tradutores consideram como aplicável a 'uma cómica ou divertida pessoa ou coisa'. Mas não. Schmidt tem mostrado ser um sujeito cordial, civilizado no seu contato com os jornalistas portugueses, não foge a assuntos, e o sorriso discreto que exibe frequentemente não pode nem deve ser considerado como atributo de um cómico. Nem, muito menos, é o treinador do Benfica 'uma coisa'.
6. Não é que não abundem 'coisas' por ai. A imbecilidade triunfante, por exemplo.
7. O Benfica cumpriu o seu primeiro objectivo para chegar à Liga dos Campeões. Falta o segundo objectivo, o Dìnamo de Kiev. Mas, agora, o objectivo mais importante chama-se Casa Pia."

Leonor Pinhão, in O Benfica

O desmaio de Ângelo

"A comemoração do bicampeonato europeu terminou com um desmaio de Ângelo, assistido pela polícia holandesa

A final da Taça dos Clubes Campeões Europeus 1961/62 realizou-se a 2 de Maio de 1962, em Amesterdão. Este encontro colocou
, frente a frente, Benfica e Real Madrid. Os encarnados queriam reforçar a sua superioridade com a conquista do bicampeoanto. Os merengues, que tinham vencido as cinco primeiras edições da prova, queriam recuperar a hegemonia europeia que haviam perdido.
Os dois golos de Puskas logo no início da partida colocaram o Real Madrid em vantagem, mas o Benfica rapidamente chegou ao empate, com golos de José Águas e Cavém. Ao intervalo, Puskas tinha marcado mais um golo para os merengues, que mantinham a vantagem, por 3-2. Na segunda parte, Coluna fez o empate e Eusébio bisou, garantindo a vitória benfiquista por 5-3.
Quando soou o apito final que confirmou a conquista do bicampeonato europeu, houve uma invasão de campo que juntou jogadores e adeptos numa comemoração sem precedentes. No encanto, nem todos os jogadores comemoraram da melhor forma possível: 'com Ângelo aconteceu algo de dramático, pois o defesa benfiquista foi derrubado na escada da cabina e pisado até perder os sentidos'. Foi a rápida ação da polícia holandesa que permitiu 'esconder' o jogador numa cabine telefónica e embrulhá-lo num cobertor, para que fosse possível transportá-lo através da multidão até ao balneário da equipa benfiquista. 'E foi já quando se bebia «champagne» pela enorme taça conquistada que entraram nos vestiários quatro sólidos polícias transportando um bizarro volume embrulhado em cobertores. Com o ar mais gentil deste mundo, depuseram a sua carga sobre a mesa de massagens e destaparam... o corpo inanimado de Ângelo!' Quando recuperou os sentidos, o jogador reagiu à preocupação dos colegas dizendo: 'o velhote do Ângelo não morre tão cedo. Ainda hoje caíram cinquenta em cima dele e já está aqui pronto para outra'.
Ângelo evidenciou-se pela sua inteligência na defesa, esperando o momento certo para desarmar os adversários, e no jogo da final, frente ao Real Madrid, destacou-se pela antecipação aos lances de Tejada.
Saiba mais sobre a conquista europeia na área 12 - Honrar o País no Museu Benfica - Cosme Damião."

Marisa Manana, in O Benfica

Chalana


"O Chalana, para mim, é quase uma figura mitológica. As minhas primeiras memórias futebolísticas remontam ao Campeonato da Europa em 1984, mais concretamente a algumas jogadas estonteantes do Chalana pela selecção portuguesa nesse europeu. O resto é posterior, portanto já só acompanhei o ocaso da sua carreira.
Mas crescer a ouvir o meu pai e os seus amigos, que passaram a adolescência no estádio da Luz a ver o Eusébio e companhia na década de sessenta, e mesmo assim era ao Chalana, além de Eusébio, que dedicavam maior admiração, tem muito impacto. “Lembro-me de ver um jogo dos juniores no início de época e de ficar siderado com o Chalana. Fui a quase todos os jogos nessa época só para o ver jogar” ou “era inacreditável, os adversários caiam sozinhos” são apenas dois exemplos do muito que fui ouvindo.
A minha idolatria pelo Chalana é, portanto, em grande parte herdada e posteriormente cimentada por apontamentos ocasionais que lhe vi fazer em campo depois de regressar de Bordéus. Mais tarde, também pelos inúmeros testemunhos de antigos colegas em público e em privado e pela consulta de edições antigas de jornais na pesquisa para os meus livros. E sem esquecer algumas imagens, surpreendentemente poucas para quem atingiu o auge na sua carreira futebolística já na década de oitenta.
Aliás, considero mesmo um crime lesa futebol não haver mais imagens do Chalana. Se a RTP as tem em arquivo, seria verdadeiro serviço público divulgá-las. Não se trata de futebol apenas. É arte, é ilusão, é paixão. Chalana não foi um mero grande jogador de futebol. Foi um criador de sonhos, foi, nos relvados do rigor da táctica e do aprumo físico, a personificação da alegria que muitas crianças sentem a jogar futebol.
Ao morrer Chalana morre também um bocadinho do Benfica, daquele Benfica idealizado pelos benfiquistas em que todos os que têm a honra e o privilégio de o representar têm de ser Chalanas ou Eusébios. Chalana é uma das maiores figuras da história do Benfica, um ídolo com pés de ouro.
Até sempre!"

João Tomaz, in O Benfica

Dérbi secular


"O primeiro jogo entre SL Benfica e Casa Pia AC foi há mais de 100 anos. E o mais recente aconteceu há quase 40. Amanhã, sábado, as  equipas principais de futebol masculino dos dois clubes voltam a encontrar-se. É o regresso de um histórico à principal divisão, e os Gansos vão querer honrar o seu passado. Tudo reunido para um grande e emotivo espectáculo de futebol. Pena é que se realize no Municipal de Leiria e não no Parque de Monsanto. Enquanto não terminam os melhoramentos do Estádio Pina Manique, os vice-campeões da Liga Portugal 2 vão andar com a casa às costas. Rejeitado o Estádio Nacional pela qualidade do relvado, a solução foi Leiria. Mau para os casapianos, bom para os muitos benfiquistas do Centro, que têm uma boa oportunidade para encher as bancadas de um dos estádios-fiasco do Euro 2004.
Foi em 13 de Setembro de 1921 (há mais de 101 anos) o primeiro jogo entre as duas equipas. Contava para o Campeonato de Lisboa, e o nosso adversário ganhou por 2-0. Foi a primeira de 5 vitórias (em 37 jogos para várias competições) frente ao Glorioso. No historial contam-se 7 empates e 25 triunfos do SL Benfica, sendo que o primeiro só em Março de 1925 surgiu (2-0 no Campeonato de Lisboa). O treinador era Cosme Damião, e os golos foram marcados por José Pimenta e Hugo Leitão. E nesse mesmo ano o Casa Pia AC foi convicado para a inauguração do velhinho Campo das Amoreiras, tendo vencido por 1-3.
Já a última partida entre os dois clubes data de Dezembro de 1983, há quase 39 anos. Aconteceu em Pina Manique, com a meia dúzia de golos a ser marcada por Nené(2), Manniche, o verdadeiro (mais 2), e 1 para Carlos Manuel e Stromberg. Nessa vitória por 1-6, jogaram ainda Bento, Pietra, António Bastos Lopes, Álvaro, Shéu, José Luís, Chalana e os suplentes Oliveira e Delgado. O treinador era Sven-Goran Eriksson, o sueco que revolucionou o futebol do SL Benfica e as mentalidades em Portugal.
Não há coincidências, Roger Schmidt e a sua equipa técnica têm tudo para deixar uma marca na história do Clube. Nada melhor do que defrontar um dos mais antigos rivais do Glorioso, que regressar à 1.ª divisão 83 anos depois. E continuar a somar depois de 3 em 3 nos jogos oficiais, com 11 golos marcados e 2 sofridos."

Ricardo Santos, in O Benfica

Começar à Benfica, continuar à Benfica


"Há um ano, estava aqui a escrever exactamente o mesmo: o lugar do Benfica é na Liga dos Campeões. No entanto, o cenário é agora bem diferente. Na época passada, para o Benfica estar na Champions, Roger Schmidt tinha obrigatoriamente de ficar de fora. Neste momento, todos queremos ver o treinador alemão na fase de grupos da prova milionária, porque só dessa forma poderemos ouvir tocar o célebre hino no Estádio da Luz.
Não consigo ser hipócrita: a paixão e a vontade de vencer nunca se alteram, mas sabe melhor apoiar um Benfica com Roger Schmidt sentado no banco de suplentes do que com Jorge Jesus. Confesso que conhecia pouco do nosso novo treinador para além do banho de bola que o PSV nos deu durante grande parte da eliminatória de acesso aos grupos da Champions há um ano - aquela onde o Vlachodimos foi um verdadeiro herói, com múltiplas defesas que tanto despertaram em mim uma vontade gigante de dar-lhe um beijo na boca como nem sequer fizeram por merecer um 'da cá mais cinco' da parte de Jorge Jesus.
Admito que seja perigoso precipitar avaliações ao trabalho de Schmidt no Benfica, mas seria desonesto se não reconhecesse com este registo 100% vitorioso já espreitei a quanto andam os preços de uma noite em Istambul no início de Junho, onde curiosamente se vai disputar a final da Liga dos Campeões. O entusiasmo e a tentação de pensar alto diante de momentos positivos é natural, mas deve também ser um sinal de alerta. Vamos já com calma e pés no chão. Temos de fazer um esforço para não embandeirar em arco como aqueles adeptos que já andam a ver os preços de estadias em Istambul a pensar na final da Liga dos Campeões."

Pedro Soares, in O Benfica

Bancadolândia


"Dívida mundial ao campeão da canoagem
Fernando Pimenta regressou de Halifax, no Canadá, com mais três medalhas no currículo (duas de parta, em K1 1000 metros e K2 misto 500 metros, e uma de bronze, em K1 500 metros), mas o seu saldo de sucesso no Campeonato do Mundo de Velocidade deveria, e merecia, ter sido abrilhantado com uma quarta medalha, e de ouro, em K1 5000 metros. O canoísta do Sport Lisboa e Benfica liderava a final da última prova do Mundial quando, ao entrar na água após a primeira portagem ('percurso em terra, a correr com o caiaque na mão'), foi impedido de pagaiar rumo à confirmação do 1.º lugar. Só mesmo um problema técnico, mais concretamente uma avaria no leme, poderia travar a potência e o carácter combativo e vencedor de Pimenta, que, sem alternativa, teve de abandonar. O que custa muito a aceitar e a compreender, nesta circunstância, é que 'alguém' se tenha lembrado de 'improvisar' em cima de conhecido formato de competição de 5000 metros, alterando-o com a introdução de (duas) portagens obrigatórias numa distância que pede (e deve premiar) sobretudo músculo e resistência física. Qual é o seu objectivo desta mudança? Deixar superatletas das pistas de canoagem como Fernando Pimenta à mercê do acaso e de embaraços aleatórios fora de água? O K1 5000 metros já é sensacional, espetacular e respeitável que chegue no que diz respeito ao esforço, não precisa desta 'invenção' que mais remete para o mundo da fórmula 1 e das suas loucas (an)danças na boxes e para o universo de episódios de falhas mecânicas e técnicas. Não havia necessidade, e, nisto, uma coisa ressalta como certa: o mundo da canoagem deve uma medalha dourada a Pimenta!

A espada, os 'piscineiros' e as decisões
Os bons contributos que continuam a chegar das principais ligas europeias, nomeadamente da inglesa, para que o tempo útil de jogo s enovele por cima configuram uma espada em cima do pescoço da arbitragem em Portugal. E ainda bem que assim acontece. Entre outros, um dos grandes desafios que se colocam aos árbitros e videoárbitros na Liga Bwin 2022/23 é o de levar clara e inequivocamente a melhor sobre os 'piscineiros', na grande área e fora dela. O entendimento dos lances e as boas decisões, sem desculpas nem constrangimentos, são imprescindíveis para a fluidez do jogo, para a verdade desportiva, para a valorização do espetáculo e para a credibilização do fenómeno. O bilhete tem de valer cada vez mais a pena."

João Sanches, in O Benfica

O Grande Genial


"Tinha 6 anos quando ouvi falar de Chalana pela primeira vez. Estávamos em 1976, e o meu Pai dizia-me que o Benfica tinha mais um grande jogador. Não soube de imediato pronunciar o nome. Para mim era Chalanga, talvez por encontrar uma sonoridade mais pitoresca nessa inocente adaptação.
A primeira temporada que segui foi exactamente a da afirmação de Fernando Chalana, aos 17 anos, como figura cimeira do futebol português. Tricampeonato com John Mortimore, e várias vitórias por 1-0 assinadas pelo 'Pequeno Genial' - uma delas no Estádio das Antas.
Não era preciso mais nada: Chalana tornou-se o meu ídolo de infância. Até hoje. Até sempre.
Para quem já não chegou a tempo de ver jogar Eusébio - como é o meu caso -, Chalana foi aquele que mais se aproximou. Foi certamente o melhor jogador que vi com a camisola do Benfica. Foi ele, pois, o 'meu' Eusébio.
Muitos anos mais tarde tive o privilégio de o conhecer pessoalmente.
Recordo em particular um almoço, que durou até às seis da tarde, e em que Fernando Chalana foi deliciando os presentes com histórias da sua carreira - a maior parte delas com ligações bem vivas à minha infância, e aos tempos em que, nos jogos da escola e da rua, eu queria ser ele. Um regalo.
Confesso que gostava de ter escrito a sua biografia. Cheguei a abordá-lo nesse sentido. Já alguém o tinha feito antes de mim. Em boa hora, pois o resultado foi muito melhor do que o que eu teria conseguido.
Infelizmente, fui também percebendo que o meu ídolo já não estava bem.
E não posso escrever mais nada. Chalana não cabe nesta coluna. Não cabe neste jornal.
Descansa em paz, ídolo!"

Luís Fialho, in O Benfica

Uma aventura especial


"É isso que significa 'Special Adventure Camp' e é disso mesmo que se trata este projeto conjunto da Fundação Benfica com a FIM Football More Foundation. E não é nada menos que isso a expectativa dos jovens que nele participam todos os anos. Por isso, como bem se vê, as fundações do futebol europeu que ali se juntam dão o máximo de si para assegurar a estes jovens especiais uma experiência inesquecível e pessoalmente enriquecedora. Uma experiência emocional é uma aprendizagem para si e para as equipas técnicas que os acompanham e que ano após ano nos relatam guardar para a vida a sua passagem pelo projeto. É que, se há atletas cuja entrega ao jogo é total e cuja pertença à equipa é emocionalmente decisiva, esses atletas são estes que envergam a camisola com o verdadeiro sentido de um manto sagrado. E que papoilas saltitantes mostram ser em campo. Parabéns aos jovens escolhidos. Voltem sempre!"

Jorge Miranda, in O Benfica

Núm3r0s d4 S3m4n4


"9
O Benfica venceu pela 9ª temporada consecutiva na 1ª jornada do Campeonato, depois de 9 épocas seguidas a não vencer no jogo de estreia na prova (em 2006/07, a 1ª jornada foi adiada);

11
Nos primeiros 3 “jogos oficiais” da temporada, o Benfica marcou 11 golos, uma marca apenas superada em 15 épocas no passado, das quais somente 4 nos últimos 75 anos;

19
No desafio com o Arouca, Grimaldo fez a sua 19ª assistência no estádio da Luz (inclui jogos particulares), igualando André Almeida na 11ª posição. Em competições oficiais, considerando todos os “jogos oficiais”, Grimaldo soma 48 assistências e é o 3º com mais passes/cruzamentos para golo desde 2010/11 (Pizzi, 94, e Gaitán, 81, são os líderes);

60
Rafa bisou frente ao Arouca e chegou aos 60 golos em competições oficiais pelo Benfica. É o 39º mais goleador de sempre. Na Dinamarca, completou 230 “jogos oficiais” pelo Benfica, tantos quanto Hélder e Simão (51º);

82,5
82 anos e meio depois, Benfica e Casa Pia voltam a encontrar-se numa partida relativa ao Campeonato Nacional (vitória, por 10-1, no campo das Amoreiras). No entanto, o historial entre os dois clubes é vasto, com mais de 40 jogos oficiais e alguns particulares, além da forte ligação do Benfica a casapianos e do Casa Pia Atlético Clube aquando da sua fundação, em 1920, a benfiquistas então com consequências difíceis para o Sport Lisboa e Benfica;

45000
Está atingida a marca dos 45 mil Red Pass vendidos, o recorde estabelecido em 2019. Acrescentando-se-lhes os lugares corporate e a percentagem mínima obrigatória da lotação alocada aos adversários, sobram uns poucos milhares de lugares para venda jogo a jogo aos sócios que não quiseram ou puderam comprar Red Pass."

Resumo...


"A segunda jornada avançou hoje com a vitória do Desp. Chaves na Madeira contra o Marítimo.
Ainda agora começou o campeonato e já não faltam situações para serem analisadas.
O Benfica é uma das equipas mais ofensivas da nossa Liga. É uma das que marca mais golos, uma das que tem mais posse de bola, uma das que comete menos faltas mas é uma das que vê mais cartões.
Na 1ª jornada, a equipa dos encarnados teve 72% de posse de bola. Na 2.ª jornada, teve 61%. Mesmo assim, os jogadores do Benfica viram 7 amarelos e um vermelho nos primeiros 180 minutos deste campeonato.
Em relação aos dois rivais (Sporting e Porto) em destaque os lances polémicos na 2.ª jornada:
- golo do Sporting frente ao Rio Ave poderá ter nascido de uma carga à margem das leis de Edwards sobre um defesa vilacondense
- em Vizela, também ficou por perceber se um lance de Zaidu na grande área dos dragões não seria motivo para penálti.
- Zaidu pisou claramente um defesa do Vizela ainda na 1.ª parte e, nessa jogada, ficou mesmo um amarelo por mostrar.
- Galeno dá uma pisadela a um adversário e valeu amarelo… ao defesa do Vizela.
Diziam que este ano ia tudo mudar? Enganam-se.
Fábio Veríssimo que o diga...
Esta época não nos calarão, doa a quem doer."

Farsa...


"A #LigaDaFarsa não é Liga da Farsa só porque sim. A Liga da Farsa é uma farsa porque os dados assim o comprovam. São números indesmentíveis. São factos irrefutáveis.
É evidente a dualidade de critérios das arbitragens em relação ao Benfica e restantes."

Lixívia 2


Tabela Anti-Lixívia
Benfica............6 (0) = 6
Sporting..........4 (0) = 4
Corruptos.....6 (+3) = 3

Tudo igual...
Em Leiria, o habitual Tiago Moedinhas, a Amarelar praticamente todas as faltas do Benfica, a não marcar uma única falta, nos 'últimos' 30 metros do nosso ataque, a perdoar Cartões aos nossos adversários... e a nem sequer 'ver' lances na área do Casa Pia!
Se no lance do Henrique acho que não é penalty, existe um cruzamento na 1.ª parte, onde dá toda a ideia que o Gonçalo é agarrado, mas mais uma vez, a PorkosTV continua a não mostrar repetições de lances duvidosos, potencialmente favoráveis ao Benfica!
Otamendi expulso, após sofrer uma projeção à Judo, com o adversário, a dar uma 'cuzada' ao mesmo tempo que agarra com o braço direito a perna do Nico!
Ainda o ano passado no Futsal, o Jacaré foi expulso, por dar uma cuzada! Coincidências!

No Alvalixo, o habitual! Golo que desbloqueou o jogo para a Lagartada, na consequência de uma falta óbvia! Não existe carga de ombro, é um abalroamento, o Edwards não vai à bola, vai exclusivamente ao adversário, e acerta no peito...
Impunidade disciplinar total para o meio-campo Lagarto, Ugarte 'digno' sucessor do Palhinha!!!

Em Vizela, um festival de 'medo'! Verdíssimo medroso, não apita nada 'contra' os Corruptos!!!
Pisão de Zaidu aos 21m, para vermelho directo... Não existe 'bola', Vermelho claro!
No 2.º tempo, o mesmo Zaidu faz penalty claro... o facto do pé acertar na cabeça é indiferente, até podia ser as pernas, a barriga ou o braço do jogador Vizelense, entrou com o pé sobre o adversário, e não acertou na bola!
No pisão do Galeno, deu o Amarelo ao contrário! É o Galeno que faz a falta, pisando o adversário... Acho que devia ser Amarelo, e não Vermelho, porque o jogador tentou e jogou mesmo a bola, acabando na sequência do movimento de pisar o adversário!
A grande surpresa foi mesmo a não marcação de penalty's a favor dos Corruptos, mesmo assim 'esqueceu-se' dos Amarelos por simulação!

Anexos (I):
Benfica
1.ª-Arouca(c), V(4-0), Mota(V. Santos, Licínio), Prejudicados, (5-0), Sem influência
2.ª-Casa Pia(f), V(0-1), Martins(Nobre, P. Ribeiro), Prejudicados, Sem influência

Sporting
1.ª-Braga(f), E(3-3), Veríssimo(Martins, H. Ribeiro), Nada a assinalar
2.ª-Rio Ave(c), V(3-0), Mota(Narciso, P. Brás), Beneficiados, (2-0), Impossível contabilizar

Corruptos
1.ª-Marítimo(c), V(5-1), Malheiro(Esteves, R. Cidade), Beneficiados, Prejudicados, Impossível contabilizar
2.ª-Vizela(f), V(0-1), Veríssimo(Correia, I. Pereira), Beneficiados, (1-0), (+3 pontos)

Anexos (II):
Com influência (árbitros ou Var's):
Benfica

Sporting

Corruptos
Veríssimo - +3
Correia - +3

Anexos(III):
Árbitros:
Benfica
Mota - 1
Martins - 1

Sporting
Veríssimo - 1
Mota - 1

Corruptos
Malheiro - 1
Veríssimo - 1

VAR's:
Benfica
V. Santos - 1
Nobre - 1

Sporting
Martins - 1
Narciso - 1

Corruptos
Esteves - 1
Correia - 1

AVAR's:
Benfica
Licínio - 1
P. Ribeiro - 1

Sporting
H. Ribeiro - 1
P. Brás - 1

Corruptos
R. Cidade - 1
I. Pereira - 1

Jogos Fora de Casa (árbitros + VAR's)
Benfica
Martins - 1 + 0 = 1
Nobre - 0 + 1 = 1

Sporting
Veríssimo - 1 + 0 = 1
Martins - 0 + 1 = 1

Corruptos
Veríssimo - 1 + 0 = 1
Correia - 0 + 1 = 1

Totais (árbitros + VAR's):
Benfica
Mota - 1 + 0 = 1
Martins - 1 + 0 = 1
V. Santos - 0 + 1 = 1
Nobre - 0 + 1 = 1

Sporting
Veríssimo - 1 + 0 = 1
Mota - 1 + 0 = 1
Martins - 0 + 1 = 1
Narciso - 0 + 1 = 1

Corruptos
Malheiro - 1 + 0 = 1
Veríssimo - 1 + 0 = 1
Esteves - 0 + 1 = 1
Correia - 0 + 1 = 1

Anexos(IV):
Jornadas anteriores:

Anexos(V):
Épocas anteriores:

A velocidade do jogo na acção e não apenas na passada – Yaremchuk entre linhas


"É errado associar a velocidade do jogo unicamente à velocidade do jogador ou da bola. Muito do que torna o jogo veloz tem por base a acção técnico tática. O gesto mais simples do jogo – Passe / Recepção, é o principal catalizador do acelerar ou travar o jogo. Passar para o pé, passar para trás, não é o mesmo de passar para a frente.
Passar para o pé errado, pode atrasar o jogo. É ainda mais a recepção, um dos catalizadores de poder acelerar e enfrentar boas situações numéricas, ou perder toda a vantagem que se ganha após um passe frontal para as costas dos médios adversários.
O avançado ucrâniano do Benfica é uma das maiores desilusões entre as contratações nos últimos tempos. Para um avançado, é “fácil” contornar o estigma do falhanço. É marcar golos. Se Yaremchuk somar golos tudo será perdoado – e se há quem já tenha provado noutras ligas e contextos ser capaz de fazer golos, esse avançado é Yaremchuk. Porém, a desilusão maior prende-se com a falta de qualidade para jogar. Para participar no jogo da sua equipa. Entre Linhas não é apenas um jogador com dificuldades técnicas, mas também alguém que não entende como se posicionar, como receber, como dar seguimento às bolas que lhe chegam. Com Yaremchuk a participar no processo de criação – Isto é, receber a bola de frente para os defesas, e não apenas para finalizar – o Benfica é lento, incapaz de ligar o jogo com perigo e incapaz de ter fluidez nas suas jogadas.
Não é preciso ser-se veloz na passada para dar velocidade ao jogo, mas se na acção técnico-tática, tudo sai errado, o jogo trava, os defesas chegam e o caminho para a baliza adversária fica consecutivamente mais longe."

Estatísticas!


"Como inclinar o campo: Benfica 16 faltas, 7 amarelos (e 1 vermelho).
Os rivais:
Sporting, 32 faltas, 3 cartões; Porto, 26 faltas, 5 cartões.
Benfica 1 cartão a cada 2 faltas;
Sporting 1 a cada 10;
Porto 1 a cada 5.
Conceição tem tantos cartões quanto o plantel todo do Sporting!"

Dualidades!!!


"A liga portuguesa prometeu mudanças e que os árbitros iriam ser mais rigorosos e criteriosos, mas, no final, nada mudou.
Continuam as faltas mal assinaladas, continuam os penáltis contra o FC Porto por assinalar, continuam os vermelhos ao FC Porto por mostrar, continuam as simulações do Taremi para a piscina sem cartão amarelo. Continua tudo, mas tudo, igual.
A dualidade de critérios e decisões vergonhosas das equipas de arbitragem em jogos do FC Porto são sempre em prejuízo dos seus adversários. Sempre! A velha estratégia da pressão e choradeira contra os árbitros resulta sempre e nunca falha. Proença falou que as coisas iriam mudar, mas só enganou papalvos.
Uma absoluta vergonha o que já se está a passar, e ainda só vamos na 2.ª jornada da liga."

Não se passou nada!


"O lance em que Zaidu cometeu falta para grande penalidade, não mereceu repetições por parte da Sportv. Não foi alvo de escrutínio no programa que analisa os casos do jogo e as decisões do VAR, logo após o final da partida.



O "tribunal d'O Jogo", conhecido pela sua falta de isenção, seguiu pelo mesmo diapasão e escamoteou o lance para análise.
Para a comunicação social, em geral, não aconteceu, não existiu, logo não se fala.
#ligadafarsa"

Chalana e as saudades do que não se viveu


"Confesso desde já: sou uma eterna nostálgica. Principalmente por aquilo que a minha memória não alcança, porque não viveu. Uma coisa é ter estado lá, é ter visto, é ter sentido. Outra é estar na penumbra. Tantas vezes porque a linha temporal não nos colocou a correr de forma paralela.
Não vi Chalana jogar e egoisticamente sinto isso como algo que me foi arrancado. Mas como poderia ter assistido se no seu pico eu nem sequer era um projeto de gente, nem sequer talvez um desejo, um futuro?
Resta-me apropriar-me e beber das memórias dos outros, aqueles que no estádio e na televisão tiveram o privilégio de o ver, ou que com ele jogaram, partilharam balneário e reforçam não só o talento mas o coração, de tamanho inversamente proporcional à sua finta curta, malanda, venenosa, que só consigo conhecer nos registos que almas generosas partilharam no grande reservatório internético, salvação para tantos como eu, demasiado jovens para ter assistido a um futebol que já não existe, para o bem e para o mal.
As notícias da morte de Chalana fizeram-me mergulhar nas memórias. Nos bancos de imagens encontrei a iconografia e desde já peço desculpa por a foto que acompanha esta newsletter ser dos tempos do Bordéus, onde não foi feliz, e não com o vermelho do Benfica ou da seleção nacional, cor que o iluminava. Mas tem tanto esta foto, tirada algures em 1985: os elementos capilares abundantes, na cabeça e no lábio superior, o fio ao pescoço a sofrer a inevitável inércia, deslocando-se para o lado oposto da sua finta, do seu movimento de corpo. É física e é talento, é tudo esta foto.
Nos recortes de jornais encontrei um espectro de cores, nas fotos e no seu discurso, honesto, de quem reconhece os seus dons e os seus pecados, abrindo aos jornalistas a porta de casa, cheia da parafernália cintilante dos anos 80, a contrastar por vezes com a sua alma triste, calejada pelas lesões, pelos engodos onde o meteram, um casamento que daria uma minissérie de um desses serviços de streaming. Nesses recortes vi Chalana falar de psicólogos, de saúde mental. Estávamos nos anos 80, quem tinha a humildade de reconhecer a sua necessidade? Na quarta-feira perdemos um jogador, um mágico, mas também um homem de carne e osso.
Nos vídeos encontrei o génio, as imagens são granulentas e nebulosas, mas está lá a bola que parece não querer descolar do pé, de tão bem tratada que era, a finta marota, a ginga que não era exuberante: era mortífera. A minha preferida? Uma em que Chalana domina a bola com velocidade, encara o adversário e apenas com um toque ao de leve nas orelhas da bola e um olhar para o lado faz o rival estatelar-se no chão, enganado com aquela desfaçatez.
Pergunto-me que jogador seria Chalana hoje, domado pelas academias, pela rédea curta da tática. Mas seria seguramente um dos melhores porque nele não havia só o puro talento, a extravagância, a excentricidade e egoísmo dos génios. Nesses registos em vídeo também o vi não poucas vezes a descortinar sabe-se lá como um colega em melhor posição que ele, a construir jogadas para que outro pudesse marcar. A abrir os espaços, a criar em prol da equipa. Foi um jogador que marcou um tempo, mas que não seria exclusivo desse tempo.
Mas era outra era, outro futebol. É certo que por estes dias Chalana poderia ser um jogador mais amestrado, mas quem sabe se menos sofredor com lesões. Naqueles dias o futebol era coisa amadora comparado com a ciência de hoje. Mas se hoje não haveria um Saltillo (onde Chalana nem esteve), naqueles tempos o pequeno genial muito provavelmente também não assistiu a cenas indignas como aquelas que vimos esta semana em Guimarães, porque, pasmemo-nos, há quem pense o futebol como um veículo para ir a um país estrangeiro e, ainda por cima com ajuda de uns locais, espalhar a violência e o terror, quando tudo o que interessa é aquilo que Chalana nos deu: o sonho, a magia, a arte. Esta semana, lá se nos foi mais um bocadinho da inocência."