segunda-feira, 23 de maio de 2022
Gente feliz com lágrimas
"Há imagens que nos reconciliam com o jogo, como as do adeus de Di María a Paris, futebolista singular que se afirmou no plural de uma equipa, génio e gregário ao mesmo tempo e sem paradoxo, quando perdeu velocidade ainda ganhou qualidade, percebeu que o jogo tem outros ritmos que não só o da vertigem, interrogo-me se faz sentido que o PSG o deixe partir já, mais ainda quando os colegas lhe reservam aquela guarda de honra no adeus, é porque gostam dele, de certeza, e o respeitam, homem e jogador, a aplaudi-lo e a abraçá-lo, como doutores de praxe, três dos poucos que a escala de génio permite colocar ainda acima de Angelito, Messi, Neymar, Mbappé, todos ali, dizendo-lhe como foi grande, entre afagos e sorrisos, ele de olhos humedecidos, a mulher na bancada em lágrimas, o futuro ainda lhe há de ter mais alegrias guardadas mas o que está feito é maravilhoso e acredito que só tem um adeus assim quem o merece, jogador e homem.
Também Guardiola deixou perceber lágrimas raras, abraçado a Lillo, velho guru que puxou para junto de si quando as convicções vacilavam, dois anos juntos e mais dois títulos de campeão, quatro em seis anos lá em Inglaterra, onde é mais difícil ganhar, porque, melhores ou piores, há sempre Chelsea, Arsenal, United, Tottenham (já agora, que recuperação notável num grande trabalho, mais um, de Conte) e acima de todos esses há o Liverpool, o melhor desde que deixamos de ver em campo ao mesmo tempo Dalglish e Rush, aquele par de senhores grisalhos que se mantêm juntos quinzenalmente, agora nas bancadas de Anfield, para aplaudir Salah e Mané, os sucessores, este Liverpool que será sempre o de Klopp, tão histórico o alemão já como Shankly, Pailey ou Fagan, e que duelo o do último domingo, podemos correr todo o planeta e não encontraremos parecido, como hão de passar décadas sem que vejamos outros City e Liverpool como estes, palmo a palmo, ponto a ponto, Pep e Klopp, treinadores para a lenda, ao mesmo tempo homens que fazem bem ao jogo, nas propostas que valorizam o talento técnico e o risco tático, gémeos falsos, equiparados na inteligência, na facilidade de discurso com que distinguem o essencial entre sorrisos e ironia boa, e tanto fair play, do autêntico, daquele que autoriza que o rival também tenha mérito, inveja disso, do melhor futebol do mundo, que é o que tem saído da cabeça de cada um deles e dos pés dos que eles escolhem.
Quero destacar isso, os pés dos que eles escolhem, de dois em particular, Thiago Alcântara e Gundogan, um filho de arte brasileira, exagero bom no apuramento dos genes face ao pai Mazinho, mais o filho de imigrantes turcos nascido em Gelsenkirchen apenas meio ano antes, já apagaram ambos as velas dos 31, que andem por cá mais algum tempo, vê-los jogar é dar razão a Cruijff outra vez: "o futebol é joga-se com a cabeça e as pernas estão lá apenas para ajudar". Sobre Thiago escrevi aqui há menos de um par de anos, quando era menos unânime porque ainda não tinha sido escolhido por Klopp, que não há médio centro que me encante mais, talvez só Modric mereça o cotejo, falavam-me dos médios do Liverpool pela intensidade, pela pressão, pela capacidade nos duelos, desfilavam Fabinho, Henderson, Keita, Milner, pareceu-me sempre que faltava ali classe, deixou de faltar, Klopp foi buscar o homem que antecipa as soluções todas, que vê mais campo apesar de precisar de menos, revejam aquele toque para Mané no primeiro golo aos Wolves, está lá tudo, perceber melhor (o jogo), decidir mais depressa (o que fazer), executar na perfeição (o passe), tudo o que o jogo tem de melhor: inteligência, intuição e arte. E pensar que há um ano apenas tantos me queriam convencer de que Jorginho ou Kanté mereciam a Bola de Ouro. E se perguntasse há dois dias: entre Pogba e Gundogan, quem escolheriam? Interrogo-me,sabendo a resposta da maioria, que decompõe homens em fatias como se não fosse o todo que mais conta, Gundogan não é alto, nem rápido, nem grande driblador ou rematador, e todavia faz tudo bem, sobretudo pensa bem e passa bem, e passa bem na hora mais difícil mais difícil, quando a pulsação acelera e pares de pernas se aglomeram, descobre os atalhos todos, para fazer passar a bola e para passar também ele próprio, invisível para os rivais rumo ao destino da baliza, valorizam-no ao menos por isso, pelos golos, por essa qualidade de juntar frieza e qualidade de execução (o que é ter golo, afinal?), o City só é campeão porque tinha para lançar o homem com nome de medicamento e que evitou a mais dura das ressacas, tome um Gundogan que isso passa, passou a depressão, fez-se a festa, melhor que tê-lo lançado na substituição certa é tê-lo, simplesmente, tê-lo ali, no grupo e pronto a jogar, fazendo das lágrimas sorrisos e destes lágrimas outra vez, mas felizes."
A mecânica do fracasso
"Talvez seja o estádio, juntamente com o do Restelo, aquele que ofereça ao fotógrafo o ângulo mais sugestivo para fixar, em singular harmonia de contrastes, um bilhete postal de rara beleza: a tomada de perspectiva do belo castelo de Leiria a partir de um dos lados do Dr Magalhães Pessoa constitui uma feliz simbiose entre o arrojo da modernidade e a insuperável linha arquitectónica do famoso castelo a que, no imaginário popular, vem associada a errância amorosa do Lavrador, ou Rei Poeta, o grande Rei D. Dinis. Estou em crer que uma paisagem assim jamais escaparia à verve bucólica do poeta Rodrigues Lobo, à sensibilidade fina e marítima do lisboeta apaixonado por S. Pedro de Moel, o poeta Afonso Lopes Vieira, ou à alma arrebatada do poeta leiriense, José Marques da Cruz, falecido em São Paulo.
Não deixa, no entanto, de ser dolorosa e flagrante ironia que justamente esses dois estádios, Leiria e Restelo, sejam agora palcos episódicos de eventos raros e de circunstância, longe dos bailes de gala de outros tempos e de outros campeonatos.
Fixemo-nos no caso da União Desportiva de Leiria, clube fundado em 6 de junho de 1966 com a fusão dos clubes então existentes na cidade, para assinalar a sua meteórica ascensão ao primeiro escalão do futebol nacional, cabendo aqui evocar a ilustre figura de dirigente que foi Joaquim Marques, ele que há tão pouco tempo nos deixou e a quem o clube e a cidade tanto devem.
O clube pagou a inevitável factura da pressa: caiu algumas vezes na segunda, mas com uma particularidade de grandeza - reergueu-se sempre. Até se fixar na aristocracia do futebol doméstico sobretudo pela mão do astuto empresário do Alqueidão da Serra, João Bartolomeu que, ironicamente, nunca foi astuto o bastante para conquistar a adesão das gentes do Lis, apesar do relativo sucesso desportivo (um quinto lugar no campeonato, pelo menos um e uma final da Taça).
Depois, bem, foi o que se sabe, com a cisão entre SAD e clube, com este a retomar a via-sacra dos começos. Pelo meio, o triste episódio da Marinha Grande, com a SAD a entrar em campo com 8 atletas.
Aproveitando a embalagem e bom desempenho do clube, logo apareceram os cucos até à actual situação de toda uma cascata de tentativas falhas do almejado regresso aos grandes palcos .
Este caso de consistente reincidência no insucesso por parte da União parece-me que reclama ser tratado à luz (?) da psiquiatria: faz lembrar as tias de Cascais falidas - nada resta que as reinvista da opulência e da glória de antanho.
Este simpático clube parece revolver-se na contradição, e nem a vizinhança de Fátima facilita o tão invocado milagre. Ou seja, no tempo da autocracia bartolomaica, havia equipa mas não havia público, agora, parece haver público, mas não há equipa que chegue para comover a intercessora das bodas de Caná, operando o milagre da multiplicação dos pães, para, assim, saciar a fome popular de sucessos.
Já vai, creio, em cerca de meia dúzia de tentativas geradas de tão ansiado regresso - e, quase sempre, uma queda do último degrau.
Admitindo eventuais erros de pura gestão desportiva, quem não os comete, o âmago do problema é bem fácil de identificar: a memória despótica do fracasso - dramático, porque quase sempre no fim da linha: isso mesmo, morrer custa (ninguém sabe quanto), mas morrer na praia custa muito mais (todos sabemos).
O insucesso repetido na sua tipologia situacional deixa um rasto, um sulco que canaliza uma compulsão homóloga no sentido da confirmação manifestativa daquilo que teimosamente nos fustiga a imaginação.
E mesmo que os actores sejam outros, tende a prevalecer esse “campo mórfico “. Que veicula a impressividade assediante da memória colectiva.
Meus amigos, para se ter sucesso não basta contratar bons jogadores e um bom treinador.
Contratem um bom coach ou um bom psicólogo e o milagre do sol talvez aconteça na próxima temporada.
Sem despiste das más memórias não haverá odres novos para o bom vinho!"
Racismo, não!
"Nesta edição da News Benfica, condenamos e repudiamos mais um ato de racismo. Sabemos que este continua a ser um problema grave da nossa sociedade que urge combater e é lamentável que perdure, também, no desporto.
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O racismo é abjeto e o Sport Lisboa e Benfica estará sempre na linha da frente do combate ao racismo. Somos defensores intransigentes do desporto sem preconceitos e promotor da diversidade.
Nilson, atleta da nossa equipa de futsal, foi vítima de um ato racista deplorável e agirá em conformidade junto das instâncias competentes, a FPF e tribunais civis. O Sport Lisboa e Benfica está solidário com o seu atleta e apoia-o, através do gabinete jurídico, nesta demanda pela justiça e para que estas manifestações de racismo sejam definitivamente expurgadas do desporto português.
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A nível desportivo, o fim de semana não correu de feição, nomeadamente nas finais da Taça de Portugal de futsal, masculino e feminino. Nos homens, perdemos por 3-4 com o Sporting. Nas mulheres fomos derrotados pelo Nun'Álvares, no desempate por penáltis.
Nas restantes partidas, há a registar o triunfo dos Sub-19, em Alverca, por 1-2, o que nos deixa a uma vitória do título. Na última jornada defrontamos o Braga.
A equipa feminina de futebol fechou a época com um triunfo, por 2-0, ante o Vilaverdense.
No basquetebol entrámos a vencer nas meias-finais dos play-offs do Campeonato (89-72). O segundo jogo com a Oliveirense é hoje, na Luz, às 21h00.
No andebol e no hóquei em patins tivemos desaires com FC Porto (32-28) e Valongo (5-2), respetivamente. Quarta-feira joga-se, na Luz, o jogo decisivo com o Valongo.
No andebol feminino, as já campeãs nacionais venceram, por 26-29, na visita ao Alpendorada, continuando na perseguição do objetivo de invencibilidade na prova.
E a nossa equipa feminina Sub-19 de futsal sagrou-se campeã nacional.
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Hoje, às 18h00, junto da estátua de Eusébio, no Estádio da Luz, é apresentado o livro "(E)ternamente Eusébio biografia oficial", de João Malheiro. Trata-se de uma nova edição, revista e atualizada. A obra tem textos de abertura do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e do Presidente do Sport Lisboa e Benfica, Rui Costa, e prefácio do Maestro António Vitorino d'Almeida.
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A Taça do Mundo de velocidade, na canoagem, foi o palco de novo desempenho notável dos nossos canoístas, com destaque para Fernando Pimenta, medalha de ouro em K1 1000 metros e, com João Duarte, em K2 1000 metros. João Ribeiro e Messias Baptista também alcançaram medalhas. Leia a reportagem no Site Oficial.
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Já são conhecidos os possíveis adversários do Benfica na 3.ª pré-eliminatória de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões. Saiba mais, aqui.
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Relembramos que, no próximo fim de semana, disputa-se, na Altice Arena, a final four da EHF European League de andebol. No sábado jogamos com os polacos do Orlen Wisla Plock, às 17h30. Consulte as condições de acesso aqui."
Carta aberta a Roger Schmidt
"Caro Roger,
Bem-vindo ao Sport Lisboa e Benfica! É com todo o gosto e prazer que o recebemos no nosso clube, na esperança de que juntos vivamos momentos de glória. Acredite que o estamos a receber de braços abertos, pois a sua felicidade será a nossa felicidade. E oh se andamos a precisar da glória e da felicidade...
Sabe que a sua cara não me era estranha. Recordo-me de há uns anos nos ter vencido de forma clara quando treinava o Bayer Leverkusen e ainda o ano passado ficamos todos bem impressionados com o seu PSV. Apesar da vitória na Luz e do empate épico em Eindhoven (a jogar com 10 boa parte do encontro) vimos uma equipa forte, bem organizada e com bom futebol. É essa a sua imagem de marca, certo? Um futebol ofensivo e pressionante. Asfixiar o adversário, pressionar alto e marcar muitos golos? Opá, vamos a isso! O tribunal da Luz costuma adorar essa atitude. E tendo em conta a maioria dos adversários que vai encontrar na Liga Portuguesa, talvez seja a fórmula perfeita para o sucesso, mesmo que aqui e ali possa(mos) vir a revelar algumas dificuldades defensivas.
Mas permita-me a ousadia de lhe dar algumas informações a quem chegou a um país e clube novo. Antes de mais, dizer o óbvio. O amigo acabou de chegar a um clube gigante. O mais vitorioso em Portugal e com uma História tremenda na Europa. Um clube lendário que já foi de Eusébio e com milhões de adeptos espalhados por todo o mundo. E apesar de chegar numa fase complicada, veja isso da seguinte maneira: quão admirado e amado pela nação Benfiquista será o Roger se trouxer sucesso ao nosso Glorioso, depois de três anos miseráveis!? Acredite, este povo trata muito bem quem nos faz feliz.
Agora, também conselhos e avisos, porque quem avisa seu amigo é. Roger, prepare-se para o futebol Português. Nós chamamos isto de "Tugão". Noventa por cento das equipas vão estacionar o autocarro. Cem por cento das equipas vão perder tempo, reclamar com o árbitro, atirar-se para o chão e protestar antes, durante e depois dos jogos. Acredite, é mesmo assim. Prepare-se para ficar surpreendido com várias decisões do VAR. Prepare-se para se irritar com a burocracia de Portugal e do futebol português. Prepare-se para jogos em horários impróprios e com estádios vazios. Não tanto os do Benfica, porque esse tem um exército que o acompanha para todo o lado, mas mesmo assim vai ver muita cadeira vazia. Até na Luz. E não fique espantado de ninguém se preocupar muito com isso. Nem ninguém querer saber do tal tempo perdido, dos jogadores a atirarem-se para o chão, dos insultos ou do futebol defensivo. É o que é e sempre foi assim, dir-lhe-ão. Até porque no meio desta anarquia vão surgindo sempre novos talentos e as equipas portuguesas lá se vão safando na Europa, tendo em conta os recursos limitados.
Bom, mas também precisamos de olhar para dentro. Caro Roger, como lhe vou explicar isto. Repare...não é por acaso que o Benfica vem de três temporadas péssimas. E foram mesmo péssimas, não se deixe iludir com os 1/4 de final da Liga dos Campeões deste ano. Você tem mesmo muito trabalho pela frente! E não acredite na conversa do tempo e da paciência. Isso é um conceito que aos latinos não assiste. Nós temos o sangue quente. Achamos logo que ou dá ou não dá. Não digo que tem obrigatoriamente de ser campeão já este ano, mas não pode ficar muito longe disso.
"E como vou conseguir fazer isso tão rapidamente, numa equipa que ficou a 17 pontos do campeão?", estará agora a perguntar aos seus botões? Bom, o senhor terá confiança no seu trabalho, certo? Mas olhe que vai precisar de pulso firme! Vai precisar de abanar o clube todo. É que nós estamos anestesiados. Estamos sonolentos. E quando digo todos falo de dirigentes, jogadores e adeptos. Ainda agora tivemos o maior rival a festejar o título na nossa cara e até parece que nem doeu muito. E quando já não dói, soem os alarmes, porque o problema é profundo.
Olhe desconfiado para tudo. Para os seus dirigentes. Porque eles muitas vezes vêem a "instituição" como um negócio, como um entreposto de jogadores ou como um balancete ambulante e não como o projeto desportivo que é ou a paixão que devia ser. Não se deixe levar na onda de contratar paletes de jogadores de qualidade duvidosa. Exija bons reforços. Para posições carenciadas. E lute até ao fim para manter os melhores jogadores. Há que convencer os Darwins desta vida a ficarem mais de 6 meses no clube depois de explodirem. E meta na cabeça dos seus dirigentes que cada bom jogador vendido é mais um passo para vermos o Porto de novo campeão. E ninguém quer nada disso.
E por falar em jogadores...caro Roger, eu não estou lá no balneário e só sei os rumores que toda a gente ouve, mas entre com autoridade e exigência. Seja implacável! É que disto tenho eu a certeza: os jogadores do Benfica estão acomodados. Não correm tanto como os outros. E isso sim dói-nos especialmente. Diga-lhes que isto é um novo ciclo e ou estão envolvidos a 100% ou a porta da rua é serventia da casa. No Benfica só podem estar jogadores com a atitude certa: vencer, vencer, vencer! Não há cá encolher os ombros e "levantar a cabeça e pensar no próximo jogo". Isso é mentalidade para o outro lado da segunda circular.
Aproveitando a deixa, falemos então dos rivais. O referido Sporting tornou-se nos últimos dois anos um adversário competente, bem treinado por um benfiquista, mas muita atenção ao Porto. É esse o seu alvo. Tem o mesmo treinador há 5 anos e mérito lhes seja dado, conseguiu este ano formar a sua melhor equipa. E depois...lembra-se do Mourinho falar em "mind games"? Pois, prepare-se. É um rival que joga com tudo, que vive a luta ao máximo, que tenta atirar toda a lama ao Benfica e que faz da raiva a sua bateria. "Contra tudo e contra todos", dizem eles. É um adversário mesmo muito perigoso. Vai obrigar-nos a jogar muito à bola (teremos que ir à casa dos 90 pontos para sermos campeões) e aqui e ali vai ter que ir para um jogo de palavras que se calhar não lhe agrada muito.
Eu sei que a carta vai longa e já falei em dirigentes, jogadores e rivais, mas ainda tem mais um grupo para conquistar. Nós, os adeptos. Deixe-me explicar que há uma separação evidente dos benfiquistas com o clube. Muitos já nem vão ao estádio e os que vão, vão por obrigação. Falta identificação com o que vemos no relvado, percebe? Falta voltarmos a apaixonarmo-nos por um projeto, por uma ideia e pelas pessoas que o concretizam. Lute por essa reaproximação! Tire o seu grupo da redoma em que estão isolados. Deixe-nos receber o autocarro na rotunda com milhares de pessoas e tochas. Diga aos seus jogadores para fazerem a vénia (uma tradição lindíssima que lhe hão-de explicar) bem perto da bancada e não no meio-campo. E quando o jogo acabar, tenhamos ganho ou perdido, é importante que o seu grupo se aproxime dos adeptos e os olhe nos olhos. Não basta umas palmas forçadas no centro do campo e recolherem o mais rápido possível para dentro do balneário. Se vamos voltar a ser campeões, temos que ser uma família unida e próxima. Um por todos e todos por um. E Pluribus Unum!
Quero mesmo muito que o senhor seja feliz em Portugal. Este é um país fantástico e tenho a certeza que vai adorar o clima, a comida e as pessoas. Roger...sem medos, vá com tudo e torne-se um de nós! O nosso Rogério Chaimite. Traga lá craques para a nossa equipa, prepare bem esta pré-época e daqui a um mês vemo-nos na Luz. De cara limpa, a começar do zero e todos dispostos a honrar o velho clube campeão. Vamos a isso. Rumo ao 38!"
Conselho de Disciplina, um dos tentáculos do polvo
"A agenda mediática desportiva tem sido marcada, nos últimos dias, pela lamentável parcialidade de um órgão federativo que se pretende idóneo e imparcial, mas que, devido aos interesses e poderes instalados, apenas serve de veículo tendencioso que visa proteger o FC Porto e Sporting e atacar desavergonhadamente o Benfica.
Os dirigentes do FC Porto, assim como os seus adeptos, nomeadamente a sua claque legalizada - da qual fazem parte vários elementos que usufruem do apoio da Federação Portuguesa de Futebol através da sua claque não oficial -, gozam de um sentimento e prática de impunidade por responsabilidade direta do Governo e de quem devia tutelar o futebol português, mas que opta por assobiar para o lado perante a constante coação despudorada desta corja.
Numa semana que ficou marcada pelo assassinato de um adepto por parte de elementos desta pandilha digna de organização criminosa da Sicília, o Conselho de Disciplina decide castigar o Benfica e o seu presidente por este ter dito “basta” após o jogo com o Gil Vicente, na Luz, considerando que tal palavra poderia incitar ao ódio.
Contado ninguém acredita, contudo estamos a falar de Portugal e deste órgão de decisão, onde tudo é possível.
Rui Costa, cansado de ver o Benfica altamente prejudicado dentro de campo, decidiu - e bem – falar. "Hora de dizer basta", disse o presidente do Benfica. O Conselho de Disciplina, sem demoras nem vergonhas, imediatamente tentou impor a “lei da mordaça”, colocando um processo contra o Benfica e o seu presidente após denúncia da APAF. E quem é o presidente da Mesa de Assembleia Geral da APAF? Artur Soares Dias. O mesmo que não viu um penálti a favor do Benfica na final da Taça da Liga, nos minutos finais, e não viu uma entrada para vermelho de Matheus. Premiado pelo roubo nesse jogo, foi nomeado para o jogo seguinte do Benfica como árbitro principal. Novo roubo, impedindo o Benfica de ganhar e anulando de forma escandalosa um golo limpo. Como não gostou das críticas, fez “queixinhas” à Federação.
Passados 3 meses desta simples frase, o processo disciplinar instaurado ao presidente do Benfica resultou numa multa de 1150 euros e foi movido por "eventual comportamento incorreto violador de deveres gerais". Diz o Conselho de Disciplina que a palavra se enquadra numa "aproximação perigosa, ainda que sub-repticiamente, de um incitamento a comportamentos violentos por parte dos adeptos".
A dualidade de critérios deste órgão fica bem evidente ao analisarmos o histórico de decisões.
Em fevereiro de 2021, Pinto da Costa, numa declaração na sala de imprensa após o Braga-FC Porto, da Taça de Portugal, repetiu por diversas vezes a palavra "basta". Dias depois, surgem tarjas com a palavra “basta” no estádio do Dragão, com os adeptos do clube azul e branco incentivados e apoiados pela campanha oficial do FC Porto com recurso à palavra. Na altura, assistiu-se a um silêncio ensurdecedor de todas as entidades desportivas.
Processo disciplinar? Nenhum!
Em janeiro deste ano, o diretor de comunicação do Sporting, Miguel Braga, criticou duramente a arbitragem no Sporting-SC Braga (1-2).
Processo disciplinar? Nenhum!
Basta, dizemos nós!
Ao longo das últimas épocas, sob a égide deste Conselho de Disciplina, têm-se sucedido as decisões totalmente arbitrárias, desproporcionais e sem igualdade de tratamento. Sempre em prejuízo de um, sempre em benefício de outro. Parte do trabalho do órgão é a aplicação do regulamento disciplinar das competições que, sendo infringido, pode resultar em sanções como multas pecuniárias ou punições mais severas. Os leitores poderão dizer que as multas acabam por ser irrelevantes ou que para os clubes são migalhas que não fazem falta alguma, etc. Poderíamos aceitar essa argumentação se a aplicação das multas fosse igual para situações iguais, o que não está a acontecer.
Em relação aos processos disciplinares, é igualmente vergonhoso verificar a disparidade de determinados casos:
Francisco J. Marques / FC Porto - Processo Disciplinar na sequência de uma notícia publicada no jornal “Record”, em que “o arguido agiu na inobservância de outros deveres”.
Veredicto: Absolvido.
Sport Lisboa e Benfica - Processo Disciplinar por “lesão da honra e da reputação dos órgãos da estrutura desportiva e dos seus membros”, na sequência de uma notícia publicada no jornal "Record".
Veredicto: Culpado e multa de 22.950€.
Sport Lisboa e Benfica - Processo Disciplinar a Luís Bernardo por declarações publicadas na comunicação social.
Veredicto: Culpado, multa de 5.738€ e sanção de 45 dias de suspensão.
FC Porto - Permitiu que a sua claque oficial mostrasse uma tarja colossal que ocupava toda uma bancada do estádio do Dragão, que indiciava que determinados árbitros, dirigentes e juízes eram corruptos.
Veredicto: "Pesadíssima” multa de 1150€.
Benfica – Ofensas de alguns adeptos presentes no Estádio da Luz ao guarda-redes da equipa do FC Porto.
Veredicto: 8.800€ + 510€ de multa.
Sport Lisboa e Benfica - Julgado por agir na “inobservância dos seus deveres” em relação a distúrbios provocados pelos seus adeptos.
Veredicto: Condenado a interdição do recinto desportivo em 4 jogos e multa de 28.688€.
Dezembro de 2017 - Pizzi é agredido por um adepto no Estádio do Dragão. Esta situação enquadra-se no ponto 2 do Artigo 181º do Conselho de Disciplina da FPF, que por sua vez tem como moldura penal o que está definido no ponto 1 do Artigo 179º, onde é dito que caso semelhantes são punidos com a sanção de realização de jogos à porta fechada a fixar entre o mínimo de um e o máximo de dois jogos e, acessoriamente, com a sanção de multa de montante a fixar entre 5.100 e 15.300 euros.
Veredicto: 2869€. Esta decisão foi sustentada na altura com o argumento de que se tratou de uma agressão que não causou uma lesão de especial gravidade. Sem comentários.
Tiago Martins - Depois de ter feito uma arbitragem no mínimo “habilidosa” no jogo entre Benfica e Vitória de Setúbal, apanhou uma moeda de 5 cêntimos do relvado do estádio da Luz e mentiu no relatório tendo dito que tinha sido atingido pela mesma e ficado com um hematoma no peito. Sim, leram bem.
Veredicto: 3188 euros de multa aplicada ao Sport Lisboa e Benfica.
Francisco J Marques - Formalmente condenado pelo Tribunal Judicial da Comarca do Porto pelo crime de divulgação de correspondência privada. O Regulamento da Disciplinar da FPF, no artigo 57, prevê para este tipo de situações, em que se “utilize ou divulgue informação privilegiada suscetível de prejudicar a integridade de jogo oficial ou da competição”, a possibilidade de exclusão de uma a três épocas do clube prevaricador. Transitada em julgado que esteja a decisão, o procedimento disciplinar contra a Porto SAD pode ser iniciado, seja pelo Benfica, seja pelo CD da FPF.
Veredicto: Absolvido.
FC Porto - Reiteradas manifestações de regionalismo bacoco e da luta contra o “centralismo”, comportamento selvático repetente dos seus dirigentes (Rui Cerqueira), de assistentes de recinto desportivos a insultar e agredir jogadores, de bonecos insuflados "enforcados" em viadutos, da estranha predileção pelo arremesso de bolas de golfe, de pedras lançadas sobre carros e autocarros em autoestradas, de roubos de bilhetes em Tondela, de insultos a adversários durante festejos, da coação e intimidação a árbitros no Centro de Alto Rendimento da Maia, etc., etc., etc.?
Veredicto: Absolvidos.
E o cúmulo do despudor deste órgão. O polémico acórdão no caso Benfica B - FC Porto B, em que o Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol castigou Nuno Miguel Pereira Vicente, fisioterapeuta do FC Porto, com 357 euros de multa pela agressão, considerando, então, que o pontapé não tinha tido força suficiente para causar lesões graves e Nélson Veríssimo? Mais tarde, aplicaram 2.040€ e expulsão ao adjunto do Benfica, Marco Pimenta, por ter dito “isto não é falta”.
Pois nós dizemos: BASTA!
Basta desta palhaçada!
Basta deste órgão manietado e parcial!
Basta de gozarem com o Sport Lisboa e Benfica!
𝗕𝗔𝗦𝗧𝗔! 𝗧𝗢𝗠𝗔́𝗠𝗢𝗦 𝗔 𝗟𝗜𝗕𝗘𝗥𝗗𝗔𝗗𝗘 𝗗𝗘 𝗖𝗥𝗜𝗔𝗥 𝗨𝗠𝗔 𝗣𝗘𝗧𝗜𝗖̧𝗔̃𝗢 𝗤𝗨𝗘 𝗜𝗥𝗔́ 𝗠𝗨𝗗𝗔𝗥 𝗧𝗢𝗗𝗢 𝗢 𝗙𝗨𝗧𝗘𝗕𝗢𝗟 𝗣𝗢𝗥𝗧𝗨𝗚𝗨𝗘̂𝗦! 𝗠𝗢𝗦𝗧𝗥𝗘𝗠 𝗔 𝗩𝗢𝗦𝗦𝗔 𝗙𝗢𝗥𝗖̧𝗔 𝗘 𝗔𝗦𝗦𝗜𝗡𝗘𝗠 𝗔 𝗠𝗘𝗦𝗠𝗔! ✅
Nilson
Condeno-me por não ter dito nada ao árbitro ou ao delegado do jogo. Deveria ter marcado uma posição.
De qualquer das formas, irei tratar deste assunto no local apropriado.
Como é normal existem picardias durante os jogos, mas não pode valer tudo.
Quem me conhece sabe que não sou muito interventivo nas redes sociais, mas não posso aceitar uma situação destas.
Sou pai e educo o meu filho para que tenha orgulho nas suas origens.
Que não se sinta, inferiorizado ou permita que seja ofendido por quem quer que seja.
Obrigado."
Penalty's azedos!
Sempre frustrante perder uma competição nos penalty's, ainda por cima depois de sofrermos o golo do empate, numa carambola (após uma expulsão perdoada a uma adversária!).
Já o disse várias vezes, esta equipa perdeu duas das melhores jogadoras do mundo na pré-época, e aquela que estava a ser a nossa melhor jogadora durante a época, por lesão (Raquel), já perdemos as duas Taças, mas as 'carambolas' não podem ser sempre contra...!!!
Incrível como até por aqui, temos que assistir a arbitragens destas... Deve ser regra 'não escrita' que as nossos adversários, masculinos ou femininos, não podem chegar à 6.ª falta!!! Vá lá que tiveram alguma vergonha na cara e anularam um golo claramente ilegal, após uma 6.ª falta assinalada ao Benfica, completamente absurda: nem o mergulho teve nota artística, mas contra o Benfica chega!!!
PS: Na Canoagem, na Taça do Mundo, da República Checa, em Racice, mais algumas medalhas, depois das duas de Sábado:
- no K2 1000 o Pimenta, com o jovem João Duarte, conquistaram o Ouro!
- no K1 5000 o Pimenta ficou com a Prata... com o Duarte a fazer um excelente 5.º!
- no K2 500 o João Ribeiro e o Messias Baptista ficaram pelo Bronze...
Iniciados - 4.ª jornada - Fase Final
Guimarães 2 - 0 Benfica
Depois da derrota em Alcochete, os resultados até estavam a ser bonzinhos, mas hoje demos um passo gigante para trás...!!!
Sempre a inovar!!!
"Depois de penáltis inventados por constantes simulações, expulsões perdoadas, golos com a mão, golos anulados ao adversário com manipulação das linhas do VAR, etc, etc...
Só faltava o penálti assinalado com jogador em fora de jogo.
Uma época que valeu tudo!"