sexta-feira, 11 de março de 2022

Vencer o Vizela


"Estão três pontos em disputa e o Benfica entra em todos os jogos com o objetivo de vencer, independentemente das circunstâncias. O desafio com o Vizela não foge à regra. Como tal, é um Benfica na sua máxima força que se apresenta hoje, na Luz, a partir das 20h15.

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O nosso treinador, Nélson Veríssimo, não espera facilidades para esta partida: "Temos de estar a um nível elevado para fazer um bom jogo e conquistar os três pontos", alertou.
Na opinião de Veríssimo, devemos esperar "um jogo difícil, há que reconhecer qualidade coletiva e individual ao Vizela", uma equipa "bem treinada" e que conseguiu, com o atual treinador e plantel, o feito de duas subidas de divisão consecutivas, ocupando neste momento a 14.ª posição na tabela classificativa e merecendo elogios por parte da generalidade dos analistas.

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O embate frente ao Ajax na próxima semana não condiciona os planos de Nélson Veríssimo: "Temos o jogo com o Vizela que é o mais importante para nós." A preparação foi feita para "abordarmos o jogo na máxima força" porque "sabemos que temos uma diferença para o segundo classificado, que temos de diminuir, dependemos de nós nos três pontos em cada um dos jogos e do que eles possam fazer nos seus jogos".
E Veríssimo relembrou que, no Benfica, "a exigência mínima é ganhar" e é com a noção exata dessa realidade que o plantel trabalha "com compromisso e entrega, sabendo o que pretende".

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Também a nossa equipa B entra em ação hoje (visita à Académica, às 18h00). A evolução dos nossos jovens jogadores é o mais relevante neste escalão, sem nunca se perder de vista que a exigência que se coloca à equipa é, conforme evidenciou o técnico António Oliveira, "dar tudo em todos os jogos para ganhar", uma caraterística, de resto, bem patenteada por este grupo de trabalho ao longo da época.

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São muitos os jogos do Benfica, em várias modalidades, no fim de semana que se avizinha. Hoje destacamos as partidas agendadas para amanhã (sábado).
No futebol de formação, temos a receção ao Estoril nos Sub-23 (11h00) e ao Sacavenense nos Sub-15 (17h00). Os Sub-17 têm uma deslocação aos Marialvas, em Cantanhede, para fecharem a segunda fase (16h00).
Nas modalidades, o destaque vai para o Benfica – Sporting em hóquei em patins, a contar para os quartos de final da Taça de Portugal. Repetir o grande ambiente vivido no recente clássico com o FC Porto, o qual vencemos por 4-1, é determinante para ajudar a nossa equipa a seguir em frente em mais uma competição que queremos vencer.
Há também jogos com o Gulpilhares em hóquei em patins (feminino), às 15h00, o regresso do Campeonato de andebol (feminino), frente ao SIR 1.º de Maio, às 18h00, e o jogo com o CDUP em râguebi, às 15h00, no Estádio 1.º de Maio.
E as visitas ao Sporting em voleibol (17h00), ao Illiabum em basquetebol (18h00) e ao ADA Maia em andebol (19h30).
Muito Benfica para apoiar, muitas vitórias para conquistar. Vamos, Benfica!"

O que se passa Rafa?


"A segunda passagem de Jorge Jesus pelo Benfica não foi positiva no que toca a resultados e títulos mas houveram jogadores a evoluir para um plano superior. Weigl no aspecto defensivo e Rafa na definição foram os casos mais notórios de evolução apesar de continuarem a evidenciar dificuldades nestes aspectos. Porém, desde a saída de Jorge Jesus e com a mudança do sistema tático com a chegada de Nélson Veríssimo que parece que que Rafa se encontra muito abaixo daquilo que mostrou nos meses anteriores onde era um jogador altamente influente nos golos da equipa.
No jogo com o Portimonense, toda a equipa encarnada encontrou dificuldades com e sem bola mas Rafa, aos 70 minutos de jogo já contabilizava 12 perdas de bola. Sendo o avançado português um jogador de desequilíbrios, é normal ter um número de perdas relativamente elevado comparado com outros colegas, no entanto, parece que Rafa não só está a perder a posse de bola várias vezes, como a impedir que a equipa consiga progredir no terreno dada a falta de largura que o avançado oferece devido a procurar sempre terrenos interiores.
Vários foram os lances em que Gilberto procurou soluções exteriores e foi obrigado a dar atrás para Otamendi ou Taarabt para que a equipa pudesse voltar a pensar a segunda fase de construção da equipa. Por outro lado, também no timing de soltar o passe Rafa teve dificuldades perdendo algumas bolas na definição.
Apesar das dificuldades que tem sentido e que sentiu no jogo em Portimão, Rafa está ligado ao segundo golo do Benfica numa jogada que coloca em prática um movimento típico ao vir de trás, em velocidade e em condução a servir para a finalização.
Sabendo que Rafa aumenta de rendimento a jogar solto nas costas dos avançados como chegou a jogar com JJ, a pergunta fica no ar:
As dificuldades de Rafa advêm das ideias de Nélson Veríssimo não estarem adequadas às suas caraterísticas, ou poderá o avançado encarnado não estar a passar um bom momento de forma o que tem voltado a expor as dificuldades de finalização e definição?"

Obrigatório o uso de capacete


"«Pedras no meu caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo.»
Sim, mas quando? Daqui a um ano? Daqui a dez? Já encontrou um terreno? Já tem o projeto de arquitetura? Já deu entrada com o plano de informação prévia à Câmara Municipal?
Não, claro que não. O português não seria português se não deixasse tudo para depois. «Um dia», dizem. Ignorando, por exemplo, que se o terreno ficar no concelho da Amadora o melhor é contar com não menos de dois anos pela licença de construção. Tratando-se de um castelo, que para todos os efeitos é um tipo de obra que já teve mais saída, é provável que as licenças demorem mais.
Por essas e por outras é que na Batalha há um edifício que demorou quase dois séculos a ser construído.
Mas enfim, está tudo bem, não há problema, temos tempo. É preciso é ter paciência.
A não ser que estejamos a falar de João Félix ou de vitamina D. Aí queremos tudo para ontem e não temos paciência para esperar por nada.
João Félix, por exemplo. Fez há pouco 22 anos. Com a idade dele Luís Figo ainda estava no Sporting, Zidane ainda jogava no Bordéus e Ronaldinho tentava ganhar um lugar no PSG.
Mas a João Félix exige-se o mundo. Ou, pelo menos, parte dele. Como que se não houvesse tempo, como se não merecesse a nossa paciência. Condicionado por um preço tremendamente inflacionado e que refletia mais o que podia vir a ser, do que propriamente o que já era, o internacional português tornou-se num alvo fácil de uma urgência nada portuguesa.
Tem de fazer tudo já, agora, neste instante.
A verdade é que ele, como a vitamina D ou as licenças de construção, precisa de tempo: tempo para aprender a fazer a diferença num contexto difícil, e diferente do que ele conhecia no Benfica.
A verdade é que pouco a pouco, etapa a etapa, João Félix vai fazendo o caminho até ao topo. As últimas exibições mostraram que já se adapta melhor a circunstâncias mais exigentes.
E isso é o mais importante: trabalhar em cima das pedras que encontra no caminho."

O golpe de sorte de um canalha


"O boato espalhou-se como fogo num campo de palha seca - Francisco Franco tinha ganho um milhão de pesetas no totobola.

Diz o povo, do Ervededo a Santa Bárbara de Nexe, que todos os canalhas têm sorte, e diz a gente, à boca miúda, que o saber do povo é infalível, embora pessoalmente tenha sérias dúvidas em relação a esta tão drástica tomada de posição. Nelson Rodrigues, que sabia uma ou duas coisas sobre a canalhice humana, escreveu a seu tempo: «Hoje é muito difícil não ser canalha. Todas as pressões trabalham para o nosso aviltamento pessoal e coletivo». Muito bem, quem nunca fez grande esforço para ser canalha, tendo logo vindo ao mundo como um canalha perfeito e irretocável, daqueles de cento e vinte e quatro patas, foi um tal de Francisco Franco Bahamonde, o figurão que deu início à sangrenta Guerra Civil de Espanha, em 1936, e se manteve no posto de ditador absoluto – ele preferia ser chamado de El Caudillo – até 1975, data em que, já fartos de lhe aturar até o ronronar mecânico da respiração assistida, os médicos optaram por desligar a maquinaria que o mantinha preso à vida e, desse modo, acertaram-lhe o passo, acabando com a sua miserável existência a pão e laranjas.
Durante muitos anos, em Espanha, o boato perpetrou-se: o pulha do Generalíssimo, já não lhe bastando pôr e dispor dos cofres do Estado, ficara milionário por ter acertado nos resultados do totobola. «Um milhão de pesetas», murmurava-se por las calles. «Mas qué hijo de puta más afortunado. Acojonante!».
Nesse país enorme de liberdades diminutas, o futebol ganhara o peso das touradas. Servia para que todos procurassem, através dele, fugir à tristeza de um destino adivinhável. Quem nascera pobre, pobre ficaria para o resto da existência. Por isso, que se aproveitasse a vida, hombre! Vamos lá passar as tardes em Las Ventas ou no Santiago Bernabéu!
Havia, no entanto, uma esperança para os indigentes: a quiniela. O primeiro boleto, como era chamado, surgiu em setembro de 1946. Vamos lá passar a falar português, então. Totobola, pura e simplesmente. Tal e qual como o nosso dos velhos tempos, jogos com hipóteses de 1X2, conforme se se apostasse na vitória da turma da casa, no empate, ou no triunfo forasteiro. Simples e fácil. E a malta desatou a preencher os boletins furiosamente, tal como se a sua vida dependesse disso. Vamos e venhamos: para muitos deles dependia mesmo. Uma quiniela vitoriosa era a diferença entre o inferno e o céu.
Jacinto Pérez, antigo diretor comercial de uma repartição que levava o nome de Loterías e Apuestas del Estado, escreveu um livro curioso: Historia de la Quiniela. E afirma, desmentindo o tal boato milionário: «A Franco le tocó la tercera categoría. Tenía 10 aciertos». E concluia: «A los 3.161 apostantes que tuvieron el mismo tino que el dictador le correspondieron 2.848 pesetas». Ao que parece algo como 18 euros dos dias de hoje.
Não me lembro da última vez que fiz um totobola. A verdade é que teimo inconscientemente que o totobola já nada tem para me dar. Quero dizer, já cheguei ao treze. Num boletim a meias com o meu primo Pedro Machado e com o meu mano Luís Miranda, por extenso Perain, outro que se foi antes do tempo. Ora, depois de se fazer um treze, faz-se o quê? Atingimos o topo, num domingo à noite qualquer do início dos anos 80 no qual o meu desaparecido amigo Bento defendeu um penálti apontado pelo meu querido amigo Fernando Gomes, felizmente ainda por aí com a sua tranquilidade própria de um ponta-de-lança impiedoso, no último minuto de um Benfica-FC Porto na Luz. Como está bem de ver, não ficámos mais ricos do que Francisco Franco. 21 contos de réis foi o valor do prémio. A prova de que não ficámos ricos está aqui mesmo, nesta página, ou acham que se tivesse os bolsos forrados com uns bons milhões de euros ainda estaria por aqui a apepinar-vos, semanalmente, a paciência?
Paul Preston também escreveu um livro interessante: Franco – Caudillo de España. Terá abusado da imaginação quando afirma perentoriamente que o Generalíssimo empochou o tal milhão de pesetas. Pérez desmontou pormenorizadamente a facécia: «Era una quiniela con 14 partidos. Cuatro no se jugaron, así que entraron los dos de reserva. Se apostó sobre 12 partidos, de los que Franco acertó los pronosticados, pero no los de reserva». Depois acrescenta que os vencedores de primeira categoria receberam exatamente 900.333 pesetas. Mais interessante ainda. Estando o campeonato de Espanha interrompido, o totobola foi assente nos resultados do campeonato italiano. Franco errou nos jogos Padova-Alessandria e Savona-Verona. José María Zavala escreveu, por sua vez: Franco con Franqueza: Anecdotario Privado del Personaje más Público. E conta: «El ganador envió eufórico a su ayudante Carmelo Moscardó a cobrar el boleto». Caiu-lhe o queixo com a desilusão. Não houve vivalma que tivesse pena do canalha."

Burkina Faso?!


"Nunca nenhuma equipa portuguesa tinha conseguido empatar em Inglaterra?
Para o Bernardo Ribeiro, diretor do Record, o SL Benfica deve ser do Burkina Faso.
Vitórias do SL Benfica em Inglaterra:
- Arsenal - SL Benfica (1-3, Taça dos Campeões Europeus)
- Liverpool - SL Benfica (0-2, Liga dos Campeões)
- Everton - SL Benfica (0-2, Liga Europa)
- Tottenham - SL Benfica (1-3, Liga Europa)
Empates do SL Benfica em Inglaterra:
- Manchester United - SL Benfica (2-2, Liga dos Campeões)
- Newcastle - SL Benfica (1-1, Liga Europa)"

Papagaio!


"E continua a saga deste fanático lagarto, mascarado de Director do jornal RECORD, na difusão de mentiras cujo único objectivo é enaltecer o seu clube. Isto não é um jornalista e é uma vergonha como a classe permite isto! Onde está o CNID? Ah pois, o CNID é outro dirigido por outro fanático, mas andrade de nome Manuel Queiroz. Não há um único Benfiquista em nenhum cargo relevante, seja nas instituições de Desporto, seja na direcção de algum orgão de Comunicação Social, nada, zero. Vamos passar anos de seca, porque não temos hipótese nenhum com este estado de coisas. Até podem contratar o Guardiola e trazer o Mbappé! Não vamos ganhar NADA!
É inaceitável que um jornal nacional como o Record albergue este fanático lagarto e ainda por cima o promova a Director. Todos sabemos que o Record é um jornal historicamente ligado ao Sporting, mas isto é demais. Que nenhum Benfiquista dê um cêntimo que seja a este jornal, seja em papel ou online via website. Na nossa insignificância, é a única forma de tentarmos contribuir para que as coisas mudem."

Jogadores que Admiro | Bernardo Silva


"Bernardo Silva, o puto que em Sintra vi nascer dez vezes e que hoje é um dos melhores do mundo

Pode ser surpresa para a maioria mas a primeira vez que vi Bernardo Silva tocar numa bola de futebol, tinha ele 13 anos.
Na manhã do dia 4 de Maio de 2008, desloquei-me até ao Campo Eng. Leonardo Carvalho, em Agualva-Cacém, para fazer a minha primeira cobertura para um jornal desportivo online, que acompanhava todos os jogos dos três grandes nos vários escalões de formação e do qual fui colaborador.
A partida em questão opunha o GC 1º de Maio de Agualva ao SL Benfica e contava para o Campeonato Distrital de Iniciados. Na equipa encarnada alinhavam alguns meninos que hoje são bem conhecidos para quem segue o desporto rei, casos de Bruno Varela, João Cancelo e Ricardo Horta.
Mas faltava um outro menino, um tal de Bernardo Silva, que nesse encontro entrou a dez minutos do fim e durante o período que esteve em campo mostrou alguns pormenores interessantes mas que o tempo não deu para mais.
Curiosamente, nessa partida, um dos melhores em campo até foi João Cancelo, hoje colega do médio português no Manchester City FC. Depois disso, ainda cheguei a assistir a outro jogo em que Bernardo Silva participou mas a sua exibição não foi muito positiva, conforme a análise individual que lhe fiz na crónica.
Entretanto, a minha colaboração com esse jornal terminou e deixei de ouvir falar do menino Bernardo durante alguns anos. Longe estava eu de imaginar no jogador que ele viria a tornar-se.
Como adepto do SL Benfica, confesso que nem sempre estou atento ao que se passa no futebol de formação dos encarnados. Aqui e ali ouvia falar de Bernardo Silva e a grande época que ele estava a realizar nos juniores na época 2012/2013 mas, sinceramente, nunca associei esse nome ao miúdo que vi jogar anos antes.
Na temporada 2013/2014, Bernardo Silva chegou à equipa B das águias e a sua performance continuava em alta. Fruto das boas exibições no segundo escalão do futebol português, foi chamado à equipa principal durante essa época e ainda chegou a participar em três encontros, sendo que um deles foi frente ao FC Porto na última jornada da Primeira Liga, o que fez dele campeão nacional, visto que os encarnados já tinham garantido o título na jornada anterior.
Mas como se sabe, o então treinador do SL Benfica, Jorge Jesus, não contava com o médio português para o seu projeto, que era tudo menos apostar nos jovens formados no Seixal, chegando mesmo a afirmar que a cantera da Luz tinha de nascer dez vezes para substituir Nemanja Matic, jogador sérvio e titular no meio campo das águias.
Ao que Bernardo Silva respondeu com ironia: “A minha mãe já me disse que se for preciso me mata e ressuscita mais umas quantas vezes”. A opinião geral era unânime em relação à qualidade do médio made in Seixal e só não viu quem não quis que estava ali um jogador com grande futuro. Quem viu e quem quis foi o AS Monaco, que levou o internacional português por empréstimo do clube da Luz válido por uma época.
Assim que chegou ao principado no verão de 2014, começou a jogar com regularidade e a sua magia começou a vir ao de cima, arrancando para grandes exibições com a camisola monegasca. Exibições essas que deixaram os dirigentes do clube francês malucos por Bernardo Silva e que devem ter ficado pasmados como é que o SL Benfica estava a desperdiçar um talento que já não dava mais para ignorar.
Antes que os encarnados mudassem de ideias e pedissem a devolução do médio, o AS Monaco não perdeu tempo e a troco de 15,7 milhões de euros, contratou aquele diamante de 20 anos por lapidar no início de 2015 e em boa hora o fez.
Na temporada de estreia, Bernardo Silva marcou dez golos e foi precisamente nesta altura que se fez luz na minha cabeça. O puto de 13 anos que tinha presenciado ao vivo pela primeira vez numa manhã em Sintra, estava agora a tornar-se num craque de nível mundial.
Com um pé esquerdo temível que fez estragos por praticamente toda a França, Bernardo Silva teve o seu apogeu em 2016/2017, ao sagrar-se campeão francês e ajudado a sua equipa a chegar às meias-finais da Liga dos Campeões. Nessa formação recheada de estrelas comandada por Leonardo Jardim, parte dessa época de sonho deveu-se ao médio ofensivo com 11 golos e dez assistências em 58 jogos efectuados.
A partir daqui já não restavam quaisquer dúvidas sobre o real valor de Bernardo Silva e os tubarões europeus começaram a ficar loucos por ele. O Manchester City FC foi o tubarão que nadou mais rápido que toda a concorrência e contratou-o por cerca de 50 milhões de euros.
O resto é o que se sabe até hoje em terras de Sua Majestade, onde já conquistou o coração dos adeptos do City. Marca, assiste, joga e faz jogar, assumindo-se como titular indiscutível e peça fundamental no esquema táctico de Pep Guardiola, treinador que não se cansa de elogiar o pequeno génio português, tendo afirmado já esta temporada que Bernardo Silva é o melhor jogador da Premier League.
Mais recentemente, no embate com o Sporting CP para a primeira mão dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões, teve esta declaração: “Estou sempre a dizer-lhe que é o jogador perfeito”. E quando um dos melhores treinadores do mundo diz isto, meus senhores, não há muito mais a acrescentar.
A cumprir a sua quinta época com a camisola dos citizens, o médio nascido em Lisboa há 27 anos conta já com 238 jogos, 45 golos e 45 assistências. Foi três vezes campeão inglês, venceu uma Taça de Inglaterra, quatro Taças da Liga e duas Super Taças. Só lhe falta mesmo a tão desejada Champions para tocar o céu do futebol europeu a nível de clubes.
No que respeita à seleção portuguesa, começou por representar as camadas jovens até chegar à principal em 2015. Falhou o Euro-2016 ganho por Portugal devido a lesão, mas em 2017 ajudou a seleção das quinas na conquista da Liga das Nações.
Bernardo Silva é um médio ofensivo que gosta de atuar preferencialmente pelo lado direito e que trabalha muito para a equipa. Excelente na construção de jogo e com uma capacidade técnica e visão de jogo acima da média, o seu movimento mais característico é puxar a bola da direita para o meio e rematar com o seu pé esquerdo de veludo.
Uma espécie de imagem de marca que já lhe valeu alguns golos de belo efeito e algumas comparações com Lionel Messi nesse movimento. Fora das quatro linhas, Bernardo Silva é um homem humilde, divertido, sem tiques de vedetismo e que soube sempre o que quis para a sua carreira quando o seu futuro em Portugal era incerto.
Não esconde a sua paixão pelo SL Benfica e já disse que um dia quer regressar ao clube que o formou, sem nunca esquecer a forma como saiu. Porque se há jogadores que precisam de nascer dez vezes, a verdade é que também há clubes que deviam pensar dez vezes antes de mandar um jogador pregar para outra freguesia."