sábado, 12 de fevereiro de 2022

Voltar a vencer


"Vencer o Santa Clara é o desafio que se coloca hoje, mas há mais, num fim de semana de restabelecimento da utilização plena da lotação dos pavilhões. Fica ainda o convite para visitar a página oficial do Benfica Campus no Instagram, dedicada ao futebol de formação benfiquista.

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A nossa equipa regressa hoje à Luz (18h00) com o intuito de vencer e dar assim continuidade ao triunfo e boa exibição conseguidos em Tondela na jornada passada. O adversário é o Santa Clara, que nas últimas cinco jornadas não perdeu, vencendo em três, e já bateu FC Porto (Taça da Liga) e Sporting (Campeonato) na presente temporada.
Nélson Veríssimo reconhece o valor do adversário e assume que o objetivo para este final de tarde é "fazer um bom jogo e ganhar". "Muito respeito pela qualidade do Santa Clara, mas temos de olhar para o nosso jogo e dar continuidade ao que fizemos com o Tondela", frisou.

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Na fórmula para a vitória, há uma variável sempre imprescindível: os Benfiquistas. "Contamos com o apoio de todos os nossos Sócios e adeptos para contribuírem para os nossos objetivos", relembrou Veríssimo.

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A tão aguardada notícia da utilização máxima da lotação dos pavilhões finalmente chegou, num fim de semana repleto de jogos das nossas equipas na Luz. Hoje há partidas com a Ovarense em basquetebol (16h00), Oliveirense em hóquei em patins (20h00) e Lusitânia em futsal (21h30). O acesso é gratuito para os Sócios do Sport Lisboa e Benfica. Mas a primeira sessão da tarde tem início às 14h30, com a nossa equipa feminina de voleibol, embalada pelo excelente triunfo, por 3-0, ante o AJM/FC Porto anteontem, a defrontar a sua congénere do Aves para a Taça de Portugal.


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Já podemos acompanhar o dia a dia do Futebol de Formação no Benfica Campus. A página exclusivamente dedicada ao Benfica Campus é uma oportunidade de testemunhar diariamente o futebol do futuro, acompanhar a evolução e o crescimento dos jovens jogadores e um acesso privilegiado aos segredos do trabalho de referência desenvolvido pela estrutura de formação do Clube. Não deixe de seguir!"

5 hipóteses para comandar o SL Benfica


"Querias ver algum destes nomes na Luz?

Os últimos 16 campeões da Primeira Liga portuguesa foram portugueses. Os treinadores, leia-se. O último estrangeiro que conseguiu ostentar faixas foi Co Adriaanse, em 2006.
Desde aí, todo e qualquer estrangeiro com ambições de título falhou clamorosamente – o mais destacado Julen Lopetegui, impotente perante o mecanizado SL Benfica da primeira passagem de Jorge Jesus.
Este cenário-regra do novo milénio é um contraste perante o que aconteceu no século passado, onde o futebol português se desenvolveu principalmente, até aos anos 90, devido a influência de noções estrangeiras e revoluções ideológicas, a última palpável a de Eriksson quando chegou, em 1982.
Provocou ondas de choque pelos métodos inovadores que vieram cortar por completo com o arcaísmo ainda praticante nesse futebol – apesar de Pedroto já então se revelar um nível à frente dos demais.
Foi natural esta predisposição portuguesa em confiar mais no conhecimento vindo de fora. Nos inícios do desporto, as mais temíveis equipas no território eram formadas por ingleses – e essa noção de inferioridade entranhou-se na consciência coletiva.
Noção suportada pelas pesadas derrotas que a seleção nacional sofria de quando em vez: como os 9-0 em Chamartín na Qualificação para o Mundial de 1934, ou a maior derrota de sempre, admoestada pelos mesmos ingleses, um 10-0 no Jamor de comer e chorar por mais.
Essas hecatombes proporcionaram desde muito cedo a urgência em entregar o destino das equipas a técnicos originados noutros contextos competitivos, sendo o treinador português olhado como menos informado – uma completa oposição aos tempos atuais.
O SL Benfica sempre teve tendência para escolher o treinador estrangeiro – preferencialmente húngaro (nacionalidade de nove dos primeiros dez campeões da Liga!) ou inglês.
Do primeiro leque foram seis (Janos Biri, Hertzka, Guttmann, Czeizler, Baróti e Csernai) que acumularam ao todo 734 jogos ao leme das águias; os segundos, quatro (Artur John, Ted Smith, Hagan e Mortimore), que somaram entre eles 477 aparições.
Aliás, até à chegada de Jorge Jesus, em 2009, Mário Wilson e Toni eram os dois únicos treinadores nacionais campeões na Luz – ou seja, apenas três de 31 campeonatos conquistados tinham sido assinados por portugueses.
Desde então já assinaram Jesus, Rui Vitória e Bruno Lage, com a tendência a acentuar-se quanto mais a preferência se mantiver.
Contudo, imaginemos que Rui Costa valoriza a tradição – apenas 34 das 86 edições da Primeira Liga foram ganhas por portugueses, e 18 delas foram já neste século XXI – e pensa em alguém de fora para assumir a equipa em 2022-23.
Que opções tem ele à disposição? Quem é a mais acertada? Tentamos ajudar ao propormos cinco nomes com capacidade suficiente para escrever o seu nome na estatística nacional.

1. Jesse Marsch
Tropeçou ao subir o degrau de Salzburgo para Leipzig, mas o legado deixado na Austria não permite qualquer desvalorização do seu génio.
Um dos antecessores de Jaissle, prima pela mesma visão futebolística e os números sustentam essa filosofia – o seu Salzburgo marcou 290 golos em 94 jogos sob suas ordens, o que significa média de 3,08 por partida.
Uma barbaridade alicerçada pela conquista de dois títulos de campeão nacional e duas Pokals no mesmo número de anos.
Dominou o contexto interno pondo em prática as noções vertiginosas do gegenpressing – a pressão orientada, a necessidade de marcar dentro de dez segundos após recuperação da bola e daí a obsessão pela verticalidade, a exploração histérica do espaço e da profundidade em detrimento da combinação curta.
Em Portugal, apaixonaria certamente os mais sedentos de vertigem e nota artística.
Neste momento, Marsch continua à procura do desafio certo. Depois de ter sido associado a Mónaco – que preferiu Philippe Clement – ou Everton, as últimas notícias sobre si vêm de Leeds, onde se diz ser um dos nomes prontos caso Bielsa abandone o barco.

2. Diego Martínez
O trabalhão feito no Granada – levou a equipa da Segunda Liga aos Quartos da Liga Europa – assentou sobretudo em ideais menos vistosos que o da escola Red Bull, ainda que os princípios sejam semelhantes.
Alinhando em 4-2-3-1, Diego incutiu a defesa alta – com Domingos Duarte a comandar – que permitia uma pressão a toda a linha, incitando á recuperação rápida e eficaz do esférico.
Com ele, porém, não havia pressa e a intenção era criar superioridades a todo o campo, em especial procuradas nas alas pela associação entre interior, extremo e lateral, projetado pelo início de construção a três.
A incorporação de muita gente em zonas de finalização confirmava as intenções de compactação do bloco em todos momentos, permitindo à equipa ser equilibrada e disputar o jogo com todos, dentro e fora de portas. Diego saiu do clube no último Verão e encontra-se ainda livre.

3. Paulo Fonseca
Apesar de ter levado o Paços de Ferreira a uma impensável qualificação para a Liga dos Campeões, não estava ainda preparado para um “grande” português. O tempo mostrou que não era por falta de competências futebolísticas, talvez pelo estilo de liderança.
Deu um passo atrás, repensou estratégias e as passagens por SC Braga (onde conquistou uma Taça de Portugal) Shakhtar (sete títulos) e AS Roma (meias-finais da Liga Europa) provaram que as boas indicações iniciais não eram sorte de principiante – Paulo Fonseca sabe como trabalhar uma equipa, principalmente do ponto de vista ofensivo.
Ensina como poucos a gestão da posse de bola e a descoberta de caminhos para o golo, sempre de forma criativa. Chegaria à Luz pronto a apagar da memória coletiva a passagem menos positiva pelo Dragão e isso, por si só, seria determinante fator de motivação.

4. Matthias Jaissle
Aos 33 anos, é o primeiro a comandar uma equipa austríaca na fase a eliminar da Champions League.
O último prodígio a sair da linha de montagem da escola Red Bull, formatado pelos ideiais de Ralf Rangninck: o 4-2-2-2, o gegenpressing, a verticalidade, a urgência na chegada á baliza adversária numa atitude obsessiva perante o golo.
Com Domenico Tedesco a consolidar-se no clube mãe, Jaissle é obrigado a esperar – e, por isso, está à mercê de potenciais interessados num dos mais promissores treinadores do futebol europeu.
Sevilha, Wolfsburgo e Lille viram-se aflitos para manietar o hiperactivo Salzburgo, que do 4-2-2-2 se desdobra numa multitude de sistemas que se adaptam a cada adversário.
Os dois ‘10’s baixam para formar duas linhas de quatro, um dos ‘8’s sai na pressão e a equipa organiza em 4-3-1-2, um dos avançados baixa em apoio desalojando o central adversário – que verá Adeyemi a explorar-lhe as costas e a ir supersónico para o golo.

5. Graham Potter
A maleabilidade tática que apresenta no surpreendentemente positivo Brighton – onde é uma das sensações da Liga fora dos Big 6, ao lado de Lage – adquiriu-a de forma proporcional à coragem e audácia que demonstra no comando da sua própria carreira profissional.
Em 2011 aceita o convite do Ostersunds, que tinha caído á 4ª divisão sueca e é com eles que interpreta o mais realista ‘save’ de FM dos últimos tempos, com três promoções quase consecutivas e a chegada à elite nacional, à Allvenskan, em 2016. Primeiro ano entre os melhores? 8º posto na tabela e conquista da Taça nacional.
Ano seguinte? Ultrapassa Galatasaray, PAOK ou Herta de Berlim para chegar á fase a eliminar da Liga Europa, onde caiu aos pés do Arsenal não sem antes vencer no Emirates a segunda mão. Além da competência técnico-tática, sobressaiu na gestão de recursos humanos e foi assente nessas suas qualidades que também baseou o sucesso na Escandinávia: em Ostersund, a 550 quilómetros de Estocolmo, o evento desportivo com mais espectadores era normalmente o snowcross.
O futebol, jogado na Jamtkraft Arena, puxava apenas umas poucas centenas. A queda da equipa não incendiava qualquer paixão nos habitantes locais – até chegar Graham e os métodos pouco convencionais, que se caracterizaram pelo uso da Arte para potenciar o lado humano dos jogadores e a união entre plantel e população.
Concursos de dança, concertos ao vivo, workshops de teatro – os jogadores eram constantemente expostos a situações fora da sua zona de conforto para maximizar a coragem e subverter quaisquer complexos na perfomance em público. Retumbante."

Marco Pina disse tudo


"O que se passou hoje no Dragão não pode passar impune. É IMPERATIVO existirem medidas exemplares para se colocar termo a esta pouca vergonha que vem acontecendo naquele antro, jogo após jogo, ano após ano.
Se os agentes desportivos que regem o futebol português ignorarem o que hoje se passou e colocarem um pano sobre este escândalo mundial, protegendo o FC Porto, então o futebol português bem que pode acabar, pois não faz qualquer falta ao mundo e ao desporto em geral."

Que lindo é ver sportinguistas a chorar contra a arbitragem de hoje no Dragão e a falarem em roubo do ano


"Adeptos e clube mais hipócritas que estes não existem, sobretudo depois da vergonha que foi o roubo da final da Taça da Liga frente ao Benfica. Nessa altura gozaram e ficaram calados que nem ratos. Aí ouvia-se “joguem mas é à bola!”.
Agora já mói? Temos pena. Podiam perder os dois clubes, pois juntos não valem um."

"Os 40 anos de Pinto da Costa ficaram bem demonstrados aqui" - Frederico Varandas


"Ora cá está uma declaração que de certeza a SAD do Sporting vai ter em conta quando daqui a 4 ou 5 meses precisar de enfiar uma marretada nas contas, com juniores altamente sobre avaliados."

Vitória...

AA Espinho 0 - 3 Benfica
21-25, 14-25, 20-25

Contra um adversário muito experiente, vitória, sem espinhas!

Vejam bem a lata dos viscondes falidos


"Portanto, o ex-presidente do Sporting diz que a culpa dos perdões de dívida é dos bancos, porque emprestaram dinheiro ao Sporting sem que as dívidas anteriores estivessem pagas.
E ainda diz, à boca cheia, que os perdões de dívida foram pagos por todos os contribuintes portugueses e não pelo Sporting.
Quando esta personagem lá chegou, o Sporting tinha uma dívida de 500 milhões. Façam as contas e vejam quanto é que já todos nós pagámos. Bonito. É este o Sporting de Lisboa, financiado por todos nós, que vive acima das possibilidades e que a todos deve e a ninguém paga.
Que belo é Portugal!"

Pizzi


"Com o empréstimo, por meia época, a um clube turco, talvez tenha chegado ao fim a extraordinária carreira de Pizzi no Benfica. Veremos se regressa ou não para cumprir o último ano de contrato.
À 8.ª temporada no Benfica, levava 360 jogos em competições oficiais (18.º), 94 golos marcados (23.º) e 94 assistências para golo (1.º nas últimas 10 épocas). Foi campeão nacional 4 vezes, absolutamente preponderante em 3 desses títulos, titularíssimo com Rui Vitória e Bruno Lage.~
Se estes registos não forem suficientes para se aquilatar do fabuloso percurso de Pizzi no Benfica e a relevância do seu desempenho de águia ao peito, atente-se às estatísticas do actual estádio da Luz: Pizzi é o 2.º em jogos e assistências, o 3.º em golos. À luz das estatísticas, Pizzi é um dos grandes jogadores da história do Benfica, incluído, por certo, numa segunda linha de predestinados.
Os números podem não dizer tudo, mas também não mentem. Relativizando-os, o seu significado pode ser diminuído ou aumentado, até em simultâneo. E se é verdade que se pode argumentar que Pizzi atingiu estes registos numa era em que os melhores jogadores se aventuraram pelo estrangeiro e fazem carreiras curtas no Benfica (e no futebol português), não menos o é que a quantidade absurda de golos e assistências conseguida por Pizzi não é, ainda assim, suficiente para demonstrar o seu enorme impacto no sucesso benfiquista durante o período em que representou o clube. Om elevado IQ futebolístico apreende-se mais do que se quantifica, e Pizzi é dos jogadores mais inteligentes que vi jogar no nosso Benfica.
Tendo em conta o desempenho por temporada, é evidente que assistimos a um declínio acentuado de Pizzi no último ano e meio.
Será que a absurda reconversão em médio-centro anunciada e implementada por Jorge Jesus à chegada, sem aparentemente cuidar de observar o notável percurso do jogador em épocas anteriores, acelerou este desgaste? Terá, entretanto, expirado o seu prazo de validade? É possível que sim. E, se for essa a situação, é com naturalidade que a encaro. Estranho é o contentamento de muitos benfiquistas por este ocaso de Pizzi. Alguém desdenharia os 30 golos e 19 assistências de 2018/19? A resposta deveria ser óbvia, mas por razões insondáveis desconfio que não será bem assim. Que seja muito feliz na Turquia, obrigado!"

João Tomaz, in O Benfica

As sete magníficas


"Quatro anos se passaram desde o início do projeto feminino de futebol no Sport Lisboa e Benfica. Começámos na segunda divisão - e muito bem -, respeitando as regras e os outros clubes. Mostrámos que éramos melhores do que a concorrência, ganhámos esse campeonato, subimos à primeira, ganhámos a Taça de Portugal, seguindo-se a Taça da Liga, a principal divisão e conseguimos o apuramento para a Champions, onde terminámos a fase de grupos numa honrosa terceira posição.
Pelo caminho, fizemos parte dos jogos com número recorde de adeptos para uma partida do campeonato feminino, ajudámos a dar importância e a divulgar a modalidade neste género, demos a conhecer a Portugal e à Europa novas jogadoras nas mais diversas posições.
Nesta época, estamos bem, lideramos o campeonato e estamos nas meias-finais das taças, mas ainda há muito para conquistar. Estamos na fase das decisões, temos novas caras e outras que encontraram diferentes caminhos, mas uma coisa é certa: o caminho faz-se por aqui.
O projeto que já é uma realidade tem agora outro motivo de orgulho para todos os benfiquistas - pela primeira vez desde a criação da equipa, o Glorioso tem sete (sete!) jogadoras convocadas para os trabalhos da selecção A portuguesa. Catarina Amado, Sílvia Rebelo, Carole Costa, Lúcia Alves, Andreia Faria, Francisca Nazareth e Jéssica Silva são as eleitas para a Algarve Cup, que irá decorrer de 14 a 23 de Fevereiro. Somos, sem dúvida, o clube mais representado, apesar da azia que isso possa causar a muita gente. Não é só uma questão de números, é de mentalidade e de qualidade. Para já, que venham as poderosas Noruega e Suécia. As nossas estrelas estão prontas para estes desafios e para muito mais."

Ricardo Santos, in O Benfica

Obrigado, Luís Miguel! És um craque!


"Neste exato momento, ainda não sei qual será o futuro da carreira do Pizzi. Mas uma certeza eu tenho: a carreira de Pizzi terá um futuro eterno na história do Benfica. Nenhum jogador com oito anos de Benfica me pode ser indiferente, quando mais um jogador com oito anos de Benfica, 360 jogos, 94 golos, 92 assistências, 4 campeonatos nacionais, 6 outros troféus e incontáveis momentos de magia dentro do relvado?
Não consigo garantir ao leitor qual era a composição da sopa com que os meus pais me alimentavam em criança, no entanto tratava-se de um conjunto de ingredientes que me dotaram de uma capacidade que em muito me orgulha: boa memória. Infelizmente, não se tratava de uma receita sequer parecida com a aquela que a Dona Dolores servia ao Ronaldo, mas felizmente tinha um ou outro legume que hoje me permite preservar um sentido de gratidão que nem sempre se vê por aí.
O leitor recorda-se da primeira contribuição do Pizzi para um golo do Benfica? Foi um credível cartão de visita para o que viria a seguir-se: uma assistência para o Jonas no hat-trick do Pistolas na Covilhã. No segundo ano, que bonita viagem fez a bola desde o pé direito do Pizzi, até à cabeça do Mitroglou perto do intervalo, em Coimbra. No terceiro ano, que bonita viagem fez a bola desde o pé direito do Pizzi até à cabeça do Mitroglou perto do intervalo, em Moreira de Cónegos - onde é que eu já li isto? Depois, veio a sociedade com o mágico Félix. Os 30 golos numa temporada. A sintonia com o Rafa. Sempre dentro do mesmo registo: qualidade com bola. Não sei quando voltarei a desfrutar verdadeiramente de uma exibição de gala do Benfica, mas sei que na última década o Pizzi esteve em quase todas elas. Obrigado, craque!"

Pedro Soares, in O Benfica

Bancadolândia


"Para chegar à noite de 7 de Fevereiro em Tondela, parto de Fafe. Foi ali que, 48 horas antes, em território minhoto, as bancadas vibraram, pularam, transbordaram de emoções no acompanhamento do frenético espectáculo de futebol oferecido na quadra. Na garra, na raça, naquela registo de dar tudo até ao último pingo de sangue, de antes quebrar do que torcer, as tetracampeãs nacionais honraram a camisola do Benfica e os créditos que lhes conferem estatuto na modalidade. Vencedoras... é isto!
Visto o que fizeram, visto o que lutaram, visto o que jogaram, visto o que correram, visto o que batalharam para ganhar aquele duelo com o respeitoso e apetrechado rival Nun'Álvares, como não desejar abraçá-las quando os 40 minutos de jogo se esgotaram? Como não querer ovacioná-las de pé? Individualizando, como conter um daqueles louvores que nos enchem o peito perante a majestosa tenacidade exibida em campo pela capitã Inês Fernandes? Exemplo... é isto!
Agora, sim, portas franqueadas no Estádio João Cardoso. Os desempenhos da equipa A de futebol nas últimas semanas esvaziaram expectativas e derreterem optimismos intensos como o que partilhei aqui noutras linhas, quando ainda havia mais estrada para andar, distâncias menos expressivas para anular na guerra do título e, assim sendo, esperanças legítimas para fundamentar, argumentar e confiar.
Mas, finalmente, houve vislumbre de uma boa notícia no jogo da Beira Alta observou-se no coletivo do Benfica intensidade, determinação, fibra, organização e capacidade para criar e capitalizar oportunidades de golo. Deslumbrante... não foi, mas o nível satisfatório que conduziu a uma vitória tranquila permite, no mínimo, armar e lançar uma pergunta: importam-se de repetir? Treze vezes no Campeonato, pelo menos, tantas quantas as jornadas que restam disputar até Maio. Exigência... é isto!
Já agora, estenda-se a questão à arbitragem. Importam-se de repetir? Afinal, parece que, existindo vontade, ainda é possível ajuizar e dirigir partidas de futebol fora do perímetro dos holofotes, reservando-se o protagonismo para quem motiva os adeptos a pagar quotas, bilhetes e a mobilizaram-se para assistir aos jogos, seja onde e quando for. Respeito... é isto!"

João Sanches, in O Benfica

Passo a passo


"Não se sabe ao certo o que Rui Costa terá dito ao balneário após a derrota com o Gil Vicente. A verdade é que os jogadores que entraram em campo, em Tondela, pareceram fazê-lo com vontade de responder afirmativamente.
A exibição não foi esplendorosa (nem poderia ser), e houve falhas defensivas que com outro adversário teriam custado caro. Mas mostrar vontade de reagir, de correr e de lutar, de disputar cada lance com garra e espírito competitivo, já é um bom principio para a mudança que todos exigimos à nossa equipa.
Uma vitória em Tondela não mascara, obviamente, o cinzentismo da temporada até aqui. Há ainda muito para mudar, e o presidente saberá melhor do que ninguém o que mudar - quer no imediato, quer no final da época.
Não percebo nada de futebol. Mas percebo alguma coisa de liderança. Só há resultados quando há coesão, e só há coesão quando existe compromisso de todos. É preciso entender o que cada membro pode dar à equipa, se está a dar tudo o que pode - e se tal não acontece, qual o motivo. Haverá jogadores no plantel que poderão render mais, e outros que talvez não caibam no clube. Há dinâmicas de grupo e de subgrupo que é preciso analisar, e sobre as quais pode ser preciso agir, quer para as fortalecer, quer, se for o caso, para as mitigar. Num fenómeno tão mediatizado como o futebol, a blindagem do balneário torna-se também absolutamente fundamental - algo que, nos últimos tempos, nem sempre foi uma realidade.
Veremos o que mostram os próximos jogos. Os do campeonato e, sobretudo, a eliminatória europeia com o Ajax - para a qual ainda mantenho elevadas expectativas."

Luís Fialho, in O Benfica